Em setembro, IPCA-15 fica em 0,39% e IPCA-E em 1,42%
22/09/2015 09h50 | Atualizado em 03/08/2017 16h27
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 Período 
 | 
 TAXA 
 | 
|---|---|
| 
 Setembro 2015 
 | 
 0,39% 
 | 
| 
 Agosto 2015 
 | 
 0,43% 
 | 
| 
 Setembro 2014 
 | 
 0,39% 
 | 
| 
 Acumulado no ano 
 | 
 7,78% 
 | 
| 
 Acumulado 12 meses 
 | 
 9,57% 
 | 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,39% em setembro e ficou 0,04 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de agosto (0,43%). Com isto, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) ficou em 1,42%. Já o IPCA-15 acumulado no ano chegou a 7,78%, o mais elevado acumulado para os meses de janeiro a setembro desde 2003 (8,46%).
Em 2014, o índice acumulado no mesmo período fora 4,72%.
Quanto ao acumulado dos últimos 12 meses, o índice permaneceu em 9,57%, o mesmo dos 12 meses imediatamente anteriores, já que em setembro de 2014 o IPCA-15 também havia sido 0,39%. Assim, esse acumulado continua o mais elevado desde dezembro de 2003 (9,86%).
Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Juntos, passagens aéreas (23,17%) e gás de botijão (5,34%) foram responsáveis por um terço do índice do mês e contribuíram com 0,13 p.p., sendo 0,07 p.p. relativo às passagens e 0,06 p.p. ao gás. Com a alta daspassagens aéreas, o grupo com o maior índice ficou sendo o dos Transportes (0,78%), conforme mostra a tabela a seguir.
| 
 Grupo 
 | 
 Variação Mensal (%) 
 | 
 Impacto (p.p.) 
 | 
 Variação Acumulada (%) 
 | 
|||
|---|---|---|---|---|---|---|
| 
 Julho 
 | 
 Agosto 
 | 
 Setembro 
 | 
 Setembro 
 | 
 Trimestre 
 | 
 12 Meses 
 | 
|
| 
 Índice Geral 
 | 
 0,59 
 | 
 0,43 
 | 
 0,39 
 | 
 0,39 
 | 
 1,42 
 | 
 9,57 
 | 
| 
 Alimentação e Bebidas 
 | 
 0,64 
 | 
 0,45 
 | 
 -0,06 
 | 
 -0,02 
 | 
 1,03 
 | 
 10,51 
 | 
| 
 Habitação 
 | 
 1,15 
 | 
 1,02 
 | 
 0,68 
 | 
 0,11 
 | 
 2,88 
 | 
 17,91 
 | 
| 
 Artigos de Residência 
 | 
 0,47 
 | 
 0,73 
 | 
 0,36 
 | 
 0,02 
 | 
 1,57 
 | 
 4,43 
 | 
| 
 Vestuário 
 | 
 -0,06 
 | 
 0,01 
 | 
 0,36 
 | 
 0,02 
 | 
 0,31 
 | 
 3,83 
 | 
| 
 Transportes 
 | 
 0,14 
 | 
 -0,46 
 | 
 0,78 
 | 
 0,14 
 | 
 0,46 
 | 
 8,13 
 | 
| 
 Saúde e Cuidados Pessoais 
 | 
 0,80 
 | 
 0,83 
 | 
 0,50 
 | 
 0,06 
 | 
 2,14 
 | 
 8,43 
 | 
| 
 Despesas Pessoais 
 | 
 0,83 
 | 
 0,73 
 | 
 0,51 
 | 
 0,05 
 | 
 2,08 
 | 
 9,50 
 | 
| 
 Educação 
 | 
 0,10 
 | 
 0,78 
 | 
 0,24 
 | 
 0,01 
 | 
 1,12 
 | 
 9,10 
 | 
| 
 Comunicação 
 | 
 0,59 
 | 
 0,11 
 | 
 0,01 
 | 
 0,00 
 | 
 0,71 
 | 
 -0,12 
 | 
As tarifas dos ônibus urbanos (0,65%) e os serviços de conserto de automóvel (1,08%), também se destacaram no grupo Transportes. Nos ônibus, a pressão veio da região metropolitana de Belo Horizonte, onde as tarifas subiram 7,60% no período de referência do índice, refletindo parte do reajuste de 9,68% de 08 de agosto, embora o mesmo tenha sido suspenso a partir de 17 de setembro, cumprindo liminar concedida em 14 de setembro.
Os preços do gás de botijão, do grupo Habitação (0,68%) aumentaram 5,34%, refletindo parte do reajuste de 15,00% em vigor a partir de primeiro de setembro. Os preços se elevaram ainda mais em Goiânia, Brasília eFortaleza, onde o botijão ficou mais caro em 9,13%, 7,69% e 7,48%, respectivamente.
Na taxa de água e esgoto, também do grupo Habitação, a alta foi de 1,59%. Isto em decorrência da região metropolitana do Rio de Janeiro (5,42%), devido ao reajuste de 9,98% desde primeiro de agosto; Curitiba(3,49%), refletindo o reajuste extraordinário de 8,00% em primeiro de setembro; e São Paulo (3,23%) devido à menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, aprovado pela deliberação ARSEP n° 469, de 03/02/2014 e ampliado pela deliberação ARSEP n° 480, de 31/03/2014.
Ainda em Habitação, cabe destacar os itens artigos de limpeza (0,82%), aluguel residencial (0,60%) econdomínio (0,45%). Por outro lado, contrapondo-se às altas, as contas de energia elétrica, devido às reduções na parcela do PIS/COFINS, tiveram queda de 0,37%, mesmo frente à variação de 6,83% registrada em Brasília, com o reajuste de 18,26% de 26 de agosto, e de 1,38% em Belém, reflexo do reajuste de 7,47% em 07 de agosto.
Os grupos Despesas Pessoais (0,51%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,50%) ficaram com resultados muito próximos. Nas Despesas Pessoais a principal pressão foi exercida pelo item empregado doméstico, com alta de 0,62%, seguido dos serviços bancários (2,02%) e de cabeleireiro (1,04%), enquanto o plano de saúde, com 1,06%, foi destaque no grupo Saúde e Cuidados Pessoais.
Entre os grupos, Alimentação e Bebidas se destaca por apresentar pequena queda, de 0,06%. Os preços dosalimentos consumidos em casa ficaram 0,37% mais baixos em relação ao mês anterior, enquanto osconsumidos fora de casa aumentaram 0,51%. Vários alimentos ficaram mais baratos de um mês para o outro, a exemplo da cebola (13,77%), tomate (13,14%) e cenoura (10,29%).
Quanto aos índices regionais o maior foi o de Brasília (0,75%), influenciado pela alta das passagens aéreas(22,83%), da energia elétrica (6,83%) e do gás de botijão (7,69%). O resultado da energia elétrica refletiu o reajuste de 18,26% em vigor desde o dia 26 de agosto e o do gás foi decorrente do reajuste de 15,00% concedido em 1º de setembro. O menor índice foi o da região metropolitana de Salvador (0,17%) onde osalimentos consumidos em casa apresentaram queda de 0,89%.
| 
 Região 
 | 
 Peso Regional (%) 
 | 
 Variação Mensal (%) 
 | 
 Variação Acumulada (%) 
 | 
|||
|---|---|---|---|---|---|---|
| 
 Julho 
 | 
 Agosto 
 | 
 setembro 
 | 
 Trimestre 
 | 
 12 Meses 
 | 
||
| Brasília | 
 3,46 
 | 
 0,33 
 | 
 0,09 
 | 
 0,75 
 | 
 1,17 
 | 
 8,05 
 | 
| Recife | 
 5,05 
 | 
 0,87 
 | 
 0,17 
 | 
 0,57 
 | 
 1,62 
 | 
 9,09 
 | 
| Fortaleza | 
 3,49 
 | 
 0,36 
 | 
 0,14 
 | 
 0,49 
 | 
 0,99 
 | 
 9,50 
 | 
| Belém | 
 4,65 
 | 
 0,26 
 | 
 0,09 
 | 
 0,45 
 | 
 0,80 
 | 
 8,06 
 | 
| Rio de Janeiro | 
 12,46 
 | 
 0,38 
 | 
 0,19 
 | 
 0,45 
 | 
 1,02 
 | 
 10,18 
 | 
| São Paulo | 
 31,68 
 | 
 0,65 
 | 
 0,54 
 | 
 0,44 
 | 
 1,64 
 | 
 9,84 
 | 
| Goiania | 
 4,44 
 | 
 0,38 
 | 
 0,84 
 | 
 0,39 
 | 
 1,62 
 | 
 10,75 
 | 
| Belo Horizonte | 
 11,23 
 | 
 0,57 
 | 
 0,30 
 | 
 0,34 
 | 
 1,21 
 | 
 8,28 
 | 
| Curitiba | 
 7,79 
 | 
 0,79 
 | 
 0,63 
 | 
 0,30 
 | 
 1,73 
 | 
 10,79 
 | 
| Porto Alegre | 
 8,40 
 | 
 0,69 
 | 
 0,73 
 | 
 0,19 
 | 
 1,62 
 | 
 10,42 
 | 
| Salvador | 
 7,35 
 | 
 0,73 
 | 
 0,47 
 | 
 0,17 
 | 
 1,38 
 | 
 8,46 
 | 
| Brasil | 
 100,00 
 | 
 0,59 
 | 
 0,43 
 | 
 0,39 
 | 
 1,42 
 | 
 9,57 
 | 
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de agosto a 14 de setembro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de julho a 13 de agosto de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
22 de setembro de 2015