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Em junho, IPCA fica em 0,79%

08/07/2015 11h54 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período TAXA
JUNHO 2015
0,79%
Maio 2015
0,74%
Junho 2014
0,40%
Acumulado no ano
6,17%
Acumulado 12 meses
8,89%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de junho apresentou variação de 0,79% e ficou acima da taxa de 0,74% registrada no mês de maio. Com este resultado o primeiro semestre do ano fechou em 6,17%, bem mais do que os 3,75% do primeiro semestre de 2014, registrando a taxa mais elevada para o período de janeiro a junho desde 2003 (6,64%). O acumulado dos últimos 12 meses atingiu 8,89%, mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores (8,47%) chegando ao mais elevado índice acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003 (9,30%). Em junho de 2014 o IPCA havia registrado taxa de 0,40%.

Os dados completos do IPCA podem ser acessados aqui.

Em junho, conforme mostra a tabela abaixo, as Despesas Pessoais, com alta de 1,63%, lideraram as variações de grupo. Nesse grupo, foi o item jogos de azar que, com variação de 30,80%, exerceu o principal impacto individual no índice do mês, 0,12 ponto percentual (p.p). Considerando os meses de maio e de junho, o aumento foi de 47,50%, reflexo dos reajustes nos valores das apostas, vigentes a partir de 18 de maio. O itemempregado doméstico também destaque no grupo, com alta de 0,66%, tendo em vista a importância desta despesa no orçamento das famílias.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Maio Junho Maio Junho
Índice Geral
0,74
0,79
0,74
0,79
Alimentação e Bebidas
1,37
0,63
0,34
0,16
Habitação
1,22
0,86
0,19
0,13
Artigos de Residência
0,36
0,72
0,01
0,03
Vestuário
0,61
0,58
0,04
0,04
Transportes
-0,29
0,70
-0,05
0,13
Saúde e Cuidados Pessoais
1,10
0,91
0,12
0,10
Despesas Pessoais
0,74
1,63
0,08
0,18
Educação
0,06
0,20
0,00
0,01
Comunicação
0,17
0,34
0,01
0,01

Na segunda colocação na relação dos principais impactos vieram as passagens aéreas, exercendo impacto de 0,10 p.p.. Embora a alta tenha atingido 29,19% no mês, este item, que se caracteriza por resultados instáveis por influência de fatores diversos, acumula queda de 32,71% no semestre.

Sob pressão das passagens aéreas, o grupo Transportes apresentou variação de 0,70%, sendo influenciado, ainda, pelos serviços de conserto de automóvel (1,70%), compra de automóveis usados (0,78%) e tarifas deônibus urbano (0,40%). Nas tarifas, o resultado é reflexo de parte do reajuste de 12,50% em vigor desde 16 de maio na região metropolitana de Belém (6,72%).

A taxa de água e esgoto (4,95%) foi o terceiro item de maior impacto no IPCA de junho (0,07 p.p.), refletindo reajustes ocorridos nas seguintes localidades:

Regiões
Variação (%)
Reajuste (%)
Vigência
São Paulo

 

12,07
15,64
04 de junho
Salvador

 

7,26
9,98
06 de junho
Belo Horizonte

 

6,46
15,03
13 de maio
Curitiba

 

4,93
5,64
01 de junho
Rio de Janeiro

 

3,50
4,05
22 de maio
Recife

 

1,03
3,51
20 de junho

Com isto, mais as variações em itens de pesos significativos, como os artigos de limpeza (1,52%),condomínio (0,92%) e aluguel residencial (0,66%), o grupo Habitação fechou o mês em 0,86%.

Os três itens de maiores impactos individuais, jogos de azar (30,80%), passagens aéreas (29,19%) e taxa de água e esgoto (4,95%), somam 0,29 p.p. e foram responsáveis por cerca de um terço do IPCA de junho.

Em Saúde e Cuidados Pessoais a taxa ficou em 0,91%, ainda sob influência dos remédios que, ao ficarem 0,64% mais caros no mês, acumularam 6,03% no ano. O aumento é reflexo da aplicação dos reajustes de 5,00%, 6,35% ou 7,70%, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor desde o dia 31 de março. No grupo, outros itens se destacaram:

Ítens de cuidados pessoais Junho 2015
Artigos de higiene pessoal
1,46%
Serviços médicos e dentários
1,10%
Plano de saúde
0,77%
Serviços laboratoriais e hospitalares
0,70%

Os aparelhos de TV, Som e Informática aumentaram 0,84% e se destacaram nos Artigos de Residência, cuja variação foi 0,72%, enquanto as roupas masculinas (1,13%) sobressaíram no Vestuário (0,58%).

Quanto ao grupo Alimentação e Bebidas, a variação foi de 0,63%, e a cebola teve o principal aumento, de 23,78% (tabela a seguir).

Item Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Cebola
35,59
23,78
148,13
142,85
Batata-inglesa
0,56
6,97
24,15
11,56
Alho
3,53
2,61
26,71
27,85
Leite longa vida
1,32
2,35
6,65
1,71
Iogurte
3,55
2,26
5,34
8,21
Atomatado
0,51
2,07
3,98
9,12
Pão doce
0,60
2,02
5,08
6,78
Sorvete
6,75
2,01
10,24
11,57
Farinha de trigo
1,17
2,00
-0,11
-2,11
Carnes industrializadas
0,86
1,93
5,23
7,75
Macarrão
1,42
1,65
2,77
4,62
Queijo
0,80
1,55
5,33
7,49
Bolo
1,13
1,24
6,19
7,33
Pão francês
1,60
1,17
6,95
8,33
Frango inteiro
0,57
1,02
0,60
3,33
Cerveja fora
1,20
1,01
5,85
11,90
Lanche fora
1,45
0,89
7,72
10,63
Açúcar cristal
0,64
0,88
0,18
-1,71
Frango em pedaços
0,23
0,70
-1,11
2,03
Leite em pó
-0,13
0,65
-0,50
1,12
Carnes
2,32
0,64
5,10
18,72
Refrigerante fora
0,38
0,63
5,35
9,57
Ovos
-3,93
0,56
13,97
2,48
Refeição fora
0,69
0,26
4,71
9,55

Entre os alimentos que ficaram mais baratos, sobressaíram os seguintes:

Item Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Maio Junho Ano 12 meses
Tomate
21,38
-12,27
58,28
18,86
Cenoura
15,90
-10,78
32,33
41,07
Açaí
-1,72
-5,30
17,61
14,33
Hortaliças
-0,76
-4,17
14,08
6,53
Feijão-fradinho
-0,23
-3,53
22,80
16,13
Pescado
-1,37
-2,52
5,55
6,72
Farinha de mandioca
-4,42
-2,35
-1,30
-10,18
Café solúvel
4,58
-2,28
5,09
5,80
Feijão-carioca
-4,17
-2,18
20,22
15,57
Feijão-preto
-2,14
-1,00
1,45
-6,31
Óleo de soja
0,88
-0,74
8,55
-2,65
Frutas
-1,51
-0,41
4,70
8,27

Entre os grupos do IPCA, o menor resultado ficou com Educação (0,20%), seguido de Comunicação (0,34%).

Entre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (1,05%) em virtude da alta de 25,50% nos preços daspassagens aéreas que, com peso de 1,57% gerou impacto de 0,40 p.p. O menor índice foi registrado emGoiânia (0,21%), onde o preço do litro da gasolina ficou 2,30% mais barato, enquanto no etanol a queda foi de 8,53% (tabela abaixo).

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Maio
Junho
Ano
12 meses
Brasília
2,80
0,25
1,05
4,78
8,30
Salvador
7,35
0,79
1,03
5,87
7,85
Belém
4,65
0,86
1,02
5,56
9,27
Recife
5,05
1,51
0,98
6,19
8,14
Fortaleza
3,49
1,23
0,91
6,43
8,75
Curitiba
7,79
0,76
0,91
7,37
10,20
São Paulo
30,67
0,69
0,79
6,28
9,02
Porto Alegre
8,40
0,97
0,75
6,63
9,35
Belo Horizonte
10,86
0,71
0,72
5,85
7,65
Rio de Janeiro
12,06
0,35
0,65
6,22
9,59
Vitória
1,78
0,68
0,46
5,12
8,26
Campo Grande
1,51
0,88
0,25
5,80
8,98
Goiânia
3,59
0,58
0,21
5,53
9,36
Brasil
100,00
0,74
0,79
6,17
8,89

O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de maio a 29 de junho de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 27 de maio de 2015 (base).

Em junho, INPC fica em 0,77%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,77% em junho, bem abaixo do resultado de 0,99% de maio. Com isto, o primeiro semestre do ano fechou em 6,80%, acima da taxa de 3,79% relativa ao primeiro semestre de 2014. Considerando os últimos doze meses o índice está em 9,31%, acima dos 8,76% relativos aos doze meses anteriores. Em junho de 2014 o INPC foi de 0,26%.

Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,69% em junho, enquanto em maio a taxa foi de 1,48%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 0,81% em junho, acima da taxa de 0,78% de maio.

Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Salvador (0,97%), onde os alimentosaumentaram 1,40%, bem acima da média nacional (0,69%), além da taxa de água e esgoto (7,29%) que refletiu o reajuste de 9,98% em vigor desde o dia 06 de junho. O menor índice foi de Vitória (0,22%) em virtude da queda de 0,11% nos preços dos alimentos. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.

Região Peso Regional (%) Variação mensal (%) Variação Acumulada (%)
Maio
junho
Ano
12 meses
Salvador
10,67
0,93
0,97
6,08
8,13
Belém
7,03
1,07
0,96
5,52
8,88
Porto Alegre
7,38
1,01
0,88
7,06
9,50
Curitiba
7,29
0,79
0,87
8,32
11,36
Fortaleza
6,61
1,33
0,86
6,47
8,35
Recife
7,17
1,49
0,86
6,34
8,40
São Paulo
24,24
0,96
0,77
7,34
9,77
Brasília
1,88
0,85
0,77
5,73
8,87
Belo Horizonte
10,60
0,95
0,76
6,38
8,08
Rio de Janeiro
9,51
0,73
0,48
7,61
10,72
Campo Grande
1,64
1,03
0,34
5,86
8,82
Goiânia
4,15
0,79
0,25
6,37
10,37
Vitória
1,83
0,93
0,22
5,45
8,23
Brasil
100,00
0,99
0,77
6,80
9,31

O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de maio a 29 de junho de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de abril a 27 de maio de 2015 (base).