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PNAD Contínua: taxa de desocupação fica em 10,9% no trimestre encerrado em março de 2016

29/04/2016 09h22 | Atualizado em 25/05/2017 12h48

 

Indicador / Período jan - fev - mar
de 2016
out - nov - dez
de 2015
jan - fev - mar
de 2015
Taxa de desocupação
10,9%
9,0%
7,9%
Rendimento real habitual
R$ 1.966
R$$ 1.961
R$ 2.031
Valor do rendimento em relação a:
0,3% (estável)
-3,2%

A taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em março de 2016 foi estimada em 10,9%, 1,9 ponto percentual acima da taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2015 (9,0%) e 3,0 pontos percentuais a mais que no mesmo trimestre de 2015 (7,9%). A população desocupada (11,1 milhões de pessoas), 22,2% a mais (2,0 milhões de pessoas) que o contingente observado entre outubro e dezembro de 2015. No confronto com igual trimestre do ano passado, esta estimativa subiu 39,8%, significando um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho. Já a população ocupada (90,6 milhões de pessoas) apresentou redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado foi registrada queda de 1,5%, representando menos 1,4 milhão de pessoas. O número de empregados com carteira assinada (34,6 milhões) apresentou queda em ambos os períodos de comparação. Frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, a diminuição foi de -2,2%. Na comparação com igual trimestre do ano passado, a redução foi de 4,0%, aproximadamente menos 1,4 milhão de pessoas nessa condição. O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.966) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961) e mostrou queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031). A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 173,5 bilhões) ficou estável em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.

Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em março de 2016 foi calculada a partir das informações coletadas em janeiro/2016, fevereiro/2016 e março/2016. Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em fevereiro e março, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão disponíveisaqui.

Taxa de desocupação para os trimestres móveis ao longo dos anos
Trimestre móvel 2012 2013 2014 2015 2016
nov-dez-jan
...
7,2
6,4
6,8
9,5
dez-jan-fev
...
7,7
6,8
7,4
10,2
jan-fev-mar
7,9
8,0
7,2
7,9
10,9
fev-mar-abr
7,8
7,8
7,1
8,0
 
mar-abr-mai
7,6
7,6
7,0
8,1
 
abr-mai-jun
7,5
7,4
6,8
8,3
 
mai-jun-jul
7,4
7,3
6,9
8,6
 
jun-jul-ago
7,3
7,1
6,9
8,7
 
jul-ago-set
7,1
6,9
6,8
8,9
 
10°
ago-set-out
6,9
6,7
6,6
9,0
 
11°
set-out-nov
6,8
6,5
6,5
9,0
 
12°
out-nov-dez
6,9
6,2
6,5
9,0
 

No trimestre móvel encerrado em março de 2016, havia cerca de 11,1 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Esta estimativa no trimestre de outubro a dezembro de 2015 correspondia a 9,1 milhões, representando um acréscimo de 22,2%, ou mais 2,0 milhões de pessoas nesse contingente. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 39,8%, significando um aumento de 3,2 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.

O contingente de ocupados foi estimado em 90,6 milhões. Observou-se que esta população apresentou redução de 1,7%, quando comparada com o trimestre de outubro a dezembro de 2015. Em comparação com igual trimestre do ano passado foi registrada queda de 1,5%, representando menos 1,4 milhão de pessoas.

O número de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada caiu 2,2% frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e de 4,0% na comparação com igual trimestre do ano passado. A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria registrou aumento de 1,2% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, o que significou um incremento de 274 mil pessoas neste contingente. Na comparação com o trimestre de janeiro a março de 2015, constatou-se um aumento de 6,5%, o que representou um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas. A participação dos empregadores apresentou uma redução de 5,8% em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 e, em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015, a redução foi de 8,6%.

Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, ocorreu retração de 5,2% na indústria geral (-645 mil pessoas), de 4,8% na construção (-380 mil pessoas), de 1,9% na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-299 mil pessoas) e de 1,6% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-280 mil pessoas). Nos demais grupamentos de atividade não houve variação estatisticamente significativa.

Frente ao trimestre de janeiro a março de 2015, houve aumento em transporte, armazenagem e correio, 4,3% (184 mil pessoas); serviços domésticos, 4,3% (258 mil pessoas); alojamento e alimentação, 4,0% (173 mil pessoas); e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, 2,4% (358 mil pessoas). Nos grupamentos da indústria geral e da informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, verificou-se queda de 11,5% (-1,5 milhão de pessoas) e de 6,3% (-656 mil pessoas), respectivamente. Nos demais grupamentos ocorreu estabilidade.

O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.966, registrando estabilidade frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961) e queda de 3,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.031). Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2015, apenas os trabalhadores domésticos apresentaram aumento no rendimento médio (2,3%) e as demais categorias não tiveram variação significativa em seus rendimentos. Em relação ao trimestre de janeiro a março de 2015, na categoria dos trabalhadores por conta própria verificou-se redução de 3,9% no rendimento médio. As demais categorias de posição na ocupação apresentaram estabilidade em seus rendimentos.

Em relação ao trimestre outubro a dezembro de 2015, ocorreu retração de 4,0% no grupamento agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e alta de 2,3% no grupamento dos serviços domésticos. Nos demais grupamentos não houve variação. Frente ao trimestre janeiro a março de 2015, observou-se retração de 8,0% nos rendimentos da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e de 5,5% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas.

A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimada em R$ 173,5 bilhões de reais, registrando estabilidade em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2015, e queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior.