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Em fevereiro, indústria recua em sete dos 15 locais pesquisados

08/04/2025 09h00 | Atualizado em 08/04/2025 10h55

Com a variação negativa de 0,1% na indústria nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas negativas.

A queda mais intensa em fevereiro de 2025 foi registrada na Bahia (-2,6%), seguida por Ceará (-1,0%), São Paulo (-0,8%), Santa Catarina (-0,6%), Mato Grosso (-0,6%), Rio de Janeiro (-0,3%) e Minas Gerais (-0,2%).

Já Pernambuco (6,5%) apontou a expansão mais elevada nesse mês, seguido por Paraná (2,0%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Amazonas (0,9%), Região Nordeste (0,5%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Goiás (0,2%).

Em relação à média móvel trimestral (-0,1%), seis dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas no trimestre encerrado em fevereiro, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Pernambuco (-6,5%), Pará (-4,1%), Mato Grosso (-2,9%), Paraná (-1,1%) e Região Nordeste (-1,0%).

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Fevereiro de 2025
Locais  Variação (%)
Fevereiro 2025/Janeiro 2025* Fevereiro 2025/Fevereiro 2024 Acumulado Janeiro-Fevereiro Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas 0,9 -2,9 -2,2 0,9
Pará 1,6 5,1 3,0 5,7
Região Nordeste 0,5 -4,7 -3,8 1,5
Maranhão - -4,0 -7,9 1,0
Ceará -1,0 -0,2 -0,1 5,4
Rio Grande do Norte - -24,5 -19,8 -1,1
Pernambuco 6,5 -21,3 -19,7 0,8
Bahia -2,6 -1,5 1,6 1,8
Minas Gerais -0,2 -0,7 -0,5 1,6
Espírito Santo 1,1 -11,6 -10,3 -4,2
Rio de Janeiro -0,3 -3,3 -2,7 -1,5
São Paulo -0,8 1,2 0,9 2,6
Paraná 2,0 5,5 3,3 4,1
Santa Catarina -0,6 6,0 7,6 7,7
Rio Grande do Sul 0,5 -1,2 3,5 0,3
Mato Grosso do Sul - -2,9 -6,4 1,9
Mato Grosso -0,6 1,2 1,3 4,3
Goiás 0,2 -0,1 0,1 1,0
Brasil -0,1 1,5 1,4 2,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresa
*Série com Ajuste Sazonal

Na variação negativa de 0,1% da produção industrial na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, sete dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. Bahia (-2,6%) assinalou o recuo mais acentuado e interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 5,2%. Ceará (-1,0%), São Paulo (-0,8%), Santa Catarina (-0,6%), Mato Grosso (-0,6%), Rio de Janeiro (-0,3%) e Minas Gerais (-0,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em fevereiro de 2025.

Por outro lado, Pernambuco (6,5%) apontou a expansão mais elevada nesse mês e eliminou parte da queda de 25,1% verificada em janeiro de 2025. Paraná (2,0%), Pará (1,6%), Espírito Santo (1,1%), Amazonas (0,9%), Região Nordeste (0,5%), Rio Grande do Sul (0,5%) e Goiás (0,2%) também assinalaram resultados positivos em fevereiro de 2025.

O índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou variação negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em fevereiro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também registrar perdas em janeiro de 2025 (-0,4%) e em dezembro de 2024 (-0,4%). Seis dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Pernambuco (-6,5%), Pará (-4,1%), Mato Grosso (-2,9%), Paraná (-1,1%) e Região Nordeste (-1,0%). Por outro lado, Amazonas (1,1%) e Bahia (0,8%) assinalaram os principais avanços em fevereiro de 2025.

Na comparação com fevereiro de 2024, a indústria nacional subiu 1,5% em fevereiro de 2025, com cinco dos dezoito locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que fevereiro de 2025 (20 dias) teve 1 dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (19). Nesse mês, Santa Catarina (6,0%), Paraná (5,5%) e Pará (5,1%) assinalaram os avanços mais intensos.

Em Santa Catarina, a alta foi impulsionada, principalmente, pelo comportamento positivo observado nos setores de máquinas e equipamentos (partes e peças para válvulas, torneiras e registros, aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias e máquinas ou aparelhos para o setor agrícola), produtos de minerais não metálicos (ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, massa de concreto e cimentos “Portland”), produtos de metal (esquadrias de alumínio), confecção de artigos do vestuário e acessórios (camisas, camisetas, blusas e semelhantes para uso profissional, calças compridas e bermudas, jardineiras, shorts e semelhantes de uso feminino) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (quadros, painéis, cabines e outros suportes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e transformadores).

No caso do Paraná, influenciaram o resultado as altas em veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e querosenes de aviação), produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, ureia e inseticidas, fungicidas e herbicidas – todos para uso na agricultura) e máquinas e equipamentos (carregadoras-transportadoras, retroescavadeiras e máquinas para perfuração e sondagem – usadas na prospecção de petróleo).

Já no Pará, a influência veio de indústrias extrativas (minérios de manganês em bruto ou beneficiados). Mato Grosso (1,2%) e São Paulo (1,2%) completaram o conjunto de locais com expansão na produção no índice mensal de fevereiro de 2025.

Por outro lado, os recuos de dois dígitos e mais elevados foram observados no Rio Grande do Norte (-24,5%), pressionado, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e óleo diesel); em Pernambuco (-21,3%), influenciado pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gás liquefeito de petróleo e óleos combustíveis); e no Espírito Santo (-11,6%), com influência de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural).

Região Nordeste (-4,7%), Maranhão (-4,0%), Rio de Janeiro (-3,3%), Amazonas (-2,9%), Mato Grosso do Sul (-2,9%), Bahia (-1,5%), Rio Grande do Sul (-1,2%), Minas Gerais (-0,7%), Ceará (-0,2%) e Goiás (-0,1%) também mostraram resultados negativos no índice mensal de fevereiro de 2025.

O acumulado no ano de 2025, frente a igual período de 2024, mostrou expansão de 1,4% do setor industrial, com taxas positivas em oito dos 18 locais pesquisados.

Santa Catarina (7,6%) assinalou a expansão mais acentuada no índice acumulado para os dois meses de 2025, impulsionada, em grande parte, pelas atividades de máquinas e equipamentos (válvulas, torneiras e registros e suas partes e peças, aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e bombas centrífugas), produtos alimentícios (preparações e conservas de peixes, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos e de aves, carnes e miudezas de aves congeladas e sorvetes e picolés), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (quadros, painéis, cabines e outros suportes com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, refrigeradores ou congeladores para uso doméstico, motores elétricos de corrente alternada ou contínua e transformadores), produtos de minerais não metálicos (ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento, massa de concreto e cimentos “Portland”) e produtos de metal (esquadrias de alumínio).

Rio Grande do Sul (3,5%), Paraná (3,3%), Pará (3,0%) e Bahia (1,6%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (1,4%), enquanto Mato Grosso (1,3%), São Paulo (0,9%) e Goiás (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado para o primeiro bimestre de 2025.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (-19,8%), Pernambuco (-19,7%) e Espírito Santo (-10,3%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado para o período janeiro-fevereiro de 2025, pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e óleo diesel), no primeiro local; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gás liquefeito de petróleo e óleos combustíveis), no segundo; e de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural), no último.

Maranhão (-7,9%), Mato Grosso do Sul (-6,4%), Região Nordeste (-3,8%), Rio de Janeiro (-2,7%), Amazonas (-2,2%), Minas Gerais (-0,5%) e Ceará (-0,1%) também mostraram resultados negativos no índice acumulado no ano.

O acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 2,6% em fevereiro de 2025, permaneceu mostrando taxa positiva, mas reduziu o ritmo de crescimento frente aos resultados dos meses anteriores. Em termos regionais, quinze dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em fevereiro de 2025, mas quinze apontaram menor dinamismo frente aos índices de janeiro último.

Rio Grande do Norte (de 3,4% para -1,1%), Pernambuco (de 2,9% para 0,8%), Espírito Santo (de -2,5% para -4,2%), Amazonas (de 2,6% para 0,9%), Rio Grande do Sul (de 1,6% para 0,3%), Ceará (de 6,5% para 5,4%), Rio de Janeiro (de -0,6% para -1,5%), Goiás (de 1,8% para 1,0%) e Mato Grosso do Sul (de 2,7% para 1,9%) assinalaram as principais perdas entre janeiro e fevereiro de 2025, enquanto Pará (de 5,4% para 5,7%) e Paraná (de 3,9% para 4,1%) mostraram os ganhos entre os dois períodos.

IBGE atualiza métodos de ajustamento sazonal de pesquisas conjunturais

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai atualizar os parâmetros dos métodos de ajustamento sazonal da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Brasil, Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Regional, Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Trata-se de procedimento de rotina, realizado pela última vez em abril de 2022, com o objetivo de incorporar os dados disponíveis dos períodos mais recentes. A modelagem estatística aplicada serve para retirar os efeitos sazonal e de calendário das séries temporais dessas pesquisas, o que não implica em alteração dos dados originais.

As íntegras das notas técnica e metodológica de cada pesquisa podem ser acessadas aqui. Para mais informações sobre Ajuste Sazonal de Séries Temporais, acesse aqui. Os resultados da atualização dos métodos de ajustamento sazonal serão disponibilizados na data de divulgação de cada pesquisa: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Brasil - 2 de abril, às 9 horas; Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional - 8 de abril, às 9 horas; Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) - 9 de abril, às 9h; Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) - 10 de abril, às 9h.