Indústria regional
SP puxa alta da produção industrial em outubro, mas GO e AM têm maior avanço
10/12/2019 09h00 | Atualizado em 10/12/2019 09h03
Sete dos 15 locais pesquisados mostraram crescimento na produção industrial em outubro, na comparação com setembro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada hoje (10) pelo IBGE. Os avanços mais acentuados registrados foram os de Goiás (4,0%), que teve a quinta taxa positiva consecutiva e acumulou ganho de 6,4% nesse período, e do Amazonas (2,3%), que eliminou a perda de 1,6% verificada em setembro.
Esses locais tiveram desempenho bem acima da média nacional, de 0,8% na comparação com o mês anterior, mas foi São Paulo, que concentra 34% da indústria brasileira, que puxou a alta do índice.
“Os setores de veículos e de alimentos, com destaque para a produção de cana-de-açúcar, foram os principais impulsionadores na alta de 1,5% apresentada na produção paulista”, comentou o pesquisador do IBGE Bernardo Almeida.
O aumento da demanda por carnes também pode estar tendo influência em algumas altas, ressaltou Bernardo. Nesse sentido, merecem destaque os recentes sucessivos resultados positivos do Mato Grosso, um dos locais onde a indústria de abate tem participação mais forte, que, em quatro meses, chegou ao ganho acumulado de 8,7%.
Por outro lado, o Espírito Santo apontou o recuo mais elevado, de 8,1%. “O estado vinha obtendo uma recuperação, mas de setembro para outubro teve essa queda, que elimina todo o crescimento de 3,3% observado no mês anterior”, ressalta Bernardo.
Na comparação com outubro de 2018, o setor industrial mostrou crescimento de 1%, também com sete locais apontando resultados positivos. Nessa comparação, o recuo do Espírito Santo foi ainda mais brusco, com queda de 22,5%. Já Goiás (11,2%) e Paraná (9,4%) foram os destaques positivos.
No acumulado do ano para o período janeiro a outubro de 2019, frente a igual período do ano anterior, houve redução na produção nacional (-1,1%), que alcançou sete dos quinze locais pesquisados. O Espírito Santo teve a maior queda, de 14%.