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Emprego industrial varia –0,4% em janeiro

Na passagem de dezembro/07 para janeiro/08, na série com ajuste sazonal, o emprego na indústria variou –0,4%, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.

12/03/2008 06h01 | Atualizado em 12/03/2008 06h01

Na passagem de dezembro/07 para janeiro/08, na série com ajuste sazonal, o emprego na indústria variou –0,4%, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Contudo, o indicador mensal mostrou acréscimo de 2,8% sobre igual mês do ano anterior, sustentando a seqüência de 19 taxas positivas consecutivas. A alta acumulada nos últimos 12 meses foi de 2,3%, pouco acima da verificada em dezembro do ano passado (2,2%). Já a folha de pagamento real cresceu 2,9% no confronto mês / mês imediatamente anterior (série ajustada). Na comparação mensal, o resultado atingiu 7,2% sobre igual mês do ano anterior, a melhor taxa desde dezembro de 2004 (10,7%).

 

 

Após treze meses de crescimento, período em que acumulou aumento de 3,8%, em janeiro o emprego industrial mostrou o segundo recuo consecutivo de – 0,4% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Com isso, o índice de média móvel trimestral, que apresentava tendência ascendente desde novembro de 2006, ficou estável entre os trimestres encerrados em janeiro e dezembro (-0,1%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o resultado mantém seqüência de dezenove taxas positivas, com aumento de 2,8%. O indicador acumulado nos últimos doze meses (2,3%) ficou ligeiramente acima do de dezembro do ano passado (2,2%).

No índice mensal, o crescimento de 2,8% no contingente de trabalhadores é explicado, sobretudo, pelos resultados positivos na maioria (12) dos quatorze locais e onze dos dezoito segmentos. São Paulo (4,7%), Minas Gerais (2,7%), Rio Grande do Sul (2,8%) e Região Nordeste (2,1%) exerceram os principais impactos positivos, com destaque para os setores: máquinas e equipamentos (12,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (17,3%), no primeiro local; meios de transporte (13,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (20,2%), em Minas Gerais; produtos de metal (43,4%) e máquinas e equipamentos (18,9%), no Rio Grande do Sul; e refino de petróleo e produção de álcool (29,9%), na indústria nordestina. Em sentido contrário, a principal pressão negativa veio do Espírito Santo (-4,9%).

Setorialmente, os destaques no indicador mensal foram: máquinas e equipamentos (12,5%), meios de transporte (10,8%), produtos de metal (11,6%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,5%). Por outro lado, com os principais impactos negativos figuraram calçados e artigos de couro (-10,3%), madeira (-8,1%) e vestuário (-3,3%).

Ainda na comparação com iguais períodos do ano anterior, observa-se menor ritmo de crescimento do emprego entre o quarto trimestre de 2007 (3,5%) e janeiro de 2008 (2,8%). Vale mencionar que as contratações na indústria tradicionalmente se concentram no último trimestre do ano e, em 2007, acompanhando o dinamismo observado na produção, o resultado de 3,5% foi o mais elevado desde o quarto trimestre de 2004. A desaceleração entre os dois períodos foi observada na metade dos dezoito ramos pesquisados. As maiores diferenças, em termos de magnitude de taxa, foram observadas em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 14,9% para 9,4%, e alimentos e bebidas, de 3,9% para 0,8%.

O indicador acumulado nos últimos doze meses, em trajetória ascendente desde setembro de 2006, apresentou, em janeiro (2,3%), a maior taxa desde setembro de 2005 (2,4%).

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em janeiro, registrou variação de -0,3% em relação a dezembro, na série livre dos efeitos sazonais, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando redução de 0,7% entre janeiro e novembro. O indicador de média móvel trimestral ficou praticamente estável entre os trimestres encerrados em janeiro e dezembro (-0,2%), após seqüência de quatorze resultados positivos consecutivos.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas mantém seqüência de vinte taxas positivas, com aumento de 2,1% em janeiro, devido, sobretudo, às contribuições de doze dos quatorze locais e dez dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores avanços no cômputo geral vieram de máquinas e equipamentos (12,8%), produtos de metal (12,9%), meios de transporte (11,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,2%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-12,4%), madeira (-8,7%) e vestuário (-3,4%) exerceram as principais pressões negativas.

Ainda no confronto mensal, os locais que assinalaram os impactos positivos mais importantes no resultado nacional foram: São Paulo (3,8%), com destaque para máquinas e equipamentos (11,8%) e meios de transporte (10,5%); Paraná (3,3%), com as maiores pressões positivas vindas também destes segmentos (32,0% e 19,1% respectivamente); Minas Gerais (2,0%), onde sobressaíram máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (25,4%) e meios de transporte (14,2%); e Região Nordeste (1,5%), com o aumento mais expressivo em refino de petróleo e produção de álcool (22,1%). Em sentido contrário, as principais influências negativas no resultado global vieram do Espírito Santo (-4,6%) e Pernambuco (-0,6%).

Por fim, o índice acumulado nos últimos doze meses prossegue em trajetória ascendente, iniciada em setembro de 2006 e apresentou, em janeiro (1,9%), a maior taxa desde setembro de 2005 (2,1%).

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em janeiro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, avançou 2,9% em relação ao mês imediatamente anterior, revertendo os mesmos 2,9% de retração acumulados no último bimestre de 2007. Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral ficou estável (0,0%) entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro.

Na comparação com janeiro de 2007, a folha de pagamento real cresceu 7,2%, vigésima segunda taxa positiva consecutiva e maior resultado desde dezembro de 2004 (10,7%). Treze dos quatorze locais pesquisados contribuíram positivamente, com destaque para São Paulo (9,7%), devido, principalmente, aos aumentos em produtos químicos (44,4%), meios de transporte (14,6%), e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,9%). Em seguida, vale citar Minas Gerais (8,1%), Região Nordeste (6,3%) e Rio Grande do Sul (5,2%). Meios de transporte (27,1%) e máquinas e equipamentos (32,0%) sobressaíram na expansão da folha de pagamento da indústria mineira; na Região Nordeste, os destaques vieram de produtos químicos (13,1%) e calçados e artigos de couro (10,6%), enquanto produtos de metal (40,0%) e meios de transporte (14,6%) assinalaram os maiores impactos positivos na folha de pagamento da indústria gaúcha. Por outro lado, o único recuo foi observado no Espírito Santo (-1,4%).

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o valor da folha de pagamento real aumentou em treze dos dezoito setores. As principais contribuições positivas vieram de meios de transporte (14,3%), produtos químicos (25,3%), produtos de metal (14,9%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,0%). Em sentido contrário, as maiores retrações foram verificadas em papel e gráfica (-3,8%), calçados e artigos de couro (-5,8%) e vestuário (-2,0%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou crescimento de 5,6% no valor real da folha de pagamento, maior resultado desde setembro de 2005 (5,7%) e continua em trajetória crescente desde dezembro de 2006.