Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2019: saldo entre empresas abertas e fechadas foi positivo após cinco anos
22/10/2021 10h00 | Atualizado em 22/10/2021 10h28
Depois de mostrar cinco saldos negativos, de 2014 a 2018, a diferença entre o número de empresas entrantes e encerradas foi positiva em 2019, chegando a 290,9 mil. Parte deste saldo positivo pode estar relacionado ao fato de que, em 2019, a Demografia das Empresas, que tem como base de dados o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), passou a incorporar também as informações do eSocial, em um processo de substituição gradativa dos dados da RAIS.
A taxa de entrada de empresas em 2019 foi de 20,2% (ou 947,3 mil), sendo 15,5% de novas empresas (ou 726,5 mil) e 4,7% de reentradas (ou 220,8 mil). A taxa de saída ficou em 14,0% (ou 656,4 mil empresas).
O maior saldo de empresas foi registrado nas Atividades profissionais científicas e técnicas (61.388 empresas) e de Saúde humana e serviços sociais (44.294 empresas).
Já as maiores taxas de saída ocorreram no Amapá (22,0%), Maranhão (20,3%) e Roraima (18,2%) e as menores, em Santa Catarina (10,7%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Espírito Santo (12,8%).
As 4,7 milhões de empresas ativas em 2019 tinham 5,2 milhões de unidades locais, das quais 50,5% estavam localizadas no Sudeste.
Em 2019, a taxa de sobrevivência foi de 79,8% (ou 3,7 milhões de empresas), inferior à taxa de 2018 (84,1%).
Entre 2018 e 2019, houve um acréscimo 6,6% no número de empresas ativas, enquanto o pessoal ocupado assalariado (774,8 mil) cresceu 2,4%.
Em relação ao empreendedorismo, em 2019, o número de empresas de alto crescimento chegou a 25.011, com aumento de 10,0% frente a 2018. Essas empresas de alto crescimento representaram 1,1% das empresas com pessoal assalariado e 5,4% das empresas com dez ou mais pessoas ocupadas do país. Elas ocuparam 3,3 milhões de pessoas assalariadas e pagaram R$ 94,6 bilhões em salários e outras remunerações, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos.
Estes são alguns dos destaques do estudo da Demografia das Empresas e das Estatísticas de Empreendedorismo 2019, que analisa a dinâmica empresarial através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas, bem como as empresas de alto crescimento e gazelas, entre outros.
Em 2019, o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) somava 4,7 milhões de empresas ativas, que ocupavam 39,7 milhões de pessoas, sendo 33,1 milhões (83,3%) assalariadas e 6,6 milhões (16,7%) sócias ou proprietárias. A idade média das empresas era de 11,7 anos.
Os salários e outras remunerações totalizaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos, equivalente a R$ 2.530,76.
Do total de empresas ativas em 2019, 79,8% (3,7 milhões) eram sobreviventes e 20,2% (ou 947,3 mil) eram entrantes (que ingressaram em 2019 na lista de empresas ativas).
Das 947,3 mil empresas entrantes em 2019, 15,5% (ou 726,5 mil) eram nascimentos e 4,7% (ou 220,8 mil), empresas que reentram na lista das ativas. Por outro lado, cerca de 14,0% (ou 656,4 mil) das empresas consideradas ativas saíram do mercado em 2019.
Em 2019, a Demografia das Empresas e Empreendedorismo, que tem como base de dados o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), passou a incorporar as informações do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que está substituindo gradativamente a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Com isso, a partir desta edição, foram realizados ajustes metodológicos para a seleção das unidades ativas.
2019 tem primeiro saldo positivo desde 2013: mais 291 mil empresas
Em 2019, o saldo de empresas, isto é, a diferença entre entradas e saídas, chegou a 290,9 mil, o primeiro saldo positivo após cinco anos. O aumento no número de empresas entrantes (de 697,1 mil em 2018 para 947,3 mil em 2019) contribuiu para essa reversão, assim como a redução das saídas (de 762,9 mil em 2018 para 656,4 mil em 2019).
Com isso, a taxa de entrada subiu de 15,9% para 20,2% em um ano, enquanto a taxa de saída caiu de 17,4% para 14,0%, no período. A tabela abaixo detalha esses movimentos, além de mostrar os cinco saldos negativos, ocorridos de 2014 a 2018.
Cabe ressaltar que parte do saldo positivo de 2019 pode estar relacionado ao fato de que, a partir desse ano, a Demografia das Empresas passou a incorporar também as informações do eSocial, em lugar dos dados da RAIS.
Empresas e pessoal ocupado assalariado e respectivas taxas, por tipos de eventos demográficos - Brasil - 2008-2019 |
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Ano | Empresas ativas | Saídas | Saldos (Entradas - Saídas) |
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Total | Sobreviventes | Entradas | ||||||
Total | Taxas (%) | Total | Taxas (%) | Total | Taxas (%) | |||
Empresas | ||||||||
2008 | 4 077 662 | 3 188 176 | 78,2 | 889 486 | 21,8 | 719 915 | 17,7 | 169 571 |
2009 | 4 268 930 | 3 322 254 | 77,8 | 946 676 | 22,2 | 755 154 | 17,7 | 191 522 |
2010 | 4 530 583 | 3 531 460 | 77,9 | 999 123 | 22,1 | 736 428 | 16,3 | 262 695 |
2011 | 4 538 347 | 3 666 543 | 80,8 | 871 804 | 19,2 | 864 035 | 19,0 | 7 769 |
2012 | 4 598 919 | 3 738 927 | 81,3 | 859 992 | 18,7 | 799 419 | 17,4 | 60 573 |
2013 | 4 775 098 | 3 903 435 | 81,7 | 871 663 | 18,3 | 695 748 | 14,6 | 175 915 |
2014 | 4 557 411 | 3 831 140 | 84,1 | 726 271 | 15,9 | 943 958 | 20,7 | (-) 217 687 |
2015 | 4 552 431 | 3 843 787 | 84,4 | 708 644 | 15,6 | 713 628 | 15,7 | (-) 4 984 |
2016 | 4 481 596 | 3 833 122 | 85,5 | 648 474 | 14,5 | 719 551 | 16,1 | (-) 71 077 |
2017 | 4 458 678 | 3 782 234 | 84,8 | 676 444 | 15,2 | 699 376 | 15,7 | (-) 22 932 |
2018 | 4 392 871 | 3 695 792 | 84,1 | 697 079 | 15,9 | 762 940 | 17,4 | (-) 65 861 |
2019 | 4 683 840 | 3 736 529 | 79,8 | 947 311 | 20,2 | 656 372 | 14,0 | 290 939 |
Pessoal ocupado assalariado | ||||||||
2008 | 26 978 086 | 26 160 232 | 97,0 | 817 854 | 3,0 | 414 908 | 1,5 | 402 946 |
2009 | 28 238 708 | 27 373 575 | 96,9 | 865 133 | 3,1 | 452 208 | 1,6 | 412 925 |
2010 | 30 821 123 | 29 797 370 | 96,7 | 1 023 753 | 3,3 | 363 848 | 1,2 | 659 905 |
2011 | 32 706 200 | 31 726 069 | 97,0 | 980 131 | 3,0 | 410 407 | 1,3 | 569 724 |
2012 | 33 915 323 | 32 964 847 | 97,2 | 950 476 | 2,8 | 453 082 | 1,3 | 497 394 |
2013 | 35 050 524 | 34 162 830 | 97,5 | 887 694 | 2,5 | 524 159 | 1,5 | 363 535 |
2014 | 35 220 894 | 34 373 780 | 97,6 | 847 114 | 2,4 | 525 652 | 1,5 | 321 462 |
2015 | 33 623 393 | 32 845 567 | 97,7 | 777 826 | 2,3 | 492 182 | 1,5 | 285 644 |
2016 | 32 011 930 | 31 272 598 | 97,7 | 739 332 | 2,3 | 507 051 | 1,6 | 232 281 |
2017 | 31 877 046 | 31 047 640 | 97,4 | 829 406 | 2,6 | 469 406 | 1,5 | 360 000 |
2018 | 32 296 827 | 31 433 572 | 97,3 | 863 255 | 2,7 | 512 113 | 1,6 | 351 142 |
2019 | 33 071 591 | 32 037 129 | 96,9 | 1 034 462 | 3,1 | 438 917 | 1,3 | 595 545 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastro e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2005-2019. | ||||||||
Nota: Em virtude de eventuais mudanças de âmbito das empresas de um ano para outro, o cálculo do número de empresas ativas (ou pessoal ocupado assalariado) no ano t não necessariamente equivale ao número de empresas ativas (ou pessoal ocupado assalariado) no ano t-1, mais as entradas no ano t, menos as saídas no ano t. Para informações mais detalhadas, ver a seção Notas técnicas. |
Taxa de sobrevivência é mais elevada entre as empresas de maior porte
A taxa de sobrevivência varia de acordo com o porte das empresas. Entre 2014 e 2019, as empresas que nasceram sem pessoal ocupado assalariado tiveram uma taxa de sobrevivência de 32,1%; as empresas com um a nove pessoas assalariadas tiveram taxa de 49,1% e aquelas com dez ou mais pessoas assalariadas alcançaram 64,5%.
O estudo analisou também a sobrevivência das unidades locais no período de 5 anos. Das 755 mil unidades locais das empresas que nasceram em 2009, 41,6% sobreviviam (estavam ativas) em 2014. Entre as unidades da federação, o Amapá teve a menor taxa de sobrevivência (28,9 de unidades locais, e Santa Catarina, a maior (49,3%).
Novas empresas têm menor percentual de pessoas com ensino superior
Nas empresas ativas em 2019, os homens eram a maior parte da população ocupada e assalariada, 60,6%, contra 39,4% de mulheres. A participação feminina foi semelhante, nas empresas sobreviventes (39,3%), bem como nas que entraram (41,3%) e saíram (42,7%).
Nos eventos de entrada e saída das empresas, a participação de empregados com nível superior foi de 8,4% e 7,5% respectivamente, enquanto nas empresas sobreviventes tal participação foi de 14,7%, diferença de até 7,2 pontos percentuais.
Do total de empregados das empresas de alto crescimento, o número de profissionais com nível superior passou de 9,6% para 15,0% entre 2009 e 2019, o que representa um avanço de 5,4 pontos percentuais. Nas empresas com dez ou mais pessoas ocupadas assalariadas essa variação passou de 10,2% para 15,8%, ou seja, mais 5,6 pontos percentual.
Atividades profissionais científicas e técnicas teve o maior saldo de empresas
Considerando-se as atividades econômicas, o maior destaque ficou com Atividades profissionais científicas e técnicas, setor onde se enquadram profissionais liberais e que mostrou uma das maiores taxas de entrada (27,2%) e o maior saldo de empresas (61.388 empresas). Saúde humana e serviços sociais também contribuíram de forma relevante com o saldo de 44.294 empresas, puxado principalmente pela entrada de atividades empresariais de atenção ambulatorial, executadas por médicos e odontólogos.
Norte teve maior taxa de abertura de unidades locais e Nordeste, a maior taxa de saída
As 4,7 milhões de empresas ativas tinham 5,2 milhões de unidades locais, das quais 50,5% estavam no Sudeste. A seguir, vieram as regiões Sul (22,5%), Nordeste (14,9%), Centro-Oeste (8,4%) e Norte (3,7%).
Em quatro regiões, a taxa de entrada superou a média nacional: Norte (23,3%), Nordeste (20,9%), Sudeste (20,8%) e Centro-Oeste (22,3%). A exceção foi o Sul (18,3%). Quanto às taxas de saídas, o Nordeste (17,4%), Norte (16,9%) e Centro-Oeste (15,0%) superaram à média nacional (14,0%).
Nas unidades da federação, as maiores taxas de entrada ocorreram no Amazonas (26,9%), Acre (23,9%) Mato Grosso e DF, ambos com 23,8%. Por outro lado, Rio Grande do Sul (17,0%), Santa Catarina (18,9%) e Minas Gerais (19,1%) registraram as menores taxas.
Já as maiores taxas de saída foram do Amapá (22,0%), Maranhão (20,3%) e Roraima (18,2%). A menores taxas de saída foram em Santa Catarina (10,7%), Rio Grande do Sul (12,6%), Espírito Santo (12,8%) e Paraná (13,2%).
Unidades locais e taxa de sobrevivência das unidades locais nascidas em 2009, por anos de observação, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2009-2019 |
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Grandes Regiões e Unidades da Federação |
Unidades locais nascidas em 2009 | Taxa de sobrevivência, por anos de observação (%) | |||||||||
1º ano 2010 |
2º ano 2011 |
3º ano 2012 |
4º ano 2013 |
5º ano 2014 |
6º ano 2015 |
7º ano 2016 |
8º ano 2017 |
9º ano 2018 |
10º ano 2019 |
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Brasil | 755 034 | 77,5 | 65,3 | 56,0 | 48,9 | 41,6 | 36,8 | 32,6 | 29,0 | 25,6 | 22,9 |
Norte | 32 925 | 73,1 | 60,0 | 50,6 | 43,2 | 35,6 | 31,3 | 27,5 | 24,1 | 21,3 | 19,0 |
Rondônia | 5 535 | 77,0 | 65,4 | 56,3 | 49,4 | 43,0 | 37,7 | 33,6 | 29,1 | 26,3 | 23,8 |
Acre | 1 487 | 68,9 | 57,4 | 48,2 | 41,0 | 33,0 | 29,1 | 25,1 | 22,2 | 19,8 | 17,6 |
Amazonas | 6 647 | 66,8 | 54,0 | 44,3 | 37,2 | 29,6 | 26,0 | 22,8 | 20,1 | 18,1 | 16,3 |
Roraima | 1 301 | 72,6 | 57,8 | 46,8 | 39,5 | 31,7 | 27,3 | 24,1 | 21,1 | 18,1 | 16,4 |
Pará | 11 911 | 74,2 | 60,8 | 51,8 | 44,4 | 36,2 | 31,9 | 28,1 | 24,7 | 21,5 | 19,0 |
Amapá | 1 665 | 69,2 | 54,5 | 43,0 | 35,5 | 28,9 | 24,6 | 20,6 | 18,0 | 15,6 | 13,2 |
Tocantins | 4 379 | 77,6 | 63,9 | 54,5 | 45,7 | 38,5 | 33,8 | 29,7 | 26,2 | 23,1 | 20,7 |
Nordeste | 125 639 | 77,1 | 64,5 | 54,9 | 47,6 | 39,3 | 34,8 | 30,8 | 27,3 | 23,9 | 20,9 |
Maranhão | 11 550 | 73,8 | 60,3 | 51,6 | 44,2 | 35,4 | 31,0 | 27,2 | 24,0 | 21,2 | 18,3 |
Piauí | 6 068 | 80,9 | 70,4 | 61,1 | 52,5 | 44,7 | 40,5 | 36,9 | 33,9 | 30,9 | 27,7 |
Ceará | 22 653 | 76,8 | 63,7 | 53,7 | 46,9 | 37,4 | 33,0 | 29,1 | 25,4 | 22,0 | 19,2 |
Rio Grande do Norte | 8 740 | 77,9 | 66,3 | 57,2 | 49,5 | 40,8 | 36,4 | 31,9 | 28,3 | 24,9 | 22,1 |
Paraíba | 7 574 | 81,5 | 69,4 | 59,9 | 52,8 | 44,2 | 39,7 | 35,9 | 32,3 | 28,9 | 26,0 |
Pernambuco | 20 775 | 75,7 | 63,1 | 53,7 | 46,6 | 38,8 | 34,3 | 30,3 | 26,8 | 23,0 | 20,0 |
Alagoas | 6 192 | 78,5 | 66,2 | 56,1 | 48,6 | 40,9 | 35,8 | 31,5 | 28,0 | 24,3 | 21,0 |
Sergipe | 3 919 | 78,4 | 67,2 | 59,5 | 51,7 | 44,8 | 40,2 | 35,3 | 31,7 | 28,0 | 25,2 |
Bahia | 38 168 | 77,0 | 64,1 | 54,2 | 46,8 | 38,8 | 34,2 | 30,2 | 26,9 | 23,4 | 20,5 |
Sudeste | 370 940 | 77,8 | 65,8 | 56,3 | 49,3 | 41,9 | 37,0 | 32,4 | 28,8 | 25,4 | 22,8 |
Minas Gerais | 80 875 | 77,8 | 65,1 | 55,1 | 48,3 | 40,9 | 36,3 | 32,3 | 29,0 | 25,7 | 23,0 |
Espírito Santo | 14 668 | 76,2 | 64,9 | 55,5 | 49,3 | 41,6 | 37,1 | 33,3 | 29,8 | 26,0 | 23,6 |
Rio de Janeiro | 49 077 | 77,1 | 65,8 | 56,9 | 50,3 | 43,4 | 38,7 | 34,4 | 30,5 | 26,8 | 23,8 |
São Paulo | 226 320 | 78,0 | 66,2 | 56,6 | 49,4 | 42,0 | 36,9 | 32,0 | 28,3 | 25,0 | 22,4 |
Sul | 159 843 | 78,0 | 66,0 | 57,3 | 50,6 | 44,0 | 39,4 | 35,5 | 31,9 | 28,6 | 26,0 |
Paraná | 61 834 | 79,3 | 67,3 | 59,1 | 52,3 | 45,6 | 40,9 | 36,7 | 32,8 | 29,3 | 26,4 |
Santa Catarina | 34 331 | 81,8 | 70,4 | 61,9 | 55,2 | 49,3 | 44,4 | 40,4 | 36,7 | 33,1 | 30,6 |
Rio Grande do Sul | 63 678 | 74,8 | 62,3 | 53,0 | 46,5 | 39,7 | 35,2 | 31,8 | 28,5 | 25,5 | 23,1 |
Centro-oeste | 65 687 | 78,0 | 65,4 | 55,7 | 48,6 | 41,3 | 36,6 | 32,4 | 28,8 | 25,1 | 22,4 |
Mato Grosso do Sul | 8 978 | 78,8 | 66,9 | 58,7 | 52,1 | 44,6 | 40,4 | 36,3 | 32,9 | 29,1 | 26,2 |
Mato Grosso | 14 139 | 74,8 | 61,9 | 52,3 | 46,0 | 39,3 | 35,2 | 31,3 | 28,2 | 24,8 | 22,5 |
Goiás | 27 347 | 79,3 | 66,5 | 56,6 | 49,0 | 41,9 | 37,1 | 33,0 | 29,2 | 25,7 | 22,7 |
Distrito Federal | 15 223 | 77,9 | 65,6 | 55,6 | 48,0 | 40,3 | 34,6 | 30,1 | 26,3 | 22,1 | 19,3 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastro e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2006-2019. |
Também foi analisada a sobrevivência das unidades locais nascidas em 2009. Apenas 22,9% sobreviveram até 2019 e apenas 41,6%, até 2014. Entre as unidades da federação, as taxas de sobrevivência no 5º ano de vida variaram de 28,9%, no Amapá, a 49,3% em Santa Catarina. O Norte mostrou a maior disparidade: 43,0% de Rondônia contra 28,9% do Amapá. No Sudeste, Minas Gerais (40,9%) teve a menor taxa e Rio de Janeiro (43,4%), a maior.
Sobreviventes criaram 9% das novas unidades locais e 30,8% dos novos empregos
As empresas sobreviventes participaram com 9,0% (95,4 mil) do total das unidades locais entrantes em 2019 (1,1 milhão), sinalizando uma expansão regional. As empresas sobreviventes também responderam por quase um terço (30,8%) do pessoal assalariado das unidades locais entrantes.
O estudo destaca que o porte e salário médio das unidades locais abertas pelas empresas sobreviventes eram maiores. Enquanto o salário médio mensal das 1,1 milhão de unidades locais entrantes foi de R$ 1.709,87 mil; as unidades que vierem das empresas sobreviventes pagavam salário médio mensal 15,5% superior (R$ 1.974,98).
Em 2018 e 2019, houve aumento das empresas de alto crescimento
Entre as empresas ativas com pessoal ocupado assalariado, apenas 1,1% eram de alto crescimento, embora fossem responsáveis por 9,9% de todo o pessoal assalariado. A pesquisa mostra que o ritmo de expansão do número de empresas de alto crescimento se manteve: em 2018, o crescimento foi de 11,9% e, em 2019, o aumento foi de 10,0%, totalizando 25.011 empresas. Elas empregaram 3,3 milhões de pessoas e pagaram R$ 94,6 bilhões em salários e outras remunerações, com um salário médio mensal de 2,5 salários mínimos.
Em 2008, as empresas de alto crescimento representavam 8,3% das entidades com dez ou mais pessoas assalariadas, proporção que declinou continuamente até 2017, quando atingiu 4,5%. Com o aumento observado em 2019, verifica-se que essa participação subiu para 5,4%.
Em 2019, nas empresas de alto crescimento, os homens eram a maior parte da população ocupada assalariada, 62,6%, contra 37,4% de mulheres. Os números são semelhantes entre as empresas com dez ou mais pessoas assalariadas – 62,2% e 37,8%, respectivamente.
Permanecer crescendo organicamente não é simples. Considerando-se as empresas de alto crescimento no período de 2008 a 2014, em média, apenas 5,7% repetiram tal condição após cinco anos e somente 3,5% o fizeram dez anos depois.
11,2% das empresas de alto crescimento eram gazelas
Em 2019, havia 2.805 empresas gazelas (de alto crescimento, com até cinco anos de idade) que ocuparam 214,3 mil assalariados. Em 2019, houve um aumento em ambas as variáveis: 8,0% na quantidade de gazelas e 7,8% na de assalariados.