Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção industrial cresce em 8 dos 14 locais pesquisados em janeiro

09/03/2016 12h00 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

A expansão de ritmo observada na produção industrial nacional, na passagem de dezembro de 2015 para janeiro de 2016, série com ajuste sazonal, foi acompanhada por oito dos quatorze locais pesquisados, com destaque para os avanços mais intensos registrados por Santa Catarina (3,7%) e Pará (3,3%). Com esses resultados, o primeiro local eliminou parte do recuo de 4,6% observado no mês anterior; e o segundo voltou a crescer após mostrar queda de 1,5% em dezembro. Bahia (2,6%), Rio Grande do Sul (2,5%), Ceará (2,4%), Paraná (2,2%), Região Nordeste (1,5%) e São Paulo (1,1%) também apontaram avanços mais elevados do que a média nacional (0,4%). Por outro lado, Pernambuco, Amazonas e Espírito Santo, todos com recuo de 2,1%, mostraram as reduções mais intensas nesse mês, com o primeiro apontando o segundo resultado negativo consecutivo e acumulando decréscimo de 17,4%; o segundo completando o oitavo mês seguido de queda na produção, com recuo de 23,1% nesse período; e o último registrando 20,1% de perda desde outubro do ano passado. Rio de Janeiro (-1,5%), Goiás (-1,0%) e Minas Gerais (-1,0%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro de 2016. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Janeiro de 2016
Locais Variação (%)
Janeiro 2016/
Dezembro 2015*
Janeiro 2016/
Janeiro 2015
Acumulado
Janeiro-Janeiro
Acumulado nos
Últimos 12 Meses
Amazonas
-2,1
-30,9
-30,9
-18,4
Pará
3,3
10,5
10,5
4,0
Região Nordeste
1,5
-3,2
-3,2
-2,8
Ceará
2,4
-9,7
-9,7
-10,1
Pernambuco
-2,1
-29,4
-29,4
-7,6
Bahia
2,6
10,3
10,3
-5,2
Minas Gerais
-1,0
-18,3
-18,3
-9,0
Espírito Santo
-2,1
-26,3
-26,3
0,6
Rio de Janeiro
-1,5
-14,1
-14,1
-7,9
São Paulo
1,1
-16,1
-16,1
-11,7
Paraná
2,2
-13,6
-13,6
-9,8
Santa Catarina
3,7
-11,2
-11,2
-8,4
Rio Grande do Sul
2,5
-5,7
-5,7
-11,3
Mato Grosso
-
9,3
9,3
4,8
Goiás
-1,0
-13,4
-13,4
-1,8
Brasil
0,4
-13,8
-13,8
-9,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional apontou queda de 0,9% no trimestre encerrado em janeiro de 2016 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, nove locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Pernambuco (-5,2%), Espírito Santo (-5,2%), Amazonas (-4,2%), Minas Gerais (-2,0%), Goiás (-1,4%) e São Paulo (-1,3%). Por outro lado, Rio Grande do Sul, com expansão de 1,7%, Pará (1,2%) e Bahia (1,2%) registraram os principais avanços em janeiro de 2016.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 13,8%, em janeiro de 2016, com doze dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que janeiro de 2016 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). Nesse mês, os recuos mais intensos foram registrados por Amazonas (-30,9%), Pernambuco (-29,4%) e Espírito Santo (-26,3%), pressionados, em grande parte, pela queda na fabricação dos setores de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, de bebidas, de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças) e de máquinas e equipamentos, no Amazonas; de produtos alimentícios, em Pernambuco; e de indústrias extrativas, no Espírito Santo. Minas Gerais (-18,3%), São Paulo (-16,1%) e Rio de Janeiro (-14,1%) também apontaram resultados negativos mais acentuados do que a média nacional (-13,8%), enquanto Paraná (-13,6%), Goiás (-13,4%), Santa Catarina (-11,2%), Ceará (-9,7%), Rio Grande do Sul (-5,7%) e Região Nordeste (-3,2%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Pará (10,5%), Bahia (10,3%) e Mato Grosso (9,3%) assinalaram os avanços nesse mês, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no primeiro local; de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e óleos combustíveis), no segundo; e de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas), no último.

Os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice do último trimestre do ano passado com o resultado do primeiro mês de 2016, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que oito dos quinze locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -11,9% para -13,8%. Nesse mesmo tipo de confronto, Pernambuco (de -7,6% para -29,4%), Espírito Santo (de -14,4% para -26,3%), Minas Gerais (de -9,9% para -18,3%), Amazonas (de -23,1% para -30,9%) e Goiás (de -6,7% para -13,4%) apontaram as maiores perdas, enquanto Bahia (de -9,0% para 10,3%), Pará (de 1,0% para 10,5%) e Rio Grande do Sul (de -14,3% para -5,7%) assinalaram os principais ganhos entre os dois períodos.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo de 9,0% em janeiro de 2016 para o total da indústria nacional, assinalou a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%). Em termos regionais, doze dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas em janeiro de 2016 e dez apontaram menor dinamismo frente ao índice de dezembro último. As principais reduções de ritmo, entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, foram registradas por Espírito Santo (de 4,3% para 0,6%), Pernambuco (de -4,3% para -7,6%), Amazonas (de -16,8% para -18,4%), Minas Gerais (de -7,8% para -9,0%) e Rio de Janeiro (de -6,8% para -7,9%), enquanto Bahia (de -6,9% para -5,2%) mostrou o principal ganho entre os dois períodos.