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Emprego na indústria fica estável em 2006

Em 2006, o emprego industrial fica estável (0,0%), abaixo de 2004 (1,8%) e 2005 (1,1%). Na passagem de novembro para dezembro/06, a variação foi de -0,3%, terceira taxa negativa seguida, na série livre de influências sazonais.

13/02/2007 07h31 | Atualizado em 13/02/2007 07h31

Em 2006, o emprego industrial fica estável (0,0%), abaixo de 2004 (1,8%) e 2005 (1,1%). Na passagem de novembro para dezembro/06, a variação foi de -0,3%, terceira taxa negativa seguida, na série livre de influências sazonais.
No confronto com dezembro/05, o  indicador foi positivo (0,8%), maior taxa desde  julho/05 (1,2%).

 

O número de horas pagas avançou 0,4% no acumulado de 2006 e a folha de pagamento real, 1,3%. Na análise semestral, o emprego, o número de horas pagas e a folha de pagamento real, apresentaram, no segundo semestre, resultados superiores aos do primeiro, em todas as comparações contra igual período do ano anterior.

 

PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Em dezembro de 2006, o emprego na indústria mostrou variação de -0,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando, assim, recuo de 0,6% entre setembro e dezembro. Com isso, o índice de média móvel trimestral, após ficar praticamente estável no mês anterior, recuou 0,2% entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro.

No confronto com dezembro de 2005, o resultado foi positivo (0,8%) e é o melhor desde julho de 2005 (1,2%). O indicador acumulado no ano de 2006 ficou estável (0,0%) e abaixo do observado em 2004 (1,8%) e 2005 (1,1%). Na análise trimestral, o pessoal ocupado aumentou 0,6% no quarto trimestre, em relação a igual período de 2005, e foi 0,1% menor do que no trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente).

Na comparação dezembro 06/ dezembro 05 (0,8%), sexto resultado positivo consecutivo, o contingente de trabalhadores cresceu em dez dos quatorze locais e em doze dos dezoito segmentos pesquisados. A região Norte e Centro-Oeste (8,6%), São Paulo (1,3%) e a região Nordeste (1,5%) exerceram  as contribuições positivas mais significativas para o total do país. No primeiro local, os principais destaques, entre os dez ramos que cresceram, foram observados em alimentos e bebidas (25,1%) e madeira (8,1%). O dinamismo do setor sucro-alcooleiro explica, em grande parte, o aumento do emprego industrial em São Paulo e na região Nordeste. Nesses dois locais, as principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (10,3% e 3,3%, respectivamente) e refino de petróleo e produção de álcool (22,9% e 21,3%, respectivamente). Em termos setoriais, no total do país, os ramos que exerceram os maiores impactos positivos na média foram alimentos e bebidas (7,2%), refino de petróleo e produção de álcool (16,9%) e meios de transporte (2,4%).

Ainda no mesmo tipo de comparação, Rio Grande do Sul (-6,2%), Paraná (-1,1%) e Minas Gerais (-0,8%) apresentaram os principais impactos negativos, com destaque, respectivamente, para os setores: calçados e artigos de couro (-21,1%); madeira (-14,8%); e vestuário (-11,6%). Em nível setorial, no total do país, as principais influências negativas vieram de calçados e artigos de couro (-11,4%), vestuário (-5,8%) e papel e gráfica (-2,5%).

Na análise trimestral, observa-se desempenho positivo no terceiro (0,3%) e quarto trimestres de 2006 (0,6%), revertendo a queda registrada no primeiro (-0,6%) e no segundo (-0,4%), todas as comparações contra igual período anterior. A aceleração observada no segundo semestre do ano ocorreu na maior parte dos locais (11) e atividades pesquisadas (12). Entre os locais, o destaque ficou com o Nordeste, que passou de -2,7% para 0,9%, e, entre os setores, sobressaíram os avanços em refino de petróleo e produção de álcool (10,6% para 17,0%) e máquinas e equipamentos (de –8,8% para –3,6%).

No indicador acumulado no ano, o emprego industrial ficou estável (0,0%) em relação ao ano de 2005. Nesse confronto, oito locais e dez setores reduziram o contingente de trabalhadores. Em nível nacional, as principais pressões negativas vieram de calçados e artigos de couro (-13,0%), máquinas e equipamentos (-6,3%) e vestuário (-5,4%). No corte regional, Rio Grande do Sul (-8,4%), Paraná (-2,1%) e região Nordeste (-0,9%) exerceram as principais pressões negativas. Por outro lado, região Norte e Centro-Oeste (9,8%), São Paulo (0,9%) e Minas Gerais (0,7%) contribuíram com  os  impactos positivos mais relevantes, entre os locais, e alimentos e bebidas (8,2%), refino de petróleo e produção de álcool (14,0%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,3%), entre os setores.

 

Em síntese, acompanhando o desempenho da atividade industrial, que mostrou recuperação a partir do segundo trimestre de 2006, o emprego industrial reverteu a queda no período abril-junho (-0,4%), registrando taxa positiva no terceiro (0,3%) e acentuando seu ritmo no quarto trimestre (0,6%).

 

NÚMERO DE HORAS PAGAS

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em dezembro, mostrou queda de 1,0% em relação a novembro, na série livre dos efeitos sazonais, após crescer 1,3%. Com isso, o indicador de média móvel trimestral ficou estável (0,0%) entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro, interrompendo a trajetória positiva nos últimos dois meses.

No confronto com igual mês do ano anterior, a taxa ficou em 0,6%, sétimo resultado positivo consecutivo. O indicador acumulado no ano cresceu 0,4%. Na análise trimestral, o último trimestre do ano ficou positivo tanto no confronto com igual período do ano anterior (0,9%), como na comparação com o trimestre imediatamente anterior (0,8%) – série com ajuste sazonal.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas aumentou 0,6%, com destaque para os resultados positivos de dez dos quatorze locais e nove dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores pressões positivas vieram das indústrias de alimentos e bebidas (7,4%), refino de petróleo e produção de álcool (22,8%) e meios de transporte (3,1%). Em sentido contrário,  calçados e artigos de couro (-13,0%), vestuário (-6,9%) e madeira (-6,1%) exerceram as maiores pressões negativas.

Ainda no indicador mensal, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram: região Norte e Centro-Oeste (8,0%), São Paulo (1,4%) e Nordeste (1,8%). No primeiro, dez atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (22,8%), madeira (5,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (25,5%). Em São Paulo, alimentos e bebidas (8,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (33,3%) exerceram as maiores influências positivas e, na indústria nordestina, a contribuição mais expressiva veio de alimentos e bebidas (4,9%). Em contrapartida, a principal influência negativa no total do país foi o Rio Grande do Sul (-8,5%), onde calçados e artigos de couro (-27,3%) foi o segmento de maior impacto negativo entre os onze que apresentaram retrações.

Na análise trimestral, acompanhando o movimento observado no emprego industrial, o número de horas pagas mostrou desempenho superior no terceiro (0,5%) e quarto trimestres de 2006 (0,9%) do que no primeiro (0,1%) e segundo (0,1%), todas as comparações contra igual período anterior. A aceleração observada no segundo semestre do ano também ocorreu na maior parte dos locais (10) e atividades pesquisadas (11), com destaque para madeira, que passou de –13,8% para –5,3%, e refino de petróleo e produção de álcool (de 12,9% para 17,8%).

 

O indicador acumulado no ano encerra 2006 com variação positiva de 0,4%, devido aos avanços observados em sete áreas e nove setores, com os  maiores impactos positivos vindos de São Paulo (2,3%), região Norte e Centro-Oeste (9,4%) e Minas Gerais (1,3%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-7,9%), Paraná (-3,5%) e Santa Catarina (-2,3%) exerceram as principais pressões negativas. No corte setorial, as contribuições mais relevantes no total do país vieram de alimentos e bebidas (7,3%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,7%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,4%) e vestuário (-5,9%) representaram as contribuições negativas mais significativas.

 

FOLHA DE PAGAMENTO REAL

Em dezembro de 2006, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria recuou 3,6% na série com ajuste sazonal, segundo resultado negativo consecutivo, período em que acumulou perda de 7,4%. Com este resultado, o indicador de média móvel trimestral, ao recuar 1,9%, mantém a trajetória de queda iniciada em novembro, período em que acumulou uma perda de 2,6%.

 

Na comparação com igual período do ano anterior, houve crescimento tanto em relação a dezembro de 2005 (0,4%), como no acumulado no ano (1,3%). No quarto trimestre, a folha de pagamento real aumentou 2,3% em relação a igual trimestre de 2005, porém, recuou 1,6% frente ao terceiro trimestre de 2006 (série ajustada sazonalmente).

No indicador mensal, a folha real de pagamento apresentou acréscimo de 0,4%, com taxas positivas em oito dos quatorze locais pesquisados. A maior influência positiva veio de Minas Gerais (6,3%), por conta, principalmente, de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (34,5%), metalurgia básica (6,2%) e minerais não-metálicos (30,2%). Em seguida, vale citar o Rio de Janeiro (7,5%), em função  de  máquinas e equipamentos (14,2%), produtos químicos (3,7%) e alimentos e bebidas (4,3%); e região Norte e Centro-Oeste (6,4%), devido, principalmente, aos alimentos e bebidas (11,9%), produtos de metal (57,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (59,8%). Por outro lado, as contribuições negativas mais significativas vieram de São Paulo (-2,0%) e Rio Grande do Sul (-9,1%), devido, respectivamente, aos setores de  meios de transporte (-12,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-12,9%); calçados e artigos de couro (-26,4%) e produtos químicos (-24,3%).

        Em termos setoriais, ainda neste tipo de comparação, o valor real da folha de pagamento cresceu em nove dos dezoito segmentos, com os maiores impactos positivos vindos de produtos químicos (11,7%), alimentos e bebidas (6,4%) e indústria extrativa (17,9%). Em sentido contrário, as maiores reduções foram observadas em meios de transporte (-10,0%), calçados e artigos de couro (-17,1%) e papel e gráfica (-4,2%).

Na análise trimestral, observa-se desempenho superior no terceiro (1,5%) e quarto trimestres de 2006 (2,3%) do que no primeiro (0,6%) e segundo (0,8%), todas as comparações contra igual período anterior. Assim como no emprego e no número de horas pagas, a aceleração observada no segundo semestre do ano também ocorreu na maior parte dos locais (11) e atividades pesquisadas (12), com destaque para extrativa, que passa de 1,2% para 9,4%, e máquinas e equipamentos (de –13,0% para –5,1%).

         No indicador acumulado no ano de 2006, o valor da folha de pagamento real cresceu 1,3%, com resultados positivos em onze dos quatorze locais. As principais contribuições positivas vieram de Minas Gerais (7,7%), São Paulo (1,0%) e região Norte e Centro-Oeste (7,1%), enquanto Rio Grande do Sul   (-8,0%) e Paraná (-3,3%) apontaram as reduções mais relevantes. Setorialmente, oito das dezoito atividades industriais ampliaram o valor real da folha de pagamento, com destaque para produtos químicos (13,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,0%) e alimentos e bebidas (4,4%). Inversamente, máquinas e equipamentos (-9,0%), calçados e artigos de couro (-12,7%) e borracha e plástico (-3,9%) exerceram as principais pressões negativas.