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2022 Census

2022 Census: 837 thousand people lived in collective housing units in Brazil

Section: IBGE | Caio Belandi | Design: Claudia Ferreira

September 06, 2024 10h00 AM | Last Updated: September 09, 2024 01h58 AM

  • Highlights

  • In 2022, 837 thousand people lived in collective housing units in the country, or 0.4% of the total population. It is the first time the IBGE presents such data from a Census, making a profile of the age, sex and literacy status of residents of these types housing unit
  • The type holding the biggest number of residents was “Penitentiary, detention center or the like”, inhabited by 479 thousand persons (57.2% of the total residents in collective housing units and 0.2% of the total Brazilian population).
  • In second place as for number of residents was “Retirement home or long stay institution for the elderly”, with 161 thousand persons (19.2% of the total collective housing units and 0.1% of the Brazilian population).
  • In penitentiaries, 96.0% were men and 3 out of Every 4 residents were aged 20 to 39. In retirement homes women were the majority, 59.8%.
  • In penitentiaries, the illiteracy rate was 6.6%, the lowest of all types of collective housing units and slightly below that observed for the Brazilian population overall (7.0%). That is due to the younger profile of residents.
  • The highest illiteracy rate, on the other hand, was found in "Shelters, halfway homes or welfare houses for other vulnerable groups" (31.8%), followed by retirement homes (31.0%).
  • In 2022, 160 thousand people lived in improvised private housing units.
  • The type with the biggest number was "Canvas, plastic or cloth tent”, with 57 thousand residents (35.3% of the residents of improvised housing units and 0.03% of the Brazilian population). The illiteracy era of this type of improvised housing unit reached 22.3%.
In 2022, 57.2% of the residents of collective housing units were in penitentiaries and 19.2% in retirement homes. - Photo: Secretariat of Penitentiary Administration of the State of Goiás

In 2022, 837 thousand persons lived in collective housing units in the country, or 0.4% of the total population in the country. The type of collective housing unit with the biggest number of residents was “Penitentiary, detention center or the like”, inhabited by 479 thousand people, which corresponds to 57.2% of the total residents of collective housing units and to 0.2% of the Brazilian population.

These data come from “2022 Population Census: Types of collective, improvised, occasional-use and vacant housing units: Population results”, released today (06) by the IBGE. It is the first time the Institute presents such data from the Census and makes a profile of the age, sex and literacy status of residents of these types of housing units.

The release event will take place at 10 am at Casa Brasil IBGE, at Palácio da Fazenda, downtown Rio de Janeiro and be streamed live on Digital IBGE. Information is also available at Sidra, on the Interactive Geographic Platform (PGI) and on the Census Overview.

“For the 2022 Census, collective housing units were defined as an institution or establishment where the relationship between people living there, on the date of reference, was based on administrative subordination rules,” says Bruno Perez, analyst at the IBGE.

O segundo tipo mais frequente foi “Asilo ou outra instituição de longa permanência para idosos”, com 161 mil pessoas, ou 19,2% do total de moradores de domicílios coletivos e 0,1% da população brasileira. Os demais tipos foram “Hotel ou pensão” (46 mil pessoas), “Alojamento” (30 mil), “Clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similar” e “Abrigo, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis” (ambos com 24 mil), “Orfanato e similar” (14 mil), “Abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua” (11 mil), “Unidade de internação de menores” (8 mil), e “Quartel ou outra organização militar” (1 mil). A categoria “Outro domicílio coletivo” registrou 38 mil moradores.

O tipo “Penitenciária, centro de detenção e similar” foi o que concentrou a maior parte dos moradores de domicílios coletivos em todas as Unidades da Federação (UF). Na participação por região, o Sudeste tinha 52,0% dos moradores desse tipo de domicílio, uma proporção maior do que tinha na população brasileira, que era de 41,8%. O Nordeste, por sua vez, reunia 26,9% da população brasileira, mas apenas 16,5% dos moradores de penitenciárias.

O Censo também mostrou que as regiões Sul e Sudeste concentravam 82,3% dos moradores dos domicílios do tipo “Asilo”. “Esse percentual pode ser explicado pelo fato de serem as duas regiões com as estruturas etárias mais envelhecidas do país”, lembra o pesquisador.

Na situação oposta, a Região Norte, embora abrigasse 8,5% da população brasileira, era a residência de apenas 1,3% dos moradores de asilos. Já no Centro-Oeste, o destaque é para a participação dos moradores dos domicílios do tipo “Alojamento”, com 32,1% do país - Mato Grosso, sozinho, teve 20,3% dos moradores de alojamentos. “Muitos trabalhadores da agropecuária ficam nesse tipo de domicílio, o que pode ser um indicativo da predominância da região”, ressalta Bruno.

Para o tipo de domicílio “Abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua”, mais da metade (50,6%) da população encontrava-se em São Paulo. Já os moradores dos domicílios do tipo “Abrigo, casas de passagem ou república assistencial para outros grupos vulneráveis” apresentaram uma distribuição geográfica peculiar, com Roraima reunindo 30,4%. “Uma situação que certamente deriva da existência, nesse estado, de grandes instalações provendo abrigamento provisório para o fluxo migratório oriundo da Venezuela”, explica o analista.

Homens com faixa etária de 20 a 39 anos eram ampla maioria em penitenciárias

O Censo 2022 também traçou um perfil de idade, sexo e alfabetização das pessoas residentes em domicílios coletivos. Nos relacionados à privação de liberdade, havia amplo predomínio de homens: 96,0% do total de moradores de penitenciárias e 96,2% dos moradores de unidades de internação de menores.

No tipo “penitenciárias”, três a cada quatro moradores tinham de 20 a 39 anos - a faixa de idade mais comum, de 20 e 29 anos, tinha 40,7%, e a segunda, de 30 e 39 anos, tinha 34,7%. Já a taxa de analfabetismo foi de 6,6%, a menor de todos os tipos de domicílios coletivos e ligeiramente inferior ao verificado no conjunto da população brasileira (7,0%).

O analista pondera, no entanto, que “É preciso considerar que os domicílios desse tipo têm uma concentração de moradores de grupos etários mais jovens, nos quais as taxas de analfabetismo, na população em geral, já são bastante reduzidas”. Ou seja, quando se desagrega a taxa de analfabetismo por grupos de idade, os moradores das penitenciárias tinham uma taxa de analfabetismo mais elevada que o total da população em todos os grupos etários.

Os homens também eram mais de 75% nos “Alojamento” (76,4%), “Abrigo, albergue ou casa de passagem para população em situação de rua” (79,5%), “Clínica psiquiátrica, comunidade terapêutica e similar” (80,4%) e “Quartel ou outra organização militar” (89,2%). Já nos asilos, as mulheres eram a maioria com 59,8%. “Esse resultado alinha-se à maior expectativa de vida das mulheres e à predominância das mulheres entre a população mais idosa em geral”, afirma Bruno.

Foi, ainda, nos asilos onde registrou-se uma das maiores taxas de analfabetismo (31,0%), com a ressalva do perfil etário, embora os moradores também tenham apresentado taxas elevadas de analfabetismo mesmo quando comparados à população de faixa etária semelhante: entre as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo nos asilos foi de 30,5%, enquanto para essa faixa etária no Brasil foi de 17,2%.

Em 2022, 160 mil pessoas residiam em domicílios particulares improvisados

A divulgação de hoje também trouxe resultados para os domicílios particulares improvisados – localizados em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, em estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas, em calçadas, praças ou viadutos e em abrigos naturais, bem como em estruturas móveis (como veículos e barracas).

O Censo 2022 mostrou que 160 mil pessoas viviam em domicílios particulares improvisados. O tipo com maior quantidade foi "Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido", com 57 mil moradores – ou seja, 35,3% dos moradores de domicílios improvisados e 0,03% da população brasileira. Em segundo lugar, "Dentro de estabelecimento em funcionamento" (43 mil moradores), seguido por "Estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada" (17 mil), "Estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca" (15 mil), "Veículos" (2 mil). A categoria "Outros domicílios improvisados" teve (27 mil).

É importante ressaltar que o Censo é uma pesquisa domiciliar. Logo, não capta nem mensura a população de rua do país. “Esse universo de pessoas que estamos divulgando não é, necessariamente, uma população que pode ser classificada como população de rua como um todo. Há exemplos de moradores de tendas ou barracas em áreas rurais, ocupações de disputa de terra, entre outros exemplos. Assim como há pessoas em situação de rua que não estão nessa classificação porque não têm nenhum tipo de domicílio improvisado, porque dormem em um papelão na rua, ou similares”, destaca o Bruno.

São Paulo foi o que apresentou o maior número de moradores para todos os tipos de domicílios improvisados, com a exceção dos veículos (incluindo barcos), para qual a liderança coube ao Amazonas. Em todos os tipos, a maioria dos moradores era de homens, desde 54,3% em “Estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca”, até 61,7% entre moradores de “Veículos”.

Já as taxas de analfabetismo dos moradores de domicílios improvisados com 15 anos ou mais foram superiores às verificadas entre a população brasileira em todos os tipos, variando de 22,3% para moradores de “Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido” a 9,0% em “Estabelecimentos em funcionamento”.

Mais sobre a pesquisa

O Censo Demográfico 2022: Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos: Resultados do universo traz informações sobre a população que vive em domicílios coletivos e improvisados, com desagregação por tipo do domicílio, sexo e grupo de idade. Outras informações relevantes são a taxa de analfabetismo por tipo de domicílio e os tipos de domicílios não ocupados (uso ocasional e vagos). Há dados para Brasil, grandes regiões, unidades da federação e, em algumas tabelas, também para municípios.



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