IPCA-15 foi de 0,83% em junho
25/06/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 0,83% em junho, 0,39 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de maio (0,44%). O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi a 1,88%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de -0,58%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,13% e, em 12 meses, de 8,13%, acima dos 7,27% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,02%.
Período | Taxa |
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Junho de 2021 | 0,83% |
Maio de 2021 | 0,44% |
Junho de 2020 | 0,02% |
Acumulado no ano | 4,13% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 8,13% |
Houve variações positivas nos nove grupos de produtos e serviços pesquisados e o maior impacto (0,28 p.p.) no mês de junho veio dos Transportes (1,35%), o único grupo a apresentar queda em maio (-0,23%). Na sequência, vieram Habitação (1,67%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,79%), e Alimentação e bebidas (0,41%), cujo resultado ficou próximo ao do IPCA-15 de maio (0,48%). O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,53%) teve variação menor que a do mês anterior (1,23%) e contribuiu com 0,07 p.p no índice geral. Os demais grupos ficaram entre o 0,03% de Educação e o 1,38% de Artigos de residência.
Grupo | Variação Mensal (%) | Impacto (p.p.) | Variação Acumulada (%) | |||
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Abril | Maio | Junho | Junho | Trimestre | 12 meses | |
Índice Geral | 0,60 | 0,44 | 0,83 | 0,83 | 1,88 | 8,13 |
Alimentação e bebidas | 0,36 | 0,48 | 0,41 | 0,09 | 1,26 | 12,13 |
Habitação | 0,45 | 0,79 | 1,67 | 0,26 | 2,93 | 8,23 |
Artigos de residência | 0,55 | 0,89 | 1,38 | 0,05 | 2,84 | 12,35 |
Vestuário | 0,17 | 1,42 | 0,88 | 0,04 | 2,49 | 2,90 |
Transportes | 1,76 | -0,23 | 1,35 | 0,28 | 2,90 | 15,29 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,44 | 1,23 | 0,53 | 0,07 | 2,21 | 4,31 |
Despesas pessoais | 0,05 | 0,09 | 0,32 | 0,03 | 0,46 | 1,70 |
Educação | 0,00 | 0,08 | 0,03 | 0,00 | 0,11 | -1,10 |
Comunicação | -0,04 | 0,03 | 0,15 | 0,01 | 0,14 | 2,31 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
O resultado do grupo dos Transportes (1,35%) foi influenciado pela alta nos preços dos combustíveis (3,69%). A gasolina teve alta de 2,86% em junho e acumula variação de 45,86% nos últimos 12 meses. Os preços do gás veicular (12,41%), do etanol (9,12%) e do óleo diesel (3,53%) também subiram. Outros destaques foram o automóvel novo (0,47%) e o automóvel usado (0,80%), que contribuíram conjuntamente com cerca de 0,03 p.p. no índice do mês. No lado das quedas, as passagens aéreas caíram 5,63%, embora o recuo tenha sido menos intenso que o observado no mês anterior (-28,85%).
Ainda em Transportes, a variação positiva do subitem metrô (4,14%) decorre do reajuste de 16% no preço da passagem no Rio de Janeiro (14,17%), vigente desde 11 de maio. Em ônibus urbano (0,16%), destaca-se o reajuste de 4,76% na tarifa em Salvador (1,85%), ocorrido em 26 de abril.
Entre os grupos pesquisados, Habitação (1,67%) apresentou a maior variação, contribuindo com 0,26 p.p. no resultado do mês. O maior impacto nesse grupo (0,17 p.p.) veio da energia elétrica (3,85%), com alta influenciada pelo acionamento da bandeira vermelha patamar 2 em junho, com acréscimo de R$ 6,243 a cada 100 kWh consumidos. Em maio, estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona um valor menor na conta de luz (R$ 4,169 para os mesmos 100kWh consumidos). Além disso, no final de abril, foram aplicados reajustes tarifários em algumas áreas de abrangência do índice.
Energia elétrica | |||
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Região | Variação (%) | Reajuste (%) | Data |
Fortaleza | 5,74 | 7,74 | 22/04 |
Salvador | 5,91 | 7,47 | 22/04 |
Recife | 7,61 | 7,86 | 29/04 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (2,45%) se deve aos reajustes de 7,10% em São Paulo (6,10%), vigente desde 10 de maio, e de 5,78% em Curitiba (5,24%), desde 17 de maio. Em Brasília (-1,20%), as tarifas recuaram 2,74% em 1º de junho. Por fim, houve reajustes de gás encanado (5,20%) em três áreas: em 1º de maio, foram aplicados os percentuais de 13% no Rio de Janeiro (6,99%) e de 7,04% em Curitiba (3,88%); e, em 31/05, houve reajuste de 9,63% no segmento residencial em São Paulo (4,51%).
No grupo Alimentação e bebidas (0,41%), a alimentação no domicílio passou de 0,50% em maio para 0,15% em junho. Contribuíram para essa desaceleração os recuos nos preços das frutas (-6,44%), batata-inglesa (-9,41%), cebola (-10,32%) e arroz (-1,91%). Por outro lado, as carnes (1,14%) seguem em alta. Além disso, os preços do leite longa vida (2,57%) e de alguns derivados como o queijo (1,99%) também subiram.
Na alimentação fora do domicílio (1,08%), o movimento foi inverso: a refeição (0,86%) e o lanche (1,67%) aceleraram em relação a maio, quando tiveram altas de 0,16% e 0,72%, respectivamente.
O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,53%) apresentou menor variação que em maio (1,23%), devido aos produtos farmacêuticos (0,68%). Em maio, os preços dos medicamentos haviam subido 2,98%, na esteira do reajuste de até 10,08% autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em abril. Além disso, a alta dos itens de higiene pessoal (0,37%) também foi menor que a registrada em maio.
Em relação aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em junho. O menor resultado ocorreu em Belém (0,29%), influenciado pela queda nos preços das frutas (-5,59%), das passagens aéreas (-5,68%) e pela alta menos intensa da energia elétrica (0,82%) na comparação com as demais regiões. Já a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,18%), onde pesou a alta de 5,65% nos preços da gasolina.
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | |||
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Abril | Maio | Junho | Trimestre | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,61 | 0,63 | 0,32 | 1,18 | 2,14 | 8,76 |
Salvador | 7,19 | 0,58 | 0,37 | 1,14 | 2,10 | 7,66 |
Recife | 4,71 | 0,48 | 0,65 | 1,08 | 2,23 | 9,10 |
Curitiba | 8,09 | 0,88 | 0,44 | 1,00 | 2,34 | 9,85 |
Fortaleza | 3,88 | 0,52 | 1,08 | 0,84 | 2,46 | 10,08 |
São Paulo | 33,45 | 0,47 | 0,40 | 0,81 | 1,69 | 7,30 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,57 | 0,49 | 0,74 | 1,81 | 8,93 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,83 | 0,40 | 0,69 | 1,93 | 6,80 |
Goiânia | 4,96 | 0,49 | 0,60 | 0,61 | 1,71 | 9,19 |
Brasília | 4,84 | 0,98 | -0,18 | 0,44 | 1,24 | 7,41 |
Belém | 4,46 | 0,39 | 0,83 | 0,29 | 1,52 | 8,51 |
Brasil | 100,00 | 0,60 | 0,44 | 0,83 | 1,88 | 8,13 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de maio e 14 de junho de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, diferindo apenas no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.