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IPCA foi de -0,02% em agosto

10/09/2024 09h00 | Atualizado em 10/09/2024 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%.

Período Taxa
Agosto de 2024 -0,02%
Julho de 2024 0,38%
Agosto de 2023 0,23%
Acumulado no ano 2,85%
Acumulado nos últimos 12 meses 4,24%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Julho Agosto Julho Agosto
Índice Geral 0,38 -0,02 0,38 -0,02
Alimentação e bebidas -1,00 -0,44 -0,22 -0,09
Habitação 0,77 -0,51 0,12 -0,08
Artigos de residência 0,48 0,74 0,02 0,03
Vestuário -0,02 0,39 0,00 0,02
Transportes 1,82 0,00 0,37 0,00
Saúde e cuidados pessoais 0,22 0,25 0,03 0,03
Despesas pessoais 0,52 0,25 0,05 0,03
Educação 0,08 0,73 0,00 0,04
Comunicação 0,18 0,10 0,01 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

No grupo Habitação (-0,51%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Além disso, foram verificados reajustes tarifários nas seguintes áreas: Porto Alegre (-0,69%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias a partir de 19 de agosto; Vitória (-1,49%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Paulo (-3,07%), com redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 4 de julho; São Luís (-4,52%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (-5,63%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Ainda em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,44%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 8,05% em Fortaleza (6,49%), a partir de 5 de agosto; de 5,81% em Salvador (5,43%), a partir de 1° de agosto; de 4,31% em Vitória (4,03%), a partir de 1º de agosto; e redução média de 0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho.

Em Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

No grupo Transportes (0,00%), a estabilidade de preços no grupo foi influenciada por movimentos de preços em sentidos opostos. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

Em Educação (0,73%), os cursos regulares subiram 0,76%, principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,09%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,98%).

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,18%), influenciada pela alta da passagem aérea (21,59%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em São Luís (-0,54%), por conta dos recuos da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Porto Alegre 8,61 0,36 0,18 2,46 3,47
Brasília 4,06 0,36 0,17 2,38 4,53
Vitória 1,86 0,25 0,14 2,54 4,16
Belo Horizonte 9,69 0,26 0,13 4,04 5,89
São Paulo 32,28 0,52 0,10 2,98 4,61
Campo Grande 1,57 0,29 0,03 2,64 4,33
Salvador 5,99 0,18 0,03 2,68 3,71
Fortaleza 3,23 0,47 0,00 3,00 4,25
Recife 3,92 0,33 -0,07 2,88 2,75
Rio de Janeiro 9,43 0,28 -0,08 2,42 4,24
Rio Branco 0,51 0,53 -0,21 2,07 3,82
Aracaju 1,03 0,18 -0,33 3,68 3,76
Curitiba 8,09 0,30 -0,36 2,32 2,96
Belém 3,94 0,39 -0,40 2,58 3,87
Goiânia 4,17 0,43 -0,51 2,37 3,84
São Luís 1,62 0,53 -0,54 4,20 4,51
Brasil 100,00 0,38 -0,02 2,85 4,24
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (base). Calculado desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC tem queda de 0,14% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve queda de 0,14% em agosto, 0,40 p.p. abaixo do resultado observado em julho (0,26%). No ano, o INPC acumula alta de 2,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,71%, abaixo dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,20%.

Os produtos alimentícios caíram 0,63% em agosto, segundo recuo consecutivo, após queda de 0,95% em julho. Por sua vez, a variação dos não alimentícios desacelerou de 0,65% em julho para 0,02% em agosto.

Quanto aos índices regionais, Vitória registrou a maior alta (0,13%), por conta da taxa de água e esgoto (4,04%). Já a menor variação foi observada em São Luís (-0,58%), por conta dos recuos dos preços do tomate (-23,78%) e da energia elétrica residencial (-4,50%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Vitória 1,91 0,09 0,13 2,83 3,54
Brasília 1,97 0,27 0,09 2,48 3,95
Belo Horizonte 10,35 0,08 0,03 4,31 5,95
Fortaleza 5,16 0,39 -0,03 2,88 4,09
Campo Grande 1,73 0,20 -0,04 2,49 3,82
Porto Alegre 7,15 0,34 -0,05 2,64 3,11
São Paulo 24,60 0,35 -0,06 2,66 3,50
Salvador 7,92 0,02 -0,09 2,38 3,20
Recife 5,60 0,14 -0,12 2,74 2,33
Rio de Janeiro 9,38 0,22 -0,16 2,12 3,75
Rio Branco 0,72 0,40 -0,21 2,47 3,93
Belém 6,95 0,36 -0,35 2,91 3,90
Aracaju 1,29 0,11 -0,40 3,74 3,34
Curitiba 7,37 0,32 -0,40 2,37 2,67
Goiânia 4,43 0,37 -0,42 2,41 4,03
São Luís 3,47 0,48 -0,58 3,96 4,24
Brasil 100,00 0,26 -0,14 2,80 3,71
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024. Calculado desde 1979, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.


Palavras-chave: IPCA foi de -0, 02% em agosto