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Triplo Fórum

No Triplo Fórum, IBGE lança Caderno ODS com foco em indicadores e desafios brasileiros

Editoria: IBGE | Débora Silva Costa

12/06/2025 12h58 | Atualizado em 12/06/2025 12h58

No Triplo Fórum, IBGE lançou mais um Caderno da série Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou na tarde de quarta-feira (11), o terceiro caderno temático da série Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20. A publicação foca no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, que trata de saúde e bem-estar, reunindo um conjunto de indicadores cruciais, detalhando a posição do Brasil em relação às demais nações do G20 e revelando as disparidades regionais dentro do próprio país.

A publicação do IBGE visa fornecer informações essenciais para monitorar o progresso do Brasil em relação às metas globais da Agenda 2030 e identificar as áreas que demandam maior atenção para o avanço da saúde e do bem-estar no país. Veja a publicação aqui.

O Triplo Fórum é organizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em coorganização com o Governo do Estado do Ceará, de 11a 13 de junho, no Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999, acesso pavilhão oeste, portão C). Ainda estão abertas as inscrições e acesse a programação no portal do evento, que tem o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Ceará Sem Fome, da Companhia de Participação e Gestão de Ativos do Ceará S/A - Ceará Par, da Secretaria de Turismo do Ceará, da Secretaria Nacional de Juventude - Secretaria Geral da Presidência da República, e demais parceiros. As plenárias serão transmitidas pelo IBGE digital, e pelos canais oficiais do instituto IBGE Digital, Youtube, Instagram, TikTok e Facebook.

Série Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20

Durante o lançamento, Denise Kronemberger, coordenadora do Projeto Agenda 2030 no IBGE, contextualizou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e as metas estabelecidas pelos países-membros da ONU, ressaltando que restam seis anos para o cumprimento da Agenda. “Apenas 17% das metas foram alcançadas até o momento. Isso porque nós tivemos, no meio desse caminho, a pandemia de Covid-19. Nós estamos em situação de emergência climática, temos vários conflitos, várias guerras. O gasto é muito grande, é um gasto que é deslocado de alcançar as metas da Agenda para outras ações.” A coordenadora também destacou que o Brasil se diferencia dos demais países por integrar estatísticas e geociências, um aspecto que, inclusive, é evidenciado na série "Criando Sinergias".

Marco Antônio de Andreazzi, Gerente de Estatísticas de Saúde do IBGE, apresentou o novo caderno da série, que se aprofunda no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 – Saúde e Bem-Estar e oferece uma análise detalhada de diversos indicadores. O Caderno ODS Saúde é uma ferramenta vital para análises e formulação de políticas públicas, permitindo uma compreensão aprofundada das desigualdades e progressos nas diversas regiões brasileiras.

Na mesa, também foi lançada a segunda edição do Caderno Mapas, que faz parte da coleção "Criando Sinergias". A publicação foi apresentada pelo servidor Ricardo Neves de Souza Lima, da Coordenação de Atendimento e Informação. Esta edição mostra mapas-múndi de todos os indicadores dos temas já abordados em divulgações anteriores, com o Brasil em destaque no centro do mapa. Como novidade, inclui mapas e gráficos do recém-lançado caderno temático sobre Saúde.

Ricardo também mostrou a seção no site do Atlas Geográfico IBGE com os mapas dos indicadores. “No site, para cada indicador, você encontrará um mapa interativo e um gráfico. O mapa abrange todos os países com informações disponíveis para determinado indicador, apresentando o dado mais recente ou uma composição que permite a comparação relevante entre os dados dos países. Também é possível selecionar os países do G20 para visualizar seus gráficos com a série histórica”, explicou Ricardo.

A mesa de debate contou também com a participação de representantes de instituições do estado do Ceará. Dimas Costa, Presidente do Centro de Treinamento e Desenvolvimento (Cetrede), atuou como mediador, conduzindo a discussão. Já Fabio Montenegro, Diretor da Escola de Gestão Pública do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), contribuiu com uma fala pertinente sobre como os ODS são aplicados nas atividades do Instituto.

Denise Kronemberger, coordenadora no IBGE, destacou a apresentação dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará
O caderno divulgado explora o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3: Saúde e Bem-Estar - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará
Marco Antônio de Andreazzi, Gerente de Estatísticas de Saúde, apresentou os dados de mortalidade e cobertura vacinal do Caderno ODS Saúde - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará
O Caderno Mapas foi apresentado por Ricardo Neves, da Coordenação de Atendimento e Informação - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará
A mesa contou com a participação de representantes do Ipece e do Cetrede - Foto: Débora Silva Costa/IBGE Ceará

Indicadores do Caderno ODS Saúde

Entre os indicadores apresentados, estavam as estatísticas de saúde relacionadas a mortalidade. Em 2022, o Brasil registrou a quarta maior taxa entre os países do G20 tanto em relação à mortalidade em menores de 5 anos quanto em relação à taxa de mortalidade neonatal.

Quanto à taxa de mortalidade por suicídio, em 2019, o Brasil possuía a sexta menor taxa (6,9 por 100 mil). Além disso, o caderno analisa a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito, que teve uma queda expressiva entre 2012 e 2022, mas ainda se mantém como um desafio.

A publicação também aborda a taxa de mortalidade por doenças crônicas, apresentando dados sobre óbitos por doenças do aparelho circulatório, tumores malignos, diabetes mellitus e doenças crônicas respiratórias. Para essas causas, o Brasil tinha uma das maiores taxas de mortalidade entre os países do G20 em 2022.

Por fim, foi abordada a taxa de cobertura vacinal, em 2022, indicador no qual o Brasil se destaca com a pior cobertura para sarampo e DTP (difteria, tétano e coqueluche) em comparação com os outros países analisados. "Acima de 80% é considerada uma cobertura vacinal mínima para que você possa ter um componente populacional de proteção. Acima desse percentual você consegue reduzir o índice de propagação do vírus", explicou Marco Antônio de Andreazzi. A publicação também inclui as coberturas de tríplice viral, pneumocócica e HPV, apontando para a necessidade de avanços nas campanhas de imunização. Veja a publicação aqui.