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Produção industrial cai em 12 dos 14 locais em dezembro e fecha 2014 com queda em dez dos 15 locais

06/02/2015 11h24 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

No indicador acumulado no ano de 2014, houve redução na produção industrial nacional em dez dos 15 locais pesquisados. Em quatro deles, houve recuo com intensidade superior à da média da indústria (-3,2%): São Paulo (-6,2%), Paraná (-5,5%), Rio Grande do Sul (-4,3%) e Amazonas (-3,9%). Já na passagem de novembro para dezembro, a redução de ritmo observada na produção nacional, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por 12 dos 14 locais pesquisados. Os recuos mais acentuados ocorreram na Bahia (-7,9%), em Santa Catarina (-5,9%) e em Goiás (-5,3%). A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na páginawww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/2014/pimpfregional/.

Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Dezembro de 2014
Locais Variação (%)
Dezembro 2014/
Novembro 2014*
Dezembro 2014/
Dezembro 2013
Acumulado
Janeiro-Dezembro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
3,2
-5,1
-3,9
-3,9
Pará
-2,5
1,4
8,1
8,1
Região Nordeste
-3,0
-1,8
-0,2
-0,2
Ceará
1,7
1,0
-2,9
-2,9
Pernambuco
-4,1
-8,2
0,1
0,1
Bahia
-7,9
-2,6
-2,8
-2,8
Minas Gerais
-2,3
-4,5
-2,9
-2,9
Espírito Santo
-3,3
12,8
5,6
5,6
Rio de Janeiro
-0,4
-1,2
-3,0
-3,0
São Paulo
-3,2
-7,8
-6,2
-6,2
Paraná
-0,5
3,7
-5,5
-5,5
Santa Catarina
-5,9
-2,3
-2,2
-2,2
Rio Grande do Sul
-3,9
-0,1
-4,3
-4,3
Mato Grosso
-
6,1
3,0
3,0
Goiás
-5,3
-5,2
1,7
1,7
Brasil
-2,8
-2,7
-3,2
-3,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

A redução de ritmo observada na produção industrial nacional na passagem de novembro para dezembro, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por 12 dos 14 locais pesquisados. Os recuos mais acentuados foram registrados por Bahia (-7,9%), Santa Catarina (-5,9%) e Goiás (-5,3%). Com os resultados desse mês, o primeiro interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas que acumularam expansão de 5,8%; o segundo intensificou o ritmo de queda frente ao registrado em outubro (-1,2%) e novembro (-3,6%); e o último assinalou a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 6,4%. Pernambuco (-4,1%), Rio Grande do Sul (-3,9%), Espírito Santo (-3,3%), São Paulo (-3,2%) e região Nordeste (-3,0%) também registraram quedas mais intensas do que a média nacional (-2,8%), enquanto Pará (-2,5%), Minas Gerais (-2,3%), Paraná (-0,5%) e Rio de Janeiro (-0,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em dezembro de 2014. Por outro lado, Amazonas (3,2%) e Ceará (1,7%) mostraram os resultados positivos nesse mês.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,2% no trimestre encerrado em dezembro frente ao nível do mês anterior, acentuando o ritmo de queda verificado em novembro (-0,5%), quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas ligeiramente positivas: setembro (0,2%) e outubro (0,1%). Em termos regionais, 11 locais apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Santa Catarina (-3,5%), Minas Gerais (-3,0%), Rio Grande do Sul (-2,7%), Goiás (-2,1%) e São Paulo (-2,1%). Rio de Janeiro (1,3%) apontou o principal avanço em dezembro de 2014.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 2,7% em dezembro de 2014, com dez dos 15 locais pesquisados acompanhando o movimento de queda na produção. Dezembro de 2014 (22 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Pernambuco (-8,2%) e São Paulo (-7,8%), pressionados pela redução na produção dos setores de outros equipamentos de transporte (embarcações para transporte, inclusive petroleiros), produtos alimentícios (açúcar cristal), metalurgia (vergalhões de aços ao carbono, barras, perfis ou vergalhões de alumínio, lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono e chapas e tiras de alumínio), produtos de minerais não-metálicos (cimentos Portland e garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagens) e outros produtos químicos (tereftalato de polietileno - PET e adubos ou fertilizantes nitrogenados), no primeiro local; e de produtos alimentícios (açúcar cristal e VHP), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, caminhões e autopeças), máquinas e equipamentos (motoniveladores, válvulas, torneiras e registros, partes e peças para máquinas de colheita, reboques e semirreboques para uso agrícola e carregadoras-transportadoras) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico e gasolina automotiva), no segundo. Goiás (-5,2%), Amazonas (-5,1%) e Minas Gerais (-4,5%) também apontaram quedas mais acentuadas que a média nacional (-2,7%), enquanto Bahia (-2,6%), Santa Catarina (-2,3%), região Nordeste (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,2%) e Rio Grande do Sul (-0,1%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas em dezembro de 2014. Já o Espírito Santo (12,8%) assinalou o avanço mais intenso, impulsionado pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo (minérios de ferro pelotizados e óleos brutos de petróleo). Os demais resultados positivos foram observados em Mato Grosso (6,1%), Paraná (3,7%), Pará (1,4%) e Ceará (1,0%).

No indicador acumulado para o período janeiro-dezembro de 2014, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional alcançou dez dos 15 locais pesquisados, com quatro recuando com intensidade superior à da média da indústria (-3,2%): São Paulo (-6,2%), Paraná (-5,5%), Rio Grande do Sul (-4,3%) e Amazonas (-3,9%). Completaram o conjunto de locais com resultados negativos no fechamento dos 12 meses de 2014 Rio de Janeiro (-3,0%), Minas Gerais (-2,9%), Ceará (-2,9%), Bahia (-2,8%), Santa Catarina (-2,2%) e região Nordeste (-0,2%). Nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à redução na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes - caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias), bens intermediários (autopeças, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas) e bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da linha branca, motocicletas e móveis). Pará (8,1%) e Espírito Santo (5,6%) assinalaram as expansões mais elevadas, impulsionados pelo comportamento positivo do setor extrativo (minérios de ferro). Mato Grosso (3,0%), Goiás (1,7%) e Pernambuco (0,1%) também apontaram taxas positivas no índice acumulado do ano.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com o recuo de 3,2% em dezembro, repetiu o resultado observado no mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2,0%). Em termos regionais, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em dezembro de 2014 e nove apontaram menor dinamismo frente ao índice de novembro último. As principais perdas entre novembro e dezembro foram registradas por Goiás (de 3,5% para 1,7%), Pernambuco (de 1,4% para 0,1%), Amazonas (de -3,1% para -3,9%), Mato Grosso (de 3,5% para 3,0%) e Pará (de 8,6% para 8,1%), enquanto Espírito Santo (de 4,3% para 5,6%) mostrou o maior avanço entre os dois períodos.