Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

2022 Census

2022 Census: illiteracy among quilombolas surpasses by almost three times that of the total population

Section: IBGE | Igor Ferreira | Design: Helena Pontes e Helga Szpiz

July 19, 2024 10h00 AM | Last Updated: July 20, 2024 01h40 AM

  • Highlights

  • In 2022, 1,015,034 quilombolas aged 15 and over lived in and out of official quilombola territories. A total of 81.01% (822,319 persons) were literate, and the remaining 18.99% (192,715 persons), illiterate. So, the illiteracy rate of quilombolas aged 15 and over was 2.7 times higher than that of the total resident population in Brazil.
  • Inside official quilombola territories, the illiteracy rate of quilombolas aged at least 15 hit 80.25%. This figure is lower than the overall literacy rate of quilombolas (81.01%), and the literacy index of the total population in this age group (93.0%).
  • The illiteracy rate of quilombolas aged 15 and over, against the same index relative for the total resident population aged 15 and over in Brazil, was higher in all the aged groups.
  • Quilombola women (82.89%) had an illiteracy rate above that of quilombola men (79.11%). This difference of 3.78 percentage points is higher than that for the total population of the country, which amounted to one percentage points (93.48% of men and 92.49% of women).
  • The higher illiteracy rate for the quilombola population were found in the South (89.96%), North (87.45%) and Central West (86.56%). The lowest rates were those of the Northeast (78.40%) and Southeast (85.32%). Against the total population in Brazil, quilombolas had a lower level of literacy in all the Major Regions.
  • The biggest difference between literacy rates of quilombolas (85.32%) and of the total resident population in the country (96.08%) was observed in the Southeast, where it reached 10.76 percentage points.
Difference between the literacy rates o quilombolas and of the population overall hits 33.68 percentage points for persons aged 65 and over - Photo: Freepik

According to data collected by the 2022 Population Census, the illiteracy rate of quilombolas aged 15 and over, living in and out of official territories (1,015,034 persons), was 81.01% (822.319 persons), below the national index (93.0%) for this age group. So, the illiteracy rate of quilombolas reached 18.99% (192,715 persons), 2.7 times above that of the population overall (7.0%). Literate persons, in the survey, were the ones able to read and write a simple note.

These results were released today (19) by the IBGE in “2022 Population Census – Quilombolas: Characteristics of housing units and literacy: Population results.” The Institute has also released today “2022 Population Census: Quilombola Localities.” Therelease event is scheduled for today, at 10 am, at Escola Municipal de Tempo Integral Negro Cosme (a full-time school), located at the Liberdade neighborhood, in São Luís (MA). The event will be streamed live on Digital IBGE.

You can also read the article on characteristics of housing unitswith at least one quilombola resident and the one on quilombola localities.

In official quilombola territories, there were 122,227 persons aged 15 and over in 2022. The illiteracy rate for this group was 80.25% (98,091 persons), below the national rate for this parcel of the population (93.0%) and also below the literacy level for the quilombola population (81.01%). As a result, the illiteracy rate reached 19.75% (24,136 persons), a level above the national rate (7.0%) and above the percentage of illiterate persons in the quilombola population (18.99%).

Of the total quilombolas aged at least 15 who lived out of the quilombola territories in 2022 (892,807 persons), 81.12% (724,228 persons) were literate. This figure was below the national rate (93.0%) for the same age group, and a little above the literacy index for the entire quilombola population (81.01%). Therefore, 18.88% (168,579 persons) of this population group were illiterate, above the national average (7.0%), but with an illiteracy rate below that found among the quilombola population (18.99%).

“The literacy status of quilombolas does not differ significantly in terms of location of the housing unit, inside or outside the official quilombola territories. When the group of quilombola persons is considered, this difference amounts to one percentage points only,” remarks Marta Antunes, coordinator of the Census for Traditional Peoples and Communities.

Illiteracy reaches mainly older quilombola persons

Illiteracy among quilombolas aged 15 and over, against the illiteracy rate of the total population in Brazil for the same type of analysis, is higher for all the age groups. “That evidences the existence of fewer opportunities for quilombolas in relation to the resident population in the country,” Marta Antunes explains.

The status of illiteracy among quilombolas can be better understood considering disaggregation by location of housing unit – rural or urban, which is expected to be released in coming months, after the processing of more 2022 population Census results. “It will be possible to contextualize more precisely the illiteracy rates and the illiteracy rates for quilombolas and for the total resident population.”

According to the 2022 Census, as observed for the resident population in Brazil, the illiteracy rate of quilombolas increases with age. In quilombola territories, however, there is a bigger increase. The analysis of the quilombola group shows that, up to the age of 29, the difference between the illiteracy of the resident population and of the quilombola population was below three percentage points. In Other age groups, this difference increased significantly, and reached 33.68 percentage points for persons aged 65 and over. .

Coordinator Marta Antunes says that “there are more educational opportunities for younger than older generations, due to the expansion of access to education in recent decades.”

On the other hand, the illiteracy rate of quilombolas living in official quilombola territories and out of these areas differ by up to one percentage points, approximately in age groups below 44 years of age, with an increase of this difference for persons aged 45 and over. “This reality can be seen as a liability of Investments in basic education in past decades, inside quilombola territories that had higher illiteracy rates.”

The remainder is temporarily in Portuguese.

Taxa de alfabetização das mulheres quilombolas é maior do que a dos homens

Os homens quilombolas apresentaram taxa de alfabetização de 79,11%, que é 3,78 pontos percentuais abaixo da taxa de alfabetização das mulheres quilombolas. Trata-se de uma diferença mais ampla do que aquela encontrada na população total, que foi de um ponto percentual a mais na taxa de alfabetização das mulheres em relação à dos homens.

A diferença na taxa de alfabetização entre homens e mulheres quilombolas foi um pouco maior entre os quilombolas que residem fora dos territórios quilombolas oficialmente delimitados, onde os homens tiveram taxa de 79,18% e as mulheres de 83,02%, ou seja, 3,84 pontos percentuais. Dentro dos territórios oficiais a distância foi de 3,74 pontos percentuais, tendo os homens quilombolas uma taxa de alfabetização de 79,11% e, as mulheres, de 82,89%.

A taxa de alfabetização das pessoas quilombolas por sexo e grupos de idade mostrou que as mulheres quilombolas têm taxa de alfabetização superior em todos os grupos de idade, exceto naquele acima de 65 anos, no qual a taxa de alfabetização dos homens quilombolas foi superior (3,78 pontos percentuais acima). As maiores diferenças (8,30 pontos percentuais) foram identificadas para o grupo de 45 a 54 anos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 47,38%, frente a 44,87% das mulheres.

Embora a população total do Brasil tenha mostrado tendência semelhante, as taxas de alfabetização das mulheres quilombolas estavam abaixo daquelas apresentadas pelas mulheres residentes no país, cujo menor índice foi de 79,6% para o grupo com 65 anos ou mais. Esse valor foi superior à taxa de alfabetização das mulheres quilombolas nos grupos de idade a partir de 50 anos.

O índice de alfabetização das pessoas quilombolas por sexo e grupos de idade, segundo a localização de seus domicílios (dentro ou fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados), demonstrou o mesmo padrão, de mulheres quilombolas com maiores taxas de alfabetização, em todos os grupos de idade. A exceção ocorreu naquele acima de 65 anos, onde a taxa de alfabetização dos homens quilombolas se torna superior, independentemente da localização do domicílio.

Diferença entre os índices de alfabetização dos quilombolas e da população total do país é maior no Sudeste

Regionalmente, as taxas de alfabetização mais altas das pessoas quilombolas foram registradas no Sul (89,96%), Norte (87,45%) e Centro-Oeste (86,56%). Já as mais baixas estavam no Nordeste (78,40%) e Sudeste (85,32%). Vale ressaltar que 68,14% das pessoas quilombolas residiam no Nordeste, onde a taxa de alfabetização é mais baixa, impactando significativamente a taxa de alfabetização dos quilombolas no país.

Quando são comparados os índices de alfabetização dos quilombolas e os da população total residente no Brasil, observou-se que em todas as Grandes Regiões a taxa da população quilombola era inferior. A maior diferença foi vista no Sudeste, com a taxa de alfabetização dos quilombolas sendo de 85,32%, e a do total da população residente de 96,08%, ou seja, 10,76 pontos percentuais a menos. A segunda maior diferença foi encontrada no Centro-Oeste (8,38 pontos percentuais), seguida pelo Nordeste (7,39 pontos percentuais).

Analisando as taxas de alfabetização entre os quilombolas que residem dentro e fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados, verificou-se que, com a exceção do Centro-Oeste e do Nordeste, as taxas eram próximas, com menos de dois pontos percentuais de diferença. No Centro-Oeste, a taxa de alfabetização dentro dos territórios quilombolas oficialmente delimitados era de 81,27%, e fora era de 87,49% (6,22 pontos percentuais de diferença), enquanto no Nordeste a taxa de alfabetização dentro dos territórios quilombolas oficialmente delimitados era de 75,65%, e fora ficou em 78,69% (3,04 pontos percentuais de diferença).

Em todas as Grandes Regiões, para todos os grupos de idade, a taxa de analfabetismo das pessoas quilombolas com 15 anos ou mais era superior à da população total residente no Brasil na mesma faixa em 2022. Quanto ao contingente populacional residente em territórios quilombolas oficialmente delimitados, no Norte e no Centro-Oeste, para todos os grupos de idade, a taxa de analfabetismo das pessoas quilombolas era superior. No Nordeste, permaneceu a tendência em todos os grupos, exceto no de 18 e 19 anos, onde a taxa se aproximou, com 3,25% dentro e 3,28% de taxa de analfabetismo fora de territórios quilombolas. Enquanto isso, no Sudeste, o índice de analfabetismo dos quilombolas residindo dentro de territórios quilombolas era inferior ao das pessoas quilombolas residindo fora, nos grupos de idade abaixo de 25 anos de idade. Nos grupos de 25 anos ou mais de idade, esse panorama se inverte. 

O Censo 2022 também revelou que 20,26% dos municípios com quilombolas tiveram diferenças acima de 10 pontos percentuais (até 67) na comparação entre a taxa de analfabetismo das pessoas quilombolas e o índice de analfabetismo da população residente no país. Além disso, 81,58% dos municípios com quilombolas apresentaram níveis de analfabetismo das pessoas quilombolas acima daqueles da população total residente no Brasil.

“Em 310 municípios, a taxa de alfabetização da população quilombola foi superior à do conjunto da população residente. Isso foi identificado nas regiões Norte, Nordeste e, principalmente, no Sul e no Sudeste. A maior facilidade de acesso a áreas centrais, com mais oferta de escolarização, é uma possível explicação. Além disso, são municípios que, em geral, possuem populações quilombolas menores”, ressalta Fernando Damasco, gerente de Territórios Tradicionais e Terras Protegidas.

Mais sobre a pesquisa

O Censo Demográfico é a mais completa operação estatística realizada no país, indo a todos os domicílios dos 5.570 municípios brasileiros. Os primeiros resultados do Censo Demográfico 2022 para quilombolas foram divulgados em julho de 2023 e podem ser consultados na Agência IBGE Notícias. Uma segunda apuração foi divulgada em dezembro do mesmo ano, contabilizando 1.330.186 pessoas quilombolas em 25 Unidades da Federação. Em maio de 2024, foi inaugurada a demografia para a população quilombola no Brasil, com a divulgação dos recortes por sexo e idade.

A divulgação “Censo 2022 Quilombolas: Alfabetização e características dos domicílios, segundo recortes territoriais específicos - Resultados do universo” traz informações como taxa de alfabetização e condições de saneamento dos domicílios com pelo menos um morador quilombola, dentro e fora dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, para Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação, Municípios, Amazônia Legal, Amazônia Legal por Unidades da Federação, Territórios Quilombolas oficialmente delimitados e Territórios Quilombolas por Unidades da Federação.

Os dados também podem ser visualizados na Plataforma Geográfica Interativa (PGI), no Panorama do Censo 2022 e no Sidra.



Page 1 of 102