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Em setembro, comércio variou 0,01% em vendas e 0,83% em receita

Em setembro de 2005, a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE apurou que o varejo do País apresentou taxas de variação de 0,01% para o volume de vendas e de 0,83% na receita nominal, em relação a agosto, na série com ajuste sazonal.

17/11/2005 07h31 | Atualizado em 17/11/2005 07h31

Volume de vendas (0,01%) mostra estabilidade no comércio varejista em relação ao mês anterior.

Em setembro de 2005, a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE apurou que o varejo do País apresentou taxas de variação de 0,01% para o volume de vendas e de 0,83% na receita nominal, em relação a agosto, na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações, sem ajustamento sazonal, o volume de vendas cresceu 5,62% sobre setembro de 2004, acumulando 4,98% do ano e 6,05% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal aumentou 9,31% sobre igual mês de 2004, acumulando 11,09% no ano e 12,15% nos últimos 12 meses.

TABELA 1



O resultado do volume de vendas, na série com ajuste sazonal (0,01%), representou uma estabilidade no comércio varejista em relação ao mês anterior. Calculado para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, o volume de vendas foi positivo em Tecidos, vestuário e calçados (4,43%) e no ramo específico de Hipermercados e supermercados (0,16%). Já em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,bebidas e fumo houve estabilidade na variação (0,00%). Apresentaram resultados negativos as seguintes atividades: Móveis e eletrodomésticos (-2,57%); Veículos, motos, partes e peças (-1,98%); e Combustíveis e lubrificantes (–0,08%).

Na comparação setembro2005/setembro2004, sete das oito atividades do varejo registraram crescimento no volume de vendas: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,bebidas e fumo (3,86%);Móveis e eletrodomésticos (12,30%); Tecidos, vestuário e calçados (11,46%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,51%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (53,51%); Livros, jornais, revistas e papelaria (8,37%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,76%). O resultado negativo foi verificado em Combustíveis e lubrificantes (–7,14%).

Na composição da taxa mensal de setembro, para o volume de vendas do comércio varejista, o maior impacto positivo ficou por conta da atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,bebidas e fumo com variação de 3,86%. Foi a quinta taxa positiva consecutiva nessa atividade, influenciada pelos recentes aumentos no rendimento médio do trabalho e na estabilidade no nível de ocupação, captados pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. As variações acumuladas em setembro para essa atividade foram de 3,57% no ano e de 5,23% nos últimos 12 meses.

TABELA 2



A segunda maior contribuição no resultado do varejo, em volume de vendas, ficou com a atividade de Móveis e eletrodomésticos com crescimento de 12,30% em relação a setembro de 2004. Mesmo com desempenho acima da média, o setor apresentou nesse mês uma desaceleração no ritmo de crescimento. No acumulado do ano, a taxa de variação atingiu o patamar de 18,13% e nos últimos 12 meses 19,20%. Os resultados foram influenciados pela melhoria nas condições de crédito oferecidas aos consumidores.

O segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que apresentou a terceira maior participação no resultado do comércio varejista, registrou variação de 18,76% no volume de vendas em relação ao mês de setembro do ano anterior. Essa atividade, que contempla lojas de departamentos, óticas, artigos esportivos, brinquedos, etc., também é sensível ao crédito ao consumidor como Móveis e eletrodoméstico. No ano, a taxa de variação acumulada foi de 14,32%.

Ainda na comparação setembro2005/setembro2004, o quarto maior impacto no resultado do comércio varejista foi verificado em Tecidos, vestuário e calçados, com 11,46% de crescimento, influenciado pelas liquidações verificadas no fim da estação. O segmento acumulou crescimentos no ano (4,59%) e em 12 meses (3,79%).

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com variação de 53,51% em relação a setembro de 2004, acumulou no ano crescimento de 45,20%. Tais resultados são basicamente explicados pela ocorrência da valorização do real frente ao dólar, que vem tornando os produtos de informática (hardware e software) relativamente mais baratos, como mencionado nos relatórios dos meses anteriores.

O único resultado negativo registrado no volume de vendas do comércio varejista, na comparação setembro05/setembro04, coube a Combustíveis e lubrificantes (–7,14%), o nono consecutivo da atividade. A elevação dos preços dos combustíveis bem acima da média (11,52% em 12 meses, segundo IPCA) vem provocando a racionalização do consumo destes produtos. O segmento acumulou quedas no ano (–7,02%) e em 12 meses (-4,88%).

O volume de vendas cresceu 5,63% no terceiro trimestre

O comércio varejista, com 5,63% de variação do volume de vendas, apresentou no terceiro trimestre do ano taxa de desempenho superior a dos três meses anteriores (3,79%). Este resultado foi influenciado pelas seguintes atividades: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que passou de 1,11% no segundo trimestre para 3,96% no terceiro; Tecidos, vestuário e calçados, de 2,25% para 9,67%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico, de 11,63% para 16,26% e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, de 5,34% para 8,82%.

Já os setores sensíveis ao crédito mostraram comportamento contrário, como, por exemplo, Móveis e eletrodomésticos, que passou de 21,08% no segundo trimestre para 15,29% no terceiro, e Veículos, motos, partes e peças, de 2,28% para –0,27%. Na mesma comparação, foram verificadas variações negativas mais acentuadas em Combustíveis e lubrificantes, que passou de –7,75% no segundo trimestre para –7,86% no terceiro; e Material de construção, de –5,31% para –7,72%.

Vinte e cinco das 27 Unidades da Federação registraram resultados mensais (set05/set04) positivos no volume de vendas, com destaque para Tocantins (51,42%); Paraíba (38,01%); Sergipe (30,37%); Piauí (27,84%); Maranhão (27,49%) e Rio Grande do Norte (25,01%). As maiores contribuições na composição da taxa do comércio varejista vieram de São Paulo (1,90%), Rio de Janeiro (5,80%), Pernambuco (18,81%), Distrito Federal (16,69%) e Minas Gerais (4,69%).

Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas na relação setembro05/setembro04 foram de 2,47% para o volume de vendas e de 6,95% na receita nominal de vendas. No acumulado do ano de 2005 sobre igual período do ano anterior, o setor apresentou taxas de variação de 3,25% para o volume de vendas e 10,83% na receita nominal.