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Annual Survey of Industry

Manufacture of food products was the country's main industrial activity in 2022

Section: Economic Statistics | Igor Ferreira | Design: Claudia Ferreira e Helena Pontes

June 27, 2024 10h00 AM | Last Updated: June 27, 2024 03h00 PM

  • Highlights

  • The industry generated R$6.7 trillion in net sales revenue (RLV) in 2022, of which R$436.8 billion came from mining and quarrying industries and R$6.2 trillion corresponded to manufacturing industries.
  • Between 2013 and 2022, of the activities with the greatest change in RLV, the highlight was the Manufacture of food products, which increased 3.6 pp in the period (from 18.9% to 22.5%). On the other hand, the Manufacture of motor vehicles, trailers and bodies decreased by 3.4 pp, from 11.3% in 2013 to 7.9% in 2022.
  • In 2022, Brazilian industry recorded the highest volume of companies in the time series, which began in 2007. The number of companies with one or more employed persons reached 346.1 thousand, a level 12.9% higher than that of the pre-pandemic period, in 2019.
  • Industrial companies employed 8.3 million persons in 2022, an increase of 2.6% compared to the previous year and 8.8% compared to pre-pandemic volume, however, with a drop of 8.3% when compared to 2013.
  • Of the 8.3 million persons employed in industry, 8.1 million (97.3%) worked in manufacturing industries and 225.7 thousand in the mining and quarrying industries.
  • In 2022, five activities concentrated 46.5% of the industry's workforce, with a highlight to the food industry (22.8%). The wearing apparel industry ranked second (7.0%).
  • Brazilian industry generated R$2.5 trillion in Industrial Transformation Value (VTI) in 2022. The Southeast Region had a 61.1% share in VTI, the highest level in ten years. The industry's five main activities accounted for 54.4% of VTI.
Manufacture of food products was the main industrial activity in 13 of the 27 Federation Units - Photo: Gilson Abreu/AEN

In 2022, the Manufacture of food products remained the most important industrial segment for the national industry, contributing 22.5% of net sales revenue (RLV) and being the one that employs the most (22.8%). In the same year, Brazil had 346.1 thousand industrial companies with one or more persons employed, the highest volume of companies ever recorded since 2007 and 12.9% higher than in the pre-pandemic period, in 2019. These industries employed 8 .3 million persons, an increase of 2.6% compared to 2021 and 8.8% compared to pre-pandemic volume, however, with a drop of 8.3% when compared to 2013.

The remainder is temporarily in Portuguese.

Foram gerados R$ 6,7 trilhões em receita líquida de vendas em 2022, sendo R$ 436,8 bilhões nas Indústrias extrativas e R$ 6,2 trilhões nas Indústrias de transformação. O valor de transformação industrial foi de R$ 2,5 trilhões, sendo 89,3% vindo das Indústrias de transformação. Além disso, essas empresas industriais pagaram R$ 403,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, com um salário médio mensal de 3,1 salários mínimos.

Os dados são da Pesquisa Industrial Anual - Empresa, divulgados hoje (27) pelo IBGE. O instituto também divulgou hoje a Pesquisa Industrial Anual – Produto, cujos resultados você pode consultar clicando aqui.

“Os resultados da PIA 2022 estão inseridos em um contexto de recuperação da indústria brasileira, com a retomada do crescimento econômico e o arrefecimento da inflação”, explica Synthia Santana, gerente de Análise Estrutural do IBGE.

O Brasil encerrou ano de 2022 com uma taxa de crescimento do PIB de 3,0%, abaixo do registrado em 2021 (4,8%). Synthia lembra que “a volatilidade no mercado de commodities, presente desde o começo da pandemia, continuou ocorrendo, associada a fatores como oscilações no preço do minério de ferro. A incerteza sobre a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, e a crise no mercado imobiliário chinês também podem ter contribuído.”

As empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas responderam por 69,1% da receita líquida de vendas em 2022, maior patamar da série histórica da pesquisa. Trata-se de uma expansão de 0,8 p.p. em dez anos. Frente a 2019, ano imediatamente anterior à pandemia de Covid-19, ocorreu aumento de 1,6 p.p. na participação desse grupo de empresas, sendo a única classe de porte de empresas a aumentar a participação na receita nesse período.

Fabricação de produtos alimentícios concentrou mais de 1/5 da receita líquida de vendas

No ranking de participação das atividades industriais na receita líquida de vendas, a Fabricação de produtos alimentícios (22,5%) ficou na liderança, seguida por Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,4%), Fabricação de produtos químicos (10,8%), Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,9%) e Metalurgia (6,8%). Dessas cinco atividades, quatro estiveram entre as maiores variações na participação de 2013 a 2022. Fabricação de produtos alimentícios se destacou, ganhando 3,6 p.p. nesse intervalo.

Por outro lado, Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou a maior redução de participação, passando de 11,3% em 2013 (2º lugar no ranking) para 7,9% em 2022 (4º lugar no ranking). Embora não esteja entre as principais atividades no que se refere à receita líquida de vendas, Extração de petróleo e gás natural teve uma das maiores variações, aumentando sua participação em 1,8 p.p.

Ocupação na indústria cresceu em relação a 2021, mas diminuiu nos últimos dez anos

Pelo terceiro ano consecutivo, a quantidade de pessoal ocupado na indústria aumentou, um acréscimo de 213,4 mil pessoas (2,6%). Mesmo assim, essa alta não recuperou as perdas nos últimos 10 anos, acumulando um déficit de 745,5 mil pessoas desde 2013 (-8,3%). Essa queda foi consequência, principalmente, da redução de postos de trabalho nas Indústrias de transformação (-745,9 mil), onde se concentra a maior parte dos trabalhadores do segmento.

Em 2022, 8,3 milhões de pessoas trabalhavam no setor industrial, sendo 97,3% (8,1 milhões) nas Indústrias de transformação e 2,7% (225,7 mil) nas Indústrias extrativas. De 2021 para 2022, as Indústrias extrativas tiveram crescimento de 6,9% no volume de pessoas ocupadas, enquanto as Indústrias de transformação se expandiram 2,5%.

Cinco atividades concentraram 46,5% do total da mão-de-obra da indústria em 2022. O destaque foi a Fabricação de produtos alimentícios, que concentrou 22,8% do pessoal ocupado na indústria. Embora não tenha havido alteração no ranking, a indústria alimentícia foi a única a ampliar sua participação na força de trabalho industrial frente a 2013, com aumento de 3,7 p.p. Em 2022, o setor empregou 1,9 milhão de pessoas, 9,3% a mais do que em 2013 (161,2 mil trabalhadores). Frente a 2021, essa atividade ocupou 62,3 mil pessoas a mais.

A indústria de vestuário ocupou a segunda posição, com 7,0%, 1,8 p.p. abaixo do registrado em 2013. Outras atividades que mais empregaram em 2022 foram: Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,9%); Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (5,6%); e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (5,2%).

Salário médio caiu em 19 das 29 atividades industriais nos últimos dez anos

Entre 2013 e 2022, houve queda da remuneração média mensal (em salários mínimos) em 19 das 29 atividades industriais. No período, o salário médio na indústria caiu de 3,4 s.m. para 3,1 s.m. Nas Indústrias extrativas, as remunerações passaram de 6,3 s.m. em 2013 para 5,2 s.m. em 2022. Nas Indústrias de transformação, a redução foi de 3,3 s.m. em 2013 para 3,0 s.m. em 2022.

Os recuos salariais mais intensos frente a 2013 foram observados em Extração de petróleo e gás natural (-9,5 s.m.), Atividades de apoio à extração de minerais (-4,2 s.m.) e Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-2,8 s.m.). Em relação a 2021, o salário médio mensal diminuiu em sete das 29 atividades em 2022. As variações mais expressivas ocorreram em Extração de petróleo e gás natural (-0,9 s.m.) e Atividades de apoio à extração de minerais (-0,6 s.m.).

Em 2022, Sudeste teve maior nível de participação no VTI em dez anos

Em dez anos, houve redução da concentração do Valor de Transformação Industrial (VTI) nas regiões Norte, Nordeste e Sul, que recuaram 0,8 p.p., 0,1 p.p. e 1,4 p.p., respectivamente. No sentido oposto, Sudeste (1,7 p.p.) e Centro-Oeste (0,7 p.p.) ganharam participação.

A participação do Sudeste na indústria nacional oscilou de 2013 a 2022, chegando ao menor patamar da série histórica da pesquisa em 2020, quando atingiu 56,2% do VTI. A recuperação veio em 2021 (58,6%), chegando ao seu maior patamar em 2022 (61,1%), influenciada em grande medida pela elevação da participação de São Paulo, que passou de 30,4% em 2020 para 34,8% em 2022.

Mesmo mantendo o segundo lugar no ranking, o Sul se destacou pela diminuição da participação no período pós-pandemia, caindo de 19,1% em 2019 para 18,1% em 2022. Na sequência aparecem Nordeste (9,1%), Centro-Oeste (6,0%) e Norte (5,8%).

Quanto às unidades da federação, as cinco principais contribuições para a indústria brasileira em 2022 vieram de São Paulo (34,8%), Rio de Janeiro (12,8%), Minas Gerais (11,1%), Paraná (6,8%) e Rio Grande do Sul (6,4%). As três primeiras foram responsáveis por 58,7% da produção. Em termos de atividades, Fabricação de produtos alimentícios foi destacou-se em 13 das 27 unidades da federação.

Mais sobre a pesquisa

A Pesquisa Industrial Anual - Empresa (PIA-Empresa) tem por objetivo identificar as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no país e suas transformações no tempo, contemplando, entre outros aspectos, dados sobre pessoal ocupado, salários, custos e despesas, receitas, valor da produção e valor da transformação industrial. Seus resultados são referência para a análise das atividades que compõem esse segmento e subsidiam as estimativas macroeconômicas do Sistema de Contas Nacionais - SCN.

Há dados por empresa e por grandes regiões e unidades da federação, bem como os resultados referentes às empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas e/ou que auferiram receita bruta proveniente das vendas de produtos e serviços industriais superior a R$ 23,1 milhões no ano anterior ao de referência da pesquisa.



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