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De fevereiro para março, emprego industrial recua 0,6%

A taxa é referente à série com ajuste sazonal. Já na comparação com março/08, a redução foi de 5,0% no pessoal ocupado...

12/05/2009 06h01 | Atualizado em 12/05/2009 06h01

A taxa é referente à série com ajuste sazonal. Já na comparação com março/08, a redução foi de 5,0% no pessoal ocupado, o pior resultado desde o início da pesquisa (2001). No acumulado no primeiro trimestre do ano, a retração chegou a 4,0%. O número de horas pagas (livre das influências sazonais) caiu 0,9% em relação a fevereiro/09. No confronto com março/08, a queda foi de 5,6%, acumulando, no ano, 5,0% de decréscimo. Quanto à folha de pagamento real, houve queda de 2,5% na passagem de fevereiro para março/09 (com ajuste sazonal). No confronto com março/08, o resultado foi de -2,2%, e, no ano, apontou estabilidade (0,0%).

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em março, na série livre de influências sazonais, o emprego na indústria recuou 0,6% em relação ao mês imediatamente anterior, sexto resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 5,8% frente ao nível de outubro do ano passado. O índice de média móvel trimestral manteve sequência de cinco taxas negativas, com queda de 1,1% em março.

No confronto com março de 2008, a queda de 5,0% do pessoal ocupado foi o pior resultado da série histórica. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 1,0% em fevereiro para 0,3% em março, acentuou a trajetória descendente iniciada em agosto do ano passado. Na análise trimestral, o acumulado janeiro-março de 2009 registrou retração de 4,0% frente a igual período de 2008. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior – série ajustada sazonalmente –, o emprego recuou 3,9%, segunda queda consecutiva, acumulando perda de 5,0% nos dois últimos trimestres.

No indicador mensal, o contingente de trabalhadores ficou 5,0% menor que o de março de 2008, redução que atingiu os quatorze locais e quatorze dos dezoito ramos pesquisados. São Paulo (-4,0%), região Norte e Centro-Oeste (-8,6%) e Minas Gerais (-6,2%) exerceram as pressões negativas mais significativas. Nesses locais, os segmentos que mais contribuíram para o recuo do emprego foram: máquinas e equipamentos (-10,3%) e produtos de metal (-11,5%) na indústria paulista; madeira (-27,2%) e alimentos e bebidas (-3,6%) no Norte e Centro-Oeste; e meios de transporte (-15,0%) e vestuário (-9,7%) na indústria mineira.

Em termos setoriais, no total do país, os principais destaques negativos foram vestuário (-8,6%), máquinas e equipamentos (-8,2%), calçados e artigos de couro (-10,3%) e meios de transporte (-7,0%). Por outro lado, papel e gráfica (7,0%), refino de petróleo e produção de álcool (3,5%), minerais não-metálicos (0,8%) e indústria extrativa (0,5%) exerceram pressão positiva.

O índice acumulado nos três primeiros meses do ano recuou 4,0%, com queda nos quatorze locais, influenciado, principalmente, pela redução no emprego em São Paulo (-3,2%), região Norte e Centro-Oeste (-6,7%) e Minas Gerais (-4,5%). Por setor, treze mostraram resultados negativos, com vestuário (-8,6%), calçados e artigos de couro (-10,1%), madeira (-14,6%) e borracha e plástico (-7,3%) exercendo os maiores impactos sobre a formação da taxa geral. Em sentido contrário, papel e gráfica (3,2%), refino de petróleo e produção de álcool (6,0%) e minerais não-metálicos (1,7%) foram as contribuições positivas mais relevantes.

Na comparação do trimestre frente a igual trimestre do ano anterior, o emprego industrial mostrou clara trajetória descendente: passando de 2,5% no terceiro trimestre de 2008 para 0,2% no trimestre seguinte e chegando aos -4,0% no primeiro trimestre deste ano, menor índice da série histórica neste tipo de confronto. Vale citar que o resultado negativo dos três primeiros meses de 2009 interrompe uma sequência de dez trimestres de taxas positivas. A desaceleração entre os dois últimos períodos atingiu os quatorze locais e dezessete ramos. No corte setorial, as perdas mais significativas, em termos de participação, foram observadas em máquinas e equipamentos, que passou de 5,8% em outubro-dezembro para -4,4% em janeiro-março; meios de transporte (de 4,0% para -4,5%) e alimentos e bebidas (de 1,3% para -1,6%). Entre os locais, os destaques foram: Minas Gerais (de 2,9% para -4,5%), região Norte e Centro-Oeste (de -0,2% para -6,7%) e Rio Grande do Sul (de 0,8% para -5,1%). São Paulo, que apontava aumento de 0,5% no quarto trimestre do ano passado, ficou com -3,2% no primeiro trimestre deste ano.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em março, apresentou queda de 0,9% em relação a fevereiro, na série livre dos efeitos sazonais, sexto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período uma perda de 6,6%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral manteve a trajetória descendente iniciada em setembro, ao recuar 1,0% entre fevereiro e março. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas se reduz em 4,0% no primeiro trimestre do ano, acelerando o ritmo de queda frente ao resultado do último trimestre do ano passado (-1,7%).

O confronto com igual mês do ano anterior registrou queda de 5,6%, quinta taxa negativa consecutiva. O indicador acumulado do primeiro trimestre do ano ficou negativo (-5,0%) e, no indicador acumulado nos últimos doze meses, o decréscimo de 0,1% é o primeiro resultado negativo desde julho de 2004 (-0,2%) e mantém a trajetória descendente iniciada em setembro de 2008.

O número de horas pagas, segundo o indicador mensal, assinalou queda de 5,6%, com todos os quatorze locais e quatorze dos dezoito ramos pesquisados apontando taxas negativas. Em termos setoriais, as maiores pressões negativas vieram de alimentos e bebidas (-4,1%), máquinas e equipamentos (-9,5%), meios de transporte (-8,7%), vestuário (-8,3%), calçados e artigos de couro (-9,3%) e borracha e plástico (-9,4%). Em sentido contrário, papel e gráfica (5,5%), minerais não-metálicos (1,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,1%) exerceram as contribuições positivas mais relevantes.

Ainda na comparação com março de 2008, os locais de maiores impactos negativos foram São Paulo (-4,7%), região Norte e Centro-Oeste (-9,1%), Minas Gerais (-6,1%), Rio Grande do Sul (-7,5%) e região Nordeste (-4,8%). Em São Paulo, quatorze segmentos diminuíram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos (-11,7%), borracha e plástico (-12,1%) e meios de transporte (-8,0%). Na região Norte e Centro-Oeste, sobressaíram as reduções observadas em madeira (-26,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-20,5%) e alimentos e bebidas (-3,4%). Em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, meios de transporte (-15,3%), no primeiro local, e calçados e artigos de couro (-11,6%) e meios de transporte (-13,4%), no segundo, exerceram as principais contribuições negativas. Na região Nordeste, alimentos e bebidas (-8,3%) assinalou a perda mais relevante.

O indicador acumulado no primeiro trimestre de 2009 recuou 5,0%, com perfil generalizado de queda que atingiu todos os locais e quatorze ramos. Os impactos negativos mais importantes vieram de São Paulo (-4,4%), região Norte e Centro-Oeste (-7,9%), Rio Grande do Sul (-6,6%), Minas Gerais (-4,8%) e região Nordeste (-4,2%). No corte setorial, as principais reduções do número de horas pagas ocorreram em vestuário (-9,1%), alimentos e bebidas (-3,2%), meios de transporte (-7,7%), calçados e artigos de couro (-10,3%) e máquinas e equipamentos (-7,0%). Por outro lado, as principais contribuições positivas, entre os ramos, vieram de papel e gráfica (2,8%) e de refino de petróleo e produção de álcool (8,1%).

Em bases trimestrais, após manter taxas positivas nos três primeiros trimestres de 2008 (3,2%, 2,4% e 2,5%), observa-se aprofundamento da queda entre o último trimestre do ano passado (-0,2%) e o primeiro deste ano (-5,0%), todas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. A diminuição no número de horas pagas na passagem do período outubro-dezembro de 2008 para o primeiro trimestre de 2009 foi acompanhada por dezesseis setores e por todos os locais investigados. Entre as atividades, as maiores perdas foram em máquinas e equipamentos, que passou de 5,2% no primeiro período para -7,0% no segundo, meios de transporte (de 2,6% para -7,7%) e metalurgia básica (7,6% para -1,9%), enquanto, entre os locais, Minas Gerais (de 3,0% para -4,8%), região Norte e Centro-Oeste (de -0,9% para -7,9%) e Rio Grande do Sul (de -0,3% para -6,6%) foram os que mais desaceleraram entre os dois períodos.

A evolução do índice de média móvel trimestral para a produção, pessoal ocupado e número de horas pagas mostra sinais de recuperação nos últimos meses, mais evidentes no caso da produção industrial, que já registra sinal positivo (1,6%), e discretos no número de horas pagas e no pessoal ocupado, mas que ainda permanecem negativos.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em março, o valor da folha de pagamento real da indústria, na série livre dos efeitos sazonais, recuou 2,5% frente ao mês imediatamente anterior, após expansão de 1,9% em fevereiro. O índice de média móvel trimestral, na passagem dos trimestres encerrados em fevereiro e março, mostrou decréscimo de 0,8%, quinto resultado negativo consecutivo, período em que acumulou uma perda de 3,7%. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o valor da folha de pagamento real aponta redução de 2,5% nos três primeiros meses do ano, e acentua a queda frente ao resultado do último trimestre de 2008 (-0,6%).

Na comparação contra igual mês do ano anterior, o valor total da folha de pagamento reduziu-se em 2,2%, enquanto o indicador acumulado nos três primeiros meses do ano ficou estável (-0,0%). A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, avançou 4,4%, mas com ligeira redução frente ao resultado de janeiro (5,5%) e fevereiro (5,3%).

Na comparação março 09/março 08, o valor real da folha salarial recuou 2,2%, com reduções em sete dos quatorze locais investigados. As principais contribuições negativas localizaram-se em São Paulo (-4,0%), Minas Gerais (-4,8%) e Rio Grande do Sul (-4,5%). Na indústria paulista, os maiores impactos negativos vieram de meios de transporte (-14,2%) e de máquinas e equipamentos (-7,8%), enquanto em Minas Gerais, as principais perdas concentraram-se em metalurgia básica (-9,3%) e meios de transporte (-8,5%). Na indústria gaúcha, a influência negativa mais relevante veio de meios de transporte (-18,5%). Em sentido contrário, Rio de Janeiro (5,1%) respondeu pelo maior impacto positivo sobre a média nacional, impulsionado principalmente pela expansão observada na indústria extrativa (15,1%).

No corte por setores, o valor da folha de pagamento real, ainda na comparação com o mesmo mês do ano passado, apontou redução em doze dos dezoito segmentos pesquisados, com destaque para meios de transporte (-11,7%) e máquinas e equipamentos (-5,4%). Em sentido contrário, os avanços mais relevantes vieram de papel e gráfica (18,5%) e indústria extrativa (12,1%).

O indicador acumulado no primeiro trimestre de 2009, em relação a igual período do ano passado, ficou estável (0,0%), com predomínio de resultados negativos que atingiram onze segmentos. Máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-6,7%), meios de transporte (-2,5%) e borracha e plástico (-7,1%) responderam pelos impactos negativos mais importantes. Por outro lado, entre os que ampliaram o valor real da folha de pagamento, o principal destaque foi assinalado por indústrias extrativas (23,6%). Entre os locais, oito apontaram taxas positivas no primeiro trimestre do ano, com destaque para Espírito Santo (13,9%) e Rio de Janeiro (2,3%), ambos impulsionados pelos ganhos observados na indústria extrativa. Em sentido contrário, São Paulo, com recuo de 1,3%, exerceu o principal impacto negativo.

Em bases trimestrais, o índice da folha de pagamento real, no primeiro trimestre do ano, ficou estável (0,0%), com clara redução frente ao resultado do último trimestre do ano passado (4,3%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Para este movimento contribuíram onze locais e quatorze setores, com destaque, entre os locais, para as perdas vindas do Paraná (de 6,4% para -0,8%), Minas Gerais (de 8,0% para 1,6%), São Paulo (de 4,5% para -1,3%) e Pernambuco (de 4,6% para -1,0%), enquanto, para as atividades, as principais desacelerações vieram de minerais não-metálicos (de 15,1% para -1,3%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (de 4,7% para -6,7%), meios de transporte (de 6,5% para -2,5%) e produtos de metal (de 12,9% para 3,3%).