Em janeiro, IPCA vai a 1,24%
06/02/2015 11h14 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período | TAXA |
---|---|
JANEIRO 2015
|
1,24%
|
Dezembro 2014
|
0,78%
|
Janeiro 2014
|
0,55%
|
Acumulado no ANO
|
1,24%
|
Acumulado em 12 meses
|
7,14%
|
Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 1,24% e ficou 0,46 ponto percentual acima da taxa de dezembro (0,78%). Esta foi a taxa mais elevada desde fevereiro de 2003 (1,57%). Já o índice acumulado nos últimos doze meses (7,14%) foi o mais alto desde setembro de 2011 (7,31%).
Em janeiro de 2014 a taxa havia ficado em 0,55%.
Os dados completos sobre o IPCA podem ser acessados emhttps://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.
Conforme mostra a tabela a seguir, os aumentos nos gastos com Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação(2,42%) e Transportes (1,83%) foram responsáveis por 85% do índice do mês (ou 1,06 ponto percentual).
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | Dezembro | Janeiro | |
Índice Geral |
0,78
|
1,24
|
0,78
|
1,24
|
Alimentação e Bebidas |
1,08
|
1,48
|
0,27
|
0,37
|
Habitação |
0,51
|
2,42
|
0,08
|
0,35
|
Artigos de Residência |
0,00
|
-0,28
|
0,00
|
-0,01
|
Vestuário |
0,85
|
-0,69
|
0,05
|
-0,04
|
Transportes |
1,38
|
1,83
|
0,26
|
0,34
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,47
|
0,32
|
0,05
|
0,03
|
Despesas Pessoais |
0,70
|
1,68
|
0,07
|
0,18
|
Educação |
0,07
|
0,31
|
0,00
|
0,01
|
Comunicação |
0,00
|
0,15
|
0,00
|
0,01
|
Nos alimentos foram vários os produtos que apresentaram aumentos expressivos, sobressaindo-se a batata-inglesa (38,09%), o feijão-carioca (17,95%) e o tomate (12,35%). Na tabela a seguir, as principais altas:
Item | Variação mensal (%) | ||
---|---|---|---|
Dezembro | Janeiro | 12 meses | |
Batata-inglesa |
13,77
|
38,09
|
50,02
|
Feijão-carioca |
12,62
|
17,95
|
18,29
|
Tomate |
-6,22
|
12,35
|
21,59
|
Cebola |
4,80
|
9,15
|
16,20
|
Cenoura |
-0,06
|
8,30
|
6,87
|
Feijão-fradinho |
5,18
|
8,15
|
16,91
|
Açaí |
7,40
|
6,65
|
16,46
|
Hortaliças |
1,58
|
4,94
|
6,14
|
Pescado |
1,07
|
4,25
|
8,10
|
Feijão-preto |
3,84
|
2,76
|
-3,58
|
Frutas |
-0,44
|
2,63
|
5,58
|
Carnes |
3,73
|
1,55
|
20,42
|
Cerveja fora |
1,23
|
1,54
|
10,75
|
Lanche fora |
1,38
|
1,29
|
9,67
|
Óleo de soja |
-0,44
|
1,15
|
-1,96
|
Refrigerante fora |
0,25
|
1,07
|
9,26
|
Queijo |
-0,12
|
1,05
|
6,79
|
Carnes industrializadas |
0,53
|
1,02
|
9,09
|
Refeição fora |
1,41
|
0,83
|
10,19
|
Arroz |
1,81
|
0,57
|
8,03
|
Em Habitação (2,42%), grupo de maior resultado, o destaque ficou com a energia elétrica, cuja alta de 8,27% gerou impacto de 0,24 pp, o mais elevado no mês. Com exceção da região metropolitana de Salvador, que ficou em 0,76% em razão de redução de impostos, as demais tiveram aumentos significativos nas contas, a saber: Porto Alegre (11,66%), São Paulo (11,46%), Goiânia (9,37%), Belo Horizonte (8,25%), Belém(8,02%), Curitiba (7,95%), Brasília (7,94%), Campo Grande (7,84%), Vitória (7,63%), Rio de Janeiro(5,98%), Recife (4,67%), Fortaleza (2,03%), Salvador (0,76%).
Foi registrado em Porto Alegre (11,66%) parte do reajuste de 22,41%, vigente desde 08 de dezembro nas tarifas de uma das concessionárias, enquanto em São Paulo (11,46%), o reajuste nas tarifas de uma das concessionárias foi de 3,77% a partir de 08 de janeiro. Além disso, e de movimentos no valor dos impostos, em janeiro foi apropriado o efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com usinas térmicas, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro.
Ainda em Habitação, outros gastos se tornaram mais elevados de dezembro para janeiro: taxa de água e esgoto (1,42%), aluguel residencial (1,22%), mão de obra pequenos reparos (0,95%) e condomínio(0,81%).
Na taxa de água e esgoto (1,42%), houve aumento somente em Campo Grande (11,19%), onde o reajuste de 12,26% ocorreu a partir do dia 03 de janeiro, e São Paulo (5,83%), com reajuste de 6,47% desde 27 de dezembro.
No grupo Transportes (1,83%), destaca-se a elevação nos gastos com transporte público: ônibus urbano(8,02%), ônibus intermunicipal (6,59%), ônibus interestadual (1,21%), metrô (9,23%), táxi (2,63%), trem(8,95%).
Em relação às tarifas dos ônibus urbanos (8,02%), a alta veio das seguintes regiões:
Variação (%) | Reajuste (%) | Vigência | |
---|---|---|---|
São Paulo |
12,67%
|
16,66%
|
06/01
|
Rio de Janeiro |
11,67%
|
13,34%
|
03/01
|
Belo Horizonte |
8,39%
|
8,77%
|
29/12
|
Recife |
8,00%
|
13,50%
|
11/01
|
Salvador |
5,77%
|
7,00%
|
02/01
|
Fortaleza |
3,64%
|
9,09%
|
16/01
|
Quanto aos ônibus intermunicipais, as pressões vieram de:
Variação (%) | Reajuste (%) | Vigência | |
---|---|---|---|
São Paulo |
16,24%
|
16,60%
|
06/01
|
Fortaleza |
11,53%
|
11,00%
|
29/12
|
Rio de Janiero |
9,76%
|
12,46%
|
10/01
|
Vitória |
7,23%
|
7,00%
|
02/01
|
Belo Horizonte |
4,71%
|
9,31%
|
17/12
|
Além disso, no grupo Transportes, os preços de outros itens de consumo importantes subiram de um mês para o outro, com destaque para o automóvel novo (1,03%) e usado (1,38%), conserto de automóvel(1,97%) e etanol (1,47%).
Já o item cigarro (6,89%), exerceu pressão no grupo das Despesas Pessoais (1,68%), junto com empregado doméstico (1,50%) e excursão (5,62%). A alta do cigarro foi em decorrência de reajustes em torno de 8% ocorridos em 31 de dezembro e 12 de janeiro.
O maior índice regional ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (1,71%), pressionado pelos ônibus urbano (11,67%) com reajuste de 13,34% em 03 de janeiro e intermunicipal (9,76%) com reajuste de 12,46% em 10 de janeiro. O item energia elétrica (5,98%) também exerceu pressão no índice da região. Os três itens somaram 0,83 ponto percentual de impacto e foram responsáveis por 49% da taxa da região. A região metropolitana de Recife (0,57%) apresentou o índice mais baixo do mês, destacando-se os alimentos, que ficaram em 0,79%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada:
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação (%)
|
||
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
12 meses
|
||
Rio de Janeiro |
12,06
|
1,39
|
1,71
|
8,90
|
São Paulo |
30,67
|
0,63
|
1,51
|
7,13
|
Campo Grande |
1,51
|
1,08
|
1,35
|
7,76
|
Goiânia |
3,59
|
1,11
|
1,23
|
7,86
|
Vitória |
1,78
|
0,84
|
1,20
|
6,84
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,80
|
1,19
|
7,47
|
Fortaleza |
3,49
|
0,63
|
1,08
|
6,70
|
Belo Horizonte |
10,86
|
0,44
|
1,07
|
6,27
|
Belém |
4,65
|
1,00
|
1,02
|
7,13
|
Curitiba |
7,79
|
0,84
|
0,95
|
6,84
|
Salvador |
7,35
|
0,65
|
0,88
|
5,93
|
Brasília |
2,80
|
1,30
|
0,78
|
7,20
|
Recife |
5,05
|
0,42
|
0,57
|
6,32
|
Brasil
|
100,00 | 0,78 | 1,24 | 7,14 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2014 a 28 de janeiro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2014 (base).
Em janeiro, INPC vai a 1,48%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 1,48% em janeiro, acima do resultado de 0,62% de dezembro em 0,86 ponto percentual. Esta foi a maior taxa desde janeiro de 2003 (2,47%). No acumulado dos últimos doze meses o índice ficou em 7,13%, bem acima da taxa de 6,23%, dos doze meses anteriores. Foi o maior INPC acumulado em 12 meses desde abril de 2013 (7,16%). Em janeiro de 2014 o INPC foi de 0,63%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 1,48% em janeiro, enquanto em dezembro a taxa foi de 1,08%. O agrupamento dos não alimentícios variou 1,48% em janeiro, bem acima da taxa de dezembro (0,42%).
O maior índice regional foi da região metropolitana do Rio de Janeiro (2,41%), pressionado pelos ônibus urbano (11,67%) com reajuste de 13,34% em 03 de janeiro e intermunicipal (9,76%) com reajuste de 12,46% em 10 de janeiro. O item energia elétrica (5,61%) também exerceu pressão no índice da região. Os três itens somaram 1,65 ponto percentual de impacto e foram responsáveis por 68% da taxa da região. Os menores índices foram os de Recife e Brasília (ambos 0,78%). A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação (%)
|
||
---|---|---|---|---|
Dezembro
|
Janeiro
|
12 meses
|
||
Rio de Janeiro |
9,51
|
1,17
|
2,41
|
9,58
|
São Paulo |
24,24
|
0,4
|
2,14
|
7,1
|
Campo Grande |
1,64
|
1
|
1,39
|
7,84
|
Goiânia |
4,15
|
1,13
|
1,39
|
8,36
|
Porto Alegre |
7,38
|
0,69
|
1,34
|
7,49
|
Belo Horizonte |
10,6
|
0,36
|
1,29
|
6,57
|
Vitória |
1,83
|
0,62
|
1,15
|
6,57
|
Fortaleza |
6,61
|
0,49
|
1,11
|
6,43
|
Curitiba |
7,29
|
0,66
|
1,11
|
6,91
|
Salvador |
10,67
|
0,62
|
0,97
|
5,96
|
Belém |
7,03
|
0,89
|
0,95
|
6,99
|
Brasília |
1,88
|
0,65
|
0,8
|
6,94
|
Recife |
7,17
|
0,39
|
0,78
|
6,37
|
Brasil
|
100,00 | 0,62 | 1,48 | 7,13 |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados entre 30 de dezembro de 2014 e 28 de janeiro de 2015 (referência) com os preços vigentes entre 28 de novembro e 29 de dezembro de 2014 (base).