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PNAD Contínua

Expenditures with national tourism increase 11.7% in 2024

Section: Social Statistics | Marília Loschi e Sabrina Pirrho | Design: Claudia Ferreira

October 02, 2025 10h00 AM | Last Updated: October 02, 2025 03h51 PM

  • Highlights

  • Last year, the proportion of households in which at least one resident reported having traveled during the reference period of the Continuous PNAD Tourism module was 19.3%. In 2023, it was 19.8%. In 2021, the year of the Covid-19 pandemic, it was 12.7%. In 2020, it recorded 13.9%.
  • In 2020, first year of the pandemic, the number of residents' travels was estimated at 13.4 million, falling to 12.1 million in 2021 and, with the end of the health emergency, jumping to 20.6 million in 2023. In 2024, the total number of travels remained at 20.6 million. This total includes both domestic and international trips. Approximately 85.5% of these trips were for personal purposes, with leisure being the main reason reported, accounting for 39.8% of them, followed by visiting family or friends (32.2%).
  • On the other hand, 14.5% of trips were for professional purposes, with 82.7% of them for business or work and 11.8% for events and courses for professional development.
  • The total expenditure with domestic overnight travel in 2024 reached R$22.8 billion, an 11.7% increase compared to 2023. The largest increase in expenditure was among families with incomes of half to less than one minimum wage (8.7%).
  • Sun and beach was the main type of leisure activity reported by survey respondents, resulting in 44.6% of all travels for this purpose.
  • Leisure trips for culture and gastronomy were the only ones that increased over all the years of the survey's time series. In 2020, they accounted for 15.5% of trips, falling to 21.5% in 2023 and reaching 24.4% in 2024.
  • In 2024, the lowest-income class, made up of those living on a monthly income of less than half the minimum wage per capita, despite representing 21.0% of the estimated 77.8 million households in the country, accounted for only 11.3% of those in which a trip occurred during the survey's reference period. In terms of travel, the share of non-public transportation, such as private and company cars, fell from 57.6% in 2020 to 50.7% in 2024. Conversely, the proportion of air travel increased from 10.5% in 2020 to 14.7% in 2024.
  • In 2024, of the 20.6 million trips taken, 40.7% were hosted by friends or relatives. Hotels and resorts ranked second, at 18.8%.
  • For the majority of domestic trips (80.9%), the Major Region of origin and of destination were the same, with a notable increase among travelers departing from and arriving in the Southeast (35.3%).
  • Travelers departing from the Northeast had the lowest average travel exoenditure (R$1,206). However, those traveling to a state in this Major Region experienced the highest average expenditure(R$2,523).
Air travels were a highlight, surpassing common bus travels in 2024 - Photo: Fernando Frazão/Agência Brasil

In 2024, as in 2023, 20.6 million travels were recorded, compared to 12.1 million in 2021 and 13.4 million in 2020. Of the estimated 77.8 million households in the country, 15.0 million (19.3%) registered at least one resident traveling in 2024. This figure remained stable compared to 2023, but proportionally, there was a reduction of 0.5 percentage points. During the Covid-19 pandemic, the proportions were 13.9% in 2020 and 12.7% in 2021. Data are from the Tourism module of the Continuous National Household Sample Survey (PNAD), released today (2).

There was little change in the purpose of trips: in 2020, 85.1% of trips were for personal purposes; In 2021, the percentage was 85.4%, in 2023 it was 85.8%, and in 2024 it was 85.5%, including domestic and international trips.

The largest share of households that traveled (4.48 million or 29.8%) were in the per capita household income range of 1 to less than 2 minimum wages. The main purpose of personal travel was leisure (7.0 million or 39.8%), followed by visiting family and friends or attending events (5.67 million or 32.2%). Sun and beach are still the most common reasons for leisure. And, either for personal or professional reasons, the largest percentage of lodging continues to be at the homes of friends or relatives.

Travel expenditure reaches R$22.8 billion

Total expenditure on domestic overnight travel in 2024 reached R$22.8 billion, an 11.7% increase compared to 2023, when spending totaled R$20.4 billion. "We had the same number of trips and higher spending, which means that travels are more expensive, or people are taking more expensive trips," comments William Kratochwill, survey analyst.

For trips to the Southeast Region, total expenditure was R$8.7 billion, followed by the Northeast (R$7.4 billion) and South (R$4.1 billion). The Central-West and North Regions had the lowest total spending, at R$1.7 billion and R$978.0 million, respectively.

Among the Major Regions, the destinations that recorded the highest average travel expenditures were the Northeast (R$2,523), South (R$1,943), and Central-West (R$1,704), followed by the Southeast (R$1,684) and North (R$1,263). Regarding origin, the highest expenditures were for trips departing from the Central-West (R$2,182), Southeast (R$2,128), and South (R$1,787), followed by the North (R$1,451) and Northeast (R$1,206).

As a destination, Alagoas (R$3,790) was the state with the highest average expenditure in the country. The Federal District, on the other hand, had the highest average expenditures for originating trips, at R$3,090.

The remainder is temporarily in Portuguese.

Principal motivo de não viajar foi falta de dinheiro

Em 2024, a pesquisa revelou que em 62,8 milhões de domicílios não houve viagem. Se por um lado houve desinteresse, falta de necessidade ou outro motivo para os moradores de 19,0 milhões de domicílios, por outro, a demanda por viagens nos outros 43,7 milhões de domicílios foi reprimida pela falta de dinheiro, tempo, saúde ou por terem outra prioridade.

A falta de dinheiro foi o motivo mais frequente, declarado por 24,6 milhões de domicílios (39,2%), seguida por 12,0 milhões por falta de tempo (19,1%). Na análise por rendimento, a falta de dinheiro foi superior à média brasileira em dois estratos: em 55,3% dos domicílios com menos de meio salário mínimo per capita e em 44,5% dos domicílios com rendimento de meio a menos de 1 salário mínimo. No grupo com 4 ou mais salários mínimos, em apenas 11,4% não houve viagem por não ter dinheiro.

Por outro lado, entre os domicílios que registraram viagem, apenas 11,3% pertenciam ao grupo de rendimento mensal domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo. Este grupo representa pouco mais que um quinto dos domicílios pesquisados. Já o grupo de domicílios com rendimento per capita de 4 ou mais salários mínimos, que eram 7,4% do total de domicílios, representaram 17,5% dos domicílios em que houve ocorrência de viagem. Os domicílios com rendimento de 2 a menos de 4 salários mínimos eram 13,9% do total e representaram 21,4% dos domicílios em que houve viagem de algum morador.

Kratochwill comenta que, em 2024, houve aumento no rendimento domiciliar per capita. “Entretanto, isso não se refletiu na distribuição do número de viagens. Ou seja, apesar da diminuição das desigualdades, as viagens continuam concentradas no estrato da população com maior renda”.

O percentual de ocorrência de viagem em cada grupo foi diretamente proporcional ao rendimento. O grupo de domicílios com rendimento domiciliar per capita de 4 ou mais salários mínimos teve ocorrência de viagem de algum morador em 45,7% de seus domicílios, sendo o grupo de maior incidência. A taxa de ocorrência de viagem nos domicílios com rendimento domiciliar per capita menor que meio salário mínimo foi de 10,4%, ou seja, em aproximadamente 90% dos domicílios nesta faixa de rendimento per capita não houve ocorrência de viagem.

A falta de tempo foi o motivo mais indicado nos domicílios com maiores rendimentos, ocorrendo em 33,2% dos domicílios com mais de 4 salários mínimos e em 31,4% dos domicílios com 2 a menos de 4 salários mínimos de rendimento domiciliar per capita. Para o grupo de menor rendimento, em 7,4% dos domicílios foi alegada a falta de tempo para não haver viagem.

Lazer foi o principal motivo das viagens pessoais

Em 2024, 85,5% das viagens realizadas eram pessoais, enquanto 14,5% tinham finalidade profissional. O percentual pouco se alterou em relação ao ano anterior, quando 85,8% eram pessoais e 14,2%, profissionais.

Entre as viagens profissionais, 84,7% eram para negócio ou trabalho e 11,8% para eventos e cursos para desenvolvimento profissional.

Entre as viagens pessoais, as que tinham como motivo o lazer foram as mais frequentes em 2024, com 39,8%, frente a 38,5%, em 2023, e 32,8%, em 2020. Já visitas ou eventos de familiares e amigos foram o segundo principal motivo para viagens pessoais. Elas foram maiores em 2020, com 38,6%, caindo ao longo dos anos apurados. Em 2023, foram 33,0% do total das viagens pessoais, e, em 2024, esse número caiu para 32,2%.

Tratamento de saúde ou consulta médica foi a finalidade pessoal que manteve uma estabilidade em relação às pesquisas anteriores. Em 2024, a porcentagem era de 20,1%; em 2023, 20,0%, em 2021, 19,9%. “Esse número está estável. Acredito que chegou a um nível que é o que a sociedade demanda para viajar para cuidados de saúde”, analisa Kratochwill.

Sol e praia continuam sendo as principais viagens de lazer

A principal finalidade das viagens de lazer em 2024 foram os destinos de sol e praia, com 44,6%. Esta é a proporção mais baixa da série: em 2023, eram 46,2% e, em 2020, 55,5%. Ainda assim, foram a preferência em todas as classes de rendimento, alcançando a maioria de todas as viagens daqueles com renda de até meio salário mínimo, com 53,7%. Esse percentual diminuiu conforme o nível de rendimento aumentou, reduzindo para 39,1% das viagens daqueles que tinham 4 ou mais salários mínimos de rendimento domiciliar per capita.

"Quase a maioria da população prefere praia. Mas, o que era 55,5%, em 2020, passou para 44,6%, em 2024. Na situação sem crise sanitária e com rendimentos crescentes, as pessoas estão começando a buscar outros tipos de viagens”, comenta Kratochwill.

As viagens de lazer para cultura e gastronomia foram as únicas que cresceram ao longo de todos os anos da série histórica da pesquisa. Em 2020, eram 15,5% das viagens, passando para 21,5 em 2023 e alcançando 24,4% em 2024. Este aumento é verificado especialmente nos estratos mais altos de rendimento: enquanto, na faixa de 4 ou mais salários mínimos, o percentual atingiu 32,3%, entre aqueles com rendimento de até meio salário mínimo o número chegou a 14,7%.

Casa de conhecidos foi o principal local de hospedagem

Na passagem de 2023 para 2024, o número de viagens sem pernoite (4,7 milhões) diminuiu 6,0%. O número de viagens com pernoites (15,8 milhões) cresceu 1,8%. Houve pernoites em 76,9% das viagens, contra 75,5% das viagens de 2023.

As viagens com 2 ou 3 pernoites foram as mais frequentes, com 5,9 milhões de viagens em 2024, o que equivale a 28,7%. A quantidade de viagens dos grupos com mais pernoites apresentou os maiores crescimentos relativos, com destaque para o grupo de viagens com 6 ou 7 pernoites, cujo crescimento foi de 9,4% de 2023 para 2024, seguido do número de viagens com 11 a 15 pernoites, que cresceu 8,7%, e das viagens de 16 ou mais pernoites, que apresentou um crescimento de 6,9%.

A casa de amigo ou parente foi o local de hospedagem preferido em todos os anos avaliados. Em 2024, das 20,6 milhões de viagens realizadas, 40,7% tiveram hospedagem em casa de amigo ou parente. Em segundo lugar ficaram os hotéis e resorts, com 18,8%.

Os imóveis por temporada, inclusive aqueles por aplicativo de Internet, alcançaram 5,2% das viagens. Já as pousadas foram utilizadas em 5,9% das viagens. Apenas em 3,2% das viagens a hospedagem aconteceu em imóvel próprio.

O motivo da viagem diferenciou o tipo de hospedagem. As viagens profissionais concentraram suas hospedagens em hotel, resort ou flat (42,9%); nas viagens de cunho pessoal, este percentual foi de 14,7%. A maior frequência de hospedagem das viagens pessoais se deu em casa de amigo ou parente, que atingiu 45,4% do total de viagens com finalidade pessoal. Das viagens profissionais, 13,2% tiveram hospedagem em casa de amigo ou parente.

O percentual de viagens com estada em casa de amigo ou parente se reduziu conforme aumentou o rendimento das pessoas. Para aqueles que viviam com menos de meio salário mínimo, este percentual foi de 44,7%, ao passo que, para aqueles com 4 ou mais salários mínimos, foi de 33,0%. Quando observamos o imóvel próprio como hospedagem, o percentual entre aqueles com menos de meio salário mínimo foi de 1,2%; entre aqueles com 4 ou mais salários mínimos, este percentual chegou a 4,9%.

A mesma tendência se repetiu quando o local de hospedagem foi hotel, resort ou flat, variando de 4,3% para aqueles com menos de meio salário mínimo, a 37,0%, quando o rendimento domiciliar per capita foi de 4 ou mais salários mínimos.

Viagens realizadas pelos moradores dos domicílios no período de referência dos últimos três
meses, por classes de rendimento mensal domiciliar per capita e principal local de hospedagem
Principal local de hospedagem Total Menos de 1/2 salário mínimo 1/2 a menos de 1 salário mínimo 1 a menos de 2 salários mínimos 2 a menos de 4 salários mínimos 4 ou mais salários mínimos
Hotel, resort ou flat 18,8 4,3 7,8 14,5 24,5 37
Pousada 5,9 3,4 4 5,9 7,2 7,5
Casa de amigo ou parente 40,7 44,7 44,1 43 39,8 33
Imóvel próprio 3,2 1,2 1,6 2,9 4,5 4,9
Imóvel por temporada ou AirBnB 5,2 2,4 3,1 4,7 6,4 8,1
Outro 26,2 44,1 39,5 28,9 17,6 9,5
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, 2019 (3º trimestre), a partir de 2020 (acumulado de segundas visitas).

Viagens internacionais crescem 11,1%

Após a recuperação no número de viagens realizadas pelos moradores, que passou de 12,1 milhões em 2021 para 20,6 milhões em 2023 e 2024, os resultados apontam uma expansão das viagens com destino internacional (3,0% em 2023 e 3,3% em 2024). Com 688 mil viagens tendo destino internacional, o ano de 2024 apresentou 11,1% de crescimento quando comparado com o ano de 2023 (619 mil viagens).

No território nacional, na maioria das viagens (80,9%), o viajante teve a mesma região como origem e destino. Em 35,3% das vezes, o viajante partiu e teve como destino o Sudeste. Essa região, que é a mais populosa do país, foi a origem de 43,9% do total das viagens, seguida pelo Nordeste (23,8%) e pelo Sul (17,4%). A mesma sequência se manteve em relação ao destino da viagem: Sudeste (41,2%), Nordeste (27,4%) e Sul (17,6%).

Avião ganha participação entre os meios de transporte e supera os ônibus de linha

Em 2024, o principal meio de transporte nas viagens foi o carro particular ou de empresa (50,7%), seguido por avião (14,7%) e ônibus de linha (11,9%). Verifica-se mudança em relação ao período da pandemia de Covid-19, nos dados de 2020 e 2021, quando o percentual de viagens em meios de transporte não coletivos, como carro, eram consideravelmente maiores, atingindo 57,6% em 2020.

“Com o fim da pandemia, há uma retomada dos transportes coletivos, com destaque para as viagens de avião, que foram pouco superiores a 10% em 2020 e 2021 e, em 2024, chegaram a 14,7%”, aponta Kratochwill. Em 2023, eram 13,4%, aumento de 1,3 ponto percentual. As viagens de ônibus de linha (11,9%) apresentaram redução em relação a 2023 (13,4%).

O carro de empresa ou particular é o principal transporte entre todos os estratos de rendimento. Nas viagens de avião, as diferenças são mais profundas: enquanto, entre o estrato de 4 ou mais salários mínimos, as viagens de avião representam 36,2%, esse percentual cai para 3,7% no estrato de menos de meio salário mínimo. Este grupo é o que menos viaja de carro (31,9%, ou 18,8 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e o que mais viaja por ônibus de linha (25,2%, ou 13,3 p.p. acima da média).

A principal variação no transporte aéreo se deu nas viagens por motivos profissionais: eram 19,9% em 2020, aumentaram para 27,1% em 2023 e atingiram 28,8% das viagens com finalidade profissional em 2024.

Sobre a pesquisa

O módulo de Turismo da PNAD Contínua buscar quantificar os fluxos de turistas nacionais dentro do país e para o exterior. Entre os dados apresentados estão o percentual de domicílios com ocorrência de viagem dos moradores, o número de viagens realizadas pelos moradores e as características das viagens, como motivo, destinos, meios de transporte e gastos médios. Há dados para Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Acesse o material de apoio e a publicação completa para mais informações.



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