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Em outubro, produção industrial varia 0,2%

04/12/2018 09h00 | Atualizado em 05/12/2018 13h54

Em outubro de 2018, a produção industrial nacional subiu 0,2% frente a setembro (série com ajuste sazonal), primeira taxa positiva após três meses de quedas que acumularam redução de 2,7% na atividade. No confronto com outubro de 2017 (série sem ajuste sazonal), a indústria cresceu 1,1%, após queda de 2,2% em setembro.

Outubro 2018 /Setembro 2018 0,2%
Outubro 2018 / Outubro 2017 1,1%
Acumulado em 2018 1,8%
Acumulado em 12 meses 2,3%
Média Móvel Trimestral -0,7%

Os índices acumulados do ano (1,8%) e nos últimos doze meses (2,3%) continuam positivos, mas o setor mostrou perda de ritmo frente aos meses anteriores.

A publicação completa da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) pode ser acessada à direita. 

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil - Outubro de 2018

Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Outubro 2018 / Setembro 2018* Outubro 2018 / Outubro 2017 Acumulado Janeiro-Outubro Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital 1,5 10,7 8,7 8,8
Bens Intermediários -0,3 -0,3 0,8 1,4
Bens de Consumo 0,2 1,6 2,3 2,7
Duráveis 4,4 6,8 11,0 12,1
Semiduráveis e não Duráveis -0,2 0,2 0,0 0,3
Indústria Geral 0,2 1,1 1,8 2,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

17 dos 26 ramos industriais avançaram

A alta de 0,2% da indústria na passagem de setembro para outubro de 2018 mostrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 17 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas mais relevantes foram: indústrias extrativas (3,1%), máquinas e equipamentos (8,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%) e bebidas (8,6%). Vale destacar que esses setores mostraram resultados negativos em setembro: -0,7%, -11,4%, -5,2% e -9,4%, respectivamente. Por outro lado, entre os nove ramos que tiveram queda nesse mês, os desempenhos de maior relevância foram de produtos alimentícios (-2,0%), metalurgia (-3,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2%). O primeiro teve redução de 8,4% em quatro meses consecutivos de taxas negativas; o segundo eliminou parte da expansão de 6,2% verificada no mês anterior; e o último enfrentou o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando perda de 9,3% nesse período.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a setembro, a de bens de consumo duráveis (4,4%) mostrou o maior avanço em outubro de 2018, influenciada, em grande parte, pela maior produção de automóveis. Esse segmento reverte o comportamento predominantemente negativo desde julho, período em que acumulou perda de 7,2%. O segmento de bens de capital (1,5%) também cresceu nesse mês, eliminando parte do recuo de setembro (-1,8%). Já os setores produtores de bens intermediários (-0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,2%) tiveram resultados negativos, com o primeiro alcançando o terceiro mês seguido de queda na produção, com recuo de 3,8% nesse período; e o segundo acumulando queda de 2,7% em quatro meses consecutivos de taxas negativas.

Média Móvel Trimestral recua 0,7%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou queda de 0,7% no trimestre encerrado em outubro de 2018 frente ao nível do mês anterior, após recuar 0,9% em setembro, quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em maio de 2018. Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (-1,3%) assinalou o resultado negativo mais elevado em outubro de 2018, intensificando, assim, a perda observada no mês anterior (-0,7%).

Os setores produtores de bens de consumo duráveis (-0,8%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,7%) também tiveram taxas negativas nesse mês, com ambos registrando o segundo mês seguido de queda e acumulando nesse período redução de 3,1% e 1,6%, respectivamente. Por outro lado, o segmento de bens de capital (1,9%) registrou a única expansão em outubro de 2018 e reverteu o recuo de 0,5% verificado em setembro.

Indústria cresceu 1,1% em relação a outubro de 2017

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 1,1% em outubro de 2018, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 42 dos 79 grupos e 52,9% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2018 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21).

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,1%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhões, reboques e semirreboques, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes vieram de indústrias extrativas (3,9%), de celulose, papel e produtos de papel (7,8%), de produtos de metal (8,8%), de máquinas e equipamentos (4,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de metalurgia (2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (4,3%), de couro, artigos para viagem e calçados (5,3%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,0%).

Por outro lado, ainda em relação a outubro de 2017, entre os nove setores com redução na produção, o principal impacto na indústria veio de produtos alimentícios (-8,4%), pressionado, em grande medida, pela menor fabricação de açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas e rações. Vale destacar também as contribuições negativas vindas de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
(-6,5%), de bebidas (-4,0%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,7%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (10,7%) e bens de consumo duráveis (6,8%) assinalaram, em outubro de 2018, as expansões mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também registrou resultado positivo, mas que foi menos acentuado do que a média nacional (1,1%). A única queda foi em bens intermediários (-0,3%).

O setor produtor de bens de capital cresceu 10,7%, quinto resultado positivo seguido e o maior desta sequência. O índice desse mês foi influenciado, em grande medida, pelo avanço no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (15,7%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhões, reboques e semirreboques e caminhão-trator para reboques e semirreboques. As demais taxas positivas foram de bens de capital agrícolas (29,7%), para construção (17,6%), para energia elétrica (9,1%) e de uso misto (0,1%). O único impacto negativo veio de bens de capital para fins industriais (-3,3%).

O segmento de bens de consumo duráveis mostrou avanço de 6,8% em outubro de 2018 frente a igual período do ano anterior, após recuar 4,5% em setembro último, quando interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação.

Nesse mês, o setor foi particularmente impulsionado pelo crescimento na fabricação de automóveis (10,8%). Vale citar também as expansões assinaladas por eletrodomésticos da “linha branca” (8,8%) e motocicletas (26,4%). Por outro lado, os principais impactos negativos foram verificados em eletrodomésticos da “linha marrom” (-5,7%), móveis (-5,6%) e outros eletrodomésticos (-0,4%).

Ainda no confronto com igual mês de 2017, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 0,2% em outubro de 2018, voltou a ficar positivo após recuar por dois meses consecutivos: -0,7% (agosto) e -1,8% (setembro). O desempenho nesse mês foi explicado, em grande parte, pela alta no grupamento de não-duráveis (6,5%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de medicamentos, livros, brochuras ou impressos sob encomenda, aparelhos de barbear, isqueiros e sabões ou detergentes em pó. O grupamento de semiduráveis (0,4%) também cresceu nesse mês, enquanto os subsetores de carburantes (-4,7%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,3%) recuaram.

A produção de bens intermediários assinalou variação negativa de 0,3% no índice mensal de outubro de 2018, após mostrar queda de 2,7% em setembro último. O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-17,2%), de máquinas e equipamentos (-4,0%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,8%) e de produtos têxteis (-2,7%), enquanto as pressões positivas foram registradas por indústrias extrativas (3,9%), celulose, papel e produtos de papel (8,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,4%), produtos de metal (5,9%), metalurgia (2,8%), produtos de minerais não-metálicos (4,3%), outros produtos químicos (1,2%) e produtos de borracha e de material plástico (1,1%).

Em 2018, Indústria acumula 1,8%

No índice acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,8%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 52,2% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,8%) exerceu a maior influência positiva, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques e autopeças. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (5,2%), de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), de máquinas e equipamentos (4,5%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,4%), de produtos de metal (3,0%), de indústrias extrativas (0,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,3%).

Por outro lado, entre as sete atividades em queda, a de produtos alimentícios (-4,5%) deu a maior contribuição negativa à indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens açúcar cristal e VHP, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e sucos concentrados de laranja. Vale destacar também os resultados negativos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-3,4%).

Entre as grandes categorias econômicas, houve maior dinamismo para bens de consumo duráveis (11,0%) e bens de capital (8,7%), impulsionadas pela alta na fabricação de automóveis (14,7%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (9,1%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (15,9%), na segunda. O acumulado no ano dos bens intermediários (0,8%) também subiu, embora abaixo da média nacional (1,8%), enquanto o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis teve variação nula (0,0%).