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De 2010 a 2013, participação das capitais no PIB do país recuou de 34,3% para 32,8%

18/12/2015 09h49 | Atualizado em 25/09/2017 15h54

 

Em 2013, sete municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campos dos Goytacazes) concentravam cerca de um quarto do PIB do país. Já as 27 capitais, somadas, representavam 32,8% da economia brasileira. O Rio de Janeiro foi o município com o maior crescimento em participação no PIB do país (0,1 ponto percentual), enquanto São Paulo teve o maior recuo (0,4 ponto percentual). Em 2013, Presidente Kennedy (ES) tinha o maior PIB per capita do país (R$ 715.193,70) e Nina Rodrigues (MA), o menor (R$ 3 241,29). Entre as capitais, Vitória (ES) possuía o PIB per capita mais alto e Maceió (AL), o menor. Entre as atividades econômicas, São Desidério (BA) tinha o maior valor adicionado na Agropecuária, enquanto São Paulo liderava na Indústria e, também, nos Serviços. Quanto à Administração Pública, 42,2% dos municípios do país tinham mais do que um terço da sua economia dependente desse setor. Essas são algumas das informações compiladas pelo IBGE sobre o Produto Interno Bruto dos Municípios em 2013. A publicação completa pode ser acessada aqui.


Tabela 4 - Posição dos maiores municípios em relação ao Produto Interno Bruto e participação
relativa do Produto Interno Bruto e da população, segundo os municípios e as respectivas
Unidades da Federação, em ordem de posição de 2013 - 2010-2013


Municípios e respectivas
Unidades da Federação,
em ordem de posição de 2013
Posição em relação ao Produto
Interno Bruto do Brasil
Participação relativa (%)
Produto Interno Bruto População
2013
(2)
2010 2011 2012 2013
(1)
2010 2011 2012 2013
(1)
São Paulo/SP
11,5
11,3
11,1
10,7
5,9
Rio de Janeiro/RJ
5,3
5,2
5,2
5,3
3,2
Brasília/DF
3,7
3,5
3,4
3,3
1,4
Belo Horizonte/MG
1,5
1,5
1,5
1,5
1,2
Curitiba/PR
1,5
1,5
1,5
1,5
0,9
Manaus/AM
1,3
1,3
1,2
1,2
1,0
Campos dos Goytacazes/RJ
11º
1,0
1,2
1,2
1,1
0,2
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
(1) Dados sujeitos a revisão. (2) População estimada para 1º de julho, série revisada.

Em 2013, os sete municípios líderes no ranking dos PIB municipais eram São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e Campos dos Goytacazes. Juntos, eles concentravam aproximadamente 25,0% do PIB do país e 13,8% da população. De 2010 a 2013, não ocorreu alteração significativa entre os municípios com maior participação no PIB.

Apenas 20 municípios tinham participações acima de 0,5% do PIB do país. Entre eles, além dos sete líderes, estavam cinco capitais: Porto Alegre (1,1%), Salvador (1,0%), Fortaleza (0,9%), Recife (0,9%) e Goiânia (0,8%). Completavam a lista oito municípios paulistas que agregavam 6,4% da renda do país: Osasco e Campinas (1,0% cada); Guarulhos e São Bernardo do Campo (0,9% cada); Barueri (0,8%); Jundiaí (0,7%); São José dos Campos e Sorocaba, (0,5% cada).

No extremo oposto desse ranking, 1.388 municípios responderam por aproximadamente 1,0% do PIB nacional e concentravam 3,5% da população. Entre esses municípios, estavam 74,6% dos municípios do Piauí, 60,1% dos municípios da Paraíba, 53,3% dos municípios do Rio Grande do Norte e 52,5% dos municípios do Tocantins.

Participação do Rio de janeiro no PIB brasileiro foi a que mais cresceu

Em relação a 2012, o município que teve o maior aumento em participação no PIB do país foi o Rio de Janeiro (RJ), 0,1 ponto percentual, devido às grandes obras de infraestrutura.

Já a participação de São Paulo (SP) teve o maior recuo (0,4 ponto percentual), principalmente devido aos serviços financeiros, à indústria de transformação e ao comércio de automóveis.

As 27 capitais responderam por 32,8% da economia, em 2013

Com relação à participação das capitais na economia brasileira, em 2013, enquanto o município de São Paulo (SP) ocupava a primeira posição, Palmas (TO) ocupava o último lugar. Florianópolis (SC) era a única capital que não tinha o maior PIB entre os municípios de seu estado, onde os líderes eram Joinville e Itajaí.

Em 2013, a participação relativa das capitais no PIB nacional (32,8%) foi a menor. Em 2010, as capitais participavam com 34,3%, em 2011 com 33,7% e em 2012, com 33,4%.


Tabela 6 - Produto Interno Bruto dos Municípios das Capitais, por posição em relação
às Capitais, à Unidade da Federação e ao Brasil, segundo os Municípios das Capitais
e as respectivas Unidades da Federação, em ordem de posição - 2013


Municípios e respectivas
Unidades da Federação,
em ordem de posição
Produto Interno Bruto
Valor
(1 000 R$)
Posição em relação
Às Capitais À Unidade da
Federação
Ao Brasil
São Paulo/SP
570.706.192
Rio de Janeiro/RJ
282.538.827
Brasília/DF
175.362.791
Belo Horizonte/MG
81.426.708
Curitiba/PR
79.383.343
Manaus/AM
64.025.434
Porto Alegre/RS
57.379.337
Salvador/BA
52.667.933
10º
Fortaleza/CE
49.745.920
12º
Recife/PE
46.445.339
10º
15º
Goiânia/GO
40.461.354
11º
17º
Belém/PA
25.772.207
12º
22º
São Luís/MA
23.132.344
13º
28º
Vitória/ES
22.289.815
14º
30º
Campo Grande/MS
20.674.988
15º
33º
Natal/RN
19.992.607
16º
36º
Cuiabá/MT
17.673.958
17º
40º
Maceió/AL
16.385.771
18º
42º
João Pessoa/PB
14.841.805
19º
49º
Teresina/PI
14.803.635
20º
50º
Florianópolis/SC
14.679.653
21º
52º
Aracaju/SE
13.918.124
22º
54º
Porto Velho/RO
11.464.619
23º
66º
Macapá/AP
8.247.833
24º
96º
Rio Branco/AC
6.767.743
25º
121º
Boa Vista/RR
6.693.993
26º
123º
Palmas/TO
5.824.406
27º
145º
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais
de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
Nota: Dados sujeitos a revisão.

Em 2013, Presidente Kennedy (ES) tinha o maior PIB per capita do país

O PIB per capita do país, em 2013, foi R$ 26.444,63. No gráfico a seguir estão os municípios com os dez maiores PIB per capita, em ordem decrescente. Presidente Kennedy (ES), Ilha Comprida (SP), Quissamã (RJ), São João da Barra (RJ) e Itapemirim (ES) eram produtores de petróleo. Em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), predomina a extração de minério de ferro. Já Louveira (SP) concentrava centros de distribuição. Em Porto Real (RJ) há uma indústria automobilística. Selvíria (MS) produzia eucalipto para as indústrias de celulose e possuía hidroelétrica. Triunfo (RS) era sede de um polo petroquímico importante.

Nina Rodrigues (MA) tinha o menor PIB per capita (R$ 3.241,29) entre todos os municípios do país. Este município sustentava-se pela transferência de recursos federais: 63,4% do seu valor adicionado bruto total vinham da Administração Pública.

Entre as capitais, Vitória (ES) tinha o maior PIB per capita (R$ 64.001,91), correspondendo a 2,4 vezes o PIBper capita do país (R$ 26.444,63), enquanto Maceió (AL) estava no extremo oposto (R$ 16.439,48).

Para os 557 municípios de menor PIB per capita do país (o décimo inferior do ranking), o valor desse indicador foi inferior a R$ 5.382,11. Nesta lista estavam 56,7% dos municípios do Maranhão, 54,5% do Piauí, 40,8% do Ceará e 31,2% da Bahia.

São Desidério (BA), Rio Verde (GO) e Sorriso (MT) lideram na Agropecuária

Em 2013, os 166 municípios que lideravam o ranking da atividade agregavam aproximadamente 25,0% do valor adicionado bruto da Agropecuária do Brasil, enquanto os 861 municípios no extremo oposto agregavam apenas 1,0%.

O município líder do setor, São Desidério (BA), era o maior produtor de algodão herbáceo do país e tinha na agricultura irrigada a base de sua economia. Em Rio Verde (GO), o vice-líder, a integração entre a agropecuária e a indústria alimentícia impulsiona os setores de serviço e de transporte. Já Sorriso (MT), terceiro colocado, é o maior produtor de soja e milho do país.

São Paulo, Campos dos Goytacazes e Rio de Janeiro são os líderes da Indústria

Em 2013, os 73 municípios que lideravam o ranking da atividade somavam metade do valor adicionado bruto da Indústria e agrupavam 30,2% da população, enquanto os 3.307 municípios no extremo oposto agregavam apenas 1,0% e concentravam 16,7% da população.

São Paulo (SP) continuou sendo o principal polo industrial do país, responsável por 5,8% no valor adicionado da Indústria. Campos dos Goytacazes (RJ), graças à exploração de petróleo e gás natural, era o segundo nesse ranking (3,3%) seguido do Rio de Janeiro (RJ), com 3,3%. Manaus (AM), com seu parque industrial, gerou 1,9%, do valor adicionado bruto nacional da Indústria. Esses municípios são os quatro líderes industriais desde 2010.

São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília agregam 24% dos Serviços do país

Os números sobre esse segmento excluem o valor adicionado bruto da Administração, saúde e educação públicas e seguridade social, que é analisado separadamente.

Três municípios agregavam 24,0% do valor adicionado bruto dos Serviços: São Paulo (15,0%), Rio de Janeiro (6,0%) e Brasília (3,0%). Eles concentravam 10,5% da população brasileira.

Em 2013, os 34 municípios líderes no ranking dos Serviços respondiam pela metade do valor adicionado dessa atividade e por 26,5% da população. Já os 2.126 municípios no extremo oposto do ranking somavam 1,0% do valor adicionado dos Serviços e 7,0% da população.

Juntas, as capitais somavam 39,6% do valor adicionado da atividade, em 2013. Entre os 34 municípios que agregavam metade do valor adicionado bruto dos Serviços, 17 eram capitais.

42,2% dos municípios brasileiros têm grande dependência da Administração Pública

Entre os municípios brasileiros, 2.349 (42,2%) tinham mais do que um terço da sua economia dependente do setor de Administração, Saúde e Educação Públicas e Seguridade Social. Em quatro municípios a participação da Administração Pública no PIB era superior a 75,0%: Guamaré (RN), Uiramutã (RR), 87,6%; São José de Princesa (PB), 84,3% e Santo Antônio dos Milagres (PI), 76,5%. Em Guamaré (RN) o valor adicionado bruto da Administração Pública era superior ao PIB, pois o valor adicionado bruto do segmento de refino de petróleo foi negativo.

A Administração Pública tinha peso superior a 50% em 13 dos 15 municípios de Roraima. As exceções eram Bonfim (49,1%) e a capital, Boa Vista (37,8%). Já as capitais brasileiras com os menores pesos deste segmento eram São Paulo (6,3%), Vitória (7,4%) e Curitiba (8,3%).

Agropecuária era a atividade predominante na economia de 57,3% dos municípios

Excluindo-se a atividade Administração, saúde e educação públicas e seguridade social da economia de todos os municípios, pode-se ter uma imagem mais explícita da distribuição das demais atividades. Em 2013, nessa análise, em mais da metade (57,3%) dos municípios a Agropecuária era a principal atividade econômica.

Distribuição dos municípios segundo sua principal atividade econômica*

Atividades Municípios (%)
Agropecuária
57,3
Indústria extrativa
2,6
Indústria de transformação
12,2
Produção e distribuição de eletricidade e gás, água esgoto e limpeza urbana
1,3
Construção Civil
0,9
Comércio
7,6
Demais serviços
18,0
Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.
(*) Exclusive Administração Pública.