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Producer Price Index (IPP) is -1.25% in June

August 07, 2025 09h00 AM | Last Updated: August 07, 2025 09h39 AM

Industrial prices changed -1.25% in June 2025 against May 2025, the fifth negative figure in a row. In this comparison, 13 out of 24 industrial activities had their prices reduced. The cumulative index in the year was -3.11%, whereas the cumulative indicator in 12 months stayed at 3.24%. The IPP had changed 1.26% in June 2024.

Period Rate
June 2025 -1.25%
May 2025 -1.21%
June 2024 1.26%
Cumulative in the year -3.11%
Cumulative in 12 months 3.24%

The Producer Price Index (IPP) of the Mining and Manufacturing Industries measures the evolution of the prices of products "at the factory gate", free from taxes and freight, and encompasses the broad economic categories.

The remainder is temporarily in Portuguese

Em junho de 2025, os preços da indústria caíram -1,25% frente a maio de 2025 (-1,21%). 13 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações negativas de preço ante o mês imediatamente anterior. Em comparação, 17 atividades haviam apresentado maiores preços médios em maio em relação ao mês anterior.

As quatro atividades com maiores variações, em termos absolutos, neste indicador foram: alimentos (-3,43%); refino de petróleo e biocombustíveis (-2,53%); farmacêutica (2,23%); e produtos de metal (-1,85%).

Índice de Preços ao Produtor, segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Seções, Brasil, últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variação (%)
M/M-1 Acumulado no Ano M/M-12
Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025 Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025 Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025
Indústria Geral -0,12 -1,21 -1,25 -0,68 -1,89 -3,11 7,54 5,86 3,24
B - Indústrias Extrativas -4,49 -3,03 0,18 -12,38 -15,03 -14,88 -9,48 -7,62 -8,92
C - Indústrias de Transformação 0,09 -1,13 -1,31 -0,09 -1,22 -2,52 8,44 6,54 3,85
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de junho e os de maio. A atividade foi responsável por -0,88 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -1,25% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,25 p.p. de influência, metalurgia (-0,07 p.p.) e farmacêutica (0,06 p.p.) 

O acumulado no ano foi de -3,11% em junho. A título de comparação, no último ano (2024) a taxa acumulada até o mês de junho havia sido de 2,56%. O valor da taxa acumulada no ano até este mês de referência é o segundo menor já registrado para um mês de junho desde o início da série histórica, em 2014.

Entre as atividades que, em junho/2025, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, sobressaíram: indústrias extrativas (-14,88%), metalurgia (-9,52%), impressão (7,86%) e madeira (-6,14%).

Na composição do resultado agregado da indústria, na perspectiva deste mesmo indicador (acumulado no ano), as principais influências foram registradas em alimentos: -1,53 p.p., indústrias extrativas: -0,71 p.p., metalurgia: -0,66 p.p. e refino de petróleo e biocombustíveis: -0,54 p.p.

No acumulado em 12 meses, calculado comparando os preços de junho de 2025 aos de junho de 2024, a variação foi de 3,24% neste mês de referência. No mês antecedente (maio/2025), este mesmo indicador havia registrado taxa de 5,86%.   

Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de junho com o mesmo mês do ano anterior foram: impressão (18,92%); indústrias extrativas (-8,92%); borracha e plástico (6,41%); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (6,29%). E, ainda nessa comparação, os setores de maior influência no resultado agregado foram: alimentos (1,42 p.p.); outros produtos químicos (0,46 p.p.); indústrias extrativas (-0,43 p.p.); e metalurgia (0,37 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de junho repercutiu assim: -0,46% de variação em bens de capital (BK); -0,98% em bens intermediários (BI); e -1,78% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de -0,04%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de -2,11%.

A principal influência veio de bens de consumo, cujo peso na composição do índice geral foi de 38,22% e respondeu por -0,68 p.p. da variação de -1,25% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens intermediários, com influência de -0,53 p.p. e bens de capital com -0,04 p.p.. No caso de bens de consumo, a influência observada em junho se divide em 0,00 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e -0,68 p.p. associada à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índice de Preços ao Produtor, variação segundo as Indústrias Extrativas e de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas, Brasil, últimos três meses
Indústria Geral e Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
M/M-1 Acumulado no Ano M/M-12
Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025 Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025 Abr/2025 Mai/2025 Jun/2025
Indústria Geral -0,12 -1,21 -1,25 -0,68 -1,89 -3,11 7,54 5,86 3,24
Bens de Capital (BK) -0,03 -0,02 -0,46 0,00 -0,02 -0,49 6,00 5,93 4,16
Bens Intermediários (BI) -0,97 -2,32 -0,98 -2,05 -4,33 -5,27 5,70 3,66 0,82
Bens de Consumo (BC) 1,13 0,15 -1,78 1,21 1,36 -0,44 10,63 9,10 6,66
Bens de Consumo Duráveis (BCD) 0,21 0,28 -0,04 1,47 1,76 1,72 4,05 4,25 4,00
Bens de Consumo Semiduráveis e Não Duráveis (BCND) 1,30 0,12 -2,11 1,15 1,28 -0,85 11,97 10,07 7,19
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coord. de Estatísticas Conjunturais em Empresas

No acumulado no ano, a variação chegou a -0,49%, no caso de bens de capital; -5,27% em bens intermediários; e -0,44% em bens de consumo – sendo que bens de consumo duráveis acumulou variação de 1,72%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis, -0,85%.

Em termos de influência no resultado acumulado no ano, bens de capital foi responsável por -0,04 p.p. dos -3,11% verificados na indústria geral até junho deste ano. Bens intermediários, por seu turno, respondeu por -2,91 p.p., enquanto bens de consumo exerceu influência de -0,17 p.p. no resultado agregado da indústria, influência que se divide em 0,10 p.p. devidos às variações nos preços de bens de consumo duráveis e -0,27 p.p. causados pelas variações de bens de consumo semiduráveis e não duráveis

No acumulado em 12 meses, a variação de preços de bens de capital foi de 4,16% em junho de 2025. Os preços dos bens intermediários, por sua vez, variaram 0,82% neste intervalo de um ano e a variação em bens de consumo foi de 6,66%, sendo que bens de consumo duráveis apresentou variação de preços de 4,00% e bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 7,19%.

Com peso de 38,22% no cálculo do índice geral, bens de consumo foi responsável por 2,46 p.p. dos 3,24% de variação acumulada em 12 meses na indústria, neste mês de referência. No resultado de junho de 2025, houve, ainda, influência de 0,45 p.p. de bens intermediários e de 0,32 p.p. de bens de capital.

O resultado de bens de consumo, em particular, foi influenciado em 0,25 p.p. por bens de consumo duráveis e em 2,22 p.p. por bens de consumo semiduráveis e não duráveis, este último com peso de 83,79% no cômputo do índice daquela grande categoria.

Indústrias extrativas: depois de cinco meses apresentando quedas de preços, na comparação mensal, em junho os preços do setor avançaram 0,18%, o que não tirou do campo negativo nem o acumulado no ano (-14,88%, em junho), nem o acumulado em 12 meses (-8,92%).

Apesar da variação positiva na ponta da série, o destaque dado ao setor está vinculado às variações negativas, a mais intensa no acumulado no ano e a segunda no acumulado em 12 meses. Por sua vez, é a segunda influência no acumulado no ano (-0,71 p.p., em - 3,11%) e a terceira no acumulado em 12 meses (-0,43 p.p., em 3,24%), neste caso, a única entre as quatro no campo negativo.

O comportamento dos produtos de maior peso no cálculo do setor divergiu em tendência: os preços de “óleos brutos de petróleo” subiram, os de “min. ferro e seus concentrados, exc. pelotizado/sinterizado”, caíram. Como é praxe, o mercado externo tem relevância no comportamento desses preços no Brasil, mas não se pode deixar de considerar, no caso do minério, a apreciação do real frente ao dólar (2,1%, na comparação junho contra maio; 9,0%, no acumulado no ano).

Alimentos: na passagem de maio para junho, os preços do setor variaram, em média, -3,43%, a quinta variação negativa no ano e a mais intensa desde agosto de 2022, -3,50%. Com esse resultado, o acumulado no ano saiu de -2,59%, apurado em maio, para -5,93%. Por fim, na comparação com igual mês de 2024, os preços estiveram, em junho de 2025, 5,81% maiores, a menor taxa registrada, nessa comparação, desde julho de 2024 (5,53%).

O destaque dado ao setor se justifica por ele ter apresentado a variação negativa mais intensa na comparação dos preços de junho contra os de maio entre todos os setores levantados pela pesquisa. Foi também a principal influência nas três taxas calculadas: -0,88 p.p., em -1,25% (M/M-1); -1,53 p.p., em -3,11% (acumulado no ano); e 1,42 p.p., em 3,24% (acumulado em 12 meses).

Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado de junho contribuíram com -2,24 p.p. da variação de -3,43%. Os dois tipos de açúcares (VHP e cristal) que figuram entre os quatro produtos, ambos com variação negativa de preços, estão em linha com a queda dos preços internacionais (reforçada pela apreciação do real frente ao dólar: 2,1%, na comparação entre junho e maio, e 9,0% no acumulado no ano) e uma menor demanda interna.

No caso da carne de frango, tanto a fresca quanto a congelada – em destaque em termos de variação e de influência -, foram as restrições externas, a partir da gripe aviária que atingiu certa área produtora brasileira, a principal causa, haja vista que, com isso, houve um excesso de oferta interna. No caso da carne bovina, além da apreciação do real frente ao dólar, descontos ocasionais oferecidos pelas empresas ao varejo foram a principal explicação dada pelos frigoríficos.

Refino de petróleo e biocombustíveis: pelo quarto mês consecutivo, a variação de preços do setor foi, na comparação com o mês anterior, negativa, em junho de -2,53%. Com isso, tanto o acumulado no ano (-5,43%) quanto o acumulado em 12 meses (-1,99%) ficaram no campo negativo. No caso deste último, isso não acontecia desde novembro de 2024 (-3,42%).

O destaque dado ao setor se justifica por ter apresentado a segunda mais intensa variação de preços na passagem de maio para junho (variação negativa) e ser a segunda influência no mês em relação ao mês anterior (-0,25 p.p., em -1,25%) e a quarta no acumulado no ano (-0,54 p.p., em -3,11%).

“Gasolina, exceto para aviação”, segundo produto de maior peso no setor, aparece tanto como destaque em termos de variação quanto de influência. “Óleo diesel”, o de maior peso, está listado como uma das quatro influências destacadas. Seja como for, ambos com variação negativa de preços.

Outros produtos químicos: a variação média dos preços da indústria química encerrou junho com alta de 0,31%, após recuo de -3,11% em maio. Com esse resultado, o índice do setor permanece no campo positivo, com taxa de 0,65% no ano e alta de 5,77% nos últimos 12 meses.

Com o terceiro maior peso no cálculo do IPP (8,19%), o setor apresentou taxa de 0,31% em junho, contribuindo marginalmente, com 0,02 p.p., para a taxa de -1,25% da indústria geral. A variação positiva em junho foi acompanhada por dois grupos econômicos que são divulgados: “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, que apresentou avanço de 1,84%, interrompendo dois recuos consecutivos observados em abril (-2,94%) e maio (-1,04%); e “fabricação de produtos químicos inorgânicos”, que registrou aumento de 1,92% nos preços médios da atividade, após o recuo de -1,56% em maio. Por fim, no grupo de “fabricação de resinas e elastômeros” houve retração nos preços médios, com taxa de -4,57% em junho. Este foi o quarto resultado com taxas negativas consecutivas, período em que acumulou variação de -12,69%.

Na variação de 0,31% dos preços médios observados em junho, os seguintes produtos se destacaram, em termos de influência: “propeno (propileno) não saturado”, “adubos ou fertilizantes à base de NPK” e “fungicidas para uso na agricultura”. As alterações nos custos de aquisição de matérias-primas, descontos ou acréscimos competitivos e variação na demanda foram as principais justificativas apresentadas pelas empresas para a variação verificada em junho.

Na perspectiva dos produtos com maior influência no resultado de 5,77% no acumulado em 12 meses, destaque para “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados” e “herbicidas para uso na agricultura”, que foram vendidos mais caros na porta da fábrica, na comparação com junho de 2024. No sentido contrário, destaque para a influência de queda nos preços médios do produto “lisina e seus ésteres; ácido glutâmico; sais destes produtos”, produto relacionado à saúde e à produção de alimentos, frequentemente utilizados como suplementos e aditivos em rações animais.

Farmacêutica: dois motivos levaram o setor a estar presente entre aqueles cujas variações de preços mais se destacaram e ambos estão relacionados com o comportamento dos preços do setor no mês de junho comparado ao mês anterior. Um dos motivos foi que os preços médios da indústria farmacêutica registraram a terceira maior variação, em módulo, alcançando 2,23% no indicador, sendo a única variação positiva entre os quatro setores destacados. A outra razão para o destaque decorre de ter apresentado a quarta maior influência entre todos os setores pesquisados, sendo responsável por 0,06 p.p. do total de -1,25% de variação da indústria geral. Cabe destacar que o setor foi responsável pela única influência no campo positivo no indicador mensal, sendo que os demais setores em destaque registraram queda nos seus preços médios e, portanto, contribuíram para o sinal negativo do índice da Indústria Geral.

Com o resultado de junho, os preços médios de setor acumulam 4,49% no ano e 3,47% nos últimos 12 meses, sendo que foi autorizado para 2025, pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, o reajuste médio de 3,83% e reajuste máximo de 5,06%. Ou seja, os produtores estão calibrando a intensidade dos reajustes dentro dos limites autorizados, mas em velocidades distintas, o que levou o setor a ser destaque na variação mensal em abril e, novamente, agora em junho.

Metalurgia: em junho, a variação de preços da atividade foi de -1,07% em relação ao mês anterior, sexto resultado negativo consecutivo neste indicador mensal, que se destaca, dentre todos os setores analisados na pesquisa, como a terceira principal influência no resultado geral da indústria (-0,07 p.p. em -1,25%). Com isso, no primeiro semestre de 2025, a atividade acumulou uma retração de 9,52%, que se destaca como a segunda variação mais intensa e terceira principal influência (-0,66 p.p. em -3,11%) neste indicador. No acumulado em 12 meses, porém, os preços de junho de 2025 ainda permanecem, em média, 5,80% maiores que os de junho de 2024. Ou seja, neste indicador, o setor se destaca, dentre as demais atividades pesquisadas, ainda com um resultado positivo, sendo a quarta principal influência (0,37 p.p. em 3,24%).

É possível perceber que, dos quatro produtos de maior influência com relação ao mês anterior, todos eles seguiram na mesma direção do setor e apresentaram resultados negativos no mês, sendo três do grupo de siderurgia (“bobinas a quente de aços ao carbono, não revestidos”, “bobinas ou chapas de aços galvanizadas, zincadas ou cromadas” e “bobinas a frio de aços ao carbono, não revestidos”) e outro do grupo de produção de ferro-gusa e de ferroligas (“ferro-gusa”). Esses quatro produtos de maior influência em relação ao mês de maio impactaram o resultado da atividade em -0,75 p.p., cabendo, portanto, -0,32 p.p. aos demais 20 produtos.

O grupo de maior influência no resultado mensal, com impacto negativo, foi o de siderurgia, que possui três produtos entre os principais destaques em termos de influência no mês e seguiu na mesma direção do setor, apresentando uma queda de 1,85% em junho. Este resultado pode ser explicado, parcialmente, por uma redução do custo de produção dos derivados de aço, acompanhando a recente retração dos preços dos minérios de ferro, principal insumo utilizado em sua cadeia produtiva. Com o resultado do mês, o grupo agora acumula queda de 4,89% em 2025. Já no acumulado em 12 meses, o indicador vem desacelerando, mas o grupo permanece no campo positivo, com uma variação de 0,20%.