IPCA fica em 1,01% em novembro
09/12/2015 09h28 | Atualizado em 25/05/2017 12h48
Período | TAXA |
---|---|
NOVEMBRO 2015
|
1,01%
|
Outubro 2015
|
0,82%
|
Novembro 2014
|
0,51%
|
No ano 2015
|
9,62%
|
Acumulado nos 12 meses
|
10,48%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro variou 1,01% e ficou 0,19 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,82% registrada em outubro. Desde 2002, quando atingiu 3,02%, não havia registro de IPCA mais alto num mês de novembro. Com o acumulado no ano em 9,62%, bem acima dos 5,58% de igual período de 2014, constitui-se no mais elevado acumulado com referência ao período de janeiro a novembro desde 2002, que ficou em 10,22%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 10,48%, resultado superior aos 9,93% dos 12 meses imediatamente anteriores. Considerando o índice acumulado em períodos de 12 meses, desde novembro de 2003 (11,02%) não havia registro de taxa maior do que os 10,48% deste mês. Em novembro de 2014 o IPCA havia registrado 0,51%. Clique aqui para acessar a publicação completa.
Pelo segundo mês consecutivo, os combustíveis, detendo parcela significativa das despesas das famílias (5,14% de peso no IPCA), lideraram o ranking dos principais impactos. Mais caros em 4,16%, o impacto foi de 0,21 p.p. O preço do litro da gasolina ficou 3,21% mais caro para o consumidor, exercendo impacto de 0,13 p.p. Levando em conta outubro e novembro, a alta foi de 8,42% nas bombas, motivada pelo reajuste de 6,00% vigente ao nível das refinarias desde 30 de setembro. Em relação ao acumulado no ano, os preços subiram 18,61%, indo dos 10,40% registrados em Campo Grande até os 24,35% de Recife.
No caso do etanol, os preços subiram 9,31%, exercendo 0,08 p.p. de impacto no mês. A alta chegou a 26,10% no ano, com a menor variação em Fortaleza (12,71%), e a maior (33,14%), em Curitiba. Quanto ao óleo diesel, os preços aumentaram 1,76% e, junto com a taxa de outubro, acumularam 5,08%, refletindo, nas bombas, o reajuste de 4,00% nas refinarias, também desde 30 de setembro. Em relação ao ano, a alta está em 12,75%.
No grupo transportes (1,08%), além dos combustíveis, as tarifas dos ônibus urbanos se destacaram, passando a custar 1,11% a mais. Isto por conta dos aumentos incorporados nas regiões de Fortaleza, cuja alta de 10,00% refletiu a maior parte do reajuste de 14,58% em vigor a partir do dia 07 de novembro; em Belo Horizonte, onde as tarifas subiram 8,63% em vista do retorno do reajuste de 9,68%, que havia sido suspenso através de liminar e que voltou a vigorar a partir de 25 de outubro; e em Campo Grande, onde o aumento de 2,33% se refere à parte do reajuste de 8,33%, em vigor a partir de 19 de novembro.
No entanto, foi alimentação e bebidas que ganhou a liderança de grupo, revelando-se tanto o mais elevado resultado no mês, quanto o maior impacto.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral |
0,82
|
1,01
|
0,82
|
1,01
|
Alimentação e Bebidas |
0,77
|
1,83
|
0,19
|
0,46
|
Habitação |
0,75
|
0,76
|
0,12
|
0,12
|
Artigos de Residência |
0,39
|
0,31
|
0,02
|
0,01
|
Vestuário |
0,67
|
0,79
|
0,04
|
0,05
|
Transportes |
1,72
|
1,08
|
0,31
|
0,20
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,55
|
0,64
|
0,06
|
0,07
|
Despesas Pessoais |
0,57
|
0,52
|
0,06
|
0,05
|
Educação |
0,10
|
0,22
|
0,00
|
0,01
|
Comunicação |
0,39
|
1,03
|
0,02
|
0,04
|
O item combustível (4,16%), exercendo 0,21 p.p. de impacto, somado a alimentação e bebidas (1,83%), com 0,46 p.p., resultam em 0,67 p.p. de impacto. Ambos foram responsáveis por 66% do IPCA do mês.
Nos alimentos, grupo que detém 25% de peso no índice, sobressaem os produtos adquiridos para consumo em casa, cuja alta chegou a 2,46%. Foi em Goiânia onde os preços mais subiram, atingindo 4,37% no mês. Outras regiões, como Campo Grande (3,80%), Brasília (3,47%) e Salvador (3,32%), mostraram aumentos bem acima da média nacional (2,46%). Consumidos fora de casa, a alta da alimentação foi de 0,70%, com destaque para Porto Alegre (1,98%), Salvador (1,64%) e Fortaleza (1,30%). Considerando o ano de 2015, o grupo alimentação e bebidas apresenta variação de 10,37%, sendo 10,75% o aumento dos produtos consumidos em casa e 9,67% o aumento da alimentação fora de casa.
Foram vários os produtos que, de outubro para novembro, apresentaram fortes aumentos, destacando-se a batata-inglesa (27,46%), o tomate (24,65%), o açúcar cristal (15,11%) e o refinado (13,15%).
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
(%) |
||
---|---|---|---|---|
Outubro
|
Novembro
|
Ano
|
12 meses
|
|
Batata-inglesa |
-10,69
|
27,46
|
29,69
|
47,55
|
Tomate |
0,14
|
24,65
|
32,31
|
24,08
|
Açúcar cristal |
4,43
|
15,11
|
21,33
|
20,21
|
Açúcar refinado |
1,91
|
13,15
|
18,23
|
22,09
|
Cebola |
-32,64
|
10,39
|
41,25
|
48,02
|
Alho |
4,12
|
6,22
|
46,72
|
48,59
|
Óleo de soja |
1,13
|
5,16
|
13,21
|
12,71
|
Hortaliças |
1,13
|
4,76
|
15,24
|
17,06
|
Frutas |
1,75
|
3,97
|
10,65
|
10,17
|
Açaí |
-2,39
|
3,78
|
-2,05
|
5,19
|
Feijão-carioca |
0,14
|
3,23
|
21,83
|
37,20
|
Frango inteiro |
5,98
|
3,21
|
11,54
|
13,18
|
Arroz |
3,77
|
3,13
|
7,88
|
9,83
|
Cenoura |
-3,00
|
2,45
|
7,21
|
7,14
|
Café moído |
1,39
|
2,41
|
9,59
|
10,06
|
Ovos |
-1,17
|
2,27
|
14,95
|
10,20
|
Pão de forma |
0,61
|
2,09
|
6,79
|
7,09
|
Cerveja |
4,06
|
2,04
|
7,81
|
8,95
|
Pescado |
-0,04
|
1,93
|
8,01
|
9,17
|
Cerveja fora |
1,28
|
1,77
|
11,56
|
12,94
|
Cafezinho |
-0,11
|
1,70
|
14,88
|
15,52
|
Atomatado |
0,61
|
1,45
|
8,77
|
9,67
|
Carnes |
1,41
|
1,44
|
10,75
|
14,88
|
Chocolate em barra e bombom |
1,28
|
1,43
|
13,15
|
13,77
|
Farinha de trigo |
2,07
|
1,35
|
3,38
|
3,78
|
Enlatados e conservas |
-0,13
|
0,98
|
6,18
|
6,05
|
Refrigerante fora |
0,76
|
0,87
|
9,90
|
10,17
|
Refrigerante |
2,48
|
0,86
|
9,70
|
10,40
|
Biscoito |
0,45
|
0,84
|
7,65
|
7,64
|
Iogurte |
0,58
|
0,83
|
9,00
|
9,23
|
Doces |
0,76
|
0,80
|
9,92
|
11,29
|
Macarrão |
1,13
|
0,72
|
7,23
|
8,02
|
Refeição fora |
0,82
|
0,70
|
8,75
|
10,29
|
Pão francês |
1,29
|
0,60
|
11,23
|
11,44
|
Foram poucos os produtos que ficaram mais baratos de um mês para o outro, sobressaindo as carnes industrializadas (-0,79%) e o leite (-0,76%).
A energia elétrica (0,98%) continuou a se destacar, tendo em vista a variação de 7,47% do Rio de Janeiro, onde ocorreu reajuste de 16% a partir de 07 de novembro nas tarifas de uma das concessionárias; 2,39% em Porto Alegre, com o reajuste de 5,82% a partir de 25 de outubro, também em uma das concessionárias; 0,17% em São Paulo, onde o reajuste de 15,50% em vigor a partir de 23 de outubro nas tarifas de uma das concessionárias se combinou à redução de impostos. Nas demais regiões, as variações observadas são atribuídas a movimentos ocorridos nos valores dos impostos.
Com aumento nas contas de energia, o grupo habitação ficou com 0,76% de variação, aliando-se, ainda, os seguintes itens: artigos de limpeza (1,50%), condomínio (1,35%), botijão de gás (0,81%), mão de obra para pequenos reparos (0,55%), aluguel residencial (0,43%) e taxa de água e esgoto (0,40%). Sobre a taxa de água e esgoto, o resultado de 0,40% é atribuído à região metropolitana de São Paulo, onde as contas se elevaram em 1,94%, na média, mostrando menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água.
Considerando os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques ficaram com os seguintes itens: telefonia celular (2,13%) e fixa (1,00%), artigos de higiene pessoal (1,22%), roupas infantis (1,19%) e femininas (1,17%), plano de saúde (1,06%), cabeleireiro (0,70%) e empregado doméstico (0,45%).
Na telefonia fixa, a variação de 1,00% no valor das contas reflete aumentos entre 5,50% e 7,20% ocorridos sobre as tarifas de fixo para móvel em 02 de outubro, além do aumento de 6,27% nas tarifas de longa distância nacional. Quanto à telefonia celular, a variação de 2,13% se deve a reajuste praticado por uma das operadoras.
Dentre os índices regionais, o mais elevado ficou com Goiânia (1,44%), onde os alimentos consumidos em casa tiveram alta de 4,37%. O menor índice foi registrado em Brasília (0,66%) devido, principalmente, à queda de 0,55% nos alimentos consumidos fora de casa.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia |
3,59
|
1,18
|
1,44
|
10,22
|
11,44
|
Campo Grande |
1,51
|
1,18
|
1,29
|
8,96
|
10,14
|
Fortaleza |
3,49
|
0,73
|
1,27
|
9,83
|
10,53
|
Belém |
4,65
|
1,07
|
1,25
|
8,42
|
9,50
|
Rio de Janeiro |
12,06
|
0,59
|
1,24
|
9,17
|
10,68
|
Salvador |
7,35
|
0,60
|
1,19
|
8,84
|
9,54
|
Curitiba |
7,79
|
0,64
|
1,08
|
11,31
|
12,24
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,73
|
1,03
|
10,31
|
11,20
|
São Paulo |
30,67
|
0,99
|
0,88
|
10,18
|
10,87
|
Belo Horizonte |
10,86
|
0,62
|
0,84
|
8,59
|
9,06
|
Vitória |
1,78
|
0,75
|
0,81
|
8,37
|
9,27
|
Recife |
5,05
|
0,84
|
0,80
|
9,06
|
9,52
|
Brasília |
2,80
|
1,24
|
0,66
|
8,36
|
9,76
|
Brasil
|
100,00
|
0,82
|
1,01
|
9,62
|
10,48
|
O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (base).
INPC varia 1,11% em novembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 1,11% em novembro e ficou 0,34 p.p. acima do resultado de 0,77% de outubro. Com isto, o acumulado no ano fechou em 10,28%, bem acima da taxa de 5,57% relativa a igual período de 2014. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 10,97%, acima dos 10,33% relativos aos 12 meses anteriores. Em novembro de 2014 o INPC foi 0,53%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 1,98% em novembro, enquanto em outubro foi 0,80%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação 0,73% em novembro, abaixo dos 0,76% de outubro.
Dentre os índices regionais, o mais elevado ficou com Goiânia (1,69%), onde os alimentos consumidos em casa tiveram alta de 4,37%. O menor índice foi registrado em Brasília (0,75%) devido, principalmente, à queda de 0,73% nos alimentos consumidos fora de casa.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia |
4,15
|
1,18
|
1,69
|
11,36
|
12,62
|
Rio de Janeiro |
9,51
|
0,47
|
1,44
|
10,59
|
11,88
|
Fortaleza |
6,61
|
0,70
|
1,41
|
9,87
|
10,41
|
Belém |
7,03
|
1,16
|
1,35
|
8,57
|
9,54
|
Campo Grande |
1,64
|
1,35
|
1,34
|
9,33
|
10,42
|
Salvador |
10,67
|
0,56
|
1,24
|
8,99
|
9,66
|
Curitiba |
7,29
|
0,63
|
1,08
|
12,61
|
13,35
|
Porto Alegre |
7,38
|
0,72
|
1,08
|
10,96
|
11,73
|
Belo Horizonte |
10,60
|
0,41
|
1,02
|
9,16
|
9,55
|
São Paulo |
24,24
|
0,89
|
0,88
|
11,20
|
11,65
|
Recife |
7,17
|
0,77
|
0,76
|
9,22
|
9,64
|
Vitória |
1,83
|
0,75
|
0,76
|
8,72
|
9,38
|
Brasília |
1,88
|
1,83
|
0,75
|
10,54
|
11,26
|
Brasil
|
100,00
|
0,77
|
1,11
|
10,28
|
10,97
|
O INPC, calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 27 de novembro de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2015 (base).