Presidente Marcio Pochmann participa de evento da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação na UERJ
14/03/2024 17h56 | Atualizado em 15/03/2024 09h00
Na manhã desta quinta-feira, 14, o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, foi um dos convidados do painel de abertura da conferência “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social”, que acontece até amanhã no Teatro Odylo Costa Filho, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A primeira sessão do evento, que faz parte da programação da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), também teve participação da pró-reitora de Extensão da UERJ, Ana Santiago; do diretor do Departamento de Parcerias e Fomento do Ministério do Trabalho, Fernando Zamban; e da secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Tatiana Roque.
A primeira rodada de discussões teve como tema central o uso de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento da sociedade. Em seu discurso de abertura, o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Inácio Arruda, mediador do painel, destacou a importância da popularização do conhecimento científico, de modo que ele não fique restrito ao ambiente acadêmico. “Este encontro tem como objetivo examinar a realidade brasileira e pensar em soluções para nossos desafios. É preciso envolver toda a diversidade da população nesse debate, e não apenas uma pequena fração dela”, disse ele.
O presidente Marcio Pochmann, por sua vez, reforçou o momento ímpar no qual a conferência está sendo realizada, marcado pela presença cada vez maior de recursos digitais no cotidiano das pessoas, impactando em vários setores. “Estamos diante de uma nova Era, a Digital. Ela coloca em xeque a autonomia política dos países. Para se ter uma ideia, apesar de ser o principal produtor de estatística do país, o IBGE possui menos informações sobre os brasileiros do que grandes empresas globais de tecnologia. O Brasil precisa ter soberania digital”, observou.
Outra questão abordada por Pochmann foi a evasão de profissionais qualificados do Brasil. “Vemos, já há algum tempo, uma séria crise de fuga de cérebros. Mais de quatro milhões de brasileiros vivem fora do país, a maioria deles formada por pessoas com alto nível de escolaridade, que não encontraram oportunidades aqui. Ciência e tecnologia são essenciais para transformar nossa realidade, nos afastando do medo de ousar e inovar”,
finalizou ele.
“Acho que discutir sobre divulgação científica nunca foi tão importante. Em tempos de negacionismo, é fundamental trabalharmos para levar o conhecimento além dos muros da universidade. Ainda não conseguimos aliar o desenvolvimento econômico ao social, e a ação do poder público é muito importante para a redução das desigualdades sociais”, afirmou a secretária Tatiana Roque.
Para o último dia do evento, está prevista a realização da plenária final, com debate e aprovação do documento-guia. Em seguida, haverá uma mesa de encerramento, com participação das seguintes autoridades: Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI; Gulnar Azevedo e Silva, reitora da UERJ; Silvia Massruhá, presidente da Embrapa; Lourdes Oliveira, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); Celso Pansera, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); Jandira Feghali, deputada federal (PcdoB/RJ); Marcio Macedo, Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; e Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A 5ª CNCTI ocorrerá entre os dias 4 e 6 de junho deste ano, em Brasília (DF). O tema do encontro será “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”. A conferência realizada na UERJ integra um conjunto de espaços de diálogos, composto por eventos municipais, estaduais, reuniões temáticas e livres. O propósito é abranger os diferentes atores da sociedade, como representantes de instituições científicas, organizações não governamentais, associações e entidades de classe, comunidade acadêmica, entre outros.