• Highlights

• In 2023, ten major industrial products and services accounted for 22.2% of the net sales revenue of industry. The first position was occupied by Crude petroleum oil (5.3%), followed by Iron ore and its concentrates (3.3%) and Diesel fuel (3.2%).
• The overall value of production of industry was R$6.0 trillion in 2023, whereas the net sales revenue hit R$4.9 trillion.
• Ten major industrial products and/or services accounted for 22.2% of the net sales revenue of industry, a lower percentage than in 2022 (23.0%).
• In 2023, five major activities corresponded to 54.5% of the net sales revenue of the industrial sector.
• Once again, manufacture of food products (18.6%) led the ranking of share in the net sales revenue of the Brazilian industry. It was followed by Manufacture of coke, petroleum products and biofuels (10.4%) and Manufacture of chemicals (9.9%).
• Between 2022 and 2023, products of the food sector were those that mostly gained share (1.2 p.p.) in the net sales revenue.
• The Southeast Region concentrated 55.2% of the net sales revenue in 2023, followed by the South (20.6%), Northeast (10.1%), Central-West (7.2%) and North (6.9%).
• In the last ten years, the concentration of the net sales revenue in the three major products increased in the Southeast (6.7 p.p.) and North (3.8 p.p.) regions.

According to the 2023 Annual Survey of Industry – Product (PIA Product), which investigated nearly 3.4 thousand products manufactured by 34.0 thousand industrial companies and their 40.9 thousand productive local units, the overall value of the Brazilian industrial production was nearly R$6.0 trillion in 2023, whereas net sales revenue was R$4.9 trillion. The data were released today (25) by the IBGE, coupled with the results of the Annual Survey of Industry – Enterprise (PIA Enterprise).

The remainder is temporarily in Portuguese

“Diferentemente da PIA-Empresa, cujas informações estão focadas nos dados da empresa como um todo, aqui o foco são os mais de três mil produtos e serviços da indústria”, explica Marcelo Miranda, gerente de Análise Estrutural do IBGE.

Os dez principais produtos foram responsáveis por 22,2% da receita líquida de vendas em 2023, percentual menor do que em 2022 (23,0%). Pelo segundo ano consecutivo, óleos brutos de petróleo lideraram o ranking de receita líquida de vendas ao obter 5,3% de participação, mesmo percentual de 2022, com receita de R$ 263,0 bilhões.

“A indústria de óleos brutos de petróleo é um dos pilares da economia nacional, tendo papel estratégico tanto na geração de receitas quanto no suprimento energético. Com destaque para a exploração do pré-sal, o país se consolidou como um dos maiores produtores mundiais, com grande parte da produção voltada à exportação. Essa cadeia produtiva movimenta diversos setores industriais, como refino, petroquímica, entre outras atividades, e representa uma das principais fontes de investimento, empregos e inovação tecnológica no Brasil”, observa Marcelo.

Minérios de ferro (R$ 161,2 bilhões e 3,3% de participação), líderes do ranking em 2020 e 2021, ganharam uma posição em relação ao ano passado e ficaram no segundo lugar em 2023, ultrapassando Óleo diesel (R$ 160,4 bilhões e 3,2% de participação). Em seguida vieram Carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (R$ 114,2 bilhões e 2,3% de participação), Gasolina automotiva (R$ 88,5 bilhões e 1,8%), Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (R$ 80,3 bilhões e 1,6%), Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (R$ 69,8 bilhões e 1,4%), Automóveis, com motor a gasolina, álcool ou bicombustível, de cilindrada maior que 1.500 cm3 ou menor ou igual a 3.000 cm3 (R$ 54,8 bilhões e 1,1%), Álcool etílico (etanol) não desnaturado para fins carburantes (R$ 54,0 bilhões e 1,1%) e Açúcar VHP (very high polarization) em bruto (R$ 51,4 bilhões e 1,0%).      

Ranking 10 principais produtos/serviços industriais segundo a receita líquida de vendas

Expandindo a lista, entre os 100 principais produtos em receita líquida de vendas, os que mais ganharam posições no ranking em relação a 2022 foram: Aparelhos de ar condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis, inclusive os do tipo split system, que ganhou 57 posições, ao passar da 154ª para a 97ª posição; Bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos, com ganho de 45 posições (da 139ª para a 94ª posição); Refrigeradores ou congeladores (freezers), inclusive combinados, para uso doméstico, (da 117ª para a 77ª); Desodorantes corporais e antiperspirantes (da 127ª para a 88ª); Serviços de manutenção e reparação de geradores, transformadores, motores elétricos, indutores, conversores, sincronizadores e semelhantes (da 112ª para a 81ª); Pedras britadas (da 119ª para a 89ª); Veículos polivalentes para o transporte de pessoas ou de mercadorias, de capacidade máxima de carga (cmc) não superior a 5 t (da 75ª para a 45ª); Embalagens diversas de papel-cartão ou cartolina impressas (da 120ª para a 92ª); Preparações em xarope, para fins industriais, para elaboração de bebidas (da 105ª para a 80ª); e Aviões ou outros veículos aéreos de peso superior a 15.000 kg (da 93ª para a 71ª).

No sentido oposto, as maiores perdas de posição em relação ao ranking de 2022 foram registradas por Inseticidas para uso na agricultura, que perdeu 27 posições ao passar da 72ª para a 99ª posição; Óleo de soja refinado, que passou da 48ª para a 70ª posição, perdendo 22 posições; Café torrado e moído, inclusive aromatizado (da 73ª para a 95ª); Cloretos de potássio (da 64ª para a 86ª); Ferro-gusa (da 47ª para a 68ª); Herbicidas, inibidores de germinação e reguladores de crescimento para plantas (da 33ª para a 50ª); Chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2mm (da 62ª para a 79ª); Medicamentos contendo produtos misturados ou não misturados (da 61ª para a 75ª); Barras, vergalhões, fio-máquina e outros produtos longos de aço, relaminados (da 51ª para a 64ª); e Semeadores, plantadeiras ou adubadores (da 87ª para a 100ª).  

Dez atividades concentraram 76,2% da receita líquida de vendas da indústria em 2023

Fabricação de produtos alimentícios (18,6%) permaneceu sendo o segmento industrial com maior participação na receita líquida de vendas em 2023, liderando o ranking desde 2007, quando passou a vigorar a CNAE 2.0. As dez principais atividades equivaleram a 76,2% do valor da receita líquida de vendas dos produtos e serviços industriais da indústria brasileira em 2023, resultado inferior ao verificado em 2022 (77,8%). Além de Fabricação de produtos alimentícios, destacaram-se: Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,4%); Fabricação produtos químicos (9,9%); Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (8,7%); Metalurgia (6,9%); Extração de petróleo e gás natural (5,9%); Fabricação de máquinas e equipamentos (4,9%); Extração de minerais metálicos (4,3%); Fabricação de produtos de borracha e de material plástico (3,4%); e Fabricação de celulose, papel e produtos de papel (3,2%).     

Ranking atividades industriais segundo participação na RLV

Frente a 2022, as atividades industriais que mais ganharam participação no total das vendas foram: Fabricação de produtos alimentícios (1,2 pontos percentuais); Fabricação de bebidas (0,3 p.p.); e Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (0,3 p.p.). Já Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-1,5 p.p.); Fabricação de produtos químicos (-1,2 p.p.); e Metalurgia (-0,6 p.p.) foram os setores que mais perderam participação.

Participações de Sudeste, Sul e Nordeste diminuíram em dez anos, enquanto Norte e Centro-Oeste tiveram ganhos     

Região mais industrializada do Brasil, o Sudeste (55,2%) continuou tendo mais da metade do total da receita industrial em 2023. Esse resultado é menor do que o observado em 2014, quando a região tinha 56,8% de participação. O Sudeste também teve o maior aumento (6,7 p.p.) na concentração da receita líquida de vendas nos seus três principais produtos (Óleos brutos de petróleo (9,3%), Óleo diesel (3,4%), e Minérios de ferro (3,4%)), tendo esses sido responsáveis por 16,1% da receita líquida de vendas da região em 2023.

É possível observar que em 2023 houve concentração da receita nos principais produtos e serviços industriais, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. O Norte contribuiu com 6,9% da receita líquida de vendas do país, e os principais produtos têm origem na extração de Minerais metálicos, na Fabricação de motos e na produção de Carnes bovinas. Já no Centro-Oeste (7,2%) os destaques foram os produtos da agroindústria: Carnes de bovinos frescas ou refrigeradas (12,6%); Tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja (8,5%); e Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (5,8%), representando 26,9% das vendas da região.  

No Nordeste, que respondeu por 10,1% da receita industrial brasileira, os principais produtos foram Óleo diesel (4,9%) e Gasolina automotiva ou para outros usos, exceto para aviação (2,8%). Os dois corresponderam a 7,7% do total da receita da região.  

Finalmente, no Sul (20,6%), Óleo diesel (3,7%), Carnes e miudezas de aves congeladas (2,9%) e Adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) (2,3%), que atingiram 8,9% da receita de vendas na região, foram os destaques.

Mais sobre a pesquisa

A Pesquisa Industrial Anual – Produto (PIA-Produto) investiga, anualmente, informações referentes a produtos e serviços produzidos pela indústria nacional, tendo por base uma nomenclatura preestabelecida, a Lista de Produtos da Indústria (Prodlist-Indústria) elaborada pelo IBGE a partir da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). Seus resultados constituem referência para o estudo pormenorizado da composição da produção industrial e para a análise articulada dos fluxos de produção interna e do comércio externo de produtos industriais.