Em junho, indústria cresce em oito dos 15 locais pesquisados
08/08/2024 09h00 | Atualizado em 08/08/2024 09h50
Em junho de 2024, a produção industrial nacional cresceu 4,1% frente a maio, na série com ajuste sazonal, e oito dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas positivas.
Os avanços mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (34,9%) e no Pará (9,7%). Já Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%) e Pernambuco (-5,2%) apontaram os recuos mais intensos.
A média móvel trimestral foi positiva em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para as expansões mais acentuadas assinaladas por Paraná (4,5%), Pará (3,2%), São Paulo (1,2%) e Mato Grosso (0,9%). Por outro lado, Goiás (-1,7%), Espírito Santo (-1,6%) e Amazonas (-1,4%) mostraram as principais quedas em junho de 2024.
Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria cresceu 3,2% em junho de 2024, com resultados positivos em 11 dos 18 locais pesquisados. A alta mais intensa foi no Maranhão (17,3%).
No acumulado no ano de 2024, a alta de 2,6% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em 16 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (22,9%) registrou o avanço mais acentuado, de dois dígitos.
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Junho de 2024 |
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Locais | Variação (%) | |||
Junho 2024/ Maio 2024* |
Junho 2024/ Junho 2023 |
Acumulado Janeiro-Junho |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -3,4 | -5,7 | 2,0 | -1,5 |
Pará | 9,7 | 10,5 | 0,8 | 3,2 |
Região Nordeste | -6,0 | -1,2 | -0,4 | -1,5 |
Maranhão | - | 17,3 | 4,8 | 0,8 |
Ceará | 1,6 | 11,1 | 7,3 | 1,4 |
Rio Grande do Norte | - | 15,2 | 22,9 | 22,8 |
Pernambuco | -5,2 | -2,8 | 2,1 | 3,6 |
Bahia | -5,4 | 0,5 | 2,4 | 1,1 |
Minas Gerais | 3,3 | 1,5 | 1,2 | 1,3 |
Espírito Santo | 2,7 | -9,6 | 1,3 | 11,5 |
Rio de Janeiro | 0,0 | 2,6 | 5,2 | 6,0 |
São Paulo | 1,3 | 8,6 | 4,4 | 1,5 |
Paraná | 3,5 | 7,4 | 1,3 | 3,5 |
Santa Catarina | 0,9 | 2,0 | 5,6 | 3,4 |
Rio Grande do Sul | 34,9 | -0,5 | -1,0 | -2,3 |
Mato Grosso do Sul | - | 14,1 | 3,4 | 0,4 |
Mato Grosso | -2,1 | -3,1 | 4,0 | 6,4 |
Goiás | -4,6 | -1,7 | 7,6 | 9,3 |
Brasil | 4,1 | 3,2 | 2,6 | 1,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas * Série com Ajuste Sazonal |
Oito dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas em junho, na série com ajuste sazonal, acompanhando o avanço (4,1%) da produção industrial nacional. Rio Grande do Sul (34,9%) e Pará (9,7%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro local voltando a crescer após recuar 26,3% no mês anterior por conta do impacto causado pelas chuvas ocorridas em maio e que afetaram o setor produtivo local, e o segundo acumulando ganho de 25,2% em dois meses consecutivos de crescimento na produção.
Paraná (3,5%), Minas Gerais (3,3%), Espírito Santo (2,7%), Ceará (1,6%), São Paulo (1,3%) e Santa Catarina (0,9%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em junho de 2024. Rio de Janeiro, com variação nula (0,0%), repetiu o patamar de produção do mês anterior.
Por outro lado, Região Nordeste (-6,0%), Bahia (-5,4%) e Pernambuco (-5,2%) mostraram as quedas mais elevadas neste mês, com os dois primeiros voltando a recuar após avançarem 4,7% e 9,0% em maio, e o último marcando o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou perda de 8,7%. Goiás (-4,6%), Amazonas (-3,4%) e Mato Grosso (-2,1%) assinalaram os demais resultados negativos em junho de 2024.
O índice de média móvel trimestral para a indústria avançou 0,7% no trimestre encerrado em junho frente ao nível do mês anterior e oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas, com destaque para as altas mais acentuadas registradas por Paraná (4,5%), Pará (3,2%), São Paulo (1,2%) e Mato Grosso (0,9%).
Por outro lado, Goiás (-1,7%), Espírito Santo (-1,6%) e Amazonas (-1,4%) mostraram os principais recuos em junho de 2024.
Na comparação com junho de 2023, a indústria mostrou crescimento de 3,2% em junho de 2024, com 11 dos 18 locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que junho de 2024 (20 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21).
Maranhão (17,3%), Rio Grande do Norte (15,2%), Mato Grosso do Sul (14,1%), Ceará (11,1%) e Pará (10,5%) assinalaram as expansões de dois dígitos e as mais acentuados nesse mês, impulsionadas, em grande parte, pelas atividades de celulose, papel e produtos de papel (celulose) e metalurgia (óxido de alumínio), no primeiro local; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), no segundo; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e açúcar VHP) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no terceiro; de artefatos do couro, artigos para viagem e calçados (calçados esportivos de couro e calçados de material sintético moldado de uso infantil), produtos têxteis (fios de algodão retorcidos, tecidos de algodão tintos ou estampados, fitas de tecidos, tecidos de algodão crus ou alvejados e tecidos de malha de fibras sintéticas ou artificiais), confecção de artigos do vestuário e acessórios (calcinhas, sutiãs e cintas-sutiãs), produtos de metal (rolhas, tampas ou cápsulas metálicas, construções pré-fabricadas de metal e latas de alumínio para embalagem) e metalurgia (barras, vergalhões, fio-máquina e outros produtos longos relaminados de aço), no quarto; e de indústrias extrativas (minérios de ferro, de cobre, de alumínio e de manganês em bruto ou beneficiados), no último.
São Paulo (8,6%) e Paraná (7,4%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (3,2%), enquanto Rio de Janeiro (2,6%), Santa Catarina (2,0%), Minas Gerais (1,5%) e Bahia (0,5%) completaram o conjunto de locais com avanço na produção no índice mensal de junho de 2024.
Por outro lado, Espírito Santo (-9,6%) e Amazonas (-5,7%) mostraram os recuos mais elevados neste mês, pressionados, principalmente, pelas atividades de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e óleos brutos de petróleo), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva, querosenes de aviação e naftas), bebidas (preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (terminais de autoatendimento bancário), no segundo.
Mato Grosso (-3,1%), Pernambuco (-2,8%), Goiás (-1,7%), Região Nordeste (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) também assinalaram resultados negativos na produção no índice mensal de junho de 2024.
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve expansão de 2,6%, com resultados positivos em 16 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (22,9%) assinalou avanço de dois dígitos, o mais acentuado no índice acumulado para os seis primeiros meses do ano, impulsionado, em grande parte, pela atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva).
Goiás (7,6%), Ceará (7,3%), Santa Catarina (5,6%), Rio de Janeiro (5,2%), Maranhão (4,8%), São Paulo (4,4%), Mato Grosso (4,0%) e Mato Grosso do Sul (3,4%) também apresentaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (2,6%), enquanto Bahia (2,4%), Pernambuco (2,1%), Amazonas (2,0%), Espírito Santo (1,3%), Paraná (1,3%), Minas Gerais (1,2%) e Pará (0,8%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Rio Grande do Sul (-1,0%) assinalou o recuo mais acentuado no índice acumulado para o período janeiro-junho de 2024, pressionado, principalmente, pelas atividades de máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, tratores agrícolas, retroescavadeiras e semeadores, plantadeiras ou adubadores), produtos alimentícios (arroz, rações, leite em pó, pães, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, farinha de trigo, leite esterilizado/UHT/longa vida, carnes de suínos congeladas, leite condensado e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos), produtos químicos (etileno não saturado, fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, polipropileno e propeno não saturado) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e autopeças).
Região Nordeste, com variação negativa de 0,4%, completou o conjunto de locais com taxas negativas no índice acumulado no ano.
No confronto do resultado do primeiro trimestre de 2024 com o segundo trimestre de 2024, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, oito dos 18 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 1,9% para 3,3%.
Maranhão (de -0,3% para 10,7%), Paraná (de -2,5% para 5,0%), São Paulo (de 2,1% para 6,5%), Pernambuco (de -0,1% para 4,3%) e Santa Catarina (de 3,6% para 7,6%) apontaram os ganhos mais acentuados, enquanto Espírito Santo (de 5,5% para -2,7%), Rio Grande do Sul (de 2,7% para -4,3%), Goiás (de 10,8% para 5,1%), Mato Grosso (de 6,6% para 1,9%) e Amazonas (de 4,3% para -0,2%) assinalaram as principais perdas entre os dois períodos.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 1,5% em junho de 2024, permaneceu mostrando taxa positiva e intensificou o ritmo de crescimento frente ao resultado de maio de 2024 (1,3%).
Em termos regionais, 15 dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em junho de 2024, mas dez apontaram maior dinamismo frente aos índices de maio último. Maranhão (de -1,8% para 0,8%), Ceará (de -0,7% para 1,4%), Mato Grosso do Sul (de -1,1% para 0,4%), São Paulo (de 0,5% para 1,5%) e Paraná (de 2,6% para 3,5%) assinalaram os principais ganhos entre maio e junho de 2024, enquanto Espírito Santo (de 13,4% para 11,5%), Mato Grosso (de 8,1% para 6,4%), Amazonas (de -0,5% para -1,5%), Goiás (de 10,1% para 9,3%) e Rio de Janeiro (de 6,8% para 6,0%) mostraram as maiores perdas entre os dois períodos.