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Em novembro, IPCA-15 fica em 0,85% - notícia atualizada às 9:45h

19/11/2015 11h06 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Período
TAXA
Novembro 2015
0,85%
Outubro 2015
0,66%
Novembro 2014
0,38%
Acumulado no ano
9,42%
Acumulado 12 meses
10,28%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,85% em novembro e ficou 0,19 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,66% de outubro. Em relação aos meses de novembro, consistiu no índice mais elevado desde 2010, quando foi registrado 0,86%. Situando-se em 9,42% no ano, constitui-se no mais elevado acumulado de janeiro a novembro desde 1996, quando atingiu 9,70%. Em 2014, considerando o mesmo período, a taxa estava em 5,63%. Em relação aos últimos 12 meses, o índice foi para 10,28% e ficou acima dos 12 meses imediatamente anteriores (9,77%). Desde novembro de 2003, com os 12 meses em 12,69%, não havia registro de taxa mais elevada. Em novembro de 2014 o IPCA-15 havia sido 0,38%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados emwww.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/ipca15/defaultipca15.shtm.

A alta de 5,89%, que produziu impacto de 0,30 ponto percentual (p.p.), fez do item combustíveis o principal destaque individual em novembro. Responsáveis por 35% do IPCA-15, os combustíveis, com o expressivo peso de 5,01%, elevaram o grupo Transportes ao maior resultado no mês, conforme mostra a tabela a seguir.

Grupo
Variação (%)
Impacto (p.p.)
Outubro
Novembro
Outubro
Novembro
Índice Geral
0,66
0,85
0,66
0,85
Alimentação e Bebidas
0,62
1,05
0,15
0,26
Habitação
1,15
0,74
0,18
0,12
Artigos de Residência
0,12
0,07
0,01
0,00
Vestuário
0,58
0,72
0,04
0,05
Transportes
0,80
1,45
0,15
0,27
Saúde e Cuidados Pessoais
0,55
0,66
0,06
0,07
Despesas Pessoais
0,56
0,37
0,06
0,04
Educação
0,17
0,03
0,01
0,00
Comunicação
0,08
1,04
0,00
0,04

O consumidor passou a pagar 4,70% a mais pelo litro da gasolina, que exerceu impacto de 0,18 p.p. no índice, enquanto o etanol, que ficou 12,53% mais caro, exerceu 0,11 p.p.. O aumento da gasolina nas bombas, que acumula 6,48% nos meses de outubro e novembro, foi consequência dos 6,00% praticados ao nível das refinarias, reajuste em vigor desde o dia 30 de setembro. No grupo sobressaíram, ainda, as tarifas dos ônibus urbanos, com 0,76%, tendo em vista as variações registradas em Belo Horizonte (5,77%), região onde, a partir do dia 25 de outubro, o reajuste de 9,68% voltou a ser aplicado; Brasília (5,26%), onde as tarifas foram reajustadas em 33,34% desde 20 de setembro; e Fortaleza (2,92%), cujo reajuste de 14,58% passou a vigorar em 07 de novembro.

Junto aos Transportes (1,45%), o grupo Alimentação e Bebidas (1,05%) pressionou o resultado do índice do mês. Com impactos de 0,27 p.p. e 0,26 p.p, respectivamente, somaram 0,53 p.p., sendo responsáveis por 62,00% do IPCA-15.

Nos alimentos, cuja alta foi a 1,05%, aqueles comprados para consumo em casa subiram 1,35%, bem mais do que a alimentação fora, que ficou em 0,52%. Os preços de vários produtos importantes na despesa das famílias tiveram alta expressiva de outubro para novembro, dentre eles estão o tomate (15,23%), o açúcar cristal (9,61%) e refinado (7,94%), o arroz (4,10%), o frango inteiro (3,96%), a cerveja (3,35%), o óleo de soja (2,84%), as frutas (2,14%), a carne (1,71%) e o pão francês (1,03%).

No grupo Comunicação, a alta de 1,04% foi motivada pela telefonia fixa, que aumentou 1,54%, e celular, com 1,85%.

Habitação (0,74%) e Vestuário (0,72%) mostraram resultados próximos. O item energia elétrica, com alta de 0,95%, se destacou no grupo Habitação em razão do aumento de 2,32% nas contas do Rio de Janeiro, onde o reajuste de 16,00% nas tarifas de uma das concessionárias que abastecem a região metropolitana passou a vigorar a partir de 07 de novembro; e de 0,79% em São Paulo, variação que complementa o reajuste de 15,50%, vigente nas tarifas de uma das concessionárias desde 23 de outubro. Outros itens merecem destaque em Habitação: condomínio (1,34%), artigos de limpeza (1,23%) e botijão de gás (0,89%).

Os artigos de higiene pessoal (1,21%) e plano de saúde (1,06%) tiveram influência em Saúde e Cuidados Pessoais (0,66%), enquanto cabeleireiro (1,02%) e serviços bancários (0,73%) influenciaram o grupoDespesas Pessoais (0,37%).

Os mais baixos resultados de grupo foram verificados nos Artigos de Residência, com 0,07%, e Educação, que ficou em 0,03%.

Quanto aos índices regionais o maior foi o de Fortaleza (1,18%), influenciado pela alta de 2,92% no itemônibus urbano, cujas tarifas foram reajustadas em 14,58% a partir de 07 de novembro. Alimentação fora de casa (1,30%), acima da média nacional (0,52%), também influenciou o resultado. O menor índice foi o da região metropolitana de Porto Alegre (0,68%):

Região
Peso Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação Acumulada (%)
Outubro
Novembro
Ano
12 meses
Fortaleza
3,49
0,66
1,18
9,28
10,53
Goiânia
4,44
0,78
1,17
9,82
11,28
Belém
4,65
0,63
1,03
8,16
9,18
Curitiba
7,79
0,68
0,97
11,03
11,88
Salvador
7,35
0,36
0,88
8,23
9,11
São Paulo
31,68
0,85
0,82
9,93
10,67
Brasília
3,46
1,28
0,80
8,11
9,35
Belo Horizonte
11,23
0,43
0,79
8,39
8,84
Recife
5,05
0,24
0,77
9,02
9,43
Rio de Janeiro
12,46
0,50
0,75
9,23
10,67
Porto Alegre
8,40
0,66
0,68
10,02
10,65
Brasil
100,00
0,66
0,85
9,42
10,28

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período 15 de outubro a 12 de novembro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.