Censo 2022
In 9.3% of the municipalities in the country, average earnings were below a minimum wage
October 09, 2025 10h00 AM | Last Updated: October 10, 2025 12h18 PM
Highlights
- The three municipalities with the highest employment population ratio were Fernando de Noronha/PE (82.9%), Vila Maria/RS (78.4%) and Serra Nova Dourada/MT (78.2%), with rates above the average for Brazil (53.5%) and its five Major Regions: North (48.4%), Northeast (45.6%), Southeast (56.0%), South (60.3%) and Central West (59.7%).
- In 2022, the highest figures for employment-population ratio by age group were of persons aged 35 to 39 (72.8%) and the lowest, of persons aged 14 to 17 (11.1%). Among senior adults (65 years of age and over) the indicator was 14.9%.
- The employment population ratio for men surpassed that for women in all age groups. For persons aged 35 to 39, figures were 82.6% for men and 63.6% for women.
- The level of schooling of employed women remained higher than that of employed men: 28.9% versus 17.3%, with a higher education degree.
- Among the 21 activities classified by the 2022 Census, female participation was higher in Domestic work (93.1%), Human health and social services (77.1%) and Education (75.3%). The lowest ones were Construction (3.6%), Transportation, storage and mailing (9.3%) and Mining and quarrying industry (14.4%).
- In 520 (or 9.3%) of the 5,571 municipalities in the country, earnings from work did not reach a minimum wage (R$1,212). On the other hand, in 19 municipalities, this indicator exceeded four minimum wages (R$ 4,848).
- The three municipalities with the lowest minimum earnings from work, in 2022, were Cachoeira Grande/MA (R$ 759), Caraúbas do Piauí/PI (R$ 788) and Mulungu do Morro/BA (R$ 805). The highest earnings were found in Nova Lima/MG (R$ 6,929), São Caetano do Sul/SP (6,167) and Santana de Parnaíba/SP (R$ 6,081).
- In 2022, whereas more than one third (35.3%) of workers in Brazil earned up to a minimum wage (R$ 1,212/month), only 7.6% of them earned more than five. Regardless of their level of schooling, employed men had higher monthly earnings than employed women. The biggest difference was found in higher education: R$ 7,347 for men and R$ 4,591 for women.
- White and Asian persons had the highest earnings from work. That was observed for all the level of schoolings analyzed. The biggest difference was found in higher education: Asian (R$ 8,411), White (R$ 6,547), Brown (R$ 4,559), Black (R$ 4,175), Indigeous (R$ 3,799).
- In 2022, per capita monthly earnings of the population had reached R$ 1,638. The five The leading municipalities were Nova Lima/MG (R$ 4,300), São Caetano do Sul/SP (R$ 3,885), Florianópolis/SC (R$ 3,636), Balneário Camboriú/SC (R$ 3,584) and Niterói/RJ (R$ 3,577). The lowest earnings were those of Uiramutã/RR (R$ 289), Bagre/PA and Manari/PE (both with R$ 359), Belágua/MA (R$ 388) and Cachoeira Grande/MA (R$ 389).
- Per capita household earnings of Asian (R$ 3,520) and white (R$ 2,207) people surpassed that of the Black (R$ 1,198), brown (R$ 1,190) and Indigenous (R$ 669) population.
- Considering income classes in terms of minimum wage, 13.3% of the Brazilian population had average per capita household earnings of up to ¼ of a minimum wage.
- By color or race, the proportion of persons with per capita household earnings of up to ¼ of a minimum wage is lower among Asians (6.6%) and white persons (8.7%) and higher for black (14.9%), brown (17.0%) and Indigenous (41.0%) persons.

The IBGE releases, today, the 2022 Census publication on Labor and Income, which presents indicators such as employment-population ratio, earnings from work and education attainment of the employed population in Brazil, Federation Units and municipalities. The 2022 Census also provides more detailed results than PNAD on labor activities and age groups, besides presenting information on the five analyzed groups of color or race: Asian, white, black, brown and Indigenous.
For one same geography, there are results on per capita household earnings and one's contribution to the total earnings of residents, among other indicators. These data were collected through the 2022 Census Sample Questionnaire, answered by about 10% of the households in Brazil and 7.8 million interviews. The results are available on the IBGE website, in SIDRA tables and cartograms and in the Census Overview interactive maps.
Fernando de Noronha (PE) has highest employment-population ratio in the country: 82.9%
The employment population ratio is an indicator that measures the proportion of employed persons in the total population 14 years of age and over. Based on data from the 2022 Census sample, it is possible to calculate this indicator for each of the 5,571 municipalities in the country. The three municipalities with the highest employment-population ratio figures were Fernando de Noronha/PE (82.9%), Vila Maria/RS (78.4%) and Serra Nova Dourada/MT (78.2%). These percentages are significantly higher then the average employment-population ratio in Brazil (53.5%) and in each one of the five Major Regions: North (48.4%), Northeast (45.6%), Southeast (56.0%), South (60.3%) and Central West (59.7%).
The remainder is temporarily in Portuguese.
Nível de ocupação dos homens (62,9%) supera o das mulheres (44,9%)
A diferença do nível de ocupação entre os sexos permaneceu nítida em 2022, com percentuais de 62,9% para os homens e 44,9% para as mulheres. O recorte por cor ou raça mostrou semelhanças nas categorias branca, preta, amarela e parda: o nível de ocupação dos homens variou de 64,6% (pretos) a 61,3% (pardos) e o das mulheres, de 47,4% (brancas) a 42,1% (pardas). Já a população indígena apresentou nível de ocupação menor, tanto para homens (48,1%) quanto para mulheres (30,8%).
O grupo etário dos 35 aos 39 anos tem o maior nível de ocupação: 72,8%
Em 2022, o maior nível da ocupação do país por grupos etários era o do grupo de 35 a 39 anos (72,8%), passando a declinar continuamente até atingir 14,9% no grupo com 65 anos ou mais de idade. Ao longo de todas as faixas etárias, o nível da ocupação dos homens foi sempre superior ao das mulheres. Na população com 35 a 39 anos, o nível da ocupação dos homens atingiu 82,6% e o das mulheres, 63,6%.
O nível da ocupação do grupo etário de 14 a 17 anos foi de 13,2%, para os homens, e de 9,0%, para as mulheres. Segundo a legislação brasileira, o trabalho de adolescentes de 16 ou 17 anos de idade é autorizado, exceto em trabalhos prejudiciais à saúde, segurança e moralidade. No caso dos adolescentes de 14 ou 15 anos de idade, o trabalho só é autorizado na condição de aprendiz.
28,9% das trabalhadoras têm superior completo, contra 17,3% dos trabalhadores homens
Em 2022, a população ocupada feminina tem escolaridade maior do que a masculina. Enquanto 28,9% das mulheres ocupadas tinham nível superior completo, entre os homens ocupados este percentual era 17,3%. Por outro lado, 43,8% dos homens ocupados não tinham ensino médio completo, enquanto entre as mulheres, este percentual era 29,7%.
Nas faixas de menor instrução, a representatividade masculina também foi maior: 17,4% dos homens tinham ensino médio incompleto, contra 13,5% das mulheres, e 26,4% deles tinham o fundamental incompleto, ante 16,2% das mulheres ocupadas.
Mais da metade (52,1%) da população ocupada amarela tem nível superior completo
Considerando-se a cor ou raça, as pessoas ocupadas classificadas como indígenas (34,7%), pretas (27,0%) e pardas (26,0%) apresentaram os maiores percentuais de ocupados sem ensino fundamental completo. No outro extremo, mais da metade dos ocupados de cor ou raça amarela (52,1%), e quase um terço da população ocupada branca (30,7%), tinham o ensino superior completo.
60,8% dos profissionais das ciências e intelectuais são mulheres
Mesmo tendo uma participação inferior à metade (43,6%) na população ocupada do país, as mulheres superaram os homens em três dos dez grandes grupos de ocupação aqui analisados: Profissionais das ciências e intelectuais (60,8), Trabalhadores de apoio administrativo (64,9) e Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados (58,9%). Por outro lado, em dois grandes grupos a participação feminina foi inferior a 10%: Operadores de instalações e máquinas e montadores (7,4%) e Membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (9,3%).
O Censo demográfico nos permite detalhar as participações de homens e mulheres dentro das 21 seções de atividades ocupacionais: Serviços domésticos tinha a maior participação feminina (93,1%), seguida por Saúde humana e serviços sociais (77,1%), Educação (75,3%), Outras atividades de serviços (66,8%), e Alojamento e alimentação (61,2%). Já as seções com menor representatividade feminina foram Construção (3,6%), Transporte, armazenagem e correio (9,3%) e Indústrias extrativas (14,4%).
Em 9,3% dos municípios, o rendimento médio do trabalho era inferior a um salário mínimo
Em 520 dos 5.571 municípios do país, ou, 9,3% do total, o rendimento nominal médio mensal de todos os trabalhos das pessoas ocupadas estava abaixo de um salário mínimo (R$1.212). Por outro lado, em 19 municípios, este indicador superava R$ 4.848, ou seja, mais de quatro salários mínimos.
Os dez municípios com os menores rendimentos médios mensais de todos os trabalhos estavam no Nordeste, e o menor valor foi o de Cachoeira Grande/MA (R$ 759), com Caraúbas do Piauí/PI (R$ 788) e Mulungu do Morro/BA (R$ 805) a seguir. Por outro lado, os 10 municípios com os maiores rendimentos médios do trabalho estavam no Sul e Sudeste, com destaque para Nova Lima/MG (R$ 6.929), São Caetano do Sul/SP (6.167) e Santana de Parnaíba/SP (R$ 6.081).
Mais de um terço dos trabalhadores do país ganham um salário mínimo ou menos
O rendimento do trabalho é um dos principais indicadores da qualidade da inserção dos indivíduos no mercado de trabalho. Em 2022, enquanto 35,3% dos trabalhadores do país recebiam um salário mínimo (R$ 1,212) ou menos, apenas 7,6% deles recebia mais de cinco salários mínimos.
Em 2022, o rendimento mensal de todos os trabalhos dos homens (R$ 3.115) superou em 24,3% o das mulheres (R$ 2.506). Já o recorte por cor ou raça mostrou resultados mais elevados para as categorias amarela (R$ 5.942) e branca (R$ 3.659), situadas bem acima da média nacional (R$ 2.851). Em seguida, vinham as categorias de cor ou raça parda (R$2.186), preta (R$ 2.061) e indígena (R$ 1.683).
Censo mostra que desigualdades de renda por sexo e por cor ou raça permanecem
Em 2022, em qualquer nível de instrução analisado, os homens ocupados recebiam rendimentos mensais de todos os trabalhos superiores aos das mulheres ocupadas. A maior diferença estava no nível superior completo: R$ 7.347 para os trabalhadores homens e R$ 4.591 para as mulheres trabalhadoras.
Considerando-se os cinco grupos de cor ou raça analisados pelo Censo 2022, as pessoas ocupadas declaradas como amarela, seguidas pelas de cor ou raça branca, recebiam os rendimentos médios nominais mensais de todos os trabalhos mais elevados em todos os níveis de instrução. A maior discrepância ocorreu no nível Superior completo: Amarelos (R$ 8.411), Brancos (R$ 6.547), Pardos (R$ 4.559), Pretos (R$ 4.175), Indígenas (R$ 3.799).
Querência (MT) tem o maior peso do rendimento do trabalho na renda domiciliar: 93,7%
O rendimento de todas as fontes é composto pelos rendimentos de todos os trabalhos e, também, pelos rendimentos de outras fontes, que incluem aposentaria, pensão, benefícios de programas sociais do governo, rendimentos de aluguel ou arrendamento e outras origens. Em 2022, cerca de 75,5% do rendimento mensal domiciliar total do país provinha do rendimento de todos os trabalhos, enquanto as outras fontes originavam os 24,5% restantes.
Os dez municípios com as maiores participações do rendimento do trabalho na composição do rendimento domiciliar estavam no Centro-Oeste, com destaque para Querência (93,7%), Sapezal (93,5%) e Primavera do Leste (92,9%). Já os 10 municípios com as menores proporções do rendimento do trabalho estavam no Nordeste, com destaque para Vera Mendes/PI (23,0%), Jurema/PI (24,8%) e Venha-Ver/RN (24,8%), onde menos de ¼ do rendimento domiciliar era proveniente do trabalho.
Nova Lima (MG) tem o maior rendimento domiciliar per capita e Uiramitã (RR), o menor
Em 2022, o rendimento mensal domiciliar per capita da população foi de R$ 1.638. As três Unidades da Federação com os maiores valores para esse indicador foram Distrito Federal (R$ 2.999), Santa Catarina (R$ 2.220) e São Paulo (R$ 2.093). Já os menores valores estavam no Maranhão (R$ 900), Amazonas (R$ 980) e Pará (R$ 994).
Em 2022, os dez municípios com os maiores valores do rendimento domiciliar mensal per capita estavam no Sudeste e no Sul do país, com destaque para Nova Lima/MG (R$ 4.300), São Caetano do Sul/SP (R$ 3.885), Florianópolis/SC (R$ 3.636), Balneário Camboriú/SC (R$ 3.584) e Niterói/RJ (R$ 3.577). Por outro lado, os 10 municípios com os menores valores desse indicador estavam no Norte e no Nordeste, com destaque pera Uiramutã/RR (R$ 289), Bagre/PA e Manari/PE (ambos com R$ 359), Belágua/ MA (R$ 388) e Cachoeira Grande/MA (R$ 389).
População amarela tem o maior rendimento domiciliar per capita e indígena, o menor
Os valores do rendimento mensal domiciliar per capita para as populações amarela (R$ 3.520) e branca (R$ 2.207) estão bem acima dos valores encontrados para as populações preta (R$ 1.198), parda (R$ 1.190) e indígena (R$ 669).
A desagregação desse indicador, considerando conjuntamente sexo e cor ou a raça, mostra diferenças marcantes: o rendimento domiciliar per capita de um homem identificado como amarelo (R$ 3.649) equivale a mais de cinco vezes o de uma mulher identificada como indígena (R$ 665).
13,3% da população brasileira tinham rendimento domiciliar per capita de até ¼ salário mínimo
Considerando a distribuição da população por classes de rendimento em salários mínimos, 13,3% da população brasileira tinha rendimento mensal domiciliar per capita médio de até ¼ salário mínimo, em 2022. Essa participação foi superior nas Regiões Norte (23,3%) e Nordeste (22,4%) e inferior nas Regiões Sul (5,4%), Centro-Oeste (8,1%) e Sudeste (9,1%).
Todas as Unidades da Federação com percentuais acima da média brasileira (13,3%) estavam no Norte e no Nordeste, com destaque para Amazonas (28,4%), Maranhão (26,6%) e Roraima (25,5%). Já as menores participações estavam no Sul: Santa Catarina (3,8%), Paraná (5,7%) e Rio Grande do Sul (6,1%).
Na desagregação por cor ou raça, a proporção de pessoas com rendimento mensal domiciliar per capita de até ¼ salário mínimo é menor entre as pessoas de cor amarela (6,6%) e branca (8,7%) e maior entre as pessoas de cor preta (14,9%), parda (17,0%) e, principalmente indígena (41,0%).
Mais sobre a pesquisa
Esta divulgação do Censo 2022 traz estatísticas sobre o mercado de trabalho e o rendimento da população brasileira, além de um tópico destinado ao rendimento de todas as fontes, que é a soma dos rendimentos de todos os trabalhos com aposentadoria, pensão, benefícios de programas sociais do governo, rendimentos de aluguel ou arrendamento, entre outros.
Foram calculados indicadores de desigualdade e distribuição do rendimento, como o índice de Gini, a distribuição da massa de rendimento, e a participação do rendimento do trabalho no rendimento domiciliar total.