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Producer Price Index (IPP) is -0.62% in March

May 08, 2025 09h00 AM | Last Updated: May 08, 2025 09h30 AM

Industrial prices changed -0.62% in March 2025 over February 2025, the second drop in a row. In this comparison, ten out of 24 industrial activities had their prices reduced. The cumulative index in the year was -0.59%, whereas the cumulative indicator in 12 months stayed at 8.37%. The IPP had been 0.35% in March 2024.

Period Rate
March 2025 -0.62%
February 2025 -0.12%
March 2024 0.35%
Cumulative in the year -0.59%
Cumulative in 12 months 8.37%

The Producer Price Index (IPP) of the Mining and Manufacturing Industries measures the evolution of the prices of products "at the factory gate", free from taxes and freight, and encompasses the broad economic categories.

The remainder is temporarily in Portuguese

Em março de 2025, os preços da indústria variaram -0,62% frente a fevereiro de 2025 (-0,12%). 10 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações negativas de preço ante o mês imediatamente anterior. Em comparação, 12 atividades haviam apresentado menores preços médios em fevereiro em relação ao mês anterior.

As quatro atividades com variações mais intensas foram: indústrias extrativas (-3,61%); impressão (2,15%); metalurgia (-1,96%); e madeira (-1,94%). Em termos de influência, alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de março e os de fevereiro. A atividade foi responsável por -0,34 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,62% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram indústrias extrativas, com -0,16 p.p. de influência, metalurgia (-0,13 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (-0,06 p.p.).

Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado no Ano M/M-12
Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025 Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025 Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025
Indústria Geral 0,15 -0,12 -0,62 0,15 0,03 -0,59 9,71 9,42 8,37
B - Indústrias Extrativas -1,49 -3,39 -3,61 -1,49 -4,82 -8,26 -1,15 -6,18 -8,61
C - Indústrias de Transformação 0,23 0,04 -0,47 0,23 0,28 -0,20 10,31 10,30 9,31
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

No acumulado no ano, a variação chegou a -0,59%. As variações mais intensas foram de indústrias extrativas (-8,26%), metalurgia (-4,50%), outros produtos químicos (4,16%) e madeira (-3,45%).

Em termos de influência, no resultado acumulado no ano, se destacaram alimentos: -0,77 p.p., indústrias extrativas: -0,40 p.p., outros produtos químicos: 0,33 p.p. e refino de petróleo e biocombustíveis: 0,32 p.p.

A variação acumulada em 12 meses, calculada comparando os preços de março de 2025 aos de março de 2024, foi de 8,37% neste mês de referência. Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de março com o mesmo mês do ano anterior foram: metalurgia (18,17%); outros produtos químicos (14,21%); fumo (13,21%); e outros equipamentos de transporte (13,13%).E, ainda nessa comparação, os setores de maior influência no resultado agregado foram: alimentos (3,11 p.p.); outros produtos químicos (1,11 p.p.); metalurgia (1,11 p.p.); e refino de petróleo e biocombustíveis (0,84 p.p.).

Sob a ótica das Grandes Categorias Econômicas, a variação de preços em março frente a fevereiro de 2025, que foi de -0,62% na indústria geral, repercutiu da seguinte maneira: 0,10% de variação em bens de capital (BK); -0,84% em bens intermediários (BI); e -0,44% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de -0,11%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -0,50%.

No cômputo do resultado geral do indicador mensal, a principal influência dentre as Grandes Categorias Econômicas foi exercida por bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 54,95% e respondeu por -0,46 p.p. da variação de -0,62% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens de consumo, com influência de -0,16 p.p. e bens de capital com 0,01 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em março se divide em -0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,16 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Diante dos movimentos de preços apurados em março, a variação acumulada no ano (mês de referência contra dezembro do ano anterior) das Grandes Categorias Econômicas chegou a: -0,06%, no caso de bens de capital; -1,10% em bens intermediários; e 0,07% em bens de consumo - sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 1,27%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, -0,15%.

Em termos de influência no resultado acumulado no ano, bens de capital foi responsável por 0,00 p.p. dos -0,59% verificados na indústria geral até março deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por -0,61 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de 0,03 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,07 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e -0,05 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses
Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
M/M-1 Acumulado no Ano M/M-12
Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025 Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025 Jan/2025 Fev/2025 Mar/2025
Indústria Geral 0,15 -0,12 -0,62 0,15 0,03 -0,59 9,71 9,42 8,37
Bens de Capital (BK) 0,64 -0,79 0,10 0,64 -0,15 -0,06 7,10 7,26 7,17
Bens Intermediários (BI) -0,16 -0,11 -0,84 -0,16 -0,27 -1,10 8,97 8,77 7,31
Bens de Consumo (BC) 0,51 0,00 -0,44 0,51 0,51 0,07 11,38 10,85 10,22
Bens de Consumo Duráveis (BCD) 1,04 0,34 -0,11 1,04 1,38 1,27 4,69 4,70 4,70
Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND) 0,41 -0,06 -0,50 0,41 0,35 -0,15 12,74 12,10 11,34
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 7,17% em março de 2025. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram 7,31% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 10,22%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 4,70% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 11,34%

Com peso de 54,95% no cálculo do índice geral, bens intermediários foi responsável por 4,05 p.p. dos 8,37% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de março de 2025, houve, ainda, influência de 3,76 p.p. de bens de consumo e de 0,55 p.p. de bens de capital.

O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,29 p.p. por bens de consumo duráveis e em 3,47 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,95% no cômputo do índice daquela grande categoria.

Indústrias extrativas: o primeiro trimestre de 2025 terminou com uma variação acumulada no ano de -8,26%, em resposta a três variações mensais negativas, a de março, de -3,61%, a mais intensa delas. Na variação anual, o -8,61% é o resultado mais intenso desde setembro de 2024, -9,22%.

O destaque dado ao setor se deve ao fato de ter sido a principal variação no mês de março frente a fevereiro (negativa) e no acumulado no ano (negativa), foi também a segunda maior influência na variação entre esses dois meses (-0,16 p.p., em -0,62%) e no acumulado no ano (-0,40 p.p., em -0,59%).

De modo geral, na perspectiva da comparação mensal, os produtos tiveram variação negativa, inclusive os de maior peso, os minérios de ferro e "óleos brutos de petróleo", mas "minérios de cobre e seus concentrados, bruto ou beneficiado", não. O comportamento distinto deste produto - num mês em que o real teve uma apreciação de 0,3% frente ao dólar (e de 5,7%, no ano) - reflete o aumento no mercado internacional, justificado em parte pelo fechamento de algumas importantes minas fora do Brasil.

Alimentos: pelo terceiro mês consecutivo, os preços do setor, quando comparados aos do mês anterior, tiveram variação média negativa, em março em -1,35%, a mais intensa desde junho de 2023 (-3,30%). Com esse resultado o acumulado no ano saiu de -1,65%, em fevereiro, para -2,98%. Já o acumulado em 12 meses permanece no campo positivo, com variação de 12,89%, a menor do primeiro trimestre de 2025.

O destaque dado ao setor se explica pela influência, a maior nos três indicadores: no mensal (-0,34 p.p., em -0,62%), no acumulado no ano (-0,77 p.p., em -0,59%) e no anual (3,11 p.p., em 8,37%).

Os quatro produtos de maior influência no resultado mensal responderam por -0,75 p.p., em -1,35%, o que significa que a influência líquida dos demais 39 produtos selecionados também foi negativa (-0,60 p.p.). Três dos quatro produtos apresentaram variação negativa: “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas” (como tem sido repetido, o período recente foi marcado por uma grande disponibilidade de reses para o abate), “arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido” (período de safra) e “carnes de suínos congeladas” (também com oferta superando a demanda). Com majoração de preços, aparece “café torrado e moído”, situação que vem acontecendo ao longo dos últimos tempos e, como já comentado, por conta de baixa oferta no mercado internacional. No quadro abaixo estão listados tanto esses quatro produtos, como aqueles de maior variação, neste e nos demais indicadores.

Refino de petróleo e biocombustível: na comparação mês contra mês anterior, depois de quatro meses consecutivos de aumento, os preços do setor variaram negativamente em março, -0,58%. Com isso, o acumulado no ano recuou de 3,89%, em fevereiro, para 3,28%, em março. Por sua vez, o acumulado em 12 meses ficou em 8,11%, o menor do trimestre (8,14%, em janeiro, 9,75%, em fevereiro).

O setor foi destacado por conta de sua influência: a quarta nos três indicadores - mensal (-0,06 p.p., em -0,62%), acumulado no ano (0,32 p.p., em -0,59%), acumulado em 12 meses (0,84 p.p., em 8,37%).

Outros produtos químicos: a indústria química foi destaque em março em razão dos seus resultados de mais longo prazo. Com o terceiro maior peso no cálculo do IPP (8,26%), o setor apresentou a variação e influência mais intensa, no campo positivo, no indicador acumulado no ano e teve também a segunda maior variação e influência no resultado acumulado em 12 meses.

Em março de 2025, os preços médios da indústria química registraram uma variação de 0,06% em relação a fevereiro, marcando o quinto mês consecutivo de avanço nos preços do setor. Com esse resultado, o indicador acumulado no ano atingiu elevação de 4,16%, enquanto o acumulado em 12 meses ficou em 14,21%.

A variação dos preços médios da atividade (0,06%) foi acompanhada por dois dos três grupos de divulgação investigados, com destaque para o avanço de 3,88% em “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários” e de 0,80% em “produtos químicos inorgânicos”. Em sentido oposto, os preços médios de “fabricação de resinas e elastômeros” recuaram 2,59% em março. Em geral, as alterações dos custos de aquisição de matérias primas, os descontos ou acréscimos competitivos, e as alterações na demanda pelos produtos químicos figuraram entre as principais justificativas apresentadas pelas empresas para as variações de preços verificadas no mês.

Na variação de 0,06% dos preços médios observada em março, maior destaque, em termos de influência, para os produtos: “herbicidas para uso na agricultura”, “polietileno de alta densidade (PEAD)”, “polietileno de baixa densidade (PEBD)” e “tintas e vernizes para impressão.”

Na perspectiva dos produtos com maior influência no resultado de 4,16% do acumulado de 2025, destaque para “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “herbicidas para uso na agricultura”, ”adubo/fertilizante mineral/químico com nitrogênio e potássio” e “mistura subst. odoríferas, exc. indústria alimentar bebida”, que foram vendidos mais caros na porta da fábrica em 2025.

Metalurgia: em março, a variação de preços da atividade foi de -1,96% em relação ao mês anterior, terceiro resultado negativo consecutivo, sendo a queda mais intensa desde agosto de 2023 (quando variou -2,57%), e que destaca como a terceira variação mais intensa neste indicador mensal dentre todos os setores analisados na pesquisa, além de ser também a terceira principal influência no indicador geral (-0,13 p.p. em -0,62%). Com isso, no primeiro trimestre de 2025, a atividade acumulou uma retração de 4,50%, que também se destaca com uma das principais variações e influências dentre os setores analisados. No acumulado em 12 meses, porém, os preços de março de 2025 ainda permanecem, em média, 18,17% maiores que os de março de 2024. Ou seja, neste indicador, o setor se destaca, dentre as demais atividades pesquisadas, ainda com um resultado positivo, sendo a variação mais intensa, além de apresentar a terceira principal influência (1,11 p.p. em 8,37%).