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Em junho, vendas no varejo registram -0,1%

13/08/2025 09h00 | Atualizado em 13/08/2025 13h52

Em junho de 2025, o volume de vendas do comércio varejista variou -0,1%, frente a maio, na série com ajuste sazonal, e a média móvel trimestral foi de -0,3%. Frente a junho de 2024, o volume de vendas do varejo variou 0,3%. No primeiro semestre, o varejo acumulou crescimento de 1,8%. O acumulado nos últimos 12 meses foi a 2,7%.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Junho / Maio* -0,1 0,2 -2,5 -2,9
Média móvel trimestral* -0,3 -0,1 -1,4 -1,4
Junho 2025 / Junho 2024 0,3 5,4 -3,0 1,2
Acumulado 2025 1,8 7,7 0,5 5,3
Acumulado 12 meses 2,7 8,2 2,0 6,5
*Série COM ajuste sazonal    
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas   
  

No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas caiu 2,5% em junho. A média móvel mostrou queda de 1,4%. Frente ao mesmo período de 2024, houve alta de 3,0%. No primeiro semestre, o varejo ampliado acumulou crescimento de 0,5%. O acumulado em 12 meses foi de 2,0%.

Na passagem de maio para junho de 2025, na série com ajuste sazonal, houve variações negativas no volume de vendas de cinco das oito atividades do comércio varejista: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%), Móveis e eletrodomésticos (-1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%), Hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%). Já Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,0%), Tecidos, vestuário e calçados (0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (0,3%), obtiveram resultados no campo positivo.

No comércio varejista ampliado, Veículos e motos, partes e peças caiu 1,8%, assim como Material de construção, com queda de de 2,6% entre maio e junho de 2025.

Tabela 1 - BRASIL INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA: COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA  COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa (p.p.)
Taxa Global 0,3 0,3 -3,0 -3,0
1 - Combustíveis e lubrificantes -1,3 -0,2 -1,3 -0,1
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,5 -0,3 -0,5 -0,2
3 - Tecidos, vest. e calçados 6,4 0,4 6,4 0,2
4 - Móveis e eletrodomésticos -0,4 0,0 -0,4 0,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria 1,9 0,2 1,9 0,1
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -1,2 0,0 -1,2 0,0
7 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação 0,6 0,0 0,6 0,0
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 2,0 0,2 2,0 0,1
9 - Veículos e motos, partes e peças     -6,7 -1,3
10- Material de construção     -3,6 -0,3
11-Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo     -11,0 -1,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas  
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.  

Quatro das oito atividades tiveram resultados positivos frente a junho de 2024

Na comparação com igual mês do ano anterior, houve equilíbrio entre resultados positivos e negativos. As atividades de Tecidos, vestuário e calçados (6,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,9%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%) apresentaram resultados positivos. Por outro lado, Móveis e eletrodomésticos (-0,4%),  Hiper, supermercados, produtos  alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,2%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,3%) tiveram resultados no campo negativo.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados cresceu, em volume de vendas, 6,4% frente a junho de 2024, maior alta dentre os onze setores pesquisados. O grupamento vem de uma série de 14 resultados não negativos, uma vez que o último ponto negativo foi abril de 2024 (-3,7%). O setor também exerceu a maior influência na formação da taxa global, somando 0,4 p.p. ao total de 0,3% do varejo.  O primeiro semestre de 2025 acumulou ganhos de 5,5% com relação ao mesmo período de 2024, mantendo-se em crescimento, em linha com resultado divulgados do balanço de grandes empresas da atividade, que indicam crescimento impulsionado por ações de preço, lançamento de coleções e eficiência operacional.

Tabela 3 - BRASIL - INDICADOR SEMESTRAL DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: (base: igual semestre do ano anterior)      
Atividades  2023 2024 2025
1º Sem 2º Sem 1º Sem 2º Sem 1º Sem
COMÉRCIO VAREJISTA  1,4 2,0 4,7 3,6 1,8
Combustíveis e lubrificantes 14,3 -4,4 -1,9 -1,3 0,2
Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 2,6 4,7 6,0 3,3 1,3
Tecidos, vest. e calçados -9,0 -0,6 -0,4 5,6 5,5
 Móveis e eletrodomésticos 2,2 1,9 2,5 5,5 4,0
 Artigos farmacêuticos, med., ortop. e de perfumaria 2,4 6,7 7,8 6,9 3,4
 Livros, jornais, rev. e papelaria 0,2 -9,8 -7,6 -7,7 -2,7
 Equip. e mat. para escritório informática e comunicação -1,1 4,8 3,1 -1,4 -0,7
 Outros arts. de uso pessoal e doméstico -13,7 -8,2 7,7 6,5 2,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO  2,0 2,5 4,0 3,5 0,5
 Veículos e motos, partes e peças 5,4 11,3 12,2 11,1 0,9
 Material de construção -3,5 -0,2 2,2 7,4 2,7
Atacado Prod.Alimen.,Beb. e Fumo -3,4 3,5 -6,6 -7,6 -6,5
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas       

A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, apresentou, no indicador interanual, alta nas vendas  de 2,0% após variar -0,3% em maio. Em junho, o setor exerceu a segunda maior influência na soma das contribuições do varejo, adicionando 0,2 p.p no total de 0,3% do indicador interanual. Com isso, o setor acumula 2,1% no primeiro semestre de 2025, mesmo patamar de ganhos acumulados até maio (2,1%). Em relação ao acumulado dos últimos doze meses, o resultado até junho de 2025 (4,4%) foi o menos intenso no campo positivo desde outubro de 2024 (3,5%).

O grupamento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 1,9% nas vendas frente a junho de 2024, vigésimo oitavo mês consecutivo registrando aumento. No entanto, a comparação interanual para junho de 2025 foi a menor em magnitude desta série positiva. Além disso, o setor exerceu, em junho, a segunda maior contribuição no campo positivo para o varejo, juntamente com Outros artigos de uso pessoal e doméstico, somando 0,2 p.p. ao total de 0,3%. No primeiro semestre de 2025 a atividade acumulou 3,4% de crescimento, resultado no mesmo patamar há três meses, indicando estabilidade no ritmo de ganhos. Nos últimos doze meses o cenário é perda de ritmo: o valor de 5,1% até junho é o menor desde dezembro de 2023, quando registrou 4,6%.

O grupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou alta de 0,6% nas vendas, segundo mês seguido a registrar alta (4,7% em maio). Apesar das duas altas seguidas no indicador interanual, o setor encerra o primeiro semestre de 2024 acumulando perdas (-0,7%), ainda que a trajetória dos últimos meses represente recuperação (-2,4% até abril e -1,0% até maio). No acumulado dos últimos 12 meses também há registro de perdas: -1,1% até junho.

Já no caso de Móveis e eletrodomésticos, o setor apresentou variação de -0,4% nas vendas frente a junho de 2024, primeiro resultado no campo negativo desde setembro de 2024 (-0,2%). Em relação ao acumulado no ano até junho, ao passar de 4,9% até maio para 4,0% no primeiro semestre de 2025, a atividade mostra desaceleração no ritmo de crescimento. Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, o cenário também é de desaceleração: 5,4% até maio para 4,8% até junho de 2025.

O setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com a entrada dos dados de junho de 2025, inverte trajetória de dois meses consecutivos de alta: 7,3% em abril e 0,5% em maio. A atividade exerceu a maior influência, no campo negativo, dentre todos os oito setores do varejo: -0,3 p.p. dos 0,3% de crescimento total. No primeiro semestre de 2025 o setor acumulou crescimento de 1,3%, abaixo do patamar de acúmulo até maio (1,7%). No acumulado de 12 meses ganhos, mas em desaceleração: o indicador vem reduzindo desde dezembro de 2024, quando era 4,6%, chegando a 2,3% até junho.

O resultado interanual para Livros, jornais, revistas e papelaria foi negativo em -1,2% nas vendas de junho de 2025 em relação ao mesmo mês do ano anterior, após crescer 3,1% em maio. Ao longo dos últimos vinte e nove meses, os únicos meses a registrar variação positiva fora abril de 2024 (2,4%) e maio de 2025 (3,1%). No semestre, a perda acumulada foi de 2,7%, refletindo tendência estrutural de perda de espaço para meios digitais e consequente migração de receita para outras atividades. Nos últimos doze meses o resultado também é de perdas: -5,0% até junho.

O setor de Combustíveis e lubrificantes registrou queda de 1,3% nas vendas frente a junho de 2024, terceiro resultado no campo negativo consecutivo no indicador de volume. No indicador interanual, a atividade teve a segunda maior contribuição negativa à composição das contribuições setoriais: -0,2 p.p. Nos primeiros seis meses de 2025 o setor acumula +0,2% em relação ao mesmo período de 2024, indicando ganhos próximos à estabilidade . Já nos últimos doze meses, a atividade registra perdas: -0,6% até junho.

No comércio varejista ampliado, o grupo Veículos e motos, partes e peças caiu 6,7% em vendas frente a junho de 2024, invertendo resultado positivo registrado mês anterior (5,3%). O setor contribuiu com -1,3 p.p. da variação de -3,0% do varejo ampliado em junho de 2025, a segunda maior, no campo negativo, dentre as onze atividades pesquisadas. No ano o setor acumula 0,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, menor resultado de 2025.  Em termos de resultado acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 7,2% até maio para 6,0% até junho, o setor também mostrou desaceleração de intensidade de crescimento.

A atividade de Material de construção foi negativo em 3,6%, invertendo resultado positivo de maio (5,1%). Nos últimos meses a trajetória do indicador interanual em volume da atividade vem experienciando inversões frequentes de sinal: +5,0% em março; -2,7% em abril; 5,1% em maio; e -3,6% nas vendas de junho de 2025 frente a junho de 2024. No ano o setor acumula 2,7% de crescimento, abaixo do patamar de ganhos registrado até maio (4,1%). No acumulado nos últimos doze meses há manutenção do patamar de ganhos nas últimas três leituras: 5,2% até abril, 5,7% até maio e 5,1% até junho.

No caso do Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo alcançou o décimo primeiro mês consecutivo de queda na comparação interanual, sendo o mês de junho o mais intenso de 2025: -10,3% em janeiro, -6,6% em fevereiro, -3,8% em março; -2,4% em abril; -5,1% em maio; e -11,0% em junho. O setor exerceu a principal influência no campo negativo para o cálculo do varejo ampliado, somando -1,5 p.p. ao total de -3,0%. Com isso, o primeiro semestre de 2025 acumula perdas de 6,5%, mais intensas que o resultado até maio (-5,7%). Na leitura dos últimos doze meses, o acumulado até junho fechou em -7,1%.

Comércio varejista teve taxas negativas em 14 das 27 unidades da federação

Na passagem de maio para junho de 2025, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista teve predominância de resultados negativos, atingindo 14 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-4,1%), Piauí (-3,2%) e Amapá (-2,6%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 11 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraná (2,6%), Roraima (2,2%) e Santa Catarina (1,1%). Amazonas e Espírito Santo apresentaram estabilidade (0,0%) na passagem de maio para junho.

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre maio e junho de 2025 teve resultados negativos em 20 das 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo (-4,3%), Distrito Federal (-3,0%) e Mato Grosso (-2,7%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 7 das 27 das Unidades da Federação, com destaques para: Goiás (2,1%), Espírito Santo (1,3%) e Mato Grosso do Sul (1,2%),

Frente a junho  de 2024, a variação das vendas no comércio varejista, no corrente mês,  teve predominância de resultados positivos, 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Mato Grosso (4,6%), Alagoas (4,0%) e Paraíba (3,6%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 8 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-8,9%), Rio de Janeiro (-2,8%) e Rio Grande do Sul (-2,2%).

No comércio varejista ampliado, a variação entre junho de 2025 e junho de 2024 teve predomínio de resultados negativos, 16 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rio Grande do Sul (-5,7%), Maranhão (-5,1%) e Paraná (-4,6%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 10 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Roraima (3,9%), Tocantins (3,2%) e Amapá (2,5%).