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Emprego industrial varia -0,2% em outubro

Taxa interrompeu a estabilidade presente desde agosto/08, na comparação mês/mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). No confronto com outubro/07, ...

10/12/2008 07h01 | Atualizado em 10/12/2008 07h01

Taxa interrompeu a estabilidade presente desde agosto/08, na comparação mês/mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal). No confronto com outubro/07, indicador apresentou a 28a. alta (1,6%), porém, com a menor expansão desde março/07 (1,5%). No acumulado no ano, o ganho no emprego foi de 2,6%. A folha de pagamento real variou -0,2% na passagem de setembro para outubro (já descontados os fatores sazonais), após crescer 2,7% no mês imediatamente anterior. As taxas permaneceram positivas em relação ao mesmo mês de 2007 (5,1%) e no acumulado no ano (6,6%).

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em outubro, o emprego industrial mostrou variação de -0,2% frente a setembro, na série ajustada sazonalmente, após ficar estável por dois meses. O índice de média móvel trimestral interrompeu a trajetória de crescimento presente há quatro meses, quando acumulou ganho de 1,1% e ficou estável (0,0%) na passagem de setembro para outubro.

Em relação a igual mês do ano anterior, o emprego na indústria apresentou a vigésima oitava taxa positiva (1,6%), mas foi o menor resultado desde março de 2007 (1,5%). No indicador acumulado no ano, o pessoal ocupado cresceu 2,6% e a taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses (2,7%), ficou abaixo da de setembro (2,9%).

No confronto outubro 08/outubro 07 (1,6%), o contingente de trabalhadores aumentou em onze dos dezoito segmentos e em dez dos quatorze locais pesquisados. Entre os setores, os maiores impactos positivos, na média nacional, vieram de máquinas e equipamentos (8,3%), meios de transporte (7,1%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,4%) e alimentos e bebidas (2,1%). Por local, as contribuições positivas mais relevantes vieram de São Paulo (1,7%), Minas Gerais (5,0%), Rio Grande do Sul (3,2%) e Rio de Janeiro (2,9%), onde sobressaíram, respectivamente, os ramos: meios de transporte (6,4%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%); alimentos e bebidas (9,1%) e minerais não-metálicos (15,4%); máquinas e equipamentos (22,6%) e produtos de metal (12,5%); e produtos de metal (25,9%) e metalurgia básica (12,9%).

Em sentido contrário, ainda na mesma comparação, Santa Catarina (-2,5%) e Pernambuco (-1,3%) exerceram as pressões negativas mais importantes entre as áreas, enquanto, setorialmente, no total do país, vestuário (-7,3%), madeira (-10,9%), calçados e artigos de couro (-5,2%) e têxtil (-5,4%) foram os ramos com as principais influências negativas na formação da taxa global.

No indicador acumulado no ano (2,6%), onze locais e doze segmentos aumentaram o pessoal ocupado, em relação ao mesmo período do ano passado. São Paulo (3,6%), Minas Gerais (4,6%) e região Norte e Centro-Oeste (3,4%) foram os de maior influência positiva, enquanto Santa Catarina (-0,9%) foi o principal impacto negativo. Na análise por ramos industriais, as principais contribuições positivas no resultado nacional vieram de máquinas e equipamentos (11,6%), meios de transporte (9,7%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,0%) e alimentos e bebidas (2,6%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-8,7%), vestuário (-5,5%) e madeira (-8,3%) foram os destaques negativos.

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O setor industrial, em outubro, reduziu o número de horas pagas na comparação com o mês imediatamente anterior, já descontados os fatores sazonais (-0,3%), após avançar 0,7% em setembro. Acompanhando o movimento apontado pela atividade industrial, o número de horas pagas na indústria, segundo o indicador de média móvel trimestral, também interrompeu a trajetória de crescimento presente há quatro meses ao mostrar ligeira variação negativa de 0,1% entre setembro e outubro.

No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas, ao crescer 1,4%, manteve a seqüência de vinte e nove meses de taxas positivas, mas com o menor resultado desde junho de 2007 (1,0%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, os índices também foram positivos: 2,5% no acumulado no ano e 2,6% nos últimos doze meses, ambos mostrando ligeira redução frente aos resultados de setembro (2,7% nos dois indicadores).

Na comparação outubro 08/ outubro 07, observa-se uma taxa de 1,4% no número de horas pagas, influenciada pelo aumento na maioria (onze) dos quatorze locais pesquisados. Entre aqueles que exibiram expansão, destacam-se Minas Gerais (5,9%) e São Paulo (1,0%), com avanço em alimentos e bebidas (9,7%), no primeiro local, e de máquinas e equipamentos (5,6%), no segundo. Por outro lado, Pernambuco (-4,9%), região Nordeste (-0,6%) e Santa Catarina (-0,7%) foram os três únicos locais que apresentaram taxas negativas, pressionadas, sobretudo, pela queda verificada nas indústrias de alimentos e bebidas, nos dois primeiros locais (-5,8% e -3,3%, respectivamente) e de vestuário (-12,8%) e madeira (-14,8%), no último.

Setorialmente, houve expansão em onze dos dezoito setores pesquisados, sendo que as principais influências vieram de máquinas e equipamentos (8,9%), meios de transporte (6,4%), minerais não-metálicos (7,6%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos (6,4%) e alimentos e bebidas (1,7%). Em sentido contrário, destaca-se o desempenho adverso de vestuário (-7,1%), madeira (-11,2%) e calçados e artigos de couro (-5,2%).

No indicador acumulado em janeiro-outubro, o avanço de 2,5% no total de horas pagas refletiu, sobretudo, as taxas positivas observadas em onze locais e doze setores pesquisados. A indústria paulista, com expansão de 3,5%, foi a que mais pressionou positivamente o índice nacional, com destaque para os ramos de máquinas e equipamentos (9,9%) e meios de transporte (9,9%). Vale citar também os resultados positivos vindos de Minas Gerais (5,2%), por conta de meios de transporte (17,6%) e alimentos e bebidas (6,4%), e região Norte e Centro-Oeste (3,4%), influenciados, sobretudo, por alimentos e bebidas (9,4%). Por outro lado, as indústrias de Pernambuco (-1,5%), Santa Catarina (-0,3%) e Espírito Santo (-1,1%) exerceram os impactos negativos no total de horas pagas.

Em nível setorial, as expansões que mais influenciaram a taxa da indústria geral prosseguiram vindo dos segmentos de máquinas e equipamentos (12,5%), meios de transporte (10,6%) e de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos (10,7%), enquanto as quedas mais relevantes vieram dos setores de calçados e artigos de couro (-9,5%), vestuário (-5,5%) e madeira (-8,3%).

Em síntese, a redução observada no número de horas pagas, na passagem de setembro para outubro (-0,3%) e a perda de ritmo nos indicadores para períodos mais longos, acompanham a desaceleração do ritmo de crescimento da produção industrial, num contexto de aumento da incerteza no ambiente econômico internacional.

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em outubro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, descontado o efeito sazonal, variou -0,2% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter crescido 2,7% em setembro. A variação negativa de outubro não chegou a interromper a trajetória de crescimento, como mostra o índice de média móvel de outubro (0,7%), medido entre os trimestres encerrados em setembro e outubro, que cresce há quatro trimestres consecutivos, acumulando ganho de 3,2%.

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, os resultados permaneceram positivos: 5,1% frente a outubro de 2007 e 6,6% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses ficou praticamente estável entre setembro (6,7%) e outubro (6,6%).

O valor da folha de pagamento real de outubro aumentou 5,1% na comparação com igual mês do ano anterior, apontando acréscimos nos quatorze locais pesquisados. A principal contribuição positiva veio de São Paulo (3,9%), refletindo, sobretudo, o incremento salarial em meios de transporte (6,1%), produtos de metal (18,2%) e minerais não-metálicos (25,1%). Em seguida, destacaram-se Minas Gerais (10,3%) e Paraná (10,5%), principalmente devido aos impactos de meios de transporte (24,5%), minerais não-metálicos (20,4%) e indústria extrativa (23,6%) no primeiro; e máquinas e equipamentos (34,7%) e alimentos e bebidas (13,8%), no segundo.

Ainda na comparação com outubro de 2007, a folha de pagamento real cresceu em onze dos dezoito ramos investigados. Nesse corte, os impactos positivos mais expressivos vieram de meios de transporte (8,9%), máquinas e equipamentos (9,8%) e minerais não-metálicos (21,1%). Em sentido inverso, as pressões negativas mais relevantes foram observadas em papel e gráfica (-5,3%) e outros produtos da indústria de transformação (-7,8%).

O indicador acumulado assinalou expansão de 6,6%, mostrando em todos os locais acréscimos na folha de pagamento real. Nesse tipo de comparação, os impactos positivos de maior peso localizaram-se em São Paulo (7,5%), Minas Gerais (9,5%) e Paraná (8,3%). Tanto no estado paulista quanto no mineiro, o destaque coube a meios de transporte, com taxas de, respectivamente, 12,7% e 16,1%. No Paraná, a atividade de maior influência positiva foi máquinas e equipamentos (32,7%).

No corte por setores, treze ampliaram o valor real da folha de pagamento. Entre esses, vale mencionar meios de transporte (12,9%), máquinas e equipamentos (9,4%), produtos químicos (10,5%) e produtos de metal (12,8%). Por outro lado, calçados e artigos de couro (-6,3%) e papel e gráfica (-3,1%) mostraram as maiores reduções.