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Continuous PNAD

After the end of the pandemic, number of trips increases by 71.5% between 2021 and 2023

Section: Social Statistics | Umberlândia Cabral | Design: Claudia Ferreira

September 13, 2024 10h00 AM | Last Updated: September 16, 2024 08h39 PM

  • Highlights

  • Last year, the proportion of households in which at least one resident reported having traveled in the reference period of the Tourism Module of Continuous PNAD was 19.8%. In 2021, the year marked by the Covid-19 pandemic the figure was 12.7%. In 2020, it was 13.9%.
  • In 2020, first year of the pandemic, the number of trips of residents was estimated at 13.6 million, having dropped to 12.3 million in 2021 and, in 2023, with the end of the sanitary emergency, it reached 21.1 million, an increase of 71.5%. This figure includes national and international trips.
  • About 85.5% of these trios were for personal purposes, and leisure was the main reason indicated, representing 38.7% of them, followed by visits or event promoted by relatives and friends (33.1%).
  • On the other hand, 14.3% of the trips were for professional purposes, with 82.4% of them for work and 11.6% for events and professional development courses.
  • The search for the sun and beaches was the main type of leisure reported by interviewees, accounting for 46.2% of the total trips for the same purpose.
  • The lowest income class, of those living on a Monthly income below Half a minimum wage per capita, despite representing 22.0% of the 77.4 million households estimated to exist in the country, accounted for only 12.9% of those in which there were trips in the reference period of the survey.
  • In trips, the participation of non-collective means of transportation, such as private or company car, fell from 57.5%, in 2020, to 51.1%, in 2023. On the contrary, the proportion of the use of collective vehicles, such as bus and airplane, increased.
  • The most popular type of accommodation, chosen in 41.8% of the total trips, was the home of a relative or friend of the traveler.
  • In most national trips (82.5%), the same region was origin and destination, with a highlight to travelers heading for the Southeast (38.0%).
  • Travelers departing from the Northeast had the lowest average costs of trips (R$ 1,170). However, the highest average costs were registered when the destination was a state in this Major Region (R$ 2,321).
The participation of the airplane as a means of transportation used in trips went from 10.6%, in 2020, to 13.7% in 2023 - Photo: Márcio Costa

Whereas between 2020 and 2021, years marked by the Covid-19 pandemic, the number of trips of residents of permanent private housing units in Brazil fell from 13.6 to 12.3 million, in 2023, this total reached 21.1 million, an increase of 71.5%, including national and international trips.

The proportion of housing units where at least one resident reported having traveled in the period of reference of the survey increased from 12.7%, in 2021, to 19.8% in 2023. That means that, in 15.3 million Brazilian housing units, a resident traveled within the period of three months preceding the interview of the Continuous National Household Sample Survey (PNAD). In 2020, this percentage reached 13.9%. The data were released today (13) and are part of the Tourism module.

“The data of 2020 and 2021, when compared to the ones of 2023, show the effects the pandemic had on the results of tourism in Brazil,” says the analyst of the survey, William Kratochwill.

In 2023, 85.7% of the trips were for personal purposes and 14.3% for professional purposes. Leisure was the main reason indicated for personal trips, representing 38.7% of them, followed by visits or events with relatives or friends (33.1%), health treatments or medical appointments (19.8%) and the category other (8.4%), which includes trips for personal purchases, courses and religious reasons, for example. Against 2020 and 2021, there was an increase in leisure, health treatment or medical appointment. On the Other hand, in terms of professional reasons, 82.4% were for business or for work and 11.6% for events and courses for professional development.

The remainder is temporarily in Portuguese.

O lazer, que motivava 33% das viagens com fim pessoal em 2020, passou a representar 38,7% dessas viagens em 2023, e a visita e evento de familiares ou amigos saiu de 38,7% para 33,1%, mostrando assim uma mudança no principal motivo para esse tipo de viagem. Durante a pandemia, as pessoas viajavam para visitar amigos e parentes e, após esse período, cresceu a busca pelo lazer”, ressalta o pesquisador.

Entre os tipos de lazer que motivaram as viagens, o maior destaque foi a busca de sol e praia, respondendo por 46,2% do total. Em seguida, aparecem as viagens em busca de natureza, ecoturismo e aventura (22,0%) e para cultura e gastronomia (21,5%). A categoria outro, que abarca, por exemplo, atividades heterogêneas como as esportivas e os encontros de idosos, representou 10,2% do total.

“O brasileiro tem sol e praia como maior demanda, mas isso vem diminuindo. A participação desse tipo de lazer caiu 9,4 pontos percentuais (p.p.) entre 2020 e 2023. Em contrapartida, houve um aumento de 6,0 p.p. nas viagens em busca de cultura e gastronomia”, destaca.

A pesquisa também analisa a realização das viagens relacionada à classe de rendimento em que se encontravam os moradores. A categoria sol e praia foi a mais apontada por todas as classes de rendimento, mas a proporção diminuía à medida que o nível de rendimento aumentava. Nos domicílios de meio a menos de 1 salário mínimo de rendimento domiciliar per capita, a proporção chegou a 55,4%, enquanto foi de 38,9% entre aqueles que recebiam 4 ou mais salários mínimos por pessoa. De maneira inversa, as viagens com natureza, ecoturismo ou aventura foram motivo de 18,0% das viagens da classe de menor rendimento e de 23,3% entre os que estavam na classe de maior rendimento.

A classe de menor rendimento, formada pelos que viviam com rendimento mensal menor que meio salário mínimo per capita, representava 22,0% dos 77,4 milhões de domicílios estimados no país, mas a sua representação entre aqueles que viajaram no período de referência da pesquisa era menor: 12,9%. Por outro lado, os domicílios com rendimento per capita de 4 ou mais salários mínimos equivaliam a 7,1% do total de domicílios e 16,4% dentre aqueles com ocorrência de viagem.

A falta de dinheiro foi a principal barreira para viagens entre os que viviam em domicílios com renda mais baixa. Esse foi o motivo apontado por 40,1%, ou 24,9 milhões dos 62,1 milhões de domicílios do país em que não houve viagem. Já entre os domicílios com menos de meio salário mínimo per capita, esse percentual era de 55,4%, proporção mais de quatro vezes maior do que na classe de maior rendimento (12,1%), para os quais a falta de tempo (32,7%) foi o principal motivo para não viajar. Apenas em 6,9% dos domicílios de classe de menor renda, a falta de tempo foi a barreira principal.

Participação do carro cai, mas ainda é o principal meio de transporte para viagens

Com o fim da pandemia, o uso de meios de transporte não coletivos, como carro particular e de empresa, para viajar caiu de 57,5%, em 2020, para 51,1%, em 2023. A participação dos ônibus de linha, que era de 11,6%, subiu para 13,3% no mesmo período, ficando abaixo do uso de avião, que passou de 10,6% para 13,7%.

Essas variações foram maiores nas viagens com fins profissionais: em 2020, quase metade (49,9%) delas ocorreu em carro particular e essa proporção caiu para 42,7% em 2023. Já as viagens de avião passaram a representar 27,4% do total com esse fim, aumentando em relação a 2020 (20,1%) e a 2021 (11,4%).

Casa de amigo ou parente segue como principal local de hospedagem

Uma das características abordadas pela pesquisa foi o local de hospedagem utilizado pelos viajantes. Em cerca de 41,8% dos 21,1 milhões dos deslocamentos, o local escolhido foi a casa de algum parente ou amigo do viajante, com diferenças quando a viagem era realizada por motivo pessoal (46,3%) ou profissional (14,7%). Por outro lado, a acomodação em hotéis, resorts ou flats, utilizada em 18,1% do total das viagens, respondeu por 45,4% dos deslocamentos com finalidade profissional em 2023 e 13,6% das viagens pessoais.

“A pandemia provocou um aumento do percentual de viagens profissionais em que o viajante fica na casa de amigo e parente, assim como também influenciou o meio de transporte utilizado, já que o percentual dos que viajavam em carro particular ou de empresa também era mais elevado. Com o fim da pandemia, o percentual desse tipo de hospedagem se reduz e aumenta a participação de hotel, resort ou flat, ou seja, eles voltam a ficar em locais de hospedagem públicos e usar meios de transportes públicos, como avião ou ônibus”, explica.

Quando consideradas as classes de rendimento, a escolha de casa de amigo ou parente como local de hospedagem era menor entre os que têm maior renda. Entre aqueles que vivem com menos de meio salário mínimo per capita, o percentual foi de 44,2%. Já entre aqueles com 4 salários mínimos ou mais, a proporção era de 33,5%. Para essa classe de rendimento, os locais mais procurados eram os hotéis, resorts ou flats (37,3%). Em 5,2% das viagens realizadas por pessoas com esse rendimento, a hospedagem era o imóvel próprio, opção de apenas 0,9% daqueles com rendimento de até meio salário mínimo.

Gastos das viagens nacionais com pernoite aumentam 78,6% ante 2021

A pesquisa também avaliou os gastos em viagens nacionais com pernoite. Em 2023, eles totalizaram mais de R$ 20 bilhões, aumento de 78,6% comparado ao valor estimado em 2021 (R$11,3 bilhões).

A média de gastos do viajante por viagem no país cresceu 7,5% na comparação com 2021, passando de R$ 1.525 para R$ 1.639. Nas famílias de menor renda, o aumento foi maior: a classe de rendimento de até meio salário mínimo passou a gastar 16,2% a mais na mesma comparação, passando de R$ 637 para R$ 740, o que ainda corresponde ao menor valor entre as classes analisadas. Na de maior rendimento, o aumento foi 5,6%, chegando a gastar, em média, R$ 2.731.

Em todas as classes de rendimento, os maiores gastos se concentravam na hospedagem. Considerando toda a população, o gasto médio com esse tipo de serviço foi de R$ 1.563. Na classe de rendimento de até meio salário mínimo, era de R$ 1.075, enquanto na de maior rendimento, esse valor era de R$ 2.240. Os menores gastos foram direcionados aos atrativos e passeios, com R$ 495 de média geral por viagem.

Entre 2021 e 2023, o número de viagens sem pernoite cresceu 71,0%, totalizando 5,1 milhões, enquanto as com pernoite aumentaram 70,6%, chegando a 15,9 milhões. Isso significa que, em 75,7% das viagens realizadas no período de referência, houve pernoite. As mais frequentes foram com dois ou três pernoites, que somaram 6 milhões, ou 28,5% do total. Já a menos frequente foi a categoria de 11 a 15 pernoites (4,6%).

“Em 2023, houve aumento em todos os números de pernoite, com destaque para [as viagens com] um, dois ou três e quatro ou cinco pernoites, que são características de fim de semana ou de feriado prolongado. Essas viagens curtas representaram 52,6% das viagens, um total de 11,1 milhões”, ressalta Kratochwill.

Maioria das viagens tem a mesma região como origem e destino

Dos 21,1 milhões de viagens em 2023, cerca de 97%, ou 20,4 milhões delas, tiveram destino nacional. Por sua vez, houve 641 mil viagens para fora do país, um aumento de cerca de 132% em relação a 2020, quando foram registradas 276 mil viagens. No território nacional, na maioria das viagens (82,5%), o viajante teve a mesma região como origem e destino. Em 38,0% das vezes, o viajante partiu e teve como destino o Sudeste. Essa região, que é a mais populosa do país, foi a origem de 45,9% do total das viagens, seguida pelo Nordeste (22,0%) e pelo Sul (17,1%). A mesma sequência se manteve em relação ao destino da viagem: Sudeste (43,4%), Nordeste (25,3%) e Sul (17,4%).

O Sudeste também foi destaque em relação ao total de gastos em viagens. Dos R$ 20 bilhões gastos em viagens com pernoite no país, o maior volume (R$ 8,0 bilhões) veio dos viajantes que tiveram essa região como destino. Por outro lado, o maior valor médio de gastos por viagem com pernoite foi registrado pelos que viajaram para o Nordeste (R$ 2.321), mas os viajantes que partiram de algum estado nordestino tiveram o menor gasto (R$ 1.170).

“Todas as unidades da federação do Nordeste apresentaram valores muito baixos de gasto médio das viagens com pernoite quando elas são originadas na própria região. Mas quando as viagens têm como destino o Nordeste, ela apresenta, em média, os maiores valores, com destaque para Alagoas, onde o gasto médio de viagens foi de R$ 3.704”, diz Kratochwill.

Mais sobre a pesquisa

O módulo de Turismo da PNAD Contínua buscar quantificar os fluxos de turistas nacionais dentro do país e para o exterior. Entre os dados apresentados estão o percentual de domicílios com ocorrência de viagem dos moradores, o número de viagens realizadas pelos moradores e as características das viagens, como motivo, destinos, meios de transporte e gastos médios. Há dados para Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Acesse o material de apoio e a publicação completa para mais informações.



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