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Sinapi

Preços da construção crescem 0,99% em março

Editoria: Estatísticas Econômicas | Irene Gomes

08/04/2022 09h00 | Atualizado em 08/04/2022 09h00

#PraCegoVer A foto mostra em primeiro plano vários tijolos empilhados. Ao fundo, mostra parte de uma obra de edificação.
Parcela dos materiais registra a menor variação desde julho de 2020. Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (08) pelo IBGE, subiu 0,99% em março, um aumento de 0,43 ponto percentual em relação a fevereiro. O acumulado do primeiro trimestre de 2022 ficou em 2,29% e nos últimos 12 meses, a alta foi de 15,75%, resultado abaixo dos 16,28% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em março do ano passado, o índice foi 1,45%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.549,07 em março, sendo R$ 927,28 relativos aos materiais e R$ 621,79 à mão de obra. Em fevereiro, havia fechado em R$ 1.533,96.

“Um dos destaques nesse mês é a variação da parcela dos materiais, que vem apresentando desaceleração ao longo de 2022 e registra a menor variação desde julho de 2020”, comenta Augusto Oliveira, gerente do Sinapi.

Em março, a parcela dos materiais apresentou variação de 0,48%, uma queda de 0,29 p.p. em relação ao mês anterior (0,77%). “Este é o menor índice observado desde julho de 2020. Na comparação com março de 2021 (2,20%), houve uma queda expressiva de 1,72 pontos percentuais”, complementa o gerente.

Por outro lado, o que puxou a alta do índice em março foi a parcela da mão de obra. Com aumento de 1,75%, o índice ficou 1,52 p.p acima de fevereiro (0,23%) e 1,28 p.p. acima de março de 2021 (0,47%). “Esse aumento é decorrente de reajustes captados em uma parcela das categorias e dos acordos coletivos que estão sendo praticados”, explica Augusto.

Mato Grosso tem a maior alta, seguido por Minas Gerais

O Mato Grosso foi a unidade da federação com a maior alta no recorte estadual, 4,14%, seguido por Minas Gerais, com 3,84%. “Os dois maiores aumentos entre os estados foram decorrentes, justamente, das altas nas categorias profissionais”, explica o gerente.

Em termos regionais, a maior alta foi no Cento-Oeste (1,69%), com alta observada na parcela dos materiais em todos os estados, e reajustes captados no Mato Grosso e Goiás. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,96% (Norte), 0,82% (Nordeste), 1,14% (Sudeste), e 0,40% (Sul).

Em termos de custos regionais (por metro quadrado), o Sul ficou em primeiro (R$ 1.614,83), seguido pelo Sudeste (R$ 1.606,30), Norte (R$ 1.551,07), Centro-Oeste (R$ 1.548,88) e Nordeste (R$ 1.453,09).

Mais sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no Sidra.