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Em outubro, emprego industrial cai 0,2% em relação a setembro

Em outubro, o emprego industrial apresentou variação negativa de 0,2% em relação ao mês de setembro, na série livre de influências sazonais, após avançar 0,5% no mês anterior. Na comparação com outubro do ano passado, o índice apresentou ligeiro acréscimo

13/12/2006 10h01 | Atualizado em 13/12/2006 10h01

Em outubro, o emprego industrial apresentou variação negativa de 0,2% em relação ao mês de setembro, na série livre de influências sazonais, após avançar 0,5% no mês anterior. Na comparação com outubro do ano passado, o índice apresentou ligeiro acréscimo de 0,2%, quarto resultado positivo consecutivo. O indicador acumulado no ano registrou recuo de 0,3% e o acumulado nos últimos doze meses assinalou redução de 0,4%. Mesmo com a variação negativa na passagem de setembro para outubro, o índice de média móvel trimestral ficou estável entre os trimestres encerrados em outubro e setembro (0,0%). Vale destacar que, assim como observado na produção industrial (1,5%), o emprego mantém trajetória moderada de crescimento ao longo do ano no índice de média móvel trimestral, com expansão de 0,9% na comparação outubro/março.

Em relação a outubro do ano passado, emprego industrial cresceu em 9 das 14 áreas pesquisadas

No confronto mensal (-0,2%), nove dos quatorze locais aumentaram o contingente de trabalhadores, sendo que as principais influências positivas foram registradas na região Norte e Centro-Oeste (8,8%), São Paulo (0,6%) e região Nordeste (0,9%). A indústria de alimentos e bebidas foi a que mais contribuiu para o aumento do pessoal ocupado nos dois primeiros locais, enquanto refino de petróleo e produção de álcool foi o destaque na região Nordeste. Os estados do Espírito Santo (3,8%), Pernambuco (1,9%), Santa Catarina (0,4%), Rio de Janeiro (0,2%) e Bahia (0,1%) também apresentaram resultados positivos para o emprego.

Em nível nacional, o emprego industrial aumentou em onze dos dezoito segmentos pesquisados, com destaque para os impactos positivos de alimentos e bebidas (6,8%), refino de petróleo e produção de álcool (16,7%) e meios de transporte (2,3%). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de calçados e artigos de couro (-14,1%), vestuário (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-3,7%). Regionalmente, as pressões negativas mais relevantes vieram do Rio Grande do Sul (-8,0%), Paraná (-1,2%), Minas Gerais (-0,5%) e do Ceará (-0,8%).

No indicador acumulado no ano (-0,3%), oito locais e onze ramos reduziram o pessoal ocupado. Em termos regionais, Rio Grande do Sul (-8,7%), menor taxa entre os locais, exerceu a principal pressão negativa, vindo a seguir Paraná (-2,5%). Nesses dois estados predominam os recuos observados em calçados e couro (Rio Grande do Sul -22,2%) e madeira (Paraná -18,0%). Por outro lado, as regiões Norte e Centro-Oeste (9,6%) apresentaram impacto positivo mais significativo, seguido por São Paulo (0,7%). Na análise setorial, calçados e artigos de couro (-13,2%), máquinas e equipamentos (-7,2%) e vestuário (-5,4%) foram os destaques negativos mais significativos, enquanto alimentos e bebidas (8,0%), refino de petróleo e produção de álcool (13,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,6%) registraram as principais contribuições positivas.

Número de horas pagas caiu 0,4% em relação a setembro

Em outubro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria registrou decréscimo de 0,4% em relação a setembro, na série livre dos efeitos sazonais, após crescer por dois meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 1,0%. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral aponta ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, interrompendo três meses consecutivos de queda neste tipo de comparação. Na comparação com outubro do ano anterior, foi registrado crescimento de 0,6%, quinta taxa positiva consecutiva. Nos outros indicadores foram registradas as seguintes taxas: (0,0%) no acumulado no ano e (-0,1%) no acumulado nos últimos doze meses.

Frente a igual mês do ano anterior, o número de horas pagas apresentou acréscimo de 0,6%, com contribuições positivas vindas de sete dos quatorze locais e de nove dos dezoito ramos pesquisados. Em termos setoriais, as maiores influências positivas sobre a média geral vieram de alimentos e bebidas (5,5%), refino de petróleo e produção de álcool (17,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,3%). Em sentido contrário, calçados e artigos de couro (-8,8%) e vestuário (-6,6%) exerceram as principais pressões negativas.

Ainda no confronto mensal, os locais com os maiores impactos positivos no resultado nacional foram as regiões Norte e Centro-Oeste (8,7%), São Paulo (1,6%) e região Nordeste (1,7%). Na indústria das regiões Norte e Centro-Oeste, doze das dezoito atividades aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (26,3%), madeira (5,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (14,0%). Em São Paulo, destacaram-se os setores de outros produtos da indústria de transformação (13,1%) e de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,4%). Na indústria nordestina, a contribuição mais expressiva veio de alimentos e bebidas (3,3%). Por outro lado, as principais influências negativas no resultado global vieram do Rio Grande do Sul (-6,9%) e do Paraná (-2,0%), onde os segmentos de calçados e artigos de couro (-18,9%) e de madeira (-18,1%) foram, respectivamente, os impactos negativos mais importantes.

No indicador acumulado no ano (0,0%), sete locais e nove setores assinalaram acréscimo no número de horas pagas na indústria. Os de maior impacto sobre o resultado nacional foram: Norte e Centro-Oeste (9,2%), São Paulo (1,8%) e Minas Gerais (1,5%). Já o Rio Grande do Sul (-7,8%) e Paraná (-4,2%) exerceram as influências negativas mais importantes. No corte setorial, os principais acréscimos no total do país foram observados em alimentos e bebidas (5,9%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (8,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (14,9%). Entre os setores que assinalaram redução, sobressaem os recuos de calçados e artigos de couro (-8,0%) e máquinas e equipamentos (-5,9%).

Folha de pagamento cresceu 2,0% em relação a setembro

Em outubro, o valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, descontados os efeitos sazonais, avançou 2,0% em relação ao mês anterior. Com este resultado, o terceiro positivo consecutivo, o valor real da folha de pagamento acumula crescimento de 3,1% entre julho e outubro. Com isso, o índice de média móvel trimestral cresce 1,0% entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, mantendo a trajetória de expansão iniciada em junho deste ano, período em que acumulou ganho de 1,6%. As comparações com iguais períodos do ano passado continuam positivas: 5,3% em relação a outubro de 2005 e 1,3% no acumulado no ano. O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou ligeiro aumento na passagem de setembro (1,1%) para outubro (1,3%).

No indicador mensal, o valor da folha de pagamento real mostrou incremento de 5,3%, quinta taxa positiva consecutiva, com expansão em onze dos quatorze locais pesquisados. A maior contribuição positiva veio de São Paulo (7,9%), devido, sobretudo, aos setores de produtos químicos (36,3%), meios de transporte (9,5%) e máquinas e equipamentos (11,5%). Em seguida, vale citar o acréscimo observado em Minas Gerais (9,1%), por conta de metalurgia básica (18,3%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (31,7%) e máquinas e equipamentos (19,8%); e região Nordeste (5,3%), em função de alimentos e bebidas (12,4%), refino de petróleo e produção de álcool (28,9%) e calçados e artigos de couro (15,6%). Por outro lado, as maiores perdas vieram do Rio Grande do Sul (-6,1%) e do Paraná (-1,7%), em função da redução em calçados e artigos de couro (-22,5%) e produtos químicos (-17,1%), no primeiro local; e de alimentos e bebidas (-10,5%) e madeira (-13,8%) no segundo.

No corte setorial, ainda neste tipo de comparação, o valor da folha de pagamento real cresceu em doze dos dezoito ramos investigados, com os principais impactos positivos vindos de produtos químicos (17,6%), máquinas e equipamentos (10,5%) e de meios de transporte (8,3%). Em sentido contrário, as maiores pressões negativas foram assinaladas em calçados e artigos de couro (-10,5%) e borracha e plástico (-5,5%).

No indicador acumulado no ano, o valor da folha de pagamento real mostrou incremento de 1,3%, com taxas positivas em onze dos quatorze locais. As influências positivas mais relevantes vieram de Minas Gerais (8,0%), em função de metalurgia básica (8,5%) e meios de transporte (13,7%); de São Paulo (1,3%), em função principalmente de produtos químicos (31,5%) e de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,9%); e da região Norte e Centro-Oeste (6,8%), com destaque para alimentos e bebidas (9,7%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (18,2%). As principais contribuições negativas foram verificadas no Rio Grande do Sul (-8,0%) e Paraná (-4,6%). No Rio Grande do Sul por conta dos calçados e artigos de couro (-22,1%) e produtos químicos (-15,4%); e no Paraná foram os alimentos e bebidas (-10,3%) e madeira (-17,0%).

Em termos setoriais, oito das dezoito atividades expandiram o valor da folha de pagamento real no total do país. Os setores de produtos químicos (14,3%) e de máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,3%) assinalaram as contribuições positivas mais relevantes, enquanto máquinas e equipamentos (-10,6%) e calçados e artigos de couro (-12,0%) ficaram com as principais pressões negativas.