IPCA-15 foi de 0,57% em abril
26/04/2023 09h00 | Atualizado em 26/04/2023 09h47
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,57% em abril, 0,12 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,69%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,59% e, em 12 meses, de 4,16%, abaixo dos 5,36% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a taxa foi de 1,73%.
Período | Taxa |
---|---|
Abril de 2023 | 0,57% |
Março de 2023 | 0,69% |
Abril de 2022 | 1,73% |
Acumulado do ano | 2,59% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,16% |
Em abril, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, vieram os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), que contribuíram com 0,14 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. Já Alimentação e bebidas (0,04%) desacelerou frente a março (0,20%). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Comunicação e o 0,39% de Vestuário.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral | 0,69 | 0,57 | 0,69 | 0,57 |
Alimentação e bebidas | 0,20 | 0,04 | 0,04 | 0,01 |
Habitação | 0,81 | 0,48 | 0,12 | 0,07 |
Artigos de residência | -0,18 | 0,07 | -0,01 | 0,00 |
Vestuário | 0,11 | 0,39 | 0,01 | 0,02 |
Transportes | 1,50 | 1,44 | 0,30 | 0,29 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,18 | 1,04 | 0,15 | 0,14 |
Despesas pessoais | 0,28 | 0,28 | 0,03 | 0,03 |
Educação | 0,08 | 0,11 | 0,01 | 0,01 |
Comunicação | 0,75 | 0,06 | 0,04 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
A alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), que exerceu o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.). Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. Já óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) recuaram, na contramão dos demais combustíveis (2,84%). Cabe ressaltar também a alta de 11,96% nas passagens aéreas, após a queda de 5,32% em março.
Ainda em Transportes, a alta de ônibus urbano (0,94%) deve-se aos reajustes de 15,75% nas passagens em Fortaleza (14,17%), a partir de 19 de março, e de 9,09% em Curitiba (4,71%), a partir de 1º de março. No subitem metrô (0,16%), vale destacar o reajuste de 6,15% nas tarifas, aplicado a partir de 12 de abril no Rio de Janeiro (0,46%). Já a alta de 0,07% no subitem táxi é consequência da apropriação residual do reajuste de 11,54% nos preços em Belo Horizonte (0,65%), em vigor desde 13 de fevereiro.
Em Saúde e cuidados pessoais (1,04%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,86%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal desaceleraram, indo de 2,36% em março para 0,35% em abril, influenciados pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
No grupo Habitação (0,48%), o destaque foi a energia elétrica residencial, com alta de 0,84% e contribuição de 0,03 p.p. As variações das áreas ficaram entre -1,36% em Porto Alegre e 7,18% no Rio de Janeiro, onde foram aplicados reajustes de 7,49% e 6,00% pelas duas concessionárias pesquisadas, ambos a partir de 15 de março. O grupo também foi influenciado pela aceleração em aluguel residencial (0,53%), que havia subido 0,15% em março.
A desaceleração de Alimentação e bebidas (de 0,20% em março para 0,04% em abril) deve-se à variação negativa da alimentação no domicílio (-0,15%). Destacam-se as quedas nos preços da batata-inglesa (-7,31%), da cebola (-5,64%), do óleo de soja (-4,75%) e das carnes (-1,34%). No lado das altas, o destaque foi o ovo de galinha, cujos preços subiram 4,36% em abril.
A alimentação fora do domicílio passou de 0,68% em março para 0,55% em abril. O lanche desacelerou (de 1,02% em março para 0,82% em abril), enquanto a refeição (0,52%) registrou resultado próximo ao do mês anterior (0,50%).
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação foi em Curitiba (0,85%), onde a principal contribuição veio da gasolina (6,40%). Já a menor variação foi em Belo Horizonte (0,27%), influenciada pelas quedas de 6,19% nas frutas e de 13,30% no tomate.
Região | Peso Regional (%) |
Variação Mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | ||
Curitiba | 8,09 | 1,13 | 0,85 | 2,76 | 2,60 |
Belém | 4,46 | 0,69 | 0,80 | 3,05 | 4,17 |
Brasília | 4,84 | 0,79 | 0,80 | 2,50 | 4,91 |
Rio de Janeiro | 9,77 | 0,41 | 0,79 | 2,20 | 4,04 |
Porto Alegre | 8,61 | 1,13 | 0,73 | 2,75 | 3,87 |
Goiânia | 4,96 | 1,04 | 0,68 | 2,55 | 2,71 |
São Paulo | 33,45 | 0,59 | 0,52 | 2,67 | 5,04 |
Fortaleza | 3,88 | 0,53 | 0,48 | 2,52 | 4,14 |
Salvador | 7,19 | 0,37 | 0,30 | 2,48 | 5,17 |
Recife | 4,71 | 0,69 | 0,29 | 2,20 | 3,66 |
Belo Horizonte | 10,04 | 0,64 | 0,27 | 2,66 | 2,67 |
Brasil | 100,00 | 0,69 | 0,57 | 2,59 | 4,16 |
Fonte: IBGE, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 16 de março e 13 de abril de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 11 de fevereiro a 15 de março de 2023 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.