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Em fevereiro, indústria recua em cinco dos 15 locais pesquisados

26/04/2023 09h00 | Atualizado em 26/04/2023 09h24

A queda de 0,2% na indústria nacional em fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi repetida por cinco dos 15 locais pesquisados pelo IBGE.

Os recuos mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (-6,9%) e em Mato Grosso (-4,9%), seguidos por Goiás (-2,5%), Ceará (-1,9%) e São Paulo (-0,7%). As maiores altas foram de Pernambuco (8,8%) e Bahia (4,9%), com Minas Gerais (3,3%), Pará (2,7%), Região Nordeste (2,5%), Santa Catarina (1,8%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%) e Paraná (0,4%) a seguir.

A média móvel trimestral ficou negativa em cinco dos 15 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul (-3,0%), São Paulo (-1,6%) e Mato Grosso (-1,4%). Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria recuou 2,4% em fevereiro, com resultados negativos em 12 dos 18 locais pesquisados. As quedas mais intensas foram no Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13,0%) e Ceará (-11,4%).

Indicadores Conjunturais da Indústria  -  Resultados Regionais  -  Fevereiro de 2023
Locais Variação (%)
Fevereiro 2023/ Janeiro 2023* Fevereiro 2023/ Fevereiro 2022 Acumulado Janeiro-Fevereiro Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas 1,6 7,1 10,0 4,8
Pará 2,7 -4,9 -4,7 -7,7
Região Nordeste 2,5 -6,3 -5,8 -0,7
Maranhão - 6,3 9,2 -
Ceará -1,9 -11,4 -5,6 -3,0
Rio Grande do Norte - 1,9 -4,6 -
Pernambuco 8,8 -4,8 -3,7 -2,0
Bahia 4,9 -6,1 -8,3 1,2
Minas Gerais 3,3 6,7 8,5 0,6
Espírito Santo 1,6 -0,6 -3,8 -9,9
Rio de Janeiro 1,1 6,4 4,8 4,9
São Paulo -0,7 -4,5 -3,3 0,4
Paraná 0,4 0,6 0,1 -3,9
Santa Catarina 1,8 -4,6 -4,7 -4,1
Rio Grande do Sul -6,9 -13,3 -10,4 -0,3
Mato Grosso do Sul - -3,4 0,6 -
Mato Grosso -4,9 -13,0 -13,8 10,7
Goiás -2,5 -2,7 0,3 -0,9
Brasil -0,2 -2,4 -1,1 -0,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
*Série com Ajuste Sazonal

Cinco dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro, na série com ajuste sazonal, acompanhando a variação negativa (-0,2%) da produção industrial nacional. As maiores quedas foram no Rio Grande do Sul (-6,9%) e em Mato Grosso (-4,9%), com ambos intensificando os recuos do mês anterior: -4,6% e -2,4%, respectivamente. Goiás (-2,5%), Ceará (-1,9%) e São Paulo (-0,7%) completaram o conjunto de locais com índices negativos.

As maiores altas foram em Pernambuco (8,8%) e Bahia (4,9%), com o primeiro marcando o segundo mês seguido de crescimento, período em que acumulou ganho de 27,1%; e o último voltando a crescer após variar -0,2% no mês anterior. Minas Gerais (3,3%), Pará (2,7%), Região Nordeste (2,5%), Santa Catarina (1,8%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%) e Paraná (0,4%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

O índice de média móvel trimestral para a indústria variou -0,2% no trimestre encerrado em fevereiro frente ao nível do mês anterior e cinco dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse mês, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Rio Grande do Sul (-3,0%), São Paulo (-1,6%) e Mato Grosso (-1,4%). Por outro lado, Pernambuco (6,9%), Espírito Santo (3,8%), Paraná (3,1%), Região Nordeste (3,0%), Amazonas (2,9%) e Bahia (2,2%) mostraram os principais avanços em fevereiro de 2023.

Na comparação com fevereiro de 2022, a indústria recuou 2,4% em fevereiro de 2023, com taxas negativas em 12 dos 18 locais pesquisados. Fevereiro de 2023 (18 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês de 2022 (19). Nesse mês, Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13,0%) e Ceará (-11,4%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos.

A queda na indústria do Rio Grande do Sul foi influenciada pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis), veículos automotores, reboques e carrocerias (autopeças e automóveis), produtos alimentícios (arroz, carnes de suínos congeladas, carnes e miudezas de aves congeladas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, rações e leite esterilizados/UHT/Longa Vida), produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK e polietileno de baixa e de alta densidade) e máquinas e equipamentos (retroescavadeiras, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras ou adubadores e tratores agrícolas).

Em Mato Grosso, a queda foi impulsionada, principalmente, pelas atividades produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK) e produtos alimentícios (carnes e miudezas de aves congeladas e óleo de soja refinado).

Já o recuo no Ceará foi influenciado pelas seguintes atividades: confecção de artigos do vestuário e acessórios (vestuário infantil e seus acessórios, bermudas, jardineiras, shorts, calças e semelhantes, calcinhas, sutiãs e camisas, blusas e semelhantes de uso masculino), metalurgia (barras, vergalhões, fio-máquina e outros produtos longos de aço relaminados, vergalhões de aços ao carbono e chapas, bobinas, fitas e tiras de aço relaminadas), produtos de metal (latas de alumínio para embalagens, recipientes de ferro e aço para transporte ou armazenagem de gases e rolhas, tampas ou cápsulas metálicas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (transformadores, partes e peças para geradores, eletroportáteis domésticos, fogões de cozinha e ventiladores) e produtos químicos (inseticidas para uso na agricultura).

Região Nordeste (-6,3%), Bahia (-6,1%), Pará (-4,9%), Pernambuco (-4,8%), Santa Catarina (-4,6%), São Paulo (-4,5%), Mato Grosso do Sul (-3,4%) e Goiás (-2,7%) também mostraram taxas negativas mais elevadas do que a média nacional (-2,4%) e Espírito Santo (-0,6%) completou o conjunto de locais com recuo na produção no índice mensal de fevereiro de 2023.

Por outro lado, Amazonas (7,1%), Minas Gerais (6,7%), Rio de Janeiro (6,4%) e Maranhão (6,3%) registraram as expansões mais acentuadas. Rio Grande do Norte (1,9%) e Paraná (0,6%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional (-1,1%) alcançou 11 dos 18 locais pesquisados, com destaque para Mato Grosso (-13,8%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Bahia (-8,3%). Região Nordeste (-5,8%), Ceará (-5,6%), Pará (-4,7%), Santa Catarina (-4,7%), Rio Grande do Norte (-4,6%), Espírito Santo (-3,8%), Pernambuco (-3,7%) e São Paulo (-3,3%) também recuaram nesse indicador.

Já as maiores expansões vieram dos seguintes locais: Amazonas (10,0%), Maranhão (9,2%) e Minas Gerais (8,5%). Rio de Janeiro (4,8%), Mato Grosso do Sul (0,6%), Goiás (0,3%) e Paraná (0,1%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês no acumulado do ano.

No confronto do último trimestre de 2022 com o primeiro bimestre do ano, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, cinco dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do total nacional, que passou de 0,6% para -1,1%. As perdas mais acentuadas foram em Mato Grosso (de 1,0% para -13,8%), São Paulo (de 5,8% para -3,3%) e Rio Grande do Sul (de -1,8% para -10,4%), enquanto Pernambuco (de -18,5% para -3,7%), Espírito Santo (de -16,7% para -3,8%), Paraná (de -10,8% para 0,1%), Amazonas (de 0,6% para 10,0%), Região Nordeste (de -12,2% para -5,8%) e Ceará (de -11,0% para -5,6%) assinalaram os principais avanços.

O acumulado nos últimos doze meses, ao variar -0,2% em fevereiro de 2023, repetiu o resultado de janeiro último e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em julho de 2022 (-2,8%). Nove dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em fevereiro de 2023, mas 11 apontaram menor dinamismo frente aos índices de janeiro de 2023. Mato Grosso (de 13,7% para 10,7%), Goiás (de 0,4% para -0,9%), Rio Grande do Sul (de 0,4% para -0,3%), Bahia (de 1,7% para 1,2%), Pernambuco (de -1,6% para -2,0%), Amazonas (de 5,1% para 4,8%) e Pará (de -7,5% para -7,7%) assinalaram as maiores perdas entre os dois períodos. Minas Gerais (de 0,1% para 0,6%), Rio de Janeiro (de 4,5% para 4,9%) e Paraná (de -4,1% para -3,9%) mostraram os ganhos entre janeiro e fevereiro de 2023.