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Producer Price Index (IPP) is -0.48% in October

December 05, 2025 09h00 AM | Last Updated: December 05, 2025 11h38 AM

In October 2025, industrial prices changed -0.48% compared to September 2025, the ninth consecutive negative result. In this comparison, 11 of the 24 industrial activities experienced price decreases. The cumulative change for the year was -4.33%, while the cumulative change over 12 months was -1.82%. In October 2024, the IPP (Industrial Production Price Index) was 0.97% in the month-to-month comparison.

Period Rate
October 2025 -0.48%
September 2025 -0.24%
October 2024 0.97%
Cumulative in the year -4.33%
Cumulative in 12 months -1.82%

The Producer Price Index (PPI) for the Mining and Quarrying and Manufacturing Industries measures the "factory gate" prices of products, excluding taxes and freight, and covers the braod economic categories.

The remainder is temporarily in Portuguese.

Em outubro de 2025 , os preços da indústria variaram -0,48% frente a setembro de 2025 (-0,24%). 11 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações negativas de preço ante o mês imediatamente anterior. Em comparação, 12 atividades haviam apresentado menores preços médios em setembro em relação ao mês de agosto.

As quatro variações mais intensas foram em outros produtos químicos (-2,00%); perfumaria, sabões e produtos de limpeza (1,89%); metalurgia (1,80%); e calçados e produtos de couro (-1,60%).

Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas e
de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três meses

Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M₋₁ Acumulado no Ano M/M₋₁₂
Ago/2025 Set/2025 Out/2025 Ago/2025 Set/2025 Out/2025 Ago/2025 Set/2025 Out/2025
Indústria Geral -0,21 -0,24 -0,48 -3,63 -3,86 -4,33 0,47 -0,39 -1,82
B - Indústrias Extrativas -1,39 0,52 -0,69 -13,99 -13,54 -14,14 -6,29 0,05 -7,87
C - Indústrias de Transformação -0,16 -0,27 -0,47 -3,11 -3,38 -3,83 0,79 -0,41 -1,53
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de outubro e os de setembro. A atividade foi responsável por -0,36 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,48% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram outros produtos químicos, com -0,16 p.p. de influência, metalurgia (0,11 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (-0,09 p.p.)

O acumulado no ano foi de -4,33% em outubro. A título de comparação, no último ano (2024) a taxa acumulada até o mês de outubro havia sido de 6,49%. O valor da taxa acumulada no ano até este mês de referência é o segundo menor já registrado para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 2014.

Entre as atividades que, em outubro/2025, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, sobressaíram: indústrias extrativas (-14,14%), impressão (12,24%), metalurgia (-9,78%) e madeira (-9,50%). Enquanto as principais influências foram registradas em alimentos: -2,43 p.p., indústrias extrativas: -0,68 p.p., metalurgia: -0,68 p.p. e refino de petróleo e biocombustíveis: -0,54 p.p.

No acumulado em 12 meses , calculado comparando os preços de outubro de 2025 aos de outubro de 2024, foi de -1,82% neste mês de referência. Em setembro, este mesmo indicador havia registrado taxa de -0,39%.

Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de outubro com o mesmo mês do ano anterior foram: impressão (variação de 14,49%); indústrias extrativas (-7,87%); madeira (-7,72%); e alimentos (-5,94%). E, também na comparação com igual mês do ano anterior, os setores de maior influência no resultado agregado foram: alimentos (-1,51 p.p.); refino de petróleo e biocombustíveis (-0,38 p.p.); indústrias extrativas (-0,36 p.p.); e veículos automotores (0,25 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas , o resultado de outubro repercutiu assim: 0,19% de variação em bens de capital (BK); -0,65% em bens intermediários (BI); e -0,38% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,06%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -0,46%.

A principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 53,74% e respondeu por -0,35 p.p. da variação de -0,48% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens de consumo, com influência de -0,14 p.p. e bens de capital com 0,01 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em outubro se divide em 0,00 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,15 p.p. associada à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e
de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses

Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
M/M₋₁ Acumulado no Ano M/M₋₁₂
Ago/2025 Set/2025 Out/2025 Ago/2025 Set/2025 Out/2025 Ago/2025 Set/2025 Out/2025
Indústria Geral -0,21 -0,24 -0,48 -3,63 -3,86 -4,33 0,47 -0,39 -1,82
Bens de Capital (BK) 0,52 -0,41 0,19 0,40 -0,01 0,18 4,21 3,60 2,83
Bens Intermediários (BI) -0,16 -0,57 -0,65 -5,77 -6,30 -6,92 -1,97 -2,70 -4,15
Bens de Consumo (BC) -0,43 0,26 -0,38 -1,28 -1,02 -1,40 3,35 2,21 0,66
Bens de Consumo Duráveis (BCD) 0,27 0,50 0,06 2,18 2,70 2,76 3,69 3,60 2,96
Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND) -0,57 0,22 -0,46 -1,94 -1,73 -2,18 3,28 1,95 0,22
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

No acumulado no ano , a variação chegou a 0,18%, no caso de bens de capital; -6,92% em bens intermediários; e -1,40% em bens de consumo – sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 2,76%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, -2,18%.

Em termos de influência no resultado acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,01 p.p. dos -4,33% verificados na indústria geral até outubro deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por -3,82 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de -0,52 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,16 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e -0,68 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado em 12 meses , a variação de preços de bens de capital foi de 2,83% em outubro/2025. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram -4,15% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 0,66%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 2,96% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 0,22%.

No que diz respeito às influências no resultado agregado, com peso de 38,33% no cálculo do índice geral, bens de consumo foi responsável por 0,25 p.p. dos -1,82% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de outubro de 2025, houve, ainda, influência de 0,21 p.p. de bens de capital e de -2,28 p.p. de bens intermediários.

O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,18 p.p. por bens de consumo duráveis e em 0,07 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,47% no cômputo do índice daquela grande categoria.

Indústrias extrativas: com uma variação de -0,69% em outubro, as indústrias extrativas voltaram a registrar queda em relação ao mês anterior, marcando o sétimo resultado negativo deste indicador em 2025. O destaque atribuído ao setor se justifica pelo desempenho nos indicadores de longo prazo, tanto em termos de variação quanto de influência.

No acumulado no ano, o setor apresentou a maior variação e a segunda maior influência absoluta entre as atividades analisadas (-14,14% e -0,68 p.p., em uma variação total de -4,33%, respectivamente). Já no indicador anual, o setor registrou uma queda de 7,87%, configurando a maior retração e a segunda maior variação absoluta entre setores investigados. Além disso, apresentou a terceira influência mais significativa, com -0,36 p.p., em uma variação geral de -1,82%.

Alimentos: pelo sexto mês consecutivo, a variação média dos preços do setor é negativa. Em outubro contra setembro, o recuo foi de 1,47%, o segundo mais intenso nesse intervalo (-3,42%, em junho). Com isso, o acumulado no ano foi a -9,45% (em outubro de 2024 estava em 9,56%) e o em 12 meses a -5,94%, resultado negativo mais intenso desde setembro de 2023 (-6,46%).

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter tido a quarta variação mais intensa, na perspectiva do acumulado em 12 meses, e ser a primeira influência nos três indicadores calculados: -0,36 p.p., em -0,48%, na comparação de outubro contra setembro; -2,43 p.p., em -4,33%, no acumulado no ano; e -1,51 p.p., em -1,82%, no acumulado em 12 meses.

Os quatro produtos que mais se destacaram em termos de influência na comparação mensal responderam por -0,64 p.p., da variação de -1,47%, três deles no campo negativo. Todas as variações destacadas são de produtos cujos preços recuaram no período. Vale dizer que dois são comuns às duas listas, “leite esterilizado / UHT / Longa Vida” e “açúcar VHP (very high polarization)”.

Focando os produtos de maior influência, vale dizer que o recuo de preços do açúcar está em linha com o período de safra. Também é um período de maior captação do leite in natura, com reflexo no preço do leite industrializado. Os preços de “carne e miudezas de aves congeladas” subiram em parte por conta do restabelecimento de compras por parte de países estrangeiros, movimento que só não foi seguido pela China. Por fim, os preços menores negociados pelas empresas produtoras de “carnes de bovinos frescas e refrigeradas” foram justificados ora por uma diminuição da demanda, ora por descontos comerciais praticados pontualmente.

Refino de petróleo e biocombustíveis: depois de três resultados positivos, os preços do setor, na passagem de setembro para outubro, recuaram 0,90%. Com isso, o acumulado no ano foi a -5,42% (estava em -0,26%, em outubro de 2024) e o acumulado em 12 meses a -3,78%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido a quarta influência na comparação mensal (-0,09 p.p., em -0,48%) e no acumulado no ano (-0,54 p.p., em -4,33%) e a segunda no acumulado em 12 meses (-0,38 p.p., em -1,82%).

Dois produtos (“gás liquefeito de petróleo (GLP)" e “óleos combustíveis, exceto diesel”) aparecem tanto como destaque em termos de variação quanto de influência, ambos com variações negativas. Todavia, “gasolina, exceto para aviação”, segundo produto de maior peso no cálculo do setor (23,05%), aparece entre os mais influentes, também com variação negativa.

Outros produtos químicos: na comparação de outubro com setembro, a variação de preços na indústria química foi a mais intensa registrada no IPP, recuo de 2,00% que respondeu por uma influência de -0,16 p.p. no resultado geral da indústria (-0,48%). O setor tem o terceiro maior peso no cálculo do IPP (7,92%) e a influência exercida em outubro foi a segunda mais intensa dentre as atividades investigadas na pesquisa.

De forma semelhante ao que havia se observado no mês anterior, outubro trouxe um perfil disseminado de queda nos preços dos produtos pesquisados, e essa dinâmica se refletiu no resultado dos grupos econômicos– com petroquímicos e insumos à agricultura (defensivos e fertilizantes) registrando taxas negativas na comparação com os preços médios que haviam sido praticados em setembro.

Com a demanda global enfraquecida e a oferta interna pressionada pelo aumento das importações, a maioria dos produtos petroquímicos apresentou variações negativas de preço. O “polietileno de alta densidade (PEAD)” foi contraponto, diante da depreciação cambial corrente, foi negociado, em reais (R$), a maiores preços mesmo em face de uma redução moderada nas cotações internacionais.

Outro produto com variação em sentido oposto ao da média do setor foi “tintas e vernizes para impressão” que apresentou preços em alta em período de aumento sazonal na demanda por insumos na indústria gráfica. A taxa de outubro foi destaque tanto pela magnitude quanto pela influência exercida no resultado agregado.

“Adubos ou fertilizantes à base de NPK” e “herbicidas para uso na agricultura” encerraram a lista de principais influências no resultado frente ao mês imediatamente anterior, ambos com menores preços. No caso dos primeiros, a redução no custo internacional dos macronutrientes se somou à conjuntura de demanda desaquecida na lavoura doméstica, que também vem afetando o mercado dos defensivos.

Após três meses consecutivos com reduções de preços, o acumulado no ano da indústria química chegou a -3,93%, enquanto no comparativo com outubro de 2024, o resultado na porta da fábrica ficou em -3,00%.

Metalurgia: o setor apresentou uma alta de 1,80% na passagem de setembro para outubro, chegando ao segundo resultado positivo consecutivo depois da sequência de quedas entre janeiro e agosto. Dentre todas as atividades analisadas na pesquisa, esta variação do indicador mensal se destacou como a terceira mais intensa, além de representar também a terceira principal influência (0,11 p.p. em -0,48%) no resultado geral do indicador, sendo a maior positiva.

Entretanto, apesar das variações no campo positivo nos últimos dois meses, nos 10 primeiros meses de 2025 a atividade ainda acumulou uma retração de 9,78%. Nesse indicador a atividade também se destacou, novamente como a terceira variação mais intensa neste tipo de comparação e como a segunda principal influência no indicador geral, respondendo por -0,68 p.p. em -4,33%. E no acumulado em 12 meses a queda se intensificou, com os preços de outubro de 2025 estando agora, em média, 2,02% menores que os de outubro de 2024.

Dos quatro produtos de maior influência mensal, dois deles seguiram na mesma direção do setor e apresentaram resultados positivos no mês, ambos do grupo de metais não ferrosos (“ouro para usos não monetários”, produto de maior peso na atividade, e “barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre”). E outros dois se destacaram com impacto negativo no resultado setorial, sendo um do grupo de metais não ferrosos (“óxido de alumínio (alumina calcinada)”) e outro do grupo de siderurgia (“lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono”). Esses quatro produtos de maior influência no indicador mensal impactaram o resultado da atividade em 1,44 p.p., cabendo, portanto, uma influência de 0,36 p.p. aos demais 20 produtos.

O grupo de maior influência no resultado do mês, com impacto positivo, foi o de metais não ferrosos. Suas variações costumam estar ligadas às cotações das bolsas internacionais e têm sido impactadas, principalmente, por variações da cotação do ouro (como ocorreu em setembro e novamente em outubro), do alumínio e do cobre. E vale lembrar também da importância da taxa de câmbio para explicar os resultados do grupo e do setor como um todo: em outubro, o dólar apresentou uma apreciação de 0,3% frente ao real, porém já acumula uma queda de 11,7% em 2025 e de 4,2% nos últimos 12 meses, o que ajuda a explicar os resultados de mais longo prazo da atividade.

Já o grupo de siderurgia, que é o de maior peso na atividade e foi o que mais influenciou o resultado negativo acumulado no ano, caminhou na direção contrária do setor no mês e apresentou uma variação de -0,10% em outubro. Este resultado ainda pode ser parcialmente atribuído a uma maior oferta de aço no mercado interno, decorrente de um aumento da importação do produto chinês, e a uma menor demanda externa. Somam-se a esses pontos a queda do dólar no ano, que é um fator para ajudar a explicar a retração acumulada, ao longo de 2025, nos preços do minério de ferro, apesar da alta observada na commodity nos últimos meses. Com o resultado de outubro, o grupo também acumulou uma queda de 10,36% no ano e de 8,35% nos últimos 12 meses.

Veículos automotores : em outubro a atividade apresentou variação mensal de 0,06%, desacelerando em relação ao mês de setembro, quando variou 0,54%. Em outubro de 2024 a atividade havia variado 0,80% na margem. No acumulado em 12 meses a atividade desacelerou para 3,36% em outubro, 0,76 p.p. abaixo do valor de 4,12% verificado em setembro. No acumulado no ano, há variação positiva de 2,19% até outubro. Neste mês, a atividade destacou-se como a quarta maior influência em módulo no acumulado em 12 meses (0,25 p.p.) e como o quarto maior peso dentre todas as atividades analisadas: 7,86%.

Do total da variação mensal de 0,06%, quatro produtos foram responsáveis por -0,04 p.p.: “reboques e semirreboques, exceto para uso agrícola” e “automóvel passageiro, a gasolina ou bicombustível”, com variação positiva, e “caminhão-trator, para reboques e semirreboques” e “sistemas de marcha e transmissão para veículos automotores”, com variação negativa. Os demais 19 produtos foram responsáveis pelos outros 0,10 p.p..

No que diz respeito ao grupo industrial cujo resultado é divulgado, “fabricação de automóveis, camionetas e utilitários”, em outubro houve variação mensal de 0,08%, variação acumulada no ano de 2,40% e variação acumulada em 12 meses de 2,53%.

Produto de maior peso, “automóvel passageiro, a gasolina ou biocombustível”, apresentou influência positiva nos três indicadores, mensal, acumulado no ano e acumulado em 12 meses. Produto com segundo maior peso, “caminhão-trator, para reboques e semirreboques”, apresentou variação e influência positivas no acumulado em 12 meses, mas negativas no que tange ao indicador mensal.