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CEMPRE

Companies hired more and recorded real growth in the average wage in 2023

Section: Economic Statistics | Magno Lopes e Marcelo Benedicto | Design: Licia Rubinstein

November 13, 2025 10h00 AM | Last Updated: November 14, 2025 02h05 AM

  • Highlights

  • In 2023, there were 10 million active companies and other formal organizations in the country, an increase of 6.3% from 2022. They had 66 million employed persons on December 31, 2023.
  • Of the total companies, 7 million (70.2%) had no employed persons and 3 million had salaried persons (29.8%).
  • Of the 66.0 million people employed, 52.6 million (79.8%) were salaried and 13.3 million (20.2%) held the status of partners or owners.
  • and salaried employed persons (18.5%), whereas in salaries and other compensation, it featured in the third position (12.9%).
  • The highest share of salaries and other compensation was found in Public admnistration, defense and social security (23.2%). 
  • In formal active companies and organizations in the country, 54.5% of the salaried employed persons were men and 45.5%, women. In 2023, men earned, on average, R$ 3,993.26, a figure 15.8% higher than that earned by women. In 2022, this wage difference was 17%.
  • In 2023, 76.4% of the salaried persons did not have a higher education degree. Those with a higher education degree earned, on average, R$ 7,489.16, which represented three times more than those who did not have this same level of education (R$ 2,587.52).
  • Men were the majority in the Construction sector (87.4%) and in Mining and Quarrying Industry (83.1%); women were the majority in the sector of Human Helath and Social Services (75.0%), followed by Education (67.7%).
  • Of the 11.3 million local branches, 51.4% were in the Southeast.
  • The states with the biggest concentrations of employed and salaried persons were: São Paulo, Minas Gerais and Rio de Janeiro.
  • In terms of average salary, the highest were found in the Central West (3.1 minimum wages), followed by the South (2.8), North (2.6) and Northeast (2.2). The Federal District had the highest average salary (4.5).
Average salary of workers in the Electricity and gas sector was among the highest in 2023 - Photo: Copel

In real terms, the average salary paid by comanies in 2023 increased 2.0% and went from R$ 3,673.50, in 2022, to R$ 3,745.45, which is equivalent to 2.8 minimum wages (the figure of 2022 was adjusted  according to the National Consumer Price Index - INPC, having the year 2023 as a reference). Tha had an impact on the salaries and other compensation of employyees, which amounted to R$ 2.6 trillion, an increase of 7.5% from the previous year. At the same time, 3.0 million (29.8%) of companies with salaried persons employed 52.6 million (79.8%) people, an increase of 4.8%.

On December 31, 2023, the total number of formal active companies and other organizations amounted to 10.0 million, an increase of 6.3% from 2022. The number of partners and owners hit 13.3 million (20.2%). The total employed persons, considering salaried persons, partners and owners was 66 million, 5.1% higher.

These data come from the Central Registry of Enterprises (CEMPRE), released today (13) by the IBGE. The survey presents an overview of the economic sections within the formal companies  and other organizations in the country, and also shows data on employed persons by sex, and the performance of the states.

Salários pagos no setor de Eletricidade e gás estavam até 131,8% acima da média mensal

Com salário médio de R$ 8.680,85, 131,8% acima do valor do salário médio mensal de todos os setores (R$ 3.745,45), a seção de Eletricidade e gás foi a que pagou os valores mais elevados. Em seguida estão o setor de Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais, com R$ 8.658,97, que está acima da média em 131,2%; bem como as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com R$ 8.169,84, acima em 118,1%. Apesar destas três atividades pagarem salários médios mensais mais elevados, ocuparam, juntas, 1,4 milhão de pessoas, ou seja, somente 2,6% do pessoal ocupado assalariado. 

Na outra ponta, entre os setores que pagaram os salários médios mensais mais baixos, estão: Alojamento e alimentação (R$ 1.920,71), Atividades administrativas e serviços complementares (R$ 2.254,52) e Outras atividades de serviços (R$ 2.542,29), com valores 48,7%, 39,8% e 32,1% abaixo da média, respectivamente. Elas absorveram juntas cerca de 8,4 milhões de pessoas, ou seja, 16,0% do pessoal ocupado assalariado.

Seções da CNAE Salário médio mensal (R$)
Total Geral 3745,45
I - Alojamento e alimentação 1920,71
N - Atividades administrativas e serviços complementares 2254,52
S - Outras atividades de serviços 2542,29
G - Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 2611,23
A - Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 2658,39
R - Artes, cultura, esporte e recreação 2932,42
F - Construção 3015,08
L - Atividades imobiliárias 3125,77
Q - Saúde humana e serviços sociais 3488,22
H - Transporte, armazenagem e correio 3584,04
C - Indústrias de transformação 3865,97
E - Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 4030,32
M - Atividades profissionais, científicas e técnicas 4135,22
P - Educação 4419,88
O - Administração pública, defesa e seguridade social 5282,98
J - Informação e comunicação 6623,49
B - Indústrias extrativas 6958,35
K - Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 8169,84
U - Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 8658,97
D - Eletricidade e gás 8680,85

Salário médio de quem tem nível superior é três vezes maior

Na análise por escolaridade, verifica-se que 76,4% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior, e 23,6% tinham. Isso representa uma estabilidade em relação à 2022 quando estes números eram 76,6% e 23,4%, respectivamente. Enquanto aqueles sem nível superior receberam, em média, R$ 2.587,52, quem tinha nível superior recebeu R$ 7.489,16. Assim, em 2023, o pessoal sem nível superior recebeu, em média, 34,6% do salário médio do pessoal com nível superior. Em 2022, era 34,4%.

Desta forma, enquanto o pessoal ocupado assalariado sem nível superior recebeu, em média, 2,0 salários mínimos, para o pessoal com nível superior esse valor chegava a 5,7 salários mínimos. Em 2022, eles eram 2,0 e 5,9 salários mínimos. 

Educação (65,5%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (59,9%) são as duas seções com a maior participação de pessoas assalariadas com nível superior. Em termos de distribuição, 22,2% da mão de obra sem nível superior foi alocada no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, seguido das Indústrias de transformação (17,6%) e das Atividades administrativas e serviços complementares (12,7%).

Cai a diferença entre salários de homens e mulheres, mas eles ainda ganham 15,8% a mais

Em relação a 2022, a diferença entre os salários de homens e mulheres caiu, passando de 17,0% para 15,8% a mais para os homens. Enquanto a remuneração média dos homens foi de R$ 3.993,26, elas receberam R$ 3.449,00. Sob outra perspectiva, as mulheres receberam, em média, o equivalente a 86,4% do salário médio mensal dos homens, um aumento de 0,9% em relação à 2022.

“Na quantidade de pessoas ocupadas, em 2023, 54,5% eram homens e 45,5%, mulheres, o que representou uma estabilidade da participação feminina em relação ao ano anterior, quando elas representavam 45,3% dos assalariados”, pontua o analista da pesquisa, Eliseu Oliveira.

Os homens estavam mais concentrados no setor da Construção (87,4%), seguido das Indústrias extrativas (83,1%) e do Transporte, armazenagem e correio (81,3%).  Já as mulheres atuavam mais nos setores de Saúde humana e serviços sociais (75,0%), Educação (67,7%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (57,5%).

Maior quantidade de empresas é de pequeno porte; grandes pagam maiores salários

Em 2023, do total de empresas e outras organizações, 93,1% tinham de 0 a 9 pessoas; 5,9%, de 10 a 49 pessoas; 0,8%, de 50 a 249 pessoas; e 0,2%, de 250 pessoas ou mais. Em 2022, estes números eram, respectivamente, 92,8%, 19,8%, 2,6% e 0,8%.

Apesar do predomínio daquelas de menor porte na estrutura empresarial brasileira, as empresas e outras organizações com 250 pessoas ou mais tinham as maiores participações no pessoal ocupado total (43,9%), no pessoal ocupado assalariado (55,0%) e nos salários e outras remunerações (69,1%). Em 2022, os números eram 50,1%, 54,1% e 69,3%, respectivamente. 

“Em termos salariais, os valores apresentam relação direta com o porte. Os salários médios mensais mais elevados foram pagos pelas empresas e outras organizações com 250 pessoas ou mais, que são também as únicas que pagam salários acima da média mensal”, pondera Eliseu.

No ano da pesquisa, as empresas maiores pagaram salários médios mensais que chegam a R$ 4.748,78, mais que o dobro do salário recebido por aquelas com 0 a 9 pessoas ocupadas (R$ 1.946,77).

Seção de Comércio e reparação de veículos se destaca em três das quatro variáveis analisadas

A seção de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, assim como no anterior, registrou as maiores participações em três das quatro variáveis analisadas: número de empresas e outras organizações (28,3%), pessoal ocupado total (20,5%) e pessoal ocupado assalariado (18,5%). Em 2022, eles representavam 29,1%, 21,0% e 19,0%. Em salários e outras remunerações, o seguimento continuou na terceira colocação, passando de 13,0% em 2022 para 12,9% em 2023.

Segundo o analista da pesquisa, ainda que tenha sido registrado queda nos números, esta área se mantém em destaque por causa do grande número de empresas e pessoas que agrega. “Apesar de atividades como Administração pública, Educação e Atividades administrativas e serviços complementares terem ganhado maior participação na economia em número de assalariados, observa-se que a seção Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas continua sendo a atividade que mais absorve mão de obra”, ressalta.

As Indústrias de transformação ocuparam as segundas posições em pessoal ocupado total (13,5%) e em salários e outras remunerações (16,2%). No ano anterior, tinham 14,0% e 16,4%, respectivamente. Em relação a pessoal assalariado, elas perderam uma colocação e ficaram em terceiro, com 15,3%, após registrarem 15,8% de participação em 2022.

Já a seção Administração pública, defesa e seguridade social ficou na terceira colocação em pessoal ocupado total (12,9%) e na primeira em salários e outras remunerações (23,2%). Ela representa apenas 0,5% do número de empresas, entretanto tem uma massa salarial de aproximadamente R$ 593 bilhões. Por outro lado, a seção registrou uma melhora em pessoal ocupado assalariado (16,2%), subindo uma posição em relação a 2022, quando tinha 15,7%.

Por fim, a seção Atividades administrativas e serviços complementares ficou na segunda posição em número de empresas (9,9%) e na quarta posição em pessoal ocupado total (9,9%) e pessoal ocupado assalariado (10,6%). Em 2022, ela ocupava as mesmas colocações, entretanto, os índices eram 9,8%, 9,7% e 10,4%, respectivamente.

Para Eliseu, o aumento positivo nas variáveis analisadas mostra que a economia apresentou sinais de recuperação no período. “Ao observar e comparar a quantidade de empresas e os impactos que elas geraram na ocupação, pagamentos de salários e outras remunerações, observamos que houve um processo de retomada da economia no cenário pós-pandemia”.

Entidades empresariais lideram em todas as variáveis

A análise das empresas e outras organizações do CEMPRE, segundo a natureza jurídica, mostra a importância das entidades empresariais. Elas representaram, em 2023, 89,0% do total de empresas; 76,4% do pessoal ocupado total; 71,8% do pessoal ocupado assalariado; e 63,0% dos salários e outras remunerações.

Os órgãos da administração pública, apesar de representarem somente 0,6% das empresas e outras organizações, demonstram sua importância ao absorverem 17,0% do pessoal ocupado total e 21,3% do pessoal ocupado assalariado, pagando 30,7% dos salários e outras remunerações.

Já as entidades sem fins lucrativos, por sua vez, representaram 10,4% das empresas e outras organizações e registraram as menores participações nas variáveis econômicas analisadas, com 6,6% do pessoal ocupado total; 6,9% do pessoal ocupado assalariado; e 6,4% dos salários e outras remunerações pagos no ano. 

Tanto para os homens, quanto para as mulheres, os maiores salários médios foram pagos pela administração pública (R$ 5.933,39 e R$ 4.895,56, respectivamente). Nessas instituições, o salário médio mensal pago às servidoras públicas representou 82,5% daquele pago aos servidores do sexo masculino.

As entidades empresariais, por sua vez, registraram os menores valores pagos: R$ 3.620,02 e R$ 2.817,75, respectivamente, para homens e mulheres, sendo que o salário delas representou 77,8% dos salários pagos a eles. Nas entidades sem fins lucrativos, os homens e as mulheres receberam, em média, R$ 3. 605,91 e R$ 3.356,01, respectivamente. “Esta última se destacou como a natureza jurídica com a menor distância salarial entre os sexos, com elas ganhando 93,1% do salário médio deles”, completa Eliseu.

Ainda no recorte por natureza jurídica, a maior diferença salarial entre as escolaridades está nas entidades empresariais, com os menos escolarizados recebendo 31,0% da remuneração dos mais escolarizados (R$ 2.484,09 e R$ 8.010,68, respectivamente). Na administração pública, por outro lado, observa-se a menor diferença, com aqueles sem nível superior recebendo o equivalente a 44,9% dos que tinham nível superior (R$ 3.283,26 e R$ 7.304,84, respectivamente). 

Mais da metade das unidades locais estavam no Sudeste

As 10,0 milhões de empresas e outras organizações ativas no país tinham 11,3 milhões de unidades locais, um aumento de 6,1% em relação à 2022. Por região, a maior concentração de unidades locais está no Sudeste com 5,8 milhões (51,4%). O Sudeste também registrou a maior quantidade de pessoal ocupado total, com 32,5 milhões (49,2%), e de assalariado, com 25,5 milhões (48,5%). A região pagou ainda a maior massa de salários e outras remunerações, 1,3 trilhão (52,5%).

Já a região Sul apresentou o segundo maior quantitativo de unidades locais em 2023, com 2,2 milhões (19,7%). Em seguida, estão as regiões Nordeste (1,8 milhão), Centro-Oeste (972,2 mil) e Norte (529,9 mil).

O Sul concentrou 17,9% do pessoal ocupado total (11,8 milhões), 17,2% do pessoal assalariado (9,1 milhões) e pagou 16,9% dos salários e outras remunerações (R$ 432,2 bilhões). O Nordeste tinha 18,0% do pessoal ocupado total (11,9 milhões), 18,8% dos assalariados (9,9 milhões) e 14,7% dos salários e outras remunerações (R$ 376,4 bilhões).

Já as regiões Centro-oeste e Norte apresentam as menores participações nas três variáveis: 9,2% e 5,8% do pessoal total, 9,3% e 6,2% do pessoal assalariado e 10,3% e 5,6% da massa salarial.  

São Paulo era o estado que tinha, em 2023, a maior concentração de pessoal ocupado total (29,0%), pessoal assalariado (28,1%) e salários e outras remunerações (32,6%). Minas Gerais apresentou a segunda maior concentração de pessoal total e assalariado (10,2% e 10,2%, respectivamente), porém a terceira maior concentração de massa salarial (8,9%). Já o Rio de Janeiro apresentou a terceira maior concentração de pessoal total e assalariado (8,1% e 8,3%, respectivamente) e a segunda maior concentração de massa salarial (9,4%).

Os mais altos salários médios foram registrados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, 3,1 salários mínimos cada, seguidas pelas regiões Sul (2,8), Norte (2,6) e Nordeste (2,2). Segundo as Unidades da Federação, o Distrito Federal apresentou o maior salário médio mensal (4,5 salários mínimos), seguido por São Paulo (3,3) e Rio de Janeiro (3,2). Os menores salários foram observados em Alagoas (2,0) e no Ceará (2,1).

Quebra da série histórica

O analista da pesquisa lembra ainda que os dados da CEMPRE de 2023 só devem ser considerados para efeito de comparação com o ano de 2022. Isso se deve ao processo de transição para o eSocial e de recentes alterações metodológicas. Desta forma, foi necessária a quebra de série histórica que começou em 2007.

“Ressalta-se que essa mudança implantada na metodologia de unidades ativas teve como objetivo fornecer estatísticas próximas à realidade econômica do país. Porém, não mais se manteve a comparabilidade com a série histórica de 2007-2021, tendo sido iniciada uma nova série a partir do ano de 2022”, esclarece Eliseu.

A pesquisa

O CEMPRE reúne informações cadastrais e econômicas das empresas e outras organizações presentes no País, inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, e de suas respectivas unidades locais. A atualização é realizada, anualmente, a partir das informações provenientes do IBGE, da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil e do Ministério do Trabalho e Emprego. 

O levantamento divulga os dados das organizações formais ativas no País, como número total de empresas e outras organizações; pessoal ocupado total; pessoal ocupado assalariado; salários e outras remunerações; e salário médio mensal em 2023. As informações são apresentadas segundo a atividade econômica, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; a natureza jurídica; o porte, por faixas de pessoal ocupado assalariado; e a distribuição geográfica, destacando-se, ainda, a participação do pessoal ocupado assalariado por sexo e nível de escolaridade.

Os resultados são divulgados no site do IBGE e Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra) para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios.



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