Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Agricultural production

First estimate indicates drop of 3.7% in harvest for 2026, and expected output of 332.7 million tonnes

Section: Economic Statistics | Irene Gomes

November 13, 2025 09h00 AM | Last Updated: November 13, 2025 12h59 PM

Despite the drop in grain harvest, the production of soybeans is expected to increase 1.1% and hit a new record in 2026, with 167.7 million tonnes - Photo: Jaelson Lucas/AEN-PR

According to the first estimate of the Systematic Survey of Agricultural Production (LSPA), released today (13) by the IBGE, the Brazilian harvest of grain, cereals and legumes may reach 332.7 million tonnes in 2026. This output represents a drop of 3.7% (12.9 million tonnes) compared to the 2025 harvest. In turn, the 2025 totl estimated in October was 345.6 million tons, 18.1% the figure of 2024 (52.9 million tonnes), a record in the IBGE's time series.

The decrease in production in 2026 is mainly due to the lower estimated output for corn (-9.3% or -13.2 million tonnes), sorghum (-11.6% or -604,400 tonnes), rice (-6.5% or -815,000 tonnes), and for upland cottonseed (-4.8% or -466,900 tonnes), wheat (-3.7% or -294,800 tonnes), for beans (-1.3% or -38,600 tonnes) and for peanuts in shell (-2.1% or -25,500 tonnes). For soybeans, a growth of 1.1% in production was estimated (or 1.8 million tonnes).

The remainder is temporarily in Portuguese.

“Em 2025, nós tivemos condições climáticas muito favoráveis para a maioria das culturas e das unidades da federação, com recordes na produção de soja, milho, algodão e sorgo, além de uma safra muito boa para o arroz. Em 2026, a previsão desse primeiro prognóstico é de queda, uma vez que estamos sob a influência do fenômeno La Niña, que traz chuvas mais intensas para a Região Centro-Oeste e pouca chuva para o Sul, o que pode afetar as lavouras”, explica Carlos Alfredo Guedes, gerente de Agricultura do IBGE. O Instituto destaca, ainda, que para a safra 2026, estão sendo incluídos canola e gergelim, produtos que vêm ganhando importância nos últimos anos, embora ainda tenham seu cultivo limitado há poucas unidades da federação.

A produção deve crescer no Paraná (2,4%) e no Rio Grande do Sul (22,6%), com declínios no Mato Grosso (-9,8%), em Goiás (-7,8%), no Mato Grosso do Sul (-12,2%), em Minas Gerais (-4,7%), na Bahia (-4,0%), em São Paulo (-6,9%), no Tocantins (-7,8%), no Maranhão (-3,3%), no Pará (-8,3%), em Santa Catarina (-13,4%), no Piauí (-0,6%), em Rondônia (-2,4%) e em Sergipe (-6,5%).

A área a ser colhida na safra de 2026 foi estimada em 81,5 milhões de hectares neste primeiro prognóstico, crescimento de 1,1% ou 879,1 mil hectares. Para os produtos, houve aumentos nas áreas do milho (0,7% ou 148,7 mil hectares), da soja (0,3% ou 132,7 mil hectares) e do trigo (0,2% ou 4,4 mil hectares), e reduções na área do algodão herbáceo em caroço (-0,7% ou -14,1 mil hectares), do amendoim em casca (-3,3% ou -11,4 mil hectares), do arroz (-3,3% ou -57,0 mil hectares), do feijão (-1,8% ou -47,4 mil hectares) e do sorgo (-0,7%ou-9,9 mil hectares).

A área a ser colhida deve crescer no Mato Grosso (0,9%), na Bahia (0,1%) e em Rondônia (0,2%); havendo declínios em Goiás (-0,4%), no Mato Grosso do Sul (-1,1%), em Minas Gerais (-0,1%), em São Paulo (-1,3%), no Tocantins (-0,6%), no Maranhão (-0,3%), e no Ceará (-0,1%).

Produção de soja deve bater novo recorde; milho tem previsão de queda

A primeira estimativa de produção da soja para 2026 totalizou 167,7 milhões de toneladas, caracterizando novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano anterior em 1,1% (1,8 milhão de toneladas a mais). O salto na produção se dá, principalmente, por conta do incremento esperado de 0,8% no rendimento médio, totalizando 3.507 kg/ha, e de uma área plantada 0,3% superior à registrada na última safra.

O milho, por outro lado, foi a principal lavoura em queda na estimativa para 2026, com 128,4 milhões de toneladas, declínio de 9,3% (menos 13,2 milhões de toneladas) em relação à safra colhida em 2025. Para a 1ª safra, foi estimada uma produção de 26,3 milhões de toneladas, aumento de 0,9% em relação a 2025, com o rendimento médio caindo 2,4% e a área a ser colhida crescendo 3,3%. Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 102,1 milhões de toneladas, declínio de 11,6% em relação a 2025, havendo uma redução de mesmo valor para o rendimento médio.

“Como a safra 2025 foi favorecida pelo clima durante o período de 2ª safra, a base de comparação da safra anterior é relativamente forte, de tal forma que não se espera, para 2026, que o clima se comporte tão favoravelmente. Além disso, ainda pairam muitas dúvidas quanto à janela de plantio do cereal, uma vez que as lavouras da safra de verão encontram-se ainda em desenvolvimento no campo”, contextualiza o gerente.

Quanto ao algodão, espera-se uma queda de 4,8%, ficando em 9,3 milhões de toneladas, após três anos seguidos de safra recorde. De acordo com Guedes, “isso manteve a oferta alta e diminui os preços, então as margens estão apertadas para os produtores e a tendência é de redução na área de plantio”.

O arroz está com uma estimativa de 11,8 milhões de toneladas, declínio de 6,5% em relação ao volume produzido em 2025, com reduções de 3,3% na área ser colhida e de 3,3% no rendimento médio. “Os preços também estão pressionados devido a boa safra de 2025, então, deve haver uma redução na área plantada e menor investimento nas lavouras”, avalia Guedes.

O mesmo acontece com o feijão, que, com preços pouco favoráveis, deve atingir 3,0 milhões de toneladas, uma redução de 1,3% em relação à safra colhida em 2025, mas ainda assim atendendo ao consumo brasileiro.

Safra de 2025 chega a 345,6 milhões de toneladas e bate novo recorde

A estimativa de outubro de 2025 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas foi de 345,6 milhões de toneladas, 18,1% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), um crescimento de 52,9 milhões de toneladas, sendo recorde da série histórica do IBGE. Em relação ao mês anterior, o crescimento foi de 3,7 milhões de toneladas (1,1%).

Em relação ao ano anterior, houve aumentos de 10,6% na produção do algodão herbáceo (em caroço); de 18,7% no arroz em casca; de 14,5% na soja; de 23,5% no milho (+13,8% na 1ª safra e +25,9% na 2ª safra); de 31,0% no sorgo; de 4,5% no trigo; e decréscimo de 1,9% no feijão.

Soja, milho, algodão e sorgo registraram recordes na produção em 2025. Para a soja, a estimativa foi de 165,9 milhões de toneladas; para o milho, 141,6 milhões de toneladas (26,1 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 115,5 milhões de toneladas de milho na 2ª safra); para o algodão, 9,8 milhões de toneladas; e para o sorgo, 5,2 milhões de toneladas. A estimativa de produção do arroz (em casca) foi de 12,6 milhões de toneladas; a do trigo em 7,9 milhões de toneladas. 

A área a ser colhida foi de 81,5 milhões de hectares, aumento de 2,4 milhões de hectares frente a área colhida em 2024, com crescimento anual de 3,1%. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou aumento de 63.774 hectares (0,1%).

Frente a 2024, houve acréscimos de 4,8% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 11,1% na do arroz em casca; de 3,6% na da soja; de 4,2% na do milho (-5,1% na 1ª safra e +6,8% na 2ª safra); e de 12,7% na do sorgo, ocorrendo declínios de 6,2% na área a ser colhida do feijão e de 18,7% na do trigo.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,6% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da área a ser colhida em 2025.

Capacidade de armazenagem agrícola cresce 1,8% e chega a 231,1 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025

A Pesquisa de Estoques, também divulgada hoje (13) pelo IBGE, mostrou um aumento de 1,8% na capacidade de armazenamento no país no primeiro semestre deste ano em comparação aos seis meses anteriores, totalizando 231,1 milhões de toneladas. O número de estabelecimentos (9.624) cresceu 1,2% frente ao segundo semestre de 2024.  O Rio Grande do Sul segue sendo o estado com maior número de estabelecimentos de armazenagem: 2.454. Já Mato Grosso continua com a maior capacidade de armazenagem, com 63 milhões de toneladas. 

Em relação aos tipos de armazenamento, a predominância é dos silos, que chegaram a 123,2 milhões de toneladas. Isso representa mais da metade (53,3%) da capacidade útil total do país. Frente ao último semestre, houve um aumento de 2,2%. Em seguida, aparecem os armazéns graneleiros e granelizados, responsáveis por 36,4% da armazenagem nacional, que atingiram 84,2 milhões de capacidade útil armazenável, uma alta de 2,0% na mesma comparação. Com relação aos armazéns convencionais, estruturais e infláveis, somaram 23,8 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 0,8% em relação ao segundo semestre de 2024. Esses armazéns contribuem com 10,3% da capacidade total de armazenagem.

A pesquisa também estimou o estoque total de produtos agrícolas em 30/06/2025 em 79,4 milhões de toneladas.  Os estoques de soja representaram o maior volume (48,8 milhões de toneladas, aumento de 12,8%), seguidos pelos estoques de milho (18,1 milhões, queda de 44,6%), arroz (6,1 milhões, alta de 23,5%), trigo (2,4 milhões, queda de 9,0%) e café (0,6 milhão, queda de 22,9%).

Sobre o LSPA 

Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. O LSPA está disponível no SIDRA. O próximo resultado da pesquisa, referente a novembro, será em 11 de dezembro. 

Sobre a Pesquisa de Estoques 

A pesquisa, que abrange todo o país, tem o objetivo de fornecer informações estatísticas sobre volume e distribuição espacial dos estoques de produtos agrícolas armazenáveis básicos, além das unidades onde são guardados. Os dados levantados pela Pesquisa de Estoques são essenciais para gestores públicos e privados e têm relação com questões de segurança alimentar. As informações são fornecidas pelo proprietário, funcionário capacitado ou contador do estabelecimento pesquisado e são respondidas de forma presencial, por telefone, e-mail, por meio de questionário online ou planilha eletrônica. Os resultados são divulgados a cada semestre. Os dados estão disponíveis no SIDRA



Page 1 of 136