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Sinapi

Custos da construção crescem 0,72% em janeiro, com menor pressão dos materiais

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery

09/02/2022 09h00 | Atualizado em 09/02/2022 09h00

A mão de obra foi o que mais pesou nos custos da construção devido ao aumento do salário mínimo - Foto: Helena Pontes /Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (9) pelo IBGE, subiu 0,72% em janeiro, 0,20 ponto percentual acima da taxa de dezembro de 2021 (0,52%). Foi o menor índice desde agosto de 2021. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 17,17%, resultado abaixo dos 18,65% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021 o índice foi 1,99%.

“O início de 2022 foi marcado por uma menor pressão de aumento de preços. Janeiro é o terceiro mês consecutivo em que a parcela dos materiais exerce uma menor pressão na variação mensal. Em novembro, a parcela de materiais teve alta de 1,66%, em dezembro de 0,76% e em janeiro de 0,63%. Em relação à mão de obra, fora os acordos coletivos em Alagoas, Tocantins e Piauí, janeiro tem como característica o impacto do aumento do salário mínimo nacional nas categorias sem qualificação, que têm piso muito próximo a esse valor. Serventes e auxiliares têm um reajuste que não é relacionado aos dissídios captados, mas porque as empresas precisam se adequar ao novo piso nacional, que teve alta de 10,2%”, analisa o gerente do Sinapi.

O custo nacional da construção por metro quadrado, que fechou 2021 em R$ 1.514,52, passou em janeiro para R$ 1.525,48, sendo R$ 915,79 relativos aos materiais e R$ 609,69 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou variação de 0,63%, queda de 0,13 p.p. em relação a dezembro de 2021 (0,76%). Frente a janeiro de 2021 (2,96%), observa-se queda mais significativa, 2,33 p.p.

“A inflação dos materiais está desacelerando e estamos, inclusive, encontrando uma deflação em certos produtos como os pertencentes do segmento do aço”, completa Oliveira.

Já a parcela da mão de obra teve uma contribuição maior para o índice agregado, com taxa de 0,87% e acordos coletivos observados além do reajuste do salário mínimo nacional, subiu 0,72 p.p. em relação a dezembro de 2021 (0,15%). Comparando com janeiro do ano anterior (0,78%), observamos queda de 0,09 p.p.

Os acumulados em 12 meses ficaram em 25,22% (materiais) e 6,87% (mão de obra).

Região Norte registra a maior alta

Com alta na parcela dos materiais em todos os estados e ajustes observados nas categorias profissionais no Tocantins, a Região Norte ficou com a maior variação regional em janeiro 1,24%.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,05% (Nordeste), 0,48% (Sudeste), 0,32% (Sul) e 0,79% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.525,10 (Norte); R$ 1.433,20 (Nordeste); R$ 1.579,80 (Sudeste); R$ 1.599,93 (Sul) e R$ 1.515,22 (Centro-Oeste).

Maior alta do mês foi em Alagoas

Entre os estados, Alagoas foi o que apresentou a maior variação mensal, 4,30%, devido à alta na parcela dos materiais e dissídio coletivo registrado nas categorias profissionais. Outros destaques foram Tocantins e Piauí, com 4,14% e 3,34%, respectivamente.

Mais sobre o SINAPI

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da Construção Civil – SINAPI, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no SIDRA.