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Volume de serviços cresce 0,8% em fevereiro

10/04/2025 09h00 | Atualizado em 10/04/2025 10h58

Em fevereiro de 2025, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,8% frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor se encontra 16,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,0% abaixo do ponto mais alto da série histórica (outubro de 2024).

Indicadores da Pesquisa Mensal de ServiçosBrasil - Fevereiro de 2025
Período Variação (%)  
Volume Receita Nominal
Fevereiro 25 / Janeiro 25* 0,8 1,3
Fevereiro 25 / Fevereiro 24 4,2 8,9
Acumulado Janeiro-Fevereiro 2,6 7,6
Acumulado nos Últimos 12 Meses 2,8 7,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas    *série com ajuste sazonal  

Na série sem ajuste sazonal, frente a fevereiro de 2024, o volume de serviços avançou4,2%, sua 11ª taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano foi de 2,6% e o acumulado em 12 meses em fevereiro de 2025 (2,8%) repetiu o ritmo de crescimento verificado no mês anterior (2,8%).

A expansão de 0,8% do volume de serviços em fevereiro de 2025, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para o setor de informação e comunicação (1,8%), que registrou o quarto resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 4,0%. Os demais avanços ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%), os outros serviços (2,2%) e os prestados às famílias (0,5%), com o primeiro setor recuperando parte da perda verificada nos três meses anteriores (-3,8%), o segundo emplacando um crescimento acumulado de 5,0% nos dois primeiros meses do ano, e o último recobrando uma pequena parcela do revés verificado em janeiro (-3,3%).

Pesquisa Mensal de ServiçosIndicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação
Fevereiro 2025 - Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado
no ano (3)
Últimos 12 meses (4)
DEZ JAN FEV DEZ JAN FEV JAN-DEZ JAN-JAN JAN-FEV Até DEZ Até JAN Até FEV
Volume de Serviços - Brasil 0,1 -0,6 0,8 2,8 1,1 4,2 3,1 1,1 2,6 3,1 2,8 2,8
1. Serviços prestados às famílias 2,0 -3,3 0,5 2,4 1,1 0,1 4,5 1,1 0,6 4,5 4,2 3,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 2,2 -3,9 -0,1 2,9 2,0 0,4 4,6 2,0 1,2 4,6 4,5 4,1
   1.1.1 Alojamento  -  -  - 1,0 -1,9 -5,7 1,5 -1,9 -3,5 1,5 1,8 1,4
   1.1.2 Alimentação  -  -  - 3,4 3,4 2,2 5,5 3,4 2,9 5,5 5,3 4,9
1.2 Outros serviços prestados às famílias 3,4 0,4 1,3 -1,4 -4,0 -1,4 3,4 -4,0 -2,8 3,4 2,6 1,8
2. Serviços de informação e comunicação 0,3 1,6 1,8 5,5 6,0 9,8 6,2 6,0 7,9 6,2 6,2 6,6
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) 0,2 1,6 3,3 5,4 7,0 10,6 6,3 7,0 8,8 6,3 6,4 6,9
2.1.1 Telecomunicações 0,0 -0,4 1,2 3,5 2,7 4,1 4,8 2,7 3,4 4,8 4,6 4,6
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -2,9 7,3 5,9 7,2 11,8 18,1 7,9 11,8 14,9 7,9 8,3 9,4
2.2 Serviços audiovisuais 0,3 6,0 0,4 6,1 -1,4 4,0 5,7 -1,4 1,2 5,7 4,5 4,1
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -0,6 -0,9 1,1 2,9 0,3 4,3 6,6 0,3 2,2 6,6 5,7 5,3
3.1 Serviços técnico-profissionais -6,6 5,3 1,5 6,6 -0,9 3,6 15,8 -0,9 1,3 15,8 13,6 11,9
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,8 0,9 0,4 0,1 1,1 4,8 0,4 1,1 2,9 0,4 0,3 0,7
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 0,5 -1,3 -1,0 -3,1 -6,1 3,3 2,0 -6,1 -1,7 2,0 0,6 0,7
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -1,8 2,2 0,1 1,2 3,7 5,3 -0,1 3,7 4,5 -0,1 0,2 0,7
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,4 -1,8 -0,1 3,4 -0,6 2,4 -0,7 -0,6 0,9 -0,7 -0,9 -0,6
4.1 Transporte terrestre -1,0 -0,5 0,4 -2,0 -4,9 -1,7 -2,0 -4,9 -3,3 -2,0 -2,7 -2,9
   4.1.1 Rodoviário de cargas  -  -  - -8,4 -5,9 -0,8 -4,6 -5,9 -3,4 -4,6 -5,7 -5,9
   4.1.2 Rodoviário de passageiros  -  -  - 1,1 -4,6 -3,5 1,9 -4,6 -4,1 1,9 1,8 1,8
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  -  -  - 20,4 -0,8 -2,8 3,5 -0,8 -1,8 3,5 3,6 3,2
4.2 Transporte aquaviário 0,8 -1,5 3,3 4,4 -0,4 4,8 3,9 -0,4 2,2 3,9 3,4 3,1
4.3 Transporte aéreo 3,3 -9,9 3,0 50,2 10,9 28,8 5,2 10,9 19,0 5,2 7,0 9,9
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,8 0,7 -2,7 3,1 5,2 3,5 -0,7 5,2 4,3 -0,7 -0,2 0,4
5. Outros serviços -4,8 2,8 2,2 -5,8 -3,1 0,4 0,4 -3,1 -1,4 0,4 0,0 -0,3
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  -  -  - 2,8 3,5 4,8 4,6 3,5 4,2 4,6 4,7 5,0
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  -  -  - -8,0 -4,4 0,0 -0,8 -4,4 -2,2 -0,8 -1,3 -1,6
    5.3 Atividades imobiliárias  -  -  - -1,6 1,4 1,1 2,6 1,4 1,2 2,6 2,4 1,9
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  -  -  - -7,2 -9,5 -5,3 0,3 -9,5 -7,5 0,3 -0,6 -1,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas          
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal    (2) Base: igual mês do ano anterior   (3) Base: igual período do ano anterior   (4) Base: 12 meses anteriores        

Em sentido oposto, os transportes (-0,1%) apontaram a única taxa negativa de fevereiro de 2025, após terem recuado 1,8% em janeiro.

A média móvel trimestral foi de 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro de 2025, frente ao mês anterior. Entre os setores, ainda na série com ajuste sazonal, o comportamento ligeiramente positivo do setor de serviços foi sustentado por apenas uma atividade: informação e comunicação (1,2%). Outros três setores mostraram retração: transportes (-0,5%), serviços prestados às famílias (-0,3%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,1%). Por sua vez, os outros serviços (0,0%) ficaram estáveis.

Ante fevereiro de 2024, o volume de serviços avançou 4,2%, sua décima primeira taxa positiva seguida. O resultado deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de informação e comunicação (9,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; telecomunicações; consultoria em tecnologia da informação; e tratamentos de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (4,3%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), outros serviços (0,4%) e serviços prestados às famílias (0,1%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; consultoria em gestão empresarial; limpeza geral; e serviços de engenharia, no primeiro ramo; de transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; navegação interior de carga; e logística de cargas, no segundo; de corretoras de títulos e valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana e industrial; e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no terceiro; e de restaurantes e serviços de bufê, no último.

O acumulado do ano, frente a igual período do ano anterior, foi a 2,6%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 59,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de informação e comunicação (7,9%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; e consultoria em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram dos profissionais, administrativos e complementares (2,2%), dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,9%) e dos prestados às famílias (0,6%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita das empresas de intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; organização, promoção e gestão de feiras, congressos, convenções; serviços de engenharia; limpeza geral; e consultoria em gestão empresarial, no primeiro ramo; de transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; e logística de cargas, no segundo; e restaurantes, no último.

Em sentido oposto, os outros serviços (-1,4%) exerceram a única influência negativa, pressionados, em grande parte, pela menor receita vinda de atividades auxiliares dos serviços financeiros; administração de fundos por contrato ou comissão; reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos; e administração de cartões de crédito.

Serviços crescem em 21 das 27 unidades da federação em fevereiro

Regionalmente, a maior parte (21) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em fevereiro de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (0,8%).

Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (0,8%) e do Mato Grosso (24,9%), seguidos por Distrito Federal (9,2%), Amazonas (14,2%) e Santa Catariana (2,1%). Já as principais influências negativas vieram de Rio de Janeiro (-0,9%), Minas Gerais (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%).

Frente a fevereiro de 2024, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,2%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (5,7%), seguido por Rio de Janeiro (5,5%), Distrito Federal (9,0%), Mato Grosso (10,9%) e Paraná (3,7%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-14,0%) liderou as perdas do mês.

No acumulado do primeiro bimestre de 2025, frente a igual período de 2024, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,6%) se deu em 19 das 27 UFs. O principal impacto positivo veio de São Paulo (4,4%), seguido por Rio de Janeiro (4,5%), Santa Catarina (4,5%) e Minas Gerais (1,5%). Já as influências negativas vieram de Rio Grande do Sul (-11,0%) e Mato Grosso (-6,4%).

Atividades turísticas avançam 2,9% em fevereiro

Em fevereiro de 2025, o índice de atividades turísticas cresceu 2,9% frente ao mês imediatamente anterior, após ter recuado 6,1% em janeiro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 9,7% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 3,4% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.

Dez dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional (2,9%). A contribuição positiva mais relevante ficou com o Rio de Janeiro (3,1%), seguido por Paraná (6,5%), Minas Gerais (1,7%) e Espírito Santo (5,8%). Em sentido oposto, São Paulo (-0,9%), Bahia (-3,2%) e Goiás (-5,2%) apontaram as principais perdas do turismo.  

Na comparação fevereiro de 2025 / fevereiro de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 7,3%, nono resultado positivo seguido, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros; agências de viagens; e locação de automóveis.

Catorze das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (8,6%), seguido por Rio de Janeiro (11,6%), Santa Catarina (13,7%), Paraná (9,9%) e Minas Gerais (3,7%). Em contrapartida, Rio Grande do Sul (-4,0%), Alagoas (-6,0%) e Mato Grosso (-4,4%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o agregado especial de atividades turísticas subiu 5,3% frente a igual período de 2024, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; restaurantes; e serviços de reservas relacionados a hospedagens. Treze dos 17 locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,1%) e do Rio de Janeiro (9,0%), seguidos por Santa Catarina (11,4%), Bahia (6,4%) e Paraná (5,9%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-5,1%) liderou as perdas do turismo, seguido por Mato Grosso (-8,4%) e Alagoas (-4,3%).

Transportes de passageiros (0,8%) e de cargas (1,2%) apresentam crescimento

Em fevereiro de 2025, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter recuado 5,8% em janeiro último. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014, ponto mais alto da série histórica.

Por sua vez, o volume do transporte de cargas subiu 1,2% em fevereiro de 2025, recuperando parte da perda de 3,2% verificada entre novembro de 2024 e janeiro e 2025. Dessa forma, o segmento se situa 7,7% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em julho de 2023. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 33,9% acima de fevereiro de 2020.

Na comparação com fevereiro de 2024, o transporte de passageiros teve a sexta taxa positiva seguida (7,8%) e o transporte de cargas recuou 0,5%, quarta queda consecutiva.  

No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o transporte de passageiros cresceu 4,5% frente a igual período de 2024, enquanto o de cargas recuou 2,6% no mesmo período.

IBGE atualiza métodos de ajustamento sazonal de pesquisas conjunturais

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou os parâmetros dos modelos de ajustamento sazonal da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Brasil, Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Regional, Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Trata-se de procedimento de rotina, realizado pela última vez em abril de 2022, com o objetivo de incorporar os dados disponíveis dos períodos mais recentes. A modelagem estatística aplicada serve para retirar os efeitos sazonal e de calendário das séries temporais dessas pesquisas, o que não implica em alteração dos dados originais.

As íntegras das notas técnica e metodológica de cada pesquisa podem ser acessadas aqui. Para mais informações sobre Ajuste Sazonal de Séries Temporais, acesse aqui. Os resultados da atualização dos métodos de ajustamento sazonal estão sendo disponibilizados na data de divulgação de cada pesquisa: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Brasil - 2 de abril, às 9h; Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional - 8 de abril, às 9h; Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) - 9 de abril, às 9h; e Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) - 10 de abril, às 9h.