Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção Industrial cai em oito dos 14 locais pesquisados


Em setembro, os indicadores regionais da produção industrial mostraram queda em oito dos 14 locais pesquisados, na comparação com setembro de 2004.

11/11/2005 07h31 | Atualizado em 11/11/2005 07h31

Em setembro, os indicadores regionais da produção industrial mostraram queda em oito dos 14 locais pesquisados, na comparação com setembro de 2004. Com crescimento, acima do índice nacional (0,2%), situaram-se: Minas Gerais (4,8%), Pará (4,7%), Rio de Janeiro (4,4%), Amazonas (2,6%), Bahia (2,4%) e Espírito Santo (2,3%). Todas as regiões que ficaram abaixo da média registraram taxas negativas: São Paulo (-1,1%), interrompendo uma seqüência de 22 resultados positivos, Pernambuco (-1,8%), Rio Grande do Sul (-2,8%), região Nordeste (-3,2%), Goiás (-6,8%). Em Santa Catarina, Paraná e Ceará a redução chegou aos dois dígitos: -10,2%, -11,6%, -12,4%, respectivamente.

Em bases trimestrais, observou-se que no período julho-setembro deste ano, em relação a igual período de 2004, a maioria (nove) das 14 áreas pesquisadas assinalaram expansão, mas apontaram desaceleração em relação aos trimestres anteriores. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, 11 locais apresentaram perda de dinamismo, confirmando assim a ampliação do movimento de desaceleração no ritmo industrial, já observado em nível setorial, nos índices para o total do País.

No terceiro trimestre de 2005, a indústria do Amazonas manteve o maior desempenho entre as regiões, com taxa de 8,1%, apoiada no crescimento da produção de telefones celulares e televisores. Bahia (7,0%), Minas Gerais (5,2%), Rio de Janeiro (2,2%) e São Paulo (1,6%) também cresceram acima da média nacional (1,5%). Nesses locais destacaram-se, respectivamente, os itens: óleo diesel, minérios de ferro, petróleo e revistas e jornais. Abaixo da média nacional, mas ainda com resultado positivo, seguiram: Pernambuco (1,4%), Pará (1,2%), Goiás (1,1%) e região Nordeste (0,4%). No entanto no Espírito Santo (-1,2%), Rio Grande do Sul (-3,6%), Paraná (-5,8%), Ceará (-7,1%) e Santa Catarina (-7,4%) houve recuo nesse período.



No indicador acumulado no ano, em relação a igual período de 2004, houve crescimento em todas as regiões pesquisadas, exceto Rio Grande do Sul (-3,3%), efeito do cenário desfavorável no setor agrícola. Neste índice, a indústria amazonense foi a de maior dinamismo, com aumento de 15,9%. Com taxas acima ou igual à média nacional (3,8%) figuraram, ainda: Minas Gerais (6,8%), Goiás (4,7%), São Paulo (4,6%), Bahia (3,9%) e Pará (3,8%). Os resultados regionais confirmaram o perfil de crescimento do ano, apoiado, principalmente, na produção de bens de consumo, tanto de duráveis quanto de semiduráveis e não duráveis, além da contribuição vinda das exportações. Nessa comparação, as demais áreas registraram os seguintes resultados: região Nordeste (3,1%), Paraná (2,8%), Pernambuco (1,7%), Espírito Santo (1,7%), Rio de janeiro (1,6%), Santa Cataria (1,4%) e Ceará (1,0%).

Amazonas

A produção industrial do Amazonas cresceu 2,6% em setembro, na comparação com igual período do ano anterior, após sete meses consecutivos apresentando taxas de crescimento de dois dígitos neste indicador. Nos índices acumulado no ano e acumulado nos últimos doze meses, observaram-se resultados positivos expressivos: 15,9% e 14,8%, respectivamente.

O aumento de 2,6% no indicador mensal da produção industrial amazonense refletiu, sobretudo, o desempenho favorável em cinco das 11 atividades pesquisadas. Os maiores destaques foram: material eletrônico e equipamentos de comunicações (5,1%), alimentos e bebidas (6,5%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (31,5%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram: outros equipamentos de transporte (-7,3%) e borracha e plástico (-18,7%).

Na análise dos índices trimestrais, observou-se expressiva diminuição no ritmo de expansão da produção na passagem do segundo (25,6%) para o terceiro trimestre (8,1%). Vale destacar que esse indicador ainda é bastante superior ao verificado na média nacional (1,5%). A principal contribuição para esta desaceleração, entre os períodos abril-junho e julho-setembro, veio de material eletrônico e aparelhos de comunicações, que passou de 50,1% para 18,5%, seguido por alimentos e bebidas (de 16,8% para -1,5%) e outros equipamentos de transporte (de 17,2% para 2,5%).

No indicador acumulado nos nove primeiros meses do ano, a produção fabril apresentou crescimento de 15,9%, refletindo, principalmente, a expansão de oito das 11 atividades pesquisadas. Material eletrônico e equipamentos de comunicações, com avanço de 33,4%, sobressaiu como a maior contribuição no índice global. Também destacaram-se alimentos e bebidas (9,2%) e outros equipamentos de transporte (9,6%). Em sentido oposto, borracha e plástico (-20,5%) apresentou o principal resultado negativo.

Pará

A indústria do Pará, em setembro, apresentou elevação de 4,7% na comparação com igual mês do ano anterior. Os demais indicadores também assinalaram crescimento: 3,8% no acumulado no ano e 5,9% no acumulado nos últimos doze meses.

O aumento de 4,7%, segundo o indicador mensal na indústria paraense, foi determinado, em grande parte, pelo comportamento favorável das indústrias extrativas (11,6%) e de alimentos e bebidas (35,8%). Por outro lado, madeira (-22,4%) exerceu a maior pressão negativa.

Entre o segundo e terceiro trimestre do ano, a indústria paraense desacelerou o ritmo de crescimento da produção ao passar de 5,8% para 1,2%. As principais atividades responsáveis para este movimento foram: indústria extrativa, que passou de 16,2% no segundo trimestre para 5,1% no terceiro, e madeira (de -0,9% para -19,7%).

A expansão de 3,8%, no indicador acumulado janeiro-setembro decorreu, principalmente, da performance favorável da indústria extrativa (9,8%), seguida por metalurgia básica (3,3%). Madeira (-5,8%) e minerais não-metálicos (-8,9%) exerceram as principais pressões negativas.

Nordeste

Em setembro, a indústria do Nordeste, registrou queda de 3,2% na comparação com igual mês do ano anterior. Já os indicadores para períodos mais abrangentes apresentaram aumentos de 3,1% no acumulado no ano e de 5,2% no acumulado nos últimos doze meses.

No indicador mensal, houve recuo em sete dos 11 segmentos pesquisados. As pressões negativas mais expressivas vieram de alimentos e bebidas (-6,2%), produtos químicos (-7,0%) e têxtil (-9,9%). Por outro lado, os maiores impactos positivos no cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (12,3%) e de minerais não-metálicos (9,3%).

Na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano, a indústria nordestina mostrou desaceleração no ritmo de produção de 2,1% para 0,4%. Oito ramos acompanharam esse movimento, com destaque para produtos químicos, que passou de um aumento de 3,6% para uma queda de 3,9%, e alimentos e bebidas (de 5,1% para -1,3%). Em sentido contrário, refino de petróleo e produção de álcool foi a atividade com maior ganho de dinamismo, passando de -3,0% para 20,8%.

No acumulado janeiro-setembro, sete das 11 atividades pesquisadas apresentaram crescimento. As maiores pressões positivas vieram de alimentos e bebidas (4,5%), de refino de petróleo e produção de álcool (6,1%) e de minerais não-metálicos (16,6%). Os setores extrativo (-3,7%) e de vestuário (-6,7%) foram as contribuições negativas mais relevantes.

Ceará

Em setembro, a produção industrial do Ceará apresentou retração de 12,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, os indicadores para períodos mais abrangentes prosseguiram positivos: 1,0% no acumulado no ano e 5,1% no acumulado nos últimos doze meses. O terceiro trimestre do ano, comparado com igual período do ano anterior, mostrou recuo de 7,1%.

Pelo terceiro mês consecutivo, a indústria cearense assinalou queda no indicador mensal. Para a formação da taxa de -12,4% contribuíram negativamente seis dos 10 setores industriais pesquisados. A maior contribuição negativa veio de calçados e artigos de couro (-24,4%). Outros impactos negativos relevantes foram assinalados em alimentos e bebidas (-13,8%) e em têxtil (-14,3%). Em sentido oposto, destacaram-se o desempenho favorável de refino de petróleo e produção de álcool (39,2%) e de produtos de metal (21,4%).

Na análise trimestral, a indústria cearense mostrou perda de dinamismo no terceiro trimestre do ano (-7,1%), após crescer 5,2% no período janeiro-março e 6,9% no período abril-junho, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, este movimento de desaceleração esteve presente em oito dos 10 setores, com destaque para alimentos e bebidas, que passou de um crescimento de 2,5% para uma queda de 9,9%, têxtil (de 5,7% para -8,0%), vestuário (de 11,1% para -17,9%) e calçados e artigos de couro (de 4,9% para -8,3%).

No indicador acumulado no ano, houve aumento em seis dos 10 setores investigados. As principais influências positivas vieram de minerais não-metálicos (29,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (35,5%). Por outro lado, as maiores pressões negativas foram verificadas em alimentos e bebidas (-2,4%) e calçados e artigos de couro (-3,6%).

Pernambuco

Em setembro, a indústria de Pernambuco mostrou queda de 1,8% em relação à igual mês do ano anterior, interrompendo uma seqüência de quatro resultados positivos. Entretanto, os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram positivos: 1,7%, tanto no acumulado no ano como no acumulado nos últimos doze meses. O trimestre julho-setembro, na comparação com igual trimestre do ano anterior, assinalou aumento de 1,4%.

No indicador mensal, houve recuo em seis das 11 atividades industriais pesquisadas. A principal influência negativa veio de alimentos e bebidas (-10,4%). Vale citar também a retração observada em refino de petróleo e produção de álcool (-49,2%) e na metalurgia básica (-5,5%). Do lado positivo, destacaram-se máquinas, aparelhos e materiais elétricos (46,7%) e borracha e plástico (18,7%).

No terceiro trimestre do ano, a indústria pernambucana assinalou expansão de 1,4%, resultado superior ao obtido no segundo trimestre, quando a indústria ficou estável. Este aumento está relacionado ao maior dinamismo vindo de borracha e plástico, que passou de uma queda de 25,6% para um aumento de 16,0%, de produtos de metal (-28,8% para -3,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,0% para 31,4%).

O indicador acumulado no ano avançou 1,7%, com sete dos onze setores industriais investigados apresentando taxas positivas. As principais contribuições positivas vieram de produtos químicos (10,4%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,8%). Em sentido oposto, os maiores impactos negativos foram observados em produtos de metal (-14,0%) e na indústria têxtil (-23,5%).

Bahia

A produção industrial da Bahia, em setembro, cresceu nos principais indicadores da produção industrial: 2,4% na comparação contra igual período do ano anterior, 7,0% frente igual trimestre de 2004, 3,9% no indicador acumulado no ano e 6,6% no acumulado nos últimos doze meses.

No indicador mensal, a indústria baiana registrou expansão de 2,4%, com resultados positivos em seis das nove atividades industriais pesquisadas. A maior influência positiva veio de refino de petróleo e produção de álcool (19,1%). Vale citar ainda, em menor medida, os aumentos observados em alimentos e bebidas (8,3%) e em metalurgia básica (10,6%). Do lado negativo, as principais influências vieram de produtos químicos (-9,5%) e de celulose e papel (-10,8%).

No terceiro trimestre do ano, a produção industrial da Bahia cresceu 7,0%, mostrando aceleração no ritmo produtivo frente a taxa obtida no segundo trimestre (1,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Apesar de seis dos nove setores terem perdido dinamismo, entre o segundo e o terceiro trimestre, o resultado global foi positivo, devido, sobretudo, à forte expansão registrada em refino de petróleo e produção de álcool, segunda atividade de maior peso na indústria baiana, que passou de uma queda de 2,2% para um incremento de 26,0%. Vale mencionar também o ganho observado na metalurgia básica, que passou de -14,6% para 9,8%.

No indicador acumulado, sete dos nove setores fabris investigados apresentaram crescimento. Os maiores impactos positivos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (6,4%) e de alimentos e bebidas (9,0%). Em sentido oposto, os únicos recuos foram observados na metalurgia básica (-3,5%) e na indústria extrativa (-3,4%).

Minas Gerais

Em setembro, a produção industrial de Minas Gerais apresentou crescimento nos principais indicadores pesquisados: 4,8% na comparação com igual mês do ano anterior, 6,8% no acumulado nos nove primeiros meses do ano e 6,5% no acumulado nos últimos doze meses. Todos os índices foram superiores aos verificados na média do país: 0,2%, 3,8% e 4,4%, respectivamente.

O crescimento de 4,8% no indicador mensal da indústria mineira foi o vigésimo sexto resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Essa expansão foi sustentada, sobretudo, pelo bom desempenho da indústria extrativa (10,6%). A indústria de transformação ampliou a produção em 3,9%, com resultados positivos em 10 dos 12 setores pesquisados. Os maiores destaques foram alimentos (4,2%), produtos de metal (14,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (8,9%). Por outro lado, os únicos resultados negativos foram observados em bebidas (-7,2%) e em fumo (-4,5%).

Na análise do terceiro trimestre do ano, observou-se aumento de 5,2%, porém com desaceleração no ritmo produtivo, uma vez que no segundo trimestre a expansão foi de 8,6%, ambas as comparações em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta diminuição de ritmo foi observada em oito das 13 atividades pesquisadas, com os principais destaques vindo de veículos automotores (de 21,7% para 4,5%) e de minerais não-metálicos (de 18,9% para 5,6%).

O crescimento de 6,8% no indicador acumulado no ano refletiu a expansão registrada tanto na indústria extrativa (13,3%), favorecida pelo bom desempenho de minérios de ferro, como na indústria de transformação (5,8%), com aumento em nove das 12 atividades pesquisadas. Os principais destaques positivos foram veículos automotores (12,4%) e produtos de metal (37,6%). Entre os que assinalaram resultados negativos, metalurgia básica (-4,0%) e bebidas (-13,2%) exerceram as maiores pressões.

Espírito Santo

A produção industrial do Espírito Santo, em setembro de 2005, apresentou aumento de 2,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para períodos mais abrangentes, houve aumento de 1,7% no indicador acumulado no ano e de 3,6% no acumulado nos últimos doze meses. Já a produção do trimestre julho-setembro, contra igual período do ano anterior, assinalou queda (-1,2%).

A expansão de 2,3% refletiu, principalmente, o desempenho favorável de três segmentos: indústria extrativa (4,8%), celulose e papel (5,8%) e minerais não-metálicos (8,9%). Em sentido contrário, o único ramo que apresentou queda foi o de alimentos e bebidas (-10,8%).

Na análise trimestral, a taxa negativa (-1,2%) observada no terceiro trimestre deste ano, interrompeu a seqüência de seis trimestres com resultados positivos e confirmou a trajetória de desaceleração no ritmo de produção iniciada na passagem do último trimestre do ano passado para o primeiro deste ano. Na diminuição do ritmo produtivo, entre os períodos abril-junho e julho-setembro, destacaram-se a metalurgia básica (de 3,0% para -7,2%) e celulose e papel (de 2,4% para -1,1%).

No indicador acumulado no ano, quatro dos cinco ramos pesquisados apresentaram crescimento. O desempenho favorável deveu-se à boa performance das indústrias extrativas (2,4%), celulose e papel (2,8%) e minerais não-metálicos (5,1%). A metalurgia básica, com queda de 2,0%, foi a única atividade que assinalou recuo na produção.

Rio de Janeiro

A indústria do Rio de Janeiro prosseguiu, em setembro, apresentando crescimento (4,4%) na comparação com igual mês do ano anterior, sendo esta a segunda taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto. Nos indicadores para períodos mais abrangentes também houve aumento tanto no acumulado no ano (1,6%) como nos últimos doze meses (1,9%).

Na comparação setembro 05/setembro 04, o setor industrial fluminense se ampliou em 4,4%, tendo como principal contribuição a indústria extrativa (14,9%). A expansão global da indústria também foi influenciada positivamente pela indústria de transformação (2,3%), onde seis das 12 atividades apresentaram resultados positivos, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (11,9%) e minerais não-metálicos (20,7%). Por outro lado, dos seis ramos da indústria de transformação que reduziram a produção, sobressaíram borracha e plástico (-22,5%) e farmacêutica (-8,0%).

Na análise trimestral observou-se que a indústria fluminense vem sustentando resultados positivos há sete trimestres consecutivos, com ligeira trajetória ascendente no ritmo produtivo nos três trimestres deste ano, uma vez que assinalou 0,9% no período janeiro-março; 1,7% no segundo trimestre; e 2,2% no terceiro, todas as comparações contra igual período do ano anterior. O ganho de dinamismo na passagem do segundo para o terceiro trimestre refletiu, sobretudo, a redução no ritmo de queda da indústria de transformação, que passou de -2,5% para -0,5%, com destaque para a indústria farmacêutica (de -9,6% para 6,1%). Por outro lado, a indústria extrativa, que passou de 23,2% para 15,5%, figurou como a atividade que mais perdeu na passagem do segundo para o terceiro trimestre.

O indicador acumulado no ano registrou crescimento de 1,6%, com a indústria extrativa mostrando expansão (13,9%) e a indústria de transformação apresentando queda (-0,9%). A performance favorável do setor extrativo ao longo do ano, por conta da área de petróleo e de gás natural, é a maior influência positiva na média global. Na indústria de transformação, sete dos 12 ramos apresentaram recuos, cabendo à metalurgia básica (-9,1%) e borracha e plástico (-24,0%) os principais destaques negativos. Em sentido contrário, minerais não-metálicos (25,8%), veículos automotores (16,0%) e alimentos (8,8%) foram os ramos da indústria de transformação que mais pressionaram positivamente.

São Paulo

Em setembro, a indústria de São Paulo, com uma redução de 1,1% em relação a igual mês do ano anterior, apresentou o menor resultado do ano. Com a queda no indicador mensal, a produção acumulada no período janeiro-setembro (4,6%) ficou abaixo da registrada em agosto (5,4%) e o indicador acumulado nos últimos doze meses acentuou a trajetória de desaceleração ao registrar 5,6% de expansão contra 7,1% em agosto. O terceiro trimestre do ano apresentou crescimento de 1,6%, ligeiramente superior à média nacional (1,5%).

A indústria paulista apresentou a primeira taxa negativa após vinte e dois meses consecutivos de aumento: -1,1% em relação a setembro de 2004. Houve resultados negativos em 13 dos 20 ramos pesquisados. Na formação da taxa global, os principais impactos foram material eletrônico e equipamentos de comunicações (-21,0%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,6%) e alimentos (-3,3%). Em sentido contrário, as principais influências positivas foram edição e impressão (18,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (18,3%) e farmacêutica (11,3%).

No terceiro trimestre deste ano, a expansão de 1,6% frente a igual período do ano passado expressou uma queda de 5,6 pontos percentuais em relação ao resultado do segundo trimestre (7,2%). A redução verificada entre os dois trimestres deveu-se, principalmente, à retração observada em máquinas e equipamentos (de 12,0% para 2,1%), veículos automotores (de 5,3% para -0,3%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (de 0,9% para -12,2%) e alimentos (de 4,9% para -1,4%)

No índice acumulado no ano, 14 atividades apresentaram taxas positivas. Os principais destaques na composição da taxa global permaneceram com as indústrias farmacêutica (24,3%), edição e impressão (20,5%) e máquinas e equipamentos (8,7%). Por outro lado, as principais pressões negativas foram representadas por material eletrônico e equipamentos de comunicações (-7,8%), têxtil (-7,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,3%).

Paraná

Em setembro, os indicadores industriais do Paraná apresentaram os seguintes resultados: -11,6% na comparação com setembro de 2004, -5,8% no trimestre julho-setembro, 2,8% no acumulado no ano e 5,1% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação com setembro do ano passado, a queda de 11,6%, refletiu, em maior medida, a performance negativa de 10 das 14 atividades pesquisadas. Entre essas, destacou-se edição e impressão (-41,1%). Outros impactos negativos também foram relevantes para a formação do índice global: alimentos (-12,0%), máquinas e equipamentos (-25,2%), refino de petróleo e produção de álcool (-13,7%) e madeira (-20,5%). Entre os setores que assinalaram resultados positivos, sobressaíram veículos automotores (9,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (45,6%).

No trimestre de julho-setembro, o recuo de 5,8% alterou a trajetória ascendente que era observada desde o terceiro trimestre de 2002 . Na desaceleração observada na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2005, as principais contribuições vieram de refino de petróleo e produção de álcool (de 82,3% para 4,2%), de veículos automotores (de 34,6% para 3,8%) e de edição e impressão (de 38,5% para -15,6%).

No indicador acumulado no ano, a metade (sete) dos ramos pesquisados expandiram a produção. Veículos automotores, com aumento de 22,9%, exerceu o maior impacto positivo. Outra contribuição positiva importante no resultado global veio de refino de petróleo e produção de álcool (16,4%). Entre os que assinalaram taxas negativas, as maiores pressões vieram de outros produtos químicos (-23,1%), alimentos (-4,2%) e madeira (-10,4%).

Santa Catarina

Em setembro, a indústria de Santa Catarina recuou 10,2% frente a igual mês do ano anterior, sendo esta a terceira taxa negativa consecutiva e a menor desde maio de 2003. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria catarinense continuou apresentando resultados positivos, porém com clara trajetória de desaceleração no ritmo de crescimento: 1,4% no acumulado janeiro-setembro e 3,7% no acumulado nos últimos doze meses.

Para a formação da taxa de -10,2%, na comparação com igual mês do ano anterior, contribuiu negativamente a maior parte (nove) das 11 atividades industriais investigadas, com destaque para a significativa influência negativa vinda de máquinas e equipamentos (-39,5%). Vale ressaltar que esta atividade assinalou a menor taxa desde agosto de 1992. Também sobressaíram as quedas observadas em vestuário (-18,6%) e em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-28,0%). Em contraposição, somente veículos automotores (23,2%) e celulose e papel (2,9%) tiveram resultados positivos.

No terceiro trimestre de 2005, a atividade fabril catarinense ao assinalar recuo de 7,4% manteve a trajetória descendente no ritmo de produção, iniciada no último trimestre do ano passado (11,1%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Esse movimento de desaceleração, que atingiu todos os ramos industriais, foi particularmente importante em máquinas e equipamentos, que intensificou a queda ao passar de -7,7% no período abril-junho para -27,6% no trimestre seguinte, alimentos (de 6,5% para -2,3%), e vestuário (de -5,9% para -20,3%).

No indicador acumulado no ano, houve aumento em oito das 11 atividades investigadas. Com o maior impacto positivo no resultado geral, destacou-se veículos automotores (52,2%). Outras contribuições positivas relevantes foram dadas pelas indústrias de alimentos (3,6%) e têxtil (6,1%). Do lado negativo, máquinas e equipamentos, com queda de 11,8%, respondeu pela principal pressão negativa.

Rio Grande do Sul

Em setembro, a indústria do Rio Grande do Sul, na comparação com igual mês do ano anterior, apresentou queda de 2,8%. Também registraram queda os indicadores para períodos mais abrangentes: -3,3% no acumulado no ano e -1,9% no acumulado nos últimos doze meses.

Segundo o indicador mensal, o recuo de 2,8% foi conseqüência, sobretudo, da desaceleração observada em oito dos 14 ramos pesquisados. Os maiores impactos negativos vieram de calçados e artigos de couro (-15,5%), produtos de metal (-22,5%) e máquinas e equipamentos (-11,5%). Por outro lado, as maiores influências positivas no cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (44,5%) e de veículos automotores (10,0%).

Em bases trimestrais, a indústria gaúcha completou o terceiro trimestre com taxas negativas, acentuando a desaceleração na passagem do segundo (-2,9%) para o terceiro (-3,6%). Nesses dois períodos, oito dos 14 ramos pesquisados diminuíram a produção, com destaque para calçados e artigos de couro, que passou de 5,2% para -10,1%, e alimentos (de 2,9% para -2,4%).

No indicador acumulado no ano, máquinas e equipamentos (-19,2%) exerceu o principal impacto negativo. Outras contribuições negativas importantes vieram de outros produtos químicos (-6,0%) e de fumo (-4,5%). Em sentido contrário, alimentos (2,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (3,2%) exerceram as maiores pressões positivas.

Goiás

Em setembro, a produção industrial de Goiás recuou 6,8%.na comparação contra igual mês do ano anterior. No entanto, para períodos mais abrangentes os indicadores foram positivos: 1,1% no trimestre julho-setembro, 4,7% no acumulado no ano e 7,0% no acumulado nos últimos doze meses.

A indústria goiana registrou sua primeira queda (-6,8%), pior resultado desde janeiro de 2003, após dezesseis meses de taxas positivas consecutivas. O desempenho adverso do setor extrativo (-15,5%), que apresentou o seu resultado mais fraco no ano, foi um dos principais impactos negativos na média global. Na indústria de transformação, cuja taxa também foi negativa (-6,1%), os resultados negativos predominaram na maioria dos ramos, cabendo a produtos químicos (-22,2%) e minerais não-metálicos (-38,0%) os maiores impactos negativos. Em sentido oposto, apenas a metalurgia básica (14,2%) teve crescimento.

Na análise por trimestres, observou-se perda de ritmo no terceiro trimestre em comparação com os dois trimestre anteriores. A produção de julho-setembro foi de 1,1%, enquanto janeiro-março e abril-junho cresceram 3,8% e 9,8%, respectivamente. A perda de dinamismo entre o segundo e o terceiro trimestre esteve associada, principalmente, ao menor ritmo produtivo vindo de alimentos e bebidas (de 10,2% para 4,2%) e de indústrias extrativas (de 18,5% para -7,2%).

De janeiro a setembro, a produção acumulada elevou-se em 4,7%. Na análise por atividades, verificou-se que três assinalaram expansão, com destaque para alimentos e bebidas (6,8%). Por outro lado, entre as duas atividades que recuaram a produção, sobressaiu a redução observada em produtos químicos (-9,0%).