Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

IPCA-15

Prévia da inflação fica em 0,60% em abril puxada pela alta dos combustíveis

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery

27/04/2021 09h00 | Atualizado em 06/05/2021 14h58

Gasolina permanece como o produto com o principal impacto no índice - Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,60% em abril, com desaceleração ao situar-se 0,33 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em março (0,93%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e em 12 meses, de 6,17%, acima dos 5,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.  Em abril de 2020, a taxa foi de -0,01%. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo IBGE.

Com alta de 1,76%, os transportes continuam sendo a principal influência no índice (0,36 p.p.), embora tenham desacelerado em relação ao resultado de março, que teve uma variação de 3,79%. A gasolina (5,49%) permanece como o produto com o principal impacto no índice (0,30 p.p.), ainda que com uma variação menor do que o mês anterior (11,18%). Óleo diesel (2,54%) e o etanol (1,46%) tiveram altas, mas também inferiores às registradas em março – 10,66% e 16,38%, respectivamente.

 

Os alimentos tiveram variação de 0,36%, superior à alta de março. A alimentação no domicílio passou de queda de 0,03% em março para 0,19% em abril. E o café da manhã ficou mais caro com a alta do pão francês (1,73%) e do leite longa vida (1,75%), cujos preços haviam recuado no mês anterior (-0,11% e -4,50%, respectivamente). As carnes seguem em alta (0,61%), embora com variação menor do que a de março (1,72%).

Ainda no setor de alimentos, outro destaque é a alta de 0,79% na alimentação fora do domicílio, com variações positivas nos dois principais componentes: lanche (1,34%) e refeição (0,57%), que aceleraram em relação a março, contribuindo conjuntamente com 0,04 p.p. no resultado do mês.

Por outro, lado alguns tubérculos como cenoura (-13,58%) e batata-inglesa (-5,03%) apresentaram quedas, assim como frutas (-2,91%) e arroz (-1,44%).

No grupo de saúde e cuidados pessoais, o reajuste, em 1º de abril, de até 10,08%, dependendo da classe terapêutica, acabou impactando o preço dos produtos farmacêuticos, que subiram 0,53%, após terem apresentado queda de 0,29% em março.

Após uma sequência de reajustes nas refinarias em fevereiro e março, houve duas reduções o preço da gasolina no final do mês passado, e o IPCA-15 mostrou uma desaceleração nos combustíveis.  No caso de alimentação e bebidas, havia uma desaceleração desde dezembro e em abril voltou a acelerar.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em abril. O maior resultado foi observado em Brasília (0,98%), especialmente em função da alta no preço da gasolina (8,37%). A menor variação, por sua vez, foi registrada na região metropolitana de Belém (0,39%), influenciada pela queda no preço do arroz (-5,25%).

Os preços do IPCA-15 foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (base).

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - SNIPC produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor. Com divulgação na Internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência e na abrangência geográfica.

Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.