Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

2022 Census

2022 Census: 19.2 million people live out of birthplace

Section: IBGE | Vinicius Britto | Design: Claudia Ferreira

June 27, 2025 10h00 AM | Last Updated: June 27, 2025 11h39 AM

  • Highlights

  • 19.2 million people lived out of their birthplace, and 10.4 million (54.0%) were born in the Northeast Region. It should be highlighted that 6.8 million (65.5%) of Northeastern migrants lived in the Southeast Region.
  • The Northeast (96.6%) and South (91.9%) regions recorded the highest percentages of resident population in their own birthplace. On the other hand, the Central-West Region (73.4%) showed the lowest index of natural residents.
  • 29.0 million people lived in different Federation Units from their birthplaces. São Paulo had the highest volume of non-naturals living in its territory: 8.6 million people. In contrast, 2.9 million people who were born in São Paulo lived in other states.
  • Bahia and Minas Gerais were the Federation Units that mostly lost natural people along the history, with 3.4 and 3.5 million people, respectively, living in states different from their birthplaces.
  • Considering the analysis of fixed date, i.e., it considers as the period of analysis the place of residence of persons 5 years before the reference date of the Census, Santa Catarina showed the highest migration surplus and the highest net migration rate in 2022. Between 2017 and 2022, that state reported a population gain of 354 thousand people, a contribution of 4.66% to its total population. That phenomenon marks a historical change, since São Paulo showed the highest surplus since the introduction of the fixed date issue in the Population Censuses in 1991.
  • São Paulo registered a migration balance of -90 thousand people, with a net migration rate of -0.20%, the first negative figure for this Federation Unit since the beginning of the fixed date analysis in 1991. That state remains as the main migration center in Brazil, receiving 736 thousand immigrants and losing 826 thousand emigrants between 2017 and 2022, the biggest contingents in Brazil.
  • Among the Northeastern Federation Units, Paraíba stood out, by showing a net migration rate of 0.78% due to a positive migration balance of 31 thousand individuals. That result represents the first positive balance recorded in the state since 1991 and it is relevant as it is the only state in the region to report a positive rate in 2022.
  • That positive migration balance of Paraíba was leveraged by flows from São Paulo (22.3%), and Rio de Janeiro (20.0%), possibly linked with a comeback movement, as well as from Pernambuco (20.4%), reflecting the interconnection between the two states, especially in the economic dynamics and in the labor market relations.
  • Rio de Janeiro registered the highest negative migration balance in Brazil, showing a significant contingent of emigrants, whose destination occurs predominantly within the own region. Among those flows, displacement for neighbor state stood out: São Paulo (21.4%), Minas Gerais (17.7%) and Espírito Santo (7.3%). It was the first negative balance in the state since 1991 (-69 thousand), when the indicator began to be surveyed.
  • The Federal District, in turn, showed the second highest negative balance, directing to Goiás a significant percentage of its emigrants (48.5%), followed by smaller flows to Minas Gerais (7.5%) and Bahia (6.6%).
For the first time ever, São Paulo registered a negative balance, resulting in a loss of 90 thousand people between 2017 and 2022 - Picture: Daniel Castellano/SMCS

Data from the 2022 Population Census show that 19.2 million people live in a region different from that where they were born, and 10.4 million (54.0%) were born in the Northeast. It should be highlighted that 6.8 million (65.5%) of Northeasters who lived out of the birthplace lived in the Southeast, reflecting the historical movement of migration of the Northeastern population towards that region.

On the other hand, the Northeast (96.6%) and South (91.9%) regions recorded the highest percentages of resident population in their own birthplace, whereas the Central-West (73.4%) showed the lowest index of natural residents.

The Information is part of 2022 Population Census: Fertility and migration: Preliminary sample results, released today (27) by the IBGE. The release event will take place at the Auditorium of the Institute of Chemistry (IQ) of the University of Brasília (UnB), Darcy Ribeiro campus, and will be streamed through Digital IBGE and IBGE´s social media.

The results can be accessed on the IBGE portal and in platforms like SIDRA and Census Overview. In the last case, data can be viewed through interactive maps. Please see also news on international migration and fertility.

The remainder is temporarily in Portuguese

Entre os estados, 29,0 milhões de pessoas residiam em unidades da federação distintas de seus locais de nascimento. São Paulo tinha o maior volume de não naturais residindo em seu território: 8,6 milhões de pessoas. Por outro lado, 2,9 milhões de paulistas moravam em outros estados.

Bahia e Minas Gerais foram as unidades da federação que mais perderam naturais ao longo da história, com 3,4 e 3,5 milhões de pessoas, respectivamente, vivendo em estados distintos de seus locais de nascimento.

“Esses padrões refletem tanto processos históricos de redistribuição populacional, quanto dinâmicas econômicas regionais, que impulsionam a atração ou expulsão de fluxos migratórios em diferentes períodos, aliados ao tamanho populacional de cada unidade da federação no total do Brasil”, destaca Marcelo Dantas, analista da divulgação.

Em 2022, 3 milhões pessoas residiam em regiões diferentes daquelas onde viviam em 2017

O Censo também investiga a migração por data fixa, que indaga as pessoas sobre o local de residência exatos cinco anos antes da data de referência da pesquisa. Migrantes foram aqueles que residiam em localidades diferentes nas duas datas, viabilizando medidas de análise migratória como imigração, emigração, saldo migratório e taxa líquida de migração.

A região Nordeste recebeu aproximadamente 746 mil imigrantes de outras regiões, enquanto cerca de 995 mil pessoas deixaram essa região nos cinco anos anteriores ao Censo Demográfico de 2022, resultando em um saldo migratório negativo de 249 mil pessoas.

“Apesar de um saldo negativo expressivo, o resultado representa uma redução forte frente ao saldo negativo de mais de 700 mil pessoas observado no Censo de 2010”, lembra

Para a região Sudeste, os fluxos foram de 859 mil imigrantes e 980 mil emigrantes, gerando um saldo negativo de 121 mil pessoas no período 2017-2022.

“O Sudeste registrou a primeira perda regional desde 1991. Essa região deixa de ser a que apresentava o maior saldo regional positivo nos censos anteriores para se tornar perdedora líquida de pessoas em 2022”, salienta o analista.

Em 2022, a região Norte recebeu cerca de 231 mil imigrantes provenientes de outras regiões do Brasil e perdeu cerca de 432 mil emigrantes em cinco anos, resultando em um saldo migratório negativo de 201 mil pessoas.

“É o primeiro saldo negativo para essa região, desde que o dado começou a ser coletado, através do Censo Demográfico 1991. É uma reversão num padrão regional do Norte, que historicamente mais recebia migrantes do que enviava para outras regiões”, destaca Marcelo.

O Sul registrou o maior saldo migratório regional no Brasil no período 2017-2022, com aproximadamente 362 mil pessoas. Esse crescimento foi impulsionado, em grande medida, pelos 612 mil imigrantes identificados no Censo 2022. É uma significativa ampliação em relação ao saldo de 76 mil pessoas constatado em 2010.

O Centro-Oeste, que desde 1991 tem apresentado o segundo maior saldo migratório regional, registrou fluxos de 595 mil migrantes de outras regiões e 387 mil emigrantes, um ganho de 209 mil pessoas.

“Essa tendência da região Centro-Oeste pode ser explicada por fatores estruturais como a expansão agrícola, investimentos em infraestrutura e o fortalecimento dos polos urbanos da região”

Para o conjunto das unidades da federação observou-se uma relativa estabilidade nos fluxos migratórios. No período de 2005 a 2010, foram registrados 4,6 milhões de deslocamentos entre os estados, enquanto no intervalo de 2017 a 2022, esse contingente alcançou 4,7 milhões indivíduos, um pequeno incremento de 0,3% entre os dois últimos Censos Demográficos.

Santa Catarina tem o saldo migratório mais positivo, enquanto Rio de Janeiro, o mais negativo

O saldo migratório representa a migração líquida e continua sendo o conceito predominante na análise dos fluxos populacionais. A partir desse saldo, calcula-se a taxa líquida de migração, que expressa a magnitude da migração em relação à população total observada na data de referência do censo. Quando positiva, essa taxa indica a quanto a população foi acrescida pelo saldo migratório. Por outro lado, quando negativa, revela a parcela da população que foi reduzida devido aos movimentos migratórios.

Santa Catarina apresentou o maior saldo migratório e a maior taxa líquida de migração em 2022. Entre 2017 e 2022, o estado registrou um ganho populacional de 354 mil pessoas, uma contribuição de 4,66% à sua população total. Esse fenômeno marca uma mudança histórica, uma vez que São Paulo exibia o maior saldo desde a introdução do quesito de data fixa nos Censos Demográficos de 1991 até 2010.

São Paulo registra saldo negativo pela primeira vez

São Paulo apresentou saldo migratório de -90 mil pessoas, com taxa líquida de de -0,20%, primeiro resultado negativo para a unidade da federação desde o início da coleta de migração por data fixa, em 1991.

O analista enfatiza que o estado segue sendo o principal centro migratório do país, recebendo 736 mil imigrantes e perdendo 826 mil emigrantes entre 2017 e 2022, os maiores contingentes do Brasil.

Unidades da Federação Imigrantes Emigrantes Saldo Migratório Taxa líquida de migração
Santa Catarina 503.580 149.230 354.350 4,66%
Goiás 371.355 184.528 186.827 2,65%
Minas Gerais 426.265 319.766 106.499 0,52%
Mato Grosso 206.858 102.920 103.938 2,84%
Paraná 327.943 242.898 85.045 0,74%
Paraíba 119.695 88.743 30.952 0,78%
Espírito Santo 102.402 74.534 27.868 0,73%
Mato Grosso do Sul 105.941 88.267 17.674 0,64%
Tocantins 71.887 65.856 6.031 0,40%
Ceará 135.791 136.488 -697 -0,01%
Roraima 19.618 22.356 -2.738 -0,43%
Rio Grande do Norte 61.447 66.080 -4.633 -0,14%
Sergipe 52.329 58.365 -6.036 -0,27%
Piauí 87.603 100.877 -13.274 -0,41%
Amapá 17.439 35.024 -17.585 -2,40%
Rondônia 43.317 66.076 -22.759 -1,44%
Acre 10.226 33.970 -23.744 -2,86%
Pernambuco 145.645 187.131 -41.486 -0,46%
Bahia 285.774 327.323 -41.549 -0,29%
Alagoas 74.772 117.402 -42.630 -1,36%
Amazonas 45.789 92.147 -46.358 -1,18%
Rio Grande do Sul 134.678 212.517 -77.839 -0,72%
São Paulo 736.380 825.958 -89.578 -0,20%
Pará 155.327 249.424 -94.097 -1,16%
Distrito Federal 116.581 216.174 -99.593 -3,53%
Maranhão 130.658 259.886 -129.228 -1,91%
Rio de Janeiro 167.214 332.574 -165.360 -1,03%

Entre as unidades da federação do Nordeste destaca-se a Paraíba, que apresentou Taxa Líquida de Migração de 0,78% em decorrência de um saldo migratório positivo de 31 mil indivíduos. Esse resultado representa o primeiro saldo positivo observado no estado desde 1991 e é relevante por ser o único estado na Região a registrar taxa positiva no ano de 2022.

Esse saldo migratório positivo da Paraíba foi impulsionado pelos fluxos oriundos de São Paulo (22,3%) e Rio de Janeiro (20,0%), possivelmente vinculada ao movimento de retorno, assim como de Pernambuco (20,4%), refletindo a interconexão entre os dois estados, especialmente na dinâmica econômica e nas relações de mercado de trabalho.

Rio de Janeiro tem o saldo migratório mais negativo do Brasil

O Rio de Janeiro registrou o maior saldo migratório negativo do país (-165 mil pessoas), evidenciando um expressivo contingente de emigrantes, cuja destinação ocorre predominantemente dentro da própria região. Dentre esses fluxos, destacaram-se os deslocamentos para os estados vizinhos: São Paulo (21,4%), Minas Gerais (17,7%) e Espírito Santo (7,3%). Foi o primeiro saldo negativo do estado desde 1991 (-69 mil), quando o indicador começou a ser pesquisado.

O Distrito Federal, por sua vez, apresentou o segundo maior saldo negativo, direcionando a Goiás um percentual significativo de seus emigrantes (48,5%), seguido por fluxos menores para Minas Gerais (7,5%) e Bahia (6,6%).

Mais sobre a pesquisa

O levantamento aprofunda a caracterização da população brasileira, através das informações coletadas no bloco de quesitos relativos aos temas Fecundidade e Migração, do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022.

Os dados de Fecundidade estão desagregados por cor ou raça, nível de instrução, grupos de idade e religião das mulheres, para Brasil e Unidades da Federação. Já os dados de migração estão detalhados por local de nascimento, de residência anterior e tempo de moradia no município, além de informações da imigração internacional, para os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios.



Page 1 of 127