Em outubro, produção industrial cai (-0,7%)
03/12/2015 10h02 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Outubro 2015 / Setembro 2015
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-0,7%
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Outubro 2015 / Outubro 2014
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-11,2%
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Acumulado no ANO
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- 7,8%
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Acumulado em 12 meses
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- 7,2%
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Média Móvel Trimestral
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-1,0%
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Em outubro de 2015, a produção industrial nacional recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, quinto resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 5,7%. Em relação a igual mês do ano anterior, o total da indústria recuou 11,2%, vigésima taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%). Assim, o índice acumulado do ano caiu 7,8%. Já o acumulado nos últimos doze meses recuou 7,2%, mostrando sua perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e mantendo trajetória descendente desde março de 2014 (2,1%).
Brasil - Outubro de 2015
Grandes Categorias Econômicas |
Variação (%) | |||
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Outubro 2015/ Setembro 2015*
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Outubro 2015/ Outubro 2014
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Acumulado Janeiro-Outubro
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Acumulado nos Últimos 12 Meses
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Bens de Capital |
-1,9
|
-32,6
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-24,5
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-22,3
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Bens Intermediários |
-0,7
|
-7,5
|
-4,5
|
-4,4
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Bens de Consumo |
-0,6
|
-12,3
|
-9,5
|
-8,6
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Duráveis |
-5,6
|
-28,7
|
-17,2
|
-16,1
|
Semiduráveis e não Duráveis |
-0,6
|
-7,4
|
-7,2
|
-6,4
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Indústria Geral |
-0,7
|
-11,2
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-7,8
|
-7,2
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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal
Em outubro de 2015, o setor industrial prossegue com o quadro de menor ritmo produtivo, expresso não só no quinto resultado negativo consecutivo na comparação com o mês imediatamente anterior, mas também no predomínio de taxas negativas no mês, já que as quatro categorias econômicas e a maior parte das atividades pesquisadas reduziram a produção. Com o resultado de outubro, o total da indústria encontra-se 17,0% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Ainda na série com ajuste sazonal, permanecem os sinais de menor intensidade da atividade industrial, evidenciados na evolução do índice de média móvel trimestral (-1,0%), que manteve a trajetória descendente iniciada em outubro do ano passado.
Na série com ajuste sazonal, indústria recuou em 15 dos 24 ramos
A redução de 0,7% da atividade industrial na passagem de setembro para outubro teve predomínio de resultados negativos, alcançando todas as quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, as principais influências negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,7%), indústrias extrativas (-2,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), com o primeiro voltando a recuar após avançar 3,4% no mês anterior; o segundo devolvendo a expansão de 1,3% acumulada em agosto e setembro; o terceiro recuando por três meses consecutivos e acumulando no período queda de 19,3%; e o último eliminando a expansão de 3,5% verificada em setembro.
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-2,4%), de minerais não-metálicos (-2,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,3%), de outros equipamentos de transporte (-3,4%) e de produtos de madeira (-4,4%). Vale ressaltar que, com exceção da primeira atividade, que cresceu 0,4% no mês anterior, as demais também recuaram em setembro último: -1,2%, -2,0%, -1,8% e -2,4%, respectivamente. Por outro lado, entre os oito ramos que ampliaram a produção nesse mês, a maior contribuição para a média global veio de produtos alimentícios, que avançou 1,7%, após recuar 0,1% no mês anterior.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 5,6%, mostrou a redução mais acentuada em outubro de 2015, terceiro resultado negativo consecutivo e acumulando nesse período perda de 15,8%. O segmento de bens de capital (-1,9%) também apontou queda mais intensa do que a média nacional (-0,7%), eliminando, dessa forma, o avanço de 1,3% assinalado no mês anterior. Os setores produtores de bens intermediários (-0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%) também registraram taxas negativas nesse mês, com o primeiro permanecendo em queda desde fevereiro último e acumulando nesse período redução de 6,6%; e o segundo voltando a recuar após acréscimo de 0,5% em setembro.
Média móvel trimestral recua 1,0%
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 1,0% no trimestre encerrado em outubro de 2015 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (-5,6%) e bens de capital (-2,8%) mostraram as reduções mais acentuadas nesse mês, com o primeiro permanecendo com a sequência de taxas negativas iniciada em dezembro de 2014 e registrando perda de 26,5%; e o segundo prosseguindo com o comportamento negativo desde outubro de 2014 e acumulando no período recuo de 32,4%.
Os setores produtores de bens intermediários (-0,7%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também apontaram taxas negativas nesse mês, com o primeiro mantendo a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014; e o segundo reduzindo a magnitude de queda frente a julho (-0,2%), agosto (-0,5%) e setembro (-1,1%).
Em relação a outubro de 2014, a indústria recuou em 24 dos 26 ramos
Na comparação com igual mês do ano anterior, a industria mostrou queda de 11,2% em outubro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos, 69 dos 79 grupos e 77,4% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2015 (21 dias) teve dois dias úteis a menos do que outubro de 2014 (23). Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-34,9%) exerceu a maior influência negativa sobre a média da indústria, pressionada, em grande parte, pela queda na produção de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões e autopeças. Outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-35,8%), máquinas e equipamentos (-18,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,9%), produtos de metal (-17,2%), metalurgia (-10,8%), produtos de borracha e de material plástico (-12,8%), produtos de minerais não-metálicos (-11,4%), produtos têxteis (-21,7%), impressão e reprodução de gravações (-31,9%), móveis (-24,6%), outros produtos químicos (-5,3%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-14,9%), outros equipamentos de transporte (-17,0%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,3%). Por outro lado, na mesma comparação, produtos do fumo (10,1%) e bebidas (0,7%) aumentaram a produção no mês.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (-32,6%) e bens de consumo duráveis (-28,7%) assinalaram, em outubro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-7,5%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,4%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-11,2%).
O setor de bens de capital (-32,6%) assinalou a vigésima taxa negativa consecutiva, com queda mais intensa do que a verificada no mês anterior (-31,2%). O segmento de bens de consumo duráveis (-28,7%) teve o vigésimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Já a produção de bens intermediários (-7,5%) teve décima nona taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde julho de 2009 (-11,1%).
A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,4%) em outubro de 2015 foi a décima segunda taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior, praticamente repetindo os resultados registrados em agosto (-7,5%) e setembro (-7,5%) últimos. O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos: semiduráveis (-17,1%), não-duráveis (-9,3%), alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-2,5%) e carburantes (-5,1%).
Índice acumulado em 2015 cai 7,8%
No índice acumulado no ano, a indústria mostrou queda de 7,8%, com perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias econômicas, 25 dos 26 ramos, 71 dos 79 grupos e 75,5% dos 805 produtos pesquisados tiveram queda na produção. Entre os setores, o principal impacto negativo foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-24,6%), pressionado, em grande parte, pela redução na produção de aproximadamente 95% dos produtos investigados. Outras contribuições negativas vieram dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,3%), máquinas e equipamentos (-13,6%), metalurgia (-8,5%), produtos alimentícios (-3,1%), produtos de metal (-11,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-13,3%), produtos de borracha e de material plástico (-8,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,0%), produtos de minerais não-metálicos (-7,0%), outros produtos químicos (-4,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,1%) e produtos têxteis (-13,7%). A única influência positiva veio de indústrias extrativas (6,3%).
Entre as grandes categorias econômicas, os acumulados no ano mostraram menor dinamismo para bens de capital (-24,5%) e bens de consumo duráveis (-17,2%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-30,2%), na primeira, e de automóveis (-17,6%) e eletrodomésticos (-21,9%), na segunda. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-7,2%) e de bens intermediários (-4,5%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o primeiro registrando recuo abaixo da magnitude observada na média nacional (-7,8%), e o segundo apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.