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Vendas no varejo crescem 0,8% em janeiro

13/03/2015 12h06 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Janeiro/Dezembro
0,8%
1,3%
0,6%
0,6%
Média móvel trimestral
-0,1%
0,3%
-0,5%
-0,1%
Janeiro 2015 / Janeiro 2014
0,6%
6,4%
-4,9%
0,5%
Acumulado 2015
0,6%
6,4%
-4,9%
0,5%
Acumulado 12 meses
1,8%
8,0%
-2,4%
3,1%

O comércio varejista do país inicia 2015 com variações de 0,8% no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal, ambas as taxas com relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Tanto na série de volume quanto na de receita, o resultado volta a ser positivo depois da interrupção no crescimento apresentada em dezembro(-2,6%). No que se refere à variação da média móvel, as taxas registradas foram de -0,1% para o volume e de 0,3% na receita. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo obteve, em termos de volume de vendas, acréscimos de 0,6% sobre janeiro do ano anterior e de 1,8% noacumulado dos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 6,4% e de 8,0%, respectivamente. Já o varejo ampliado, que inclui também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, volta a registrar resultado positivo em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal, sendo os acréscimos de 0,6% para o volume de vendas e para receita nominal. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, apresentou queda de -4,9% para o volume de vendas e aumento de 0,5% na receita nominal. No acumulado dos últimos 12 meses, as taxas foram de -2,4% e 3,1% para o volume de vendas e para a receita nominal, respectivamente. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/comercio/pmc/.

Varejo cresceu em cinco das dez atividades pesquisadas

Em termos do volume de vendas, cinco das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos e uma manteve-se estável na relação mês/mês anterior. As taxas foram de: 12,3% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 2,4% em móveis e eletrodomésticos; 1,4% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 1,3% para tecidos, vestuário e calçados; 0,3% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 0,0% para combustíveis e lubrificantes; -0,1% para material de construção; -0,5% em veículos e motos, partes e peças; -0,6% para livros, jornais, revistas e papelaria; e -0,7% para outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Na relação janeiro de 2015/janeiro de 2014, considerando o volume de vendas, cinco das oito atividades do varejo cresceram. Por ordem de contribuição à taxa global, os resultados foram: 4,7% para outros artigos de uso pessoal e doméstico; 19,0% em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 5,0% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 0,7% para combustíveis e lubrificantes; e 0,2% para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. As atividades cujas taxas exerceram impactos negativos foram móveis e eletrodomésticos (-3,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-10,4%); e tecidos, vestuário e calçados, com -0,7%.



TABELA 1
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: PMC
Janeiro 2015
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação Taxa de Variação Taxa de Variação
NOV DEZ JAN NOV DEZ JAN NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2)
1,5
-2,6
 0,8
1,4
 0,3
 0,6
 0,6
1,8
1 - Combustíveis e lubrificantes
-0,3
-0,5
 0,0
 0,1
2,0
 0,7
 0,7
2,1
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
-0,9
-0,2
 0,3
-1,4
-0,9
 0,2
 0,2
 0,9
2.1 - Super e hipermercados
-0,6
-0,2
 0,3
-1,1
-0,8
 0,4
 0,4
 0,9
3 - Tecidos, vest. e calçados
4,2
-7,2
1,3
1,8
-3,4
-0,7
-0,7
-1,3
4 - Móveis e eletrodomésticos
6,6
-9,2
2,4
2,3
-3,4
-3,1
-3,1
-0,1
4.1 - Móveis
-
-
-
-4,2
-4,9
-11,0
-11,0
-0,8
4.2 - Eletrodomésticos
-
-
-
5,2
-2,8
 0,5
 0,5
 0,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
-0,6
-1,1
1,4
6,0
8,0
5,0
5,0
8,3
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
5,5
-7,6
12,3
5,6
7,2
19,0
19,0
 0,0
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
11,5
-9,7
-0,6
-5,2
-9,3
-10,4
-10,4
-9,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
5,5
-3,2
-0,7
11,7
7,2
4,7
4,7
7,4
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3)
1,6
-3,6
 0,6
-2,4
-2,2
-4,9
-4,9
-2,4
9 - Veículos e motos, partes e peças
7,3
-9,6
-0,5
-9,5
-8,6
-16,6
-16,6
-10,8
10- Material de Construção
 0,2
-0,7
-0,1
-2,4
1,0
-2,8
-2,8
-0,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

A maior contribuição para o resultado interanual positivo do varejo foi a de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, em função do aumento no volume de vendas de 4,7%, na comparação com janeiro de 2014. A taxa acumulada para os últimos 12 meses foi de 7,4%. Este resultado positivo, em um cenário de queda de ritmo de crescimento de crédito e de massa de salários, é influenciado pelo baixo valor unitário da maioria dos produtos comercializados nesta atividade e que apresentam um grande volume de vendas.

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com aumento de 19% no volume de vendas frente a janeiro de 2014, teve a segunda maior participação positiva na formação da taxa global do varejo. Tal resultado provocou a estabilização de sua taxa acumulada em últimos 12 meses (0%), depois de uma sequência de taxas negativas. O resultado de janeiro foi influenciado pelas promoções de queima de estoques do Natal.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 5,0% de variação no volume de vendas na relação janeiro 2015/janeiro 2014, foi responsável pela terceira maior contribuição positiva à taxa geral do comércio varejista. Com resultado de 8,3% no acumulado de 12 meses, a atividade continua se destacando em termos de desempenho setorial, o que deve ser atribuído, especialmente, ao caráter de uso essencial de seus produtos e à variação de preços de medicamentos abaixo do índice geral do IPCA.

Combustíveis e lubrificantes, com 0,7% de variação do volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior, foi responsável pelo quarto maior impacto na formação do resultado global. A taxa de crescimento no acumulado dos últimos 12 meses (2,1%) deve ser atribuída ao aumento abaixo da média dos preços de combustíveis, com 2,4% de variação em 12 meses, contra os 7,1% do índice geral, segundo o IPCA,

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 0,2% no volume de vendas sobre janeiro do ano anterior, foi a quinta maior contribuição positiva na formação da taxa. No acumulado de 12 meses, a atividade apresentou crescimento de 0,9%, abaixo dos 1,8% registrados pelo varejo. O crescimento acima da média dos preços de alimentação no domicílio, com 8,0% de variação no acumulado de 12 meses contra 7,1% do índice geral, segundo o IPCA, influenciou este desempenho.

Móveis e eletrodomésticos, com taxa de -3,1% no volume de vendas em relação a janeiro do ano passado, exerceu o maior impacto negativo no desempenho do varejo. Em termos de resultado acumulado nos últimos 12 meses, a taxa ficou em -0,1%, sendo isto atribuído à retirada gradual dos incentivos (redução do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI) direcionados à linha branca somado ao menor ritmo de crescimento do crédito.



TABELA 3
BRASIL - COMPOSIÇÃO DA TAXA MENSAL DO COMÉRCIO VAREJISTA, POR ATIVIDADES: PMC - Janeiro 2015
(Indicadores de volume de vendas)
Atividades COMÉRCIO VAREJISTA COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO
Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa(p.p.) Taxa de variação (%) Composição absoluta da taxa(p.p.)
Taxa Global
 0,6
 0,6
-4,9
-4,9
1 - Combustíveis e lubrificantes
 0,7
 0,1
 0,7
 0,0
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo
 0,2
 0,1
 0,2
 0,1
3 - Tecidos, vest. e calçados
-0,7
-0,1
-0,7
 0,0
4 - Móveis e eletrodomésticos
-3,1
-0,4
-3,1
-0,3
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria
 5,0
 0,3
 5,0
 0,2
6 - Equip. e mat. para escritório informatica e comunicação
 19,0
 0,3
 19,0
 0,2
7 - Livros, jornais, rev. e papelaria
-10,4
-0,2
-10,4
-0,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico
 4,7
 0,5
 4,7
 0,3
9 - Veículos e motos, partes e peças
-
-
-16,6
-5,0
10- Material de Construção
-
-
-2,8
-0,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
Nota: A composição da taxa mensal corresponde à participação dos resultados setoriais na formação da taxa global.

Varejo ampliado cai 4,9% na comparação com janeiro de 2014

O comércio varejista ampliado registrou na relação janeiro de 2015/janeiro de 2014, para o volume de vendas, uma variação de -4,9% e taxa acumulada em 12 meses de -2,4%. Essa desaceleração ocorre em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado interanual foi de -16,6%, acumulando em 12 meses taxa de -10,8%. A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI; do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias, diante da desaceleração do crescimento real da massa de salários.

Material de construção apresentou variação no volume de vendas de -2,8% na comparação com o janeiro de 2014 e de -0,6% no acumulado dos últimos 12 meses. O desempenho da atividade abaixo da média reflete as expectativas sobre o quadro macroeconômico, já que permanecem os incentivos ao setor, tais como manutenção dos níveis do crédito habitacional, redução do IPI para uma cesta de produtos do gênero e o aumento do limite do uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para financiamentos imobiliários.

Resultados do varejo foram positivos em 15 das 27 unidades da federação

Das 27 unidades da federação, 15 apresentaram variações positivas no volume de vendas na comparação de janeiro de 2015 com igual mês do ano anterior (série sem ajuste). Os destaques foram Roraima, com 26,0%; Amapá (18,4%); Rondônia (8,9%); e Acre (8,3%). Quanto à participação positiva na composição da taxa do varejo, destacaram-se, pela ordem, São Paulo (1,0%); Rio de Janeiro (2,5%); Paraná (3,6%); e Santa Catarina (2,2%).

Os resultados de janeiro de 2015 sobre o mês anterior, com ajuste sazonal, foram positivos, em termos de volume de vendas, para 23 estados, com as maiores taxas ocorrendo no Amapá (8,6%); Sergipe (4,2%); Piauí (3,4%); Distrito Federal (2,7%); e Ceará, com 2,4%.

Quanto ao varejo ampliado, 20 estados apresentaram variações negativas no volume de vendas na comparação com o mesmo período do ano anterior, destacando-se Distrito Federal, com -12,2%, seguido por Acre (-9,3%); Goiás (-8,8%); São Paulo (-8,4%); e Rio Grande do Sul (-8,4%). As maiores taxas positivas foram Amapá (17,3%) e Roraima (10,7%).