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IBGE organiza encontro sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em Brasília

Editoria: IBGE

25/04/2016 09h46 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Com o propósito de mostrar o papel do Brasil e das Organizações das Nações Unidas (ONU) na formulação dos indicadores de monitoramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), considerados eixo central da Agenda 2030, da ONU, que está em vigor desde janeiro de 2016, o IBGE organizará hoje, 26/04/2016, em Brasília (Instituto Rio Branco, SAFS Quadra 5 Lote 02/03), de 14h30 às 18h, reunião sobre os Indicadores Globais de Desenvolvimento Sustentável para Monitoramento da Agenda 2030.

Participarão do evento a presidenta do IBGE, Wasmália Bivar, o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Francisco Gaetani, o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, o coordenador-residente do Sistema da ONU no Brasil, Niky Fabiancic, o diretor do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável–PNUD (Centro Rio+), Romulo Paes, o presidente-substituto do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), José Eduardo Romão, e um representante do Ministério do Meio Ambiente.

O encontro é fechado para convidados, mas haverá uma coletiva de imprensa, às 9h, no mesmo local, com as autoridades presentes.

Os ODS são um guia detalhado para orientar ações nas três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental), em todos os países, até o prazo limite de 2030. Eles podem ser consultadosAQUI.

Os ODS contemplam as dimensões econômica, social e ambiental

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável contêm mais de uma centena de indicadores globais que anteveem, até 2030, um mundo livre da pobreza, fome, doença e privação, do medo e da violência, onde toda a vida possa prosperar.

Um mundo com alfabetização universal, acesso equitativo e universal à educação de qualidade em todos os níveis, aos cuidados de saúde e proteção social, onde o bem-estar físico, mental e social sejam assegurados. Um mundo em que se reafirma o compromisso com o direito à água potável e ao saneamento e onde haja uma melhor higiene; e onde o alimento seja suficiente, seguro, acessível e nutritivo. Onde o meio ambiente humano seja seguro, resiliente e sustentável, e onde exista acesso universal à energia de custo razoável, confiável e sustentável.

Além disso, os ODS visam um mundo de respeito universal aos direitos humanos e à dignidade humana, ao Estado de Direito, à Justiça, à igualdade e não discriminação; ao respeito pela raça, etnia e diversidade cultural; e à igualdade de oportunidades que permita a plena satisfação do potencial humano e que contribua para a prosperidade compartilhada.

E, ainda, um mundo em que cada país desfrute de crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável e de trabalho decente para todos. Um mundo em que o desenvolvimento e a aplicação da tecnologia sejam sensíveis ao clima, respeitem a biodiversidade e sejam resilientes. Por último, um mundo em que a humanidade viva em harmonia com a natureza e em que animais selvagens e outras espécies sejam protegidas.

A implementação dos 17 ODS exigirá um sólido conjunto de indicadores para apoiar o planejamento de políticas públicas por todas as esferas e níveis governamentais e, também, para acompanhar o progresso e garantir transparência e responsabilização de todos os atores, incluindo o setor privado e a sociedade civil.

Nesse sentido, o acesso a dados desagregados e informação estatística de alta qualidade será uma ferramenta importante para o planejamento e implementação de estratégias, planos e políticas públicas em todas as partes do mundo. Da mesma maneira, o acesso transparente às informações estatísticas sobre o desenvolvimento sustentável, com indicadores compreensíveis, será um poderoso instrumento para que cidadãos, organizações da sociedade civil e mídia possam entender melhor e participar do esforço global pela Agenda 2030.

IBGE tem papel de liderança global na formulação dos indicadores de monitoramento dos ODS

A reunião sobre Indicadores Globais de Desenvolvimento Sustentável para Monitoramento da Agenda 2030 dará continuidade à agenda estabelecida durante o primeiro Encontro de Produtores de Informação, realizado entre 29 de junho e 1º de julho de 2015, no IBGE, visando à Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. Na ocasião, 70 instituições nacionais e mais de 350 participantes reuniram-se em torno de discussões e avaliações técnicas acerca do quadro de indicadores globais proposto para o monitoramento dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

No 3º Encontro de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais, que será realizado pelo IBGE, de 6 a 10 de junho, no Rio de Janeiro, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, bem como os indicadores de monitoramento dos ODS, serão temas norteadores dos debates.

O IBGE tem um papel de liderança na formulação e aprovação dos indicadores de monitoramento dos ODS, especialmente após a presidenta Wasmália Bivar ter sido eleita, em março, a primeira mulher latino-americana a presidir a Comissão de Estatísticas da ONU. No Grupo Interagências e Peritos sobre os Indicadores para o Desenvolvimento Sustentável (IAEG-SDGs), criado na 46ª Sessão da Comissão de Estatística da ONU, em março de 2015, o Instituto representou os países do Mercosul e o Chile.

Integrado por 28 estados membros e por órgãos regionais e internacionais como observadores, o IAEG-SDGs é responsável pelo desenvolvimento do arcabouço de indicadores para os ODS em nível global. O grupo, que já se reuniu em Nova York e Bangkok, deu continuidade à preparação de um conjunto detalhado de indicadores globais de desenvolvimento sustentável, em suas dimensões econômica, ambiental e social, durante a sua terceira reunião, nos dias 30 de março e 1º de abril, na Cidade do México.

O pacote final de indicadores será submetido na 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em setembro de 2016, com vista à sua adoção por parte de todos os estados membros.