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Em março, comércio cresce 1,1% em volume e 1,2% em receita

O comércio varejista do país apresentou, em março, taxas de variação de 1,1% para o volume de vendas e 1,2% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior, com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as taxas para o volume de ...

15/05/2007 06h31 | Atualizado em 15/05/2007 06h31

O comércio varejista do país apresentou, em março, taxas de variação de 1,1% para o volume de vendas e 1,2% para a receita nominal, na relação mês/mês anterior, com ajuste sazonal. Na série sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de 11,5% sobre março/06, 9,7% no acumulado dos três primeiros meses do ano e 7,3% no acumulado dos últimos 12 meses. A receita nominal cresceu 11,6% com relação a igual mês do ano anterior, 9,8% no primeiro trimestre do ano e 7,7% nos últimos 12 meses.

Com as variações de 1,1% e de 1,2% assinaladas em março, respectivamente, pelo volume e receita nominal de vendas, o comércio varejista continuou registrando resultado positivo em relação ao mês anterior com ajuste sazonal, mantendo, assim, a tendência de crescimento observada pela evolução da média móvel trimestral do indicador de base fixa. Ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, os resultados para o volume de vendas foram os seguintes:  -0,1% para Combustíveis e lubrificantes; 1,2% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 1,3% para Móveis e eletrodomésticos e 2,7% para Tecidos, vestuário e calçados. Na mesma comparação, o segmento de Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, obteve variação positiva de 4,4%.

Já na relação março07/março06, todas as atividades do varejo obtiveram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, se estabeleceram em 9,3% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 18,1% para Móveis e eletrodomésticos; 26,6% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 7,0% para Combustíveis e lubrificantes; 9,9% em Tecidos, vestuário e calçados; 24,9% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 5,7% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e  9,3% para Livros, jornais, revistas e papelaria.

IMPACTO NOS RESULTADOS

Exercendo a maior influência no resultado global, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou expansão de 9,3% no volume de vendas em relação a igual mês do ano anterior, respondendo, assim, por aproximadamente 42% da taxa do varejo. Em termos acumulados, a atividade assinalou taxas de 7,1% e 8,0% no primeiro trimestre do ano e nos últimos 12 meses, respectivamente. O desempenho continua refletindo o aumento do poder de compra da população decorrente, basicamente, do aumento da massa real de salário na economia. É importante observar, ainda, a influência da Páscoa sobre esse resultado, uma vez que a data ocorreu  próxima ao mês de março (primeira semana de abril).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos exerceu, em março, o segundo maior impacto no resultado do comércio varejista, ao registrar variação de 18,1% no volume de vendas em relação a março do ano passado, desempenho que levou a atividade a responder por 23% da taxa global do varejo no mês. Em termos acumulados, os resultados são os que seguem: 20,5% no trimestre e 12,4% nos últimos 12 meses. Esse desempenho se deve à manutenção das condições favoráveis de crédito, rendimento real, emprego e preços.

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com o terceiro maior impacto na formação da taxa do varejo, obteve variação de 26,6% no volume de vendas em relação a março de 2006. Englobando segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos e brinquedos, a atividade vem tendo seu desempenho influenciado também pela melhoria do quadro geral da economia. Em decorrência, registra taxas acumuladas para o primeiro trimestre do ano de 21,8% e para os últimos 12 meses de 19,2%. Aqui, também, vale destacar o efeito Páscoa, dado que as lojas de departamentos se destacam pela venda de chocolate nesta ocasião.

Exercendo o quarto maior impacto positivo no resultado do varejo, a atividade de  Combustíveis e lubrificantes  registrou variação de 7,0% na relação março07/março06, sendo esse o terceiro resultado positivo após dois anos consecutivos de queda. O comportamento pode ser atribuído à estabilização dos preços dos combustíveis dos últimos meses, conjugada com a melhoria das condições econômicas do país. Em relação aos resultados acumulados, as variações foram de 4,8% no trimestre e de -5,0% para os últimos 12 meses.

A quinta maior contribuição positiva para o resultado global coube ao segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que variou o volume de vendas em 9,9% com relação a igual mês do ano anterior. Em termos acumulados, foram registradas taxas de 6,7% para o primeiro trimestre e de 2,3% para os últimos 12 meses.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com o sexto maior impacto, obteve acréscimo no volume de vendas, em março, de 24,9% sobre igual mês do ano passado, acumulando, no primeiro trimestre do ano e nos últimos 12 meses, taxas de 20,2% e 23,3%, respectivamente. Dentre os fatores que vêm determinando esse desempenho, destacam-se a redução de preços no segmento e a crescente importância dos bens de informática e comunicação na cesta de consumo das famílias.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a sétima maior participação na taxa global do varejo, apresentou resultado de 5,7% na comparação com março de 2006, obtendo taxa acumulada de 5,3% no trimestre e de 3,7% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação na linha de produtos oferecidos formam a base de sustentação do desempenho positivo do segmento.

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria exerceu o menor impacto no resultado do varejo ao registrar crescimento  no volume de vendas de 9,3%  sobre o mesmo mês de 2006. Tal comportamento pode ser explicado, ainda, pelo aumento das vendas de material escolar, típico do período de início de ano. As taxas de crescimento observadas no acumulado do trimestre e dos últimos 12 meses foram de 5,7% e de 2,9%, respectivamente.

Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas em relação a igual mês do ano anterior foram de 13,2% para o volume de vendas e de 12,8% na receita nominal de vendas. Nos acumulados do trimestre e dos últimos 12 meses, o setor apresentou taxas de variação de 11,8% e 8,2% para o volume de vendas e de 11,3% e 8,5% para a receita nominal, respectivamente.

No que tange ao volume de vendas, a atividade de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 18,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do trimestre, a taxa foi de 17,4%, sendo nos últimos 12 meses de 10,8%. A aceleração na queda das taxas de juros ao longo de 2006 tornou-se um dos fatores essenciais para o aquecimento das vendas do ramo. Quanto à atividade de Material de construção, as variações  foram de: 4,4% no mês, em relação a março de 2006; 6,0% no acumulado dos três primeiros meses do ano e 6,4% no acumulado dos últimos 12 meses. Tais resultados são reflexo, principalmente, das medidas oficiais de incentivo à construção civil.

ANÁLISE REGIONAL

Todas as 27 Unidades da Federação apresentaram resultado positivo na comparação março07/março06. Destacaram-se, com as maiores variações: Alagoas (29,0%); Ceará (21,1%); Maranhão (20,6%); Roraima (18,0%) e Espírito Santo (17,3%) - Gráfico 3. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques, pela ordem, foram: São Paulo (13,9%); Rio de Janeiro (6,9%); Minas Gerais (9,0%); Paraná (10,4%) e Rio Grande do Sul (6,1%).

Ainda por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, 9 locais com variações negativas e 18 com crescimento. Os principais acréscimos ocorreram no Rio Grande do Norte (5,8%); Roraima (5,6%); Rondônia (5,1%) e Goiás (4,5%). Já as maiores quedas foram verificadas no Acre (-3,1%); Mato Grosso do Sul (-2,7%); Alagoas (-2,2%) e Santa Catarina (-2,2%).

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram em Rondônia (49,2%); Acre (35,0%); Pará (34,9%); Amapá (32,0%) e Roraima (25,7%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram: São Paulo (13,4%); Rio de Janeiro (10,0%); Minas Gerais (11,9%); Paraná (11,1%) e Santa Catarina (12,7%).

ANÁLISE TRIMESTRAL

A variação de 9,7% no comércio varejista no primeiro trimestre do ano de 2007 frente a igual período de 2006 superou a do último trimestre do ano anterior (7,0%). As atividades que determinaram tal comportamento foram: Combustíveis e lubrificantes, que evoluiu de –4,5% para 4,8%; Tecidos, vestuário e calçados (de 2,5% para 6,7%); Móveis e eletrodomésticos (de 11,8% para 20,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria ( de –1,7% para 5,7%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 18,9% para 21,8%).  As atividades de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentaram estabilidade, com taxas, nesse último trimestre, de 7,1% e 20,2%, respectivamente.

Em termos do comércio varejista ampliado, a taxa de variação do trimestre, de 11,8%, também superou a do último trimestre do ano de 2006 (8,8%), influenciada pelo comportamento da atividade de Veículos, motos, partes e peças, que evoluiu de 12,6% para 17,4%. Já na outra atividade que compõe o setor, Material de construção, houve movimento contrário, saindo de uma taxa de 11,2% para 6,0% .