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Agrlcultural production

August estimate points to a 6.0% drop in the 2024 crop

Section: Economic Statistics | Carmen Nery

September 12, 2024 09h00 AM | Last Updated: September 12, 2024 04h37 PM

Cotton was the only crop to achieve record production - Photo: UEM/PR

The Systematic Survey of Agricultural Production (LSPA), released today (12) by the IBGE, shows that the national crop of cereals, legumes and oilseeds should register a 6.0% drop, totaling 296.4 million tonnes in 2024. Compared to July, the estimate indicated a 0.6% reduction with a decrease of 1.7 million tonnes.

The area to be harvested was 78.6 million hectares, showing an increase of 736,017 hectares compared to the area harvested in 2023, a growth of 0.9%. Compared to the previous month, the area to be harvested increased by 8,807 hectares (0.0%).

“The 2024 crop has presented a series of difficulties since its implementation. There was a lack of rain for the production of soybeans and corn, and then an excess of rain, culminating in the floods in Rio Grande do Sul. All of this affected this year's harvest. This is a 6% smaller harvest than last year, which represents 19 million tonnes less. For this month, three crops influenced this reduction. Corn first-crop fell 1.6%, corn second-crop fell 0.6%; and wheat, a crop that is currently in the field, fell 5.4%, which represents 511 thousand tonnes less”, analyzes Carlos Alfredo Guedes, agriculture manager at the IBGE.

Even so, the expectation is that wheat will still have a 16% larger harvest than in 2023, a year in which a record production of the cereal was initially expected, but the adverse weather collapsed the crops and drastically reduced the productivity and quality of the wheat. Mr Guedes indicates that this crop should undergo reviews until December, which is when the harvest ends in Rio Grande do Sul.

The remainder is temporarily in Portuguese.

O Paraná, o segundo maior produtor nacional de grãos, com 38 milhões de toneladas, foi o estado onde houve as maiores perdas em agosto. Foram 851,6 mil toneladas a menos, queda de 2,2%. “Outro estado que sofreu queda na produção em agosto foi Santa Catarina, com 450 mil toneladas a menos (-6,8%). Com isso, vários produtos sofreram reavaliações, soja, milho de primeira safra, milho de segunda safra e o trigo foram as principais. Feijão também foi uma das principais culturas que sofreram reduções em Santa Catarina”, completa Guedes.

Segundo Carlos Barradas, gerente do LSPA, o resultado da safra 2024 é uma combinação de preços baixos das comodities agrícolas, alterações climáticas com secas em alguns estados produtores e excesso de chuvas em outros. Essas alterações no clima têm surpreendido até as previsões dos órgãos competentes, o que traz preocupações adicionais aos produtores, uma vez que aumenta sua insegurança. “Para fechar a sagra 2024 falta, praticamente, colher a safra de inverno: trigo, aveia e cevada. Este mês estamos iniciando o plantio da safra e verão e está faltando chuva, que tem de chegar até meados de outubro para o produtor poder plantar e ter uma boa janela de produção. Nosso primeiro prognóstico para 2025 será em novembro”, observa o gerente do LSPA.

Frente a 2023, houve altas de 11,2% para o algodão herbáceo (em caroço), que deve ter recorde de produção; de 2,1% para o arroz; de 5,2% para o feijão e de 16,1% para o trigo, bem como decréscimos de 4,4% para a soja, de 11,0% para o milho (reduções de 17,1% no milho de 1ª safra e de 9,4% no milho de 2ª safra) e de 11,3% para o sorgo.

Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 13,6% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), cultura que foi beneficiada pelos baixos preços do milho, levando o produtor a optar pelo plantio do algodão. Houve acréscimo ainda de 5,0% na área do arroz em casca; de 6,0% na do feijão e de 3,2% na da soja, ocorrendo declínios de 3,3% na área do milho (reduções de 9,1% no milho 1ª safra e de 1,5% no milho 2ª safra); de 11,6% na do trigo e de 4,7% na do sorgo.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 145,3 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 116,6 milhões de toneladas (23,0 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 93,6 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,5 milhões de toneladas; a do trigo em 9,0 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 8,6 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.

Com 30,8% de participação, Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos

O Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (13,0%), Rio Grande do Sul (11,9%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (7,1%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,0% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (48,8%), Sul (27,0%), Sudeste (9,1%), Nordeste (8,7%) e Norte (6,4%).

Uma série de problemas climáticos derrubaram as estimativas da produção brasileira de grãos na safra 2024. Houve falta de chuvas e ocorrência de temperaturas elevadas durante o ciclo das culturas na safra de verão (1ª safra) e na 2ª safra na maior parte das Unidades da Federação produtoras. Contudo, o evento climático mais marcante foi o excesso de chuvas e enchentes ocorridos no Rio Grande do Sul, que pode ter retirado cerca de 5,0 milhões de toneladas da safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas desse ano. Os prejuízos somente não foram maiores porque a maior parte das lavouras gaúchas de arroz, soja e milho já estavam colhidas por ocasião do evento. O IBGE reuniu e está disponibilizando um conjunto de informações referentes a safra agrícola do Rio Grande do Sul, podendo ser acessadas em https://www.ibge.gov.br/singedlab/dados-apoio-rs.php.

A próxima divulgação do LSPA será em 15 de outubro.

Sobre o LSPA

Implantado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, o LSPA fornece estimativas de área plantada, área colhida, quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados com base em critérios de importância econômica e social para o país. Ele permite não só o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte, para o qual é realizado o levantamento nos meses de outubro, novembro e dezembro. Acesse os dados no Sidra.



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